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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A grande estrategia do Brasil: Coreia do Norte

O Brasil é generoso: alimenta os pobres dos coreanos do norte, que estão morrendo de fome por causa do cerco imperialista e do embargo americano. Ops, acho que isso é com Cuba. Não importa: o Brasil ajuda mesmo assim, ajuda todos os pobres socialistas, que ficaram pobres por causa do capitalismo. Ops, acho que foi por causa do socialismo mesmo. Não importa: temos nossa estratégia para influenciar o mundo inteiro, através dos nossos alimentos fartos, abundantes e sobretudo baratos. 
Socialistas do mundo: venham que tem comida para todos...
Paulo Roberto de Almeida 


Brasil aposta na Coréia do Norte para influir na Ásia
InfoRel, 25/11/2011 - 19h20




Brasília - O Brasil está decidido a influenciar politicamente na Ásia e aposta no estreitamento das relações com a Coréia do Norte para ocupar um papel de destaque na região. Para o Itamaraty, o país é vítima do desconhecimento sobre as suas intenções e capacidades, inclusive militares.
A Coréia do Norte é rica em recursos naturais - o país possui grandes reservas de magnesita, carvão, tungstênio, grafite, molibdênio, barita, minério de ferro e fluorita - e o Brasil pretende investir em obras de infraestrutura e alavancar o comércio bilateral.
Em outubro de 2010, o país enviou uma missão de cooperação técnica a Pyongyang com representantes do Itamaraty e da Embrapa que vai trabalhar o melhoramento da soja norte-coreana para o consumo interno e a exportação.
Também no ano passado, o Brasil doou US$ 400 mil em ajuda humanitária à Coréia do Norte por meio do Programa Mundial de Alimentos.
Na visão do ministério das Relações Exteriores, a Coréia do Norte paga um preço alto por seu isolamento político. Pyongyang tem uma ideologia própria não-alinhada com Moscou ou Pequim, avalia o Itamaraty.
Rússia, China, Estados Unidos e Japão, são os principais atores na Península Coreana e a forte presença militar norte-americana na vizinha Coréia do Sul, impede que Pyongyang aceite qualquer tipo de desarmamento.
A região tem a maior concentração de poderio militar do mundo e Seul não acredita na reunificação nos próximos 20 anos.
Na prática, esperava-se que a Coréia do Norte e Cuba desaparecessem após o fim da União Soviética.
Cenário
Para a diplomacia brasileira, a Coréia do Norte tenta reduzir sua dependência da China e mira na Rússia, mas também tem interesse no Brasil por conta da sua política externa independente.
Pyongyang apóia o ingresso do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e votou a favor da candidatura do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016 e em José Graziano para o cargo de diretor-geral da FAO.
Informe do Itamaraty diz que o Brasil "tem ajustado sua interlocução com a Coréia do Norte de acordo com o comportamento do país asiático no campo internacional, mantendo diálogo fluido nos momentos de normalidade e adotando posição cautelosa quando se acirram as relações do país com a comunidade internacional".
O Brasil acredita na potencialidade das relações bilaterais num quadro de estabilização peninsular. Caso isso ocorra, a Coréia do Norte poderá integrar-se de maneira muito mais intensa à cadeia econômica asiática e servir de ligação viária com a Rússia e a China.
Além disso, o Itamaraty acredita que em 15 de abril de 2012, o líder norte-coreano Kim Jong-il poderá transferir o poder ao filho mais jovem, Kim Jong-un, promovido em 2010 a general de quatro estrelas.

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