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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Educacao: criacao de riqueza diminui; deficit publico aumenta...

Existem carreiras e profissões que produzem riquezas e renda, como as engenharias em geral, as científicas, por exemplo. E existem aquelas que produzem aumento do déficit público. Adivinhe de que lado está o Brasil?
Do lado da "pedagogia" de Paulo Freire, claro...
Paulo Roberto de Almeida

Ciências Sociais lidera preferência no ensino superior

Educação aumenta participação entre os cursos universitários

Uma pesquisa do Censo 2010 sobre a distribuição das pessoas com pelo menos nível superior, por áreas gerais de formação, mostra que, seguindo a tendência do levantamento de 2000, a maioria (37,8%) se formou na área geral de Ciências Sociais, Negócios e Direito. Os dados revelam ainda um aumento de 74,1% na participação na área de Educação e uma queda de 20% em Engenharia, produção e construção em relação ao último recenseamento.
Segundo os novos números do IBGE, a formação em Engenharia abrange 7,6% das pessoas com nível superior concluído, na frente apenas dos ramos de Serviços (2%) e Agricultura e Veterinária (1,9%). No Censo de 2000, a participação na área era de 9,6%.
Dados de outra pesquisa, o Censo da Educação Superior do MEC, mostram quadro diferente. Pelos dados do MEC, houve aumento de 161% no número de concluintes em cursos de Engenharia no Brasil de 2001 a 2011. No entanto, como todo o ensino superior cresceu no país, os formados em cursos de Engenharia continuam representando, tanto em 2001 quanto em 2011, apenas 7% do total dos que concluem o ensino superior no Brasil.
falta de planejamento
Para Luís Testa, diretor de Marketing da Catho - empresa de vagas online -, o resultado reflete, sobretudo, a falta de incentivo do governo na criação de mão de obra nacional qualificada na área. Segundo ele, muitas vezes as vagas acabam preenchidas por trabalhadores de outros países.
- O que aconteceu foi que a demanda desses profissionais cresceu muito, mas a formação na área não acompanhou. A Engenharia é um campo em que é preciso antever a necessidade de pessoal, porque o ciclo de desenvolvimento e capacitação é longo, de no mínimo cinco anos. Não adianta chegar de uma hora para outra e dizer que está precisando de engenheiro para ontem. Se hoje existem muitos investimentos na área, já houve o tempo em que esse era um mercado limitado. Era preciso ter pensado um plano de estímulo antes - afirma.
A vice-diretora da Faculdade de Educação da Uerj, Rosana de Oliveira, acredita que o déficit de engenheiros é formado ainda na educação básica.
- A Matemática ainda é temida pela maioria dos nossos estudantes, e a impressão que se passa é que os cursos da área de Engenharia são muito difíceis. Consequentemente, menos pessoas acabam buscando essa formação no nível superior. É uma coisa também de tradição - diz Rosana.

Um comentário:

Leandro Lev Lavi disse...

Confesso, que tenho muita afinidade com cursos da área de ciências sociais. Cursei um ano de cada: Propaganda e Marketing e Relações Internacionais. Sai, insatisfeito com ambos. Quanta leitura, inútil, quanto tempo perdido. Entrei em crise, pensando no que realmente eu deveria fazer. Quero uma profissão que tenha aceitação em todo o Mundo "globalizado". Engenharia, me pareceu algo óbvio. Algo que nunca pensei, mas que vejo amigos que se formaram, relativamente bem no mercado hoje. Diferente dos que cursaram matérias de ciências sociais... Só preciso escolher qual Engenharia fazer. Acredito que minha afinidade forte com ciências humanas será um diferencial na hora de analisar o que está a minha volta. Notícia muito proveitosa Professor. Grande abraço.