O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 29 de julho de 2007

758) Contribuição da Imigração Alemã para o Desenvolvimento Brasileiro

Imigração Alemã no Brasil ressaltada em Balneário Camboriú

Sob o Título “Vergangenheit - Lehre für die Gegenwart und Ansporn für die Zukunft” - (Aprendizado para o presente, estímulo para o Futuro), o semanário “Brasil-Post’, de São Paulo, publicou, na edição de setembro de 1997, um relato, resumido, mas com interessantes informações neste sentido, as quais nós gostaríamos de compartilhar e passamos a redigir em Português, conforme segue:
...A participação da Imigração Alemã inicia nos primeiros dias, em que o Brasil entra na luz da História. Inicia com o canhoneiro a bordo da caravela de Pedro Álvares Cabral e com o seu Astrônomo “Mestre João”, que pela primeira vez definia a situação geográfica do descobrimento da então denominada “Ilha de Vera Cruz”.
Desde aqueles dias, 22 de abril de 1500, até os dias de hoje, a corrente da Imigração Alemã não foi interrompida, que independentemente chamados, ou como apenas aventureiros chegam ao País. Isto prova um livro editado no ano de 1955, pelo Historiador Riograndense Dr. Karl Heinrich Oberacker Jr., publicado também em idioma Português em 1970. O prefácio para este livro, foi escrito por um dos mais importantes Historiadores do Brasil, Prof. Dr. Sérgio Buarque de Holanda, que especificou este livro como “revolucionário em todos os termos, uma contribuição frutífera para a História do Brasil”.
Oberacker prova, que a formação da Nação Brasileira, não é só obra dos Portugueses, Negros e Índios, como aparenta baseado na historia Geral, mas sim também dos Imigrantes, entre outros os Alemães, que tiveram uma participação importante...

E Segue a nossa pesquisa no que se refere ao Título atual em comemoração " 1824 - 25 de julho - 2007 - 183 - Anos de Imigração Alemã no Brasil "... lemos sob o LINK: http://www.ibge.gov.br/brasil500/alemaes.html - O Texto a seguir foi extraído do livro Brasil : 500 anos de povoamento/IBGE, 7º. Capítulo "Imigração alemã formação de uma comunidade teuto-Brasileira" ...Os Primeiros imigrantes alemães chegaram no Brasil no reinado de D. Pedro I. Estabeleceram-se no Sudeste e Sul do país onde, a partir de 1824, fundou-se a colônia alemã de São Leopoldo (Rio Grande do Sul)...segue ali uma tabela "Imigração Alemã no Brasil ... 1824-47...8.176 Imigrantes... constatando a maior recepção de imigrantes alemães 1920-29 com 75.801..., somando nesta tabela, conforme estatísticas do IBGE até 1969 um total de 203.546 imigrantes alemães.
Os colonos alemães adaptaram-se ao Brasil sem abdicar de sua cultura. Por isto construíram um novo espaço onde mantiveram o seu próprio estilo de vida, integrando a ele traços da cultura brasileira. Isto resultou no modo de ser singular do colono migrante.
Os colonos alemães expandiram-se pelo território brasileiro e levaram consigo este sistema de colonização para além da Região Sul. Muitas vezes, para bem mais longe, como Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, por exemplo.
A imigração e a colonização alemã no Brasil tiveram um importante papel no processo de diversificação da agricultura e no processo de urbanização e de industrialização, tendo influenciado, em grande parte, a arquitetura das cidades e, em suma, a paisagem físico-social brasileira.
A vida cultural dos imigrantes também teve um papel importante na formação da cultura brasileira, especialmente no que diz respeito a certos hábitos alimentares, encenações teatrais típicas, corais de igrejas, bandas de música e assim por diante. Exemplo característico é a Oktoberfest que, a princípio, surgiu como uma forma de manifestação contra as atitudes tomadas pelo Estado Novo em proibir atividades culturais que edificassem a germanidade. Hoje, ela é uma festa que simboliza a alegria alemã, tendo incorparado, com adaptações e modificações, a gastronomia, a música, a língua alemãs.
Lemos ainda, sob Título " Uma parcela do Brasil que continua dando certo" ...De 5.560 municípios brasileiros, apenas 64 têm índice de alfabetização superior a 96%. Destes 64, os primeiros 24 são todos, sem exceção, de colonização "tipicamente alemã" no RS e SC. Entremeados com outros, alguns de origem tipicamente italiana ou mesclada, mais de 40 municípios continuam ostentando características de uma colonização alemã que se forjou desde o início no tripé Escola-Igreja-Associação. Pomerode, a "cidade mais germânica do Brasil", foi declarada, em 2006, pelo Ministério da Educação em Brasília, a cidade com o melhor ensino fundamental do Brasil, passando a servir de base para as reformas de ensino. Portanto, em meio a tanta notícia ruim, ainda há o que comemorar! E muito por fazer!...
Vivemos sim momentos Escuros pois a história ainda nos relata que:...Com aquela abominável "nacionalização por decreto" - nos tempos do Estado Novo, liderado por Getúlio Vargas - (do hoje para o amanhã passaram a exigir dos imigrantes e seus descendentes o que por mais de um século sempre lhes fora negado...) - esses pioneiros tiveram de agüentar abusos, perseguições e excessos de toda ordem. Muitos - para se proteger desses e outros descalabros - acabaram traduzindo seus sobrenomes, queimaram livros e destruíram quase tudo o que os identificasse com a "germanidade...!" . Houve inclusive aqueles que deixaram de falar a Língua Alemã, envergonhando-se das suas raízes étnicas e culturais...
Com aquela maciça perseguição aos teuto, ítalo e nipo-brasileiros, durante e após os tempos da II Guerra Mundial, estas respectivas culturas sofreram terríveis golpes... "Ser alemão" era algo humilhante e motivo para deboches e gozações e o 25 de Julho passou a ser comemorado como "O Dia do Colono!". Isto, porém, não era historicamente correto, pois nem todos os descendentes de alemães eram colonos; e nem todos os colonos, descendentes de alemães...
Nós pessoalmente temos o Passaporte Original de nosso antecedentes Expedido de "Grossherzogthum Baden " = "Grão-Ducado de Baden - Alemanha" no qual consta "O Visto Blumenau 22 de Julho de 1861", ali se instalou como imigrante tendo participação ativa da Colonização de Blumenau.
Referente a nossa região praiana temos relatos como:
"Também em Balneário Camboriú, os Teuto-Brasileiros fazem História "...
Na publicação de 1985, da Gráfica Camboriú de Editora e Impressora Jornal de Camboriú Ltda., do Autor Isaque de Borba Corrêa, com o título “História de duas cidades, Camboriú e Balneário Camboriú “, discerniu sobre o Povoamento teuto-brasileiro da Praia de Camboriú, conforme segue:...Até 1925, a praia era quase deserta; emoldurada apenas por árvores e centenas de gaivotas que sobrevoavam e descansavam tranqüilamente, sobre as areias macias da maravilhosa praia, tão somente habitada por modestos pescadores, únicos que denotavam interesse por ela. A partir de 1926, começaram a apontar no centro da praia, as primeiras casinhas de veraneio construídas pêlos teuto-brasileiros vindos do vale do Itajaí, principalmente Blumenau, o mais importante núcleo emissor de turistas, no início do século. Foram eles que descobriram esta praia como excelente ponto para o seu lazer, trazendo as primeiras “excursões de fins de semana”....
Por isto Proclamamos..."VIVA O DIA DA IMIGRAÇÃO, que se estende a todas as demais etnias de imigrantes, que vieram depois dos pioneiros alemães, com isto contribuindo essencialmente com desenvolvimento sócio econômico e enriquecimento cultural deste BRASIL até os dias de hoje....
Esperamos não ser mal entendidos, mas achamos importante cumprir o nosso dever como um dos representantes de nossa Cultura em nome dos nosso "Amigos da Língua Alemã".

