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terça-feira, 19 de abril de 2011

Fascismos: na Europa e na America do Sul - duas trajetorias

Mussolini e Chávez - Duas trajetórias
Usina de Letras, 18/04/2011

Obs.: Texto de autoria desconhecida, recebido de um oficial do Exército. Faltou acrescentar a 3ª trajetória, a de Lula, que instituiu no Brasil o fascismo gay, ou seja, a alegria fascista da cooptação de todos os setores da sociedade, incluindo os empresários, que hoje se apresentam como "socialistas". O Brasil vive, sob Dilma, um mal-disfarçado fascismo (F. Maier).

Mussolini foi um dos fundadores do Fascismo Italiano, que incluía elementos do nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo (único ponto de divergência com Chavez), combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas e enorme popularidade, pelo sucesso econômico do regime.

No início da sua carreira de jornalista e político foi um tenaz propagandista do socialismo italiano, em defesa do qual escreveu vários artigos no jornal esquerdista Avanti, de que era redator-chefe. Depois mudou de ideário político.

Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939 há: seus programas de obras públicas como a domesticação dos Pântanos Pontine e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também é creditado por garantir o sucesso econômico nas colônias italianas e dependências comerciais. Conseguiu conquistar os mais pobres pela promessa de elevação da renda (o que ocorreu no início de seu governo).

Em 1922 organizou, juntamente com Bianchi, De Vecchi, De Bono e Italo Balbo, a famosa marcha sobre Roma, um golpe de propaganda. O próprio Mussolini sequer esteve presente, tendo chegado de comboio.

Usando as suas e MILÍCIAS POPULARES (chamadas de camicie nere (camisas negras) para instigar o terror e combater abertamente os socialistas, conseguiu que os poderes investidos o nomeassem para formar governo. Foi nomeado primeiro-ministro pelo rei Vítor Manuel III, alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente, o PODER ABSOLUTO no governo do país, num tipo de GOLPE DE ESTADO BRANCO.

Seu envolvimento na II GM foi um desastre. Perdeu a popularidade e acabou enforcado pelos seus próprios italianos . A Itália tornou-se um dos países mais pobres da europa no pós-guerra.

HUGO CHAVEZ
Um oficial militar de carreira, Chávez fundou o Movimento Quinta República, da esquerda política, depois de capitanear um golpe de estado mal-sucedido contra o governo deCarlos Andrés Pérez. Chávez foi eleito presidente em 1998, encerrando o Pacto de Punto Fijo, que perdurara por quarenta anos, com uma campanha centrada em promessas de ajudar a maioria pobre da Venezuela. Com o respaldo de numerosos referendos e eleições, Chávez logrou a possibilidade de se reeleger, vencendo os pleitos de 2000 e2006. Conseguiu assim o PODER ABSOLUTO

Na Venezuela, Chávez estruturou as missões bolivarianas e MILÍCIAS POPULARES, cerne de sua política assistencial. Obtendo enorme popularidade, fundiu vários partidos de esquerda venezuelanos no PSUV, centralizou o poder e controla a Assembleia Nacional, o Tribunal Supremo de Justiça, o Banco Central da Venezuela e a indústria petrolífera, GOLPE DE ESTADO BRANCO.

Em 2009, o país entra numa profunda crise, resultante da questionável política econômica centralizadora do governo Chávez.

O presidente chegou a propor que os venezuelanos tomassem menos banho para economizar água e energia. Não obstante, procedeu à nacionalização de todos os bancos que se recusassem a oferecer mais crédito aos correntistas.

O petróleo é a maior riqueza da Venezuela, e responde por 90% de suas exportações, 50% de sua arrecadação federal em impostos, e 30% do seu PIB. Os maiores importadores de petróleo venezuelano foram, em 2006, Bermuda 49.5% (paraíso fiscal, presumíveis re-exportações.), Estados Unidos 23.6%, e Antilhas Holandesas 6,9% (paraíso fiscal, presumíveis re-exportações.).

Apesar das riquezas geradas pelo petróleo, 37.9% da população venezuelana vive abaixo da linha de pobreza (final de 2005, est.); seu coeficiente de Gini foi estimado pela ONU em 48.2 (2003), um dos trinta piores resultados no planeta.

Será o fim de Chavez igual ao de Mussolini? A trajetória dos dois é bem parecida...

Um comentário:

pseudopseud disse...

Também acho importante citar, como consta na Enciclopédia Brittanica Ultimate reference suite 2010, que Mussolini foi editor do Jornal Socialista Avanti!, convidado após seu sucesso com seu próprio jornal La Lotta di Classe,e antes mesmo deste ele colaborou com artigos em vários jornais socialistas da Itália.