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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Adiando uma cupula (mas vai ser preciso trocar de cupula tambem...)

O anúncio é banal, corriqueiro, até esperado, necessário, indispensável: havendo problemas de agenda, é preciso remarcar os compromissos.
Primeiro o anúncio, que foi veiculado também pelo boletim da liderança de certo partido governamental no Congresso:

Cúpula América do Sul-Países Árabes tem nova data

A Embaixada do Peru no Brasil confirmou ontem ao Ministério das Relações Exteriores que a 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em Lima, prevista para começar no dia 12 deste mês, foi remarcada para 20 de abril. Assessores brasileiros foram informados sobre o adiamento das reuniões em decorrência da crise que atinge parte do mundo muçulmano. É uma medida de precaução, a pedido dos líderes políticos dos países árabes.

A presidenta Dilma Rousseff estrearia na cúpula nos dias 15 e 16 de fevereiro. Em um primeiro momento, caberia a ela discursar em duas situações – para os empresários e depois para os líderes políticos sul-americanos e árabes. Porém, o adiamento da cúpula pode mudar parte do cronograma.

O adiamento da cúpula, na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), é estratégico, já que havia um grande risco de vários líderes de países árabes não comparecerem ao evento em função do agravamento da crise política. “Não havia outra alternativa senão o adiamento da cúpula. A ausência destes governantes no evento poderia levar a cúpula ao fracasso. Precisamos de uma cúpula consistente, prestigiada, para não perdermos credibilidade”, defendeu.

Cúpula - No total, representantes de 33 países integram a Aspa. Dos 22 países árabes que fazem parte da cúpula, seis passam por um momento delicado na política interna, como o Egito, a Jordânia, o Líbano, a Palestina, a Síria e o Iêmen. Em decorrência dessa turbulência, os líderes políticos da região pediram à organização da cúpula da Aspa para adiar sua realização.

Até o adiamento da cúpula, os negociadores planejavam divulgar, depois das reuniões, uma nota conjunta em defesa do ambiente democrático e do bem da população. O caso da criação do Estado palestino também teria destaque em apoio à autonomia e defesa da região. A medida seria uma resposta à crise política no Egito e nos demais países.

Desde o final do ano passado, há uma série de discussões pautadas para a Aspa, que se estendem à questão política na região árabe. Na lista de prioridades estão a preocupação com os efeitos da alta do preço dos alimentos, a falta de água nos países árabes e os problemas gerados por causa da desertificação.

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Medida de precaução é eufemismo.
Só que além da data, vai ser preciso trocar de cúpula também, pois os da cúpula anterior correm o risco de terem certas dificuldades para chegar, alguns até estando em lugares incertos e não sabidos, outros certamente não foram sabidos ao ponto de reformar seus regimes a tempo e agora amargam um doce exílio (tão doce quanto o permitido pelas reservas pessoais acumuladas em tantos anos de liderança sábia e esclarecida), e outros estão sendo sabidos a ponto de adiarem uma cúpula qeu corre o risco de ser adiada mais uma vez e até de não se realizar.
Que tristeza, não é mesmo? Tanta coisa para ser dita e esses manifestantes atrapalhando o calendário governamental.
Aproveitando a espera, quem sabe não se reforma a agenda, também, colocando, por exemplo, temas como direitos humanos, democracia, boa governança na ordem do dia?
Enfim, é só uma sugestão...

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