O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Brasil amplia leque de relacoes diplomaticas - Correio Braziliense

Diplomacia brasileira ganha força no país e no exterior
Tatiana Sabadini
Correio Braziliense, 26/06/2011

Aos 51 anos, Brasília hospeda 124 embaixadas e é a 13ª capital mais "frequentada" do mundo. Número de representações do país no estrangeiro também tem grande expansão

Brasília – Faltavam dois meses para inauguração da capital federal, em 1960, quando a primeira embaixada estrangeira foi inaugurada. Cinco décadas depois, a envergadura da política externa e a importância do Brasil como ator global fizeram do país destino cobiçado de missões internacionais. Brasília ocupa hoje a 13ª posição entre as 20 principais sedes de postos diplomáticos, à frente de capitais europeias como Madri e Viena. É a única representante da América do Sul no ranking.

A capital chega ao cinquentenário hospedando representações de 124 países e consolida uma posição de destaque. "É algo muito significativo para o Brasil. É sinal de grande interesse em um relacionamento com o país", afirma Tovar da Silva Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Atualmente, mais 13 países demonstram interesse em abrir embaixada no Brasil, segundo apuração da reportagem. Entre eles estão Afeganistão, Butão, Cazaquistão, Ilhas Fiji, Jamaica, Mongólia e Serra Leoa. Em recente visita a Washington, o chanceler Antonio Patriota reuniu-se com uma delegação do Barein, que também manifestou desejo de ampliar sua representação em Brasília, gesto que poderá ter a recíproca por parte do governo brasileiro. Para instalar uma missão em outro país, é necessário seguir um processo administrativo definido na convenção sobre relações diplomáticas. A ação pode durar dias ou meses e depende muito da rapidez do requisitante.

A escolha do embaixador é um ponto importante para o desenvolvimento da relação bilateral. Para começar, ele precisa ser aprovado pelo governo anfitrião e ter conhecimento para representar seu papel. "É ele quem interpreta o que é possível em um relacionamento bilateral e quais são os valores de um país. Ele nos indica o melhor caminho para a interlocução", aponta Tovar Nunes. Segundo o diplomata, a grande tarefa está em "decodificar os modos de comportamento de um país e seus interesses políticos e econômicos".

RECÉM-CHEGADOS
O Brasil recebeu 28 novas embaixadas desde 2003, grande parte de países africanos. O interesse cresceu com a mudança política externa no governo Lula, que multiplicou as representações brasileiras na África. "A evolução favorável dos países emergentes ajudou o governo a desenvolver isso, e a atuação do ex-presidente, pelo carisma e pela perseverança na cooperação com a África e a Ásia, determinou o aumento do interesse pelo Brasil", afirma o porta-voz do MRE.

Entre as missões diplomáticas que desembarcaram em Brasília nos últimos oitos anos está a de Barbados. A pequena ilha caribenha instalou seu representante em fevereiro de 2010, de olhos na cooperação sul-sul. "O Brasil é uma das grandes economias emergentes e tem um papel importante no nível regional e internacional. Na última década, nossa relação cresceu e temos acordos na área de saúde, técnica, educacional e cultural. Esperamos ajudar nossos empresários a desenvolver relações comerciais e esperamos que exista uma missão de comércio no Brasil, em futuro próximo", comenta a embaixadora Yvette A. Goddard.

Muitos países decidem fincar sua bandeira no Brasil, apesar da distância geográfica e cultural, pela importância internacional. "Para a amizade, nenhuma distância é muito grande", afirma Syed Ahmed Maroof, ministro da embaixada do Paquistão. "Nós trabalhamos juntos para expandir as relações bilaterais em todas as áreas, com um foco maior em projetos econômicos. As ligações de negócios entre os dois países estão crescendo fortemente, até mesmo neste aspecto as distâncias geográficas não têm significado", completa.

O Brasil mantém 132 embaixadas e, desde 2002, abriu 218 postos – entre eles também consulados, escritórios e representações. Agora, no governo Dilma Rousseff, o país não deve ampliar os horizontes diplomáticos na mesma intensidade dos últimos oito anos. A única embaixada aberta em 2011 foi em Libreville, no Gabão. "Por enquanto, é difícil expandir, porque já abrimos (representações) em muitos países. Estamos em um momento de estabilidade, empenhados a desenvolver o trabalho nesses postos, e estamos colhendo os frutos de uma crença no diálogo com a África", declara Tovar Nunes.

Nenhum comentário: