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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mafiosos oficiais, corruptos assumidos, prevaricadores profissionais e adesistas envergonhados...

O mundo comporta milhares de espécies, todos sabemos, animais, vegetais e minerais (ops, acho que estes últimos não se dividem em espécies, mas deixemos estas filigranas para os geólogos e naturalistas).
Das espécies animais, temos diversas tribos (ops, desculpem os antropólogos), a maior parte formada por inocentes batalhadores pela sobrevivência diária, pela resistência aos acasos da vida.
Algumas são formadas por predadores, e estes também são tão variados quanto são os desejos humanos, dos mais elementares e básicos aos mais sofisticados e refinados.
Poucos, dentre todos esses, são masoquistas, ou seja, se contentam com o próprio sofrimento.
Alguns, em menor número ainda, frequentam ou percorrem estes posts, aparecem ocasionalmente neste blog, e ficam indignados com o que lêem: "Como?!" "Esse sujeitinho se arvora em moralizador acima de tudo e de todos e se permite criticar os gregos e goianos que nos governam, que vendem seus produtos e serviços para este povo maravilhoso, que escolheu os melhores governantes possíveis, comprometidos com as causas populares, a justiça social, a igualdade real dos cidadãos?" "Como é que é? E ele ainda trabalha para esse Estado que paira acima de nós e nos enche de benesses e benfeitorias?" "Quem ele está pensando que é?"


Pois é, poucos, um número mínimo dentre esses poucos masoquistas que ainda se dão ai trabalho de ler estas páginas, se dedicam a me responder, a me xingar, quando lêem minhas criticas -- algumas sutis, outras diretas -- a todos os personagens incluídos no título deste post; esses são os adesistas anônimos, outros menos anônimos, mas que todos eles não suportam ler críticas ou insinuações aos mafiosos, corruptos, prevaricadores e outros bandidos que pululam no ou em volta dos cenáculos oficiais desta república e sociedade que nos cerca.
Eles não suportam que alguns, eu no caso, venham a destruir suas falcatruas subintelectuais, suas mentiras deslavadas, suas fraudes disfarçadas, seu autoengano coletivo, enfim, sua desonestidade proverbial.


O que posso fazer?
Dar pasto aos masoquistas? Certamente.
Não preciso fazer nada para isto, apenas transcrever o que anda todos os dias pela imprensa, a mesma imprensa que está repleta de militantes da causa, de mentirosos contumazes, de deformadores da realidade.
Não importa, basta citar ou transcrever alguma matéria, acrescentando comentários cáusticos -- como costumam ser os meus -- para deslanchar a raiva incontida dos adesistas anônimos -- cujos comentários, mesmo aqueles ofensivos, eu transcrevo aqui, menos os manifestamente fora de propósito, apenas para confirmar como é baixa a estatura moral da maior parte deles -- esses críticos de fancaria, que não conseguem escrever um único argumento em defesa dos mafiosos, mas que se comprazem em atacar o neoliberalismo, a direita, os conservadores, os opositores, os críticos, enfim, os adesistas que não suportam críticas, que não conseguem suportar a opinião alheia, que são intolerantes a ponto de pretender silenciar os não adesistas, como é o meu caso.


O que posso fazer?
Continuar transcrevendo matérias, para deixar os AAs mais furiosos ainda.


E não preciso nem citar nomes, ou casos concretos. Basta fazer alusões...


Por exemplo: as máfias sindicais (e não me refiro, desta vez, às dos trabalhadores, mas às patronais, mesmo, que eram outrora inimigas dos militantes da causa, mas que hoje já são fieis companheiros, que contribuem financeiramente para as boas causas, que engordam os amigos do capital alheio).
Existe uma máfia patronal que pagou UM MILHÃO para um companheiro para ele supostamente prestar assessoria. Como é que um empresário decente justifica perante seus colegas de Conselho a entrega disfarçada em "consultoria" dessa soma a um companheiro que no passado pretendia enforcar a burguesia?
Vejamos: "Caros colegas, precisamos nos aproximar (ou seja, comprar) esse fulaninho, que vai ser importante no próximo governo; é um investimento, vocês sabem; alguém aí contra? Ninguém, ótimo; vou mandar fazer um contrato, vocês por favor assinem a prestação de contas, e não se esqueçam de avisar os assessores que o fulaninho prestou realmente a consultoria."


Existe outra máfia, a das corporações profissionais, que não enxerga o enriquecimento desmesurado de tal  político, pois ele pertence ao partido no poder. "Melhor não mexer nisso, depois a gente vê...".


Existem também desembargadores, procuradores, juízes que passam a mão em todo tipo de falcatrua, já que isso não atinge ninguém em particular: "É só um pouco de dinheiro público, mixaria, deixa prá lá, e depois esse cara vota pelo nosso aumento de salário no parlamento..."


Existem também outras máfias, que não querem controle sobre suas atividades, que não querem cobrança de resultados, que não querem ouvir falar em produtividade, essas coisas burguesas. As nossas universidades estão cheias delas, mas o mesmo mal se estende a todas as categorias do serviço público.


Adesistas anônimos ficam doentes quando me vêem transcrevendo casos concretos de todas essas patifarias, e pensam que estou acusando a eles mesmos (de certa forma estou). Escrevem indignados, procuram rebater-me, se pudessem me calariam.


A caravana passa...
Paulo Roberto de Almeida 

Um comentário:

Cristiano disse...

Excelente Paulo Roberto de Almeida,
Meus parabéns pelo post!
Eu não tenho nenhum problema em dizer que sou liberal e com muito orgulho.
Apesar da impressão de que essa selva chamada Brasil comporta apenas a escória de qualquer sociedade - os comunistas - ainda existem liberais que lutam por esse país.
Continue escrevendo dessa forma poque você pode ter certeza que haverá ainda pessoas inteligentes que o acompanharão nas suas idéias.