Mit freundlichen Grüssen = Com Cordiais Saudações

Carlos Dickmann - Fundador Presidente da
AALA - Associação dos Amigos da Língua Alemã
Sede: Balneário Camboriú - SC

Fonte: Carlos Dickmann - AALA

Um comentário:

Maria do Espírito Santo disse...

Deutschlandlied
Joseph Haydn (1797) und August Heinrich Hoffmann von Fallersleben (1841)
Por que todos os hinos podem ser – e são! – ufanistas, e só o da Alemanha, pós-1945, não? Por que não se pode dizer “Alemanha, Alemanha sobre todos (os outros países) no mundo?” Para um verdadeiro patriota, o seu país – seja ele qual for! – está ou não está acima de todos os outros? Sou brasileira, mineiríssima e nem por isso deixo de cantar o hino que tem a música mais bela entre todos os outros (2º movimento do Quarteto do Imperador de Haydn) com o Deutschland, Deutschland über alles, über alles in der Welt. Esta pátria não é minha mas a boca continua sendo. Na língua dessa Heimat escreveu Goethe, o que sonhava com uma Weltliteratur. Não há sanha desumana que possa apagar a grandeza desse e de tantos outros autores de língua alemã. Prosit!
Deutschland, Deutschland über alles,
über alles in der Welt,
wenn es stets zu Schutz und Trutze
brüderlich zusammenhält.
Von der Maas bis an die Memel,
von der Etsch bis an den Belt,
Deutschland, Deutschland über alles,
über alles in der Welt!
Deutsche Frauen, deutsche Treue,
deutscher Wein und deutscher Sang
sollen in der Welt behalten
ihren alten schönen Klang,
uns zu edler Tat begeistern
unser ganzes Leben lang.

Deutsche Frauen, deutsche Treue,
deutscher Wein und deutscher Sang!
Einigkeit und Recht und Freiheit
für das deutsche Vaterland!
Danach laßt uns alle streben
brüderlich mit Herz und Hand!

Einigkeit und Recht und Freiheit
sind des Glückes Unterpfand;
blüh' im Glanze dieses Glückes,
blühe, deutsches Vaterland.

Deutschland, Deutschland über alles
Und im Unglück nun erst recht.
Nur im Unglück kann die Liebe.
Zeigen ob sie stark und echt.
Und so soll es weiterklingen
Von Geschlechte zu Geschlecht:
Deutschland, Deutschland über alles
Und im Unglück nun erst recht.