O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

687) Liberdade econômica no mundo

Num contexto de nacionalizações, (re)estatizações, intervencionismo e dirigismo econômico renascentes, sobretudo na América Latina, não seria de todo inútil relembrar que os países de mais alto nível de vida do mundo -- e portanto de maior renda per capita e de prosperidade geral para os seus povos -- são aqueles que também ostentam um maior grau de liberdade econômica.
Quando se observa, em especial na América Latina, uma campanha ruidosa contra o neoliberalismo, que teria sido responsável, segundo os promotores dessa campanha, por tudo de errado que aconteceu no continente nas últimas décadas, talvez seja útil recomendar a leitura de alguns relatórios sobre o grau de liberdade econômica no mundo.
Pode-se até argumentar contra o caráter "ideológico" dessas avaliações -- elas certamente comportam algum grau de subjetividade, embora muitos dos critérios utilizados sejam estatisticamente aferíveis, isto é, se baseiam em dados econômicos objetivos, com toda a quantificação requerida a partir de fontes oficiais --, mas elas comportam algumas considerações de fato que não seria recomendável descartar.
Por exemplo, na América Latina o único país que tem crescido sistematicamente nos últimos quinze anos é o Chile, cujas políticas caminham, justamente, no sentido oposto ao que aparece recomendado atualmente por líderes carismáticos ou salvacionistas (quando não populistas).
Por isso eu recomendaria a leitura desses dois relatórios que apresento a seguir:

1) Index of Economic Freedom 2007
Heritage Foundation/The Wall Street Journal
Disponível neste link: www.heritage.org/Index

Veja o artigo de Mary Anastasia O"Grady no The Wall Street Journal, neste link.
Para um "audio presentation", clique aqui.

2) Economic Freedom of the World 2006
Cato Institute, Washington
Link: http://www.cato.org/pubs/efw/index.html

A seguir algumas informações sobre cada uma das publicações:


1) Index of Economic Freedom 2007
co-editors: Mary Anastasia O"Grady, Tim Kane and Kim R. Holmes
Ver, em especial, o capítulo 1, de autoria do economista catalão da Columbia University e especialista reconhecido em crescimento econômico, Xavier Sala-i-Martin: "Global Inequality Fades as the Global Economy Grows".
A renowned expert on economic growth challenges the confusion about growing global inequality among individuals. Comparing countries and comparing individuals within those countries is akin to the classic problem of mixing apples and oranges. World data showing a surge of prosperity is a powerful and impeccable lesson for all of us.

O capítulo 2 também é importante pelo aspecto da luta contra o desemprego:
The Urgent Need for Labor Freedom in Europe—and the World
Johnny Munkhammar
After centuries of economic leadership, Europe must now face the truth that its governing institutions—especially its labor markets—are deeply flawed. Those who finally took to the streets, native and immigrant citizens alike, were severely affected by unemployment.
We Europeans are clearly at a crossroads. Either we look to the future and learn from successful market-oriented reforms, or we look back to the past and continue trying to shield old occupations from international economics. It is a choice between openness and protectionism, between modernization and nostalgia—indeed, between government intervention and freedom itself. The problems of Europe are not born overseas, but are innate to the process of internal economic development and change. That is why a tighter adherence to a failing model will only exacerbate current problems and lead to more unrest in European cities.

2) Economic Freedom of the World 2006
By James Gwartney and Robert Lawson with William Easterly
The foundations of economic freedom are personal choice, voluntary exchange, and open markets. As Adam Smith, Milton Friedman, and Friedrich Hayek have stressed, freedom of exchange and market coordination provide the fuel for economic progress. Without exchange and entrepreneurial activity coordinated through markets, modern living standards would be impossible.
Potentially advantageous exchanges do not always occur. Their realization is dependent on the presence of sound money, rule of law, and security of property rights, among other factors. Economic Freedom of the World seeks to measure the consistency of the institutions and policies of various countries with voluntary exchange and the other dimensions of economic freedom. The report is copublished by the Cato Institute, the Fraser Institute in Canada and more than 70 think tanks around the world.


Quem desejar ter acesso a dossiês compilados por mim em torno desses dois relatórios, basta pedir diretamente.

Nenhum comentário: