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domingo, 18 de março de 2012

O imperio tratando bem o Brasil?!; tem alguma coisa errada ai...

Ops, nunca vi palavras iguais na boca dos nossos amigos imperialistas.
Eles sempre nos trataram a caneladas, e agora, quando somos nós que os tratamos às caneladas, eles nos tratam bem???
Deve ter alguma coisa errada.
Onde já se viu um imperialista legítimo afirmar coisas deste tipo?:
"Jacobson, que é responsável pela diplomacia com a América Latina, disse ainda que Washington corteja o Brasil e deseja elevar o diálogo "a um novo nível, que traga resultados concretos para os cidadãos (de ambos os países)"".
Ou ainda isto:
""Somos sócios naturais, algo que não era óbvio há cinco anos", assegurou Jacobson."
Perdi alguma coisa no caminho?
Foi a tal de diplomacia altiva e ativa, soberana, aquela que não descalça os sapatos?
Ou será que o império anda diminuído, cabisbaixo, amor próprio lá embaixo, que anda precisando de um pouco de carinho e afago?
"Ninguém me ama, ninguém me quer", poderia cantar algum imperialista dos velhos tempos a propósito da sua imagem south of the border...
Enfim, gozado não deixa de ser...
Paulo R. de Almeida

Hillary Clinton viaja ao Brasil após Cúpula das Américas em abril

iG São Paulo, 13/03/2012
Além da agenda bilateral, secretária de Estado americana deve tratar com governo brasileiro de temas como sanções contra Síria e Irã
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, viajará ao Brasil no dia 16 de abril, após a Cúpula das Américas em Cartagena e uma semana depois da visita da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca.
Segundo a subsecretária interina Roberta Jacobson, Hillary participará de um diálogo ministerial para reforçar a relação bilateral entre os dois países. Além disso, a previsão é que Hillary aborde temas como sanções contra Síria e Irã.
Hillary Clinton discursa na sede da ONU, em Nova York, sobre divisão do Conselho de Segurança em relação à Síria
Hillary Clinton discursa na sede da ONU, em Nova York, sobre divisão do Conselho de Segurança em relação à Síria
Jacobson, que é responsável pela diplomacia com a América Latina, disse ainda que Washington corteja o Brasil e deseja elevar o diálogo "a um novo nível, que traga resultados concretos para os cidadãos (de ambos os países)".
As relações políticas entre os Estados Unidos e o Brasil se estabilizaram após a chegada ao poder da presidenta Dilma Rousseff, em janeiro de 2011. Apesar das boas relações, no entanto, as divergências comerciais persistem, como demonstrou o recente e inesperado cancelamento do Departamento de Defesa de um contrato para a compra de aviões Super Tucano da Embraer.
Diplomacia: Brasil rejeita entrega de armas à oposição síria e intervenção militar
O episódio ofuscou a primeira visita oficial de Dilma como presidente à Casa Branca, no dia 9 de abril. "O tema levará seu tempo, não está sujeito a prazos políticos", disse Jacobson.
Dilma se reuniu três vezes com Obama, e o recebeu em Brasília há um ano. Na ocasião, os dois presidentes decidiram estabelecer um diálogo permanente em temas econômicos, educacionais e diplomáticos.
Petróleo
Os Estados Unidos, que buscam abandonar progressivamente sua dependência petroleira na região de países como Venezuela, têm interesse especial nas perspectivas do Brasil em águas profundas.
Obama, grande partidário das fontes de energia renováveis, não oculta seu interesse pela experiência brasileira em biocombustíveis.
Além disso, o Brasil é uma voz de destaque no grupo de países desenvolvidos e emergentes, embora critique com frequência as políticas monetárias e financeiras de Washington.
Apesar das divergências, Hillary continua comprometida para que a diplomacia brasileira se una aos países que estão aplicando sanções contra Síria ou Irã. "Somos sócios naturais, algo que não era óbvio há cinco anos", assegurou Jacobson.
O Brasil, no entanto, se mantém em um plano discreto quanto à colaboração diplomática e prefere se concentrar nas divergências comerciais.
*Com AFP

8 comentários:

Leandro Pereira disse...

Com deficit de 13 bi, quem nao fica afavel?

Leandro Pereira disse...

Errata:

13 trilhoes de deficit..

Leandro Pereira disse...

Acho que estou com problemas em relacao a esses numeros...

JOB FERREIRA DA CUNHA BANANAL - SP disse...

BEM ..PENSO QUE OS AMERICANOS SÂO PRATICOS e SABIOS ...TANTO UE AINDA SERÂO POR MUITAS DECADAS UMA GRANDE SUPER POTENCIA . ELES SIMPLESMENTE CORTEJAM, QUEM PODE DAR LUCROS A ELES ... DAI A RAZÂO DELES CORTEJAREM AGORA O BRASIL ...MAIS DO UE NUNCA O BRASIL AGORA È MAIS UTIL AOS AMERICANOS DO QUE NAS DECADAS PASSADA . E O BRASIL DEVERIA APRENDER COM ELES ....

Marcelo disse...

Por que o sentimento antiamericanista é tão forte no Brasil? Creio que seríamos um país bem melhor se, em vez de ficarmos criticando o jeito de ser americano, imitássemos muitas coisas boas que eles têm. E, sim, uma das melhores coisas que os americanos têm - e só para dar um exemplo - é seu sentimento de nação, muitas vezes ridicularizado e combatido em nossas terras. Besteira ficar chamando os americanos de "imperialistas" e etc. Se não fosse o "império" americano, por exemplo, quem garantiria as navegações comerciais seguras? A frota bananesca??? E o "império" americano é tão poderoso e opressor que permite que o mundo inteiro fale mal dele, não é? Sei como é... A culpa por todas as nossas incapacidades e fracassos é dusamericânu...

Anônimo disse...

"(...)constantly keeping in view, that it is folly in
one nation to look for disinterested favors from another—
that it must pay with a portion of its inde-
pendence for whatever it may accept under that
character—that by such acceptance it may place itself
in the condition of having given equivalents for
nominal favors and yet of being reproached with
ingratitude for not giving more. There can be no
greater error than to expect or calculate upon real
favors from nation to nation.(...)"

*Excerto do discurso de George Washington; in :"FARWELL ADRESS"(ca.September, 1796).

Vale!

Anônimo disse...

"FARWELL ADDRESS"!

Anônimo disse...

"(...)constantly keeping in view, that it is folly in
one nation to look for disinterested favors from another—
that it must pay with a portion of its independence for whatever it may accept under that
character—that by such acceptance it may place itself
in the condition of having given equivalents for
nominal favors and yet of being reproached with
ingratitude for not giving more. There can be no
greater error than to expect or calculate upon real
favors from nation to nation.(...)"
*George Washingto's "FAREWELL ADDRESS"(ca. September, 1796).

Vale!