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sábado, 21 de abril de 2012

Um retrato da universidade brasileira (2): mais um exemplo da excelencia universitaria

Continuando meu hábito de ler trabalhos universitários apresentados em seminários acadêmicos -- um exercício que faço sempre que posso, para me informar sobre o estado da pesquisa nas áreas que me interessam -- deparei com mais um exemplo de como anda a universidade brasileira.
Como no exemplo anterior, apresentado brevemente neste post:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2012/04/um-retrato-da-universidade-brasileira.html
seleciono aqui apenas uns trechos de um desses trabalhos feitos por doutores ou mestres da área de humanidades, que foi selecionado para um seminário em realização neste momento.
Não preciso comentar, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida 


[Título]
[Autores: Mestre, Doutorando, professores universitários]
[trechos]

Para falarmos sobre as políticas de ações afirmativas no Brasil, faz-se necessário fazer uma breve análise de lutas históricas dos grandes ativistas que sempre lutaram para um mundo mais justo e igualitário.
  Não é novidade e, está presente no discurso dos grandes pesquisadores que a “história” do descobrimento do Brasil se confunde com o início da escravidão no Brasil, ou seja, a colonização e a construção deram-se por meio do trabalho escravo. O Brasil foi o último país do ocidente a abolir o “trabalho escravo” e os primeiros a  pregar a igualdade de oportunidade para todos, independente da cor.
(...)

Com o advento da República, em 1889, sendo promulgada a primeira Constituição Republicana em 1891, cujo artigo 72°, parágrafo 2º estabelecia: “Todos são iguais perante a lei”.  De lá para cá esse preceito está  praticamente em todas as Cartas Magnas brasileiras, mesmo nos períodos autoritários, como por exemplo, na Constituição de 1934, que no artigo 113°, capítulo dos Direitos e das Garantias Individuais assegura no parágrafo 1º. “Todos são iguais perante a lei. Deixando claro que não  haveria privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, “profissões próprias” ou dos pais, classe social, riqueza, crenças religiosas ou ideias políticas”.

Nesse contexto, ou seja, em busca da prometida “igualdade”,  há cerca de 124 anos de “liberdade”  o negro luta pela sua integração no mundo dos brancos. Tema abordado por Florestan Fernandes na obra A Integração do Negro na Sociedade Classes de 1965, uma das análises está relacionada aos impasses vivenciados por  negros e mulatos  e do esforço dos mesmos vislumbrando uma inserção na nova ordem social, construído pelo novo regime de relações de produção. Tendo como cenário a cidade de São Paulo.

Quando se coloca em pauta a inserção do negro no mercado de trabalho, vários percalços são elencados no sentido entender a falta de oportunidade, o primeiro é a escravidão, que perduram mais de três séculos a simples lei solucionou os problemas enfrentados pelos africanos e seus descendentes. Se ao lutarem pela liberdade dos negros, os ativistas mais aguerridos não pensaram na falta de estrutura e planejamento para, e por consequência os libertos foram lançados à própria sorte.
(...)
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PRA: Pronto, acho que basta. Independentemente dos argumentos, eu me pergunto em que escola esses professores aprenderam portugueis...

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