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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Guerra cambial: esses banqueiros enviesados contra nos...

Deve ser mentira: ou então se basearam no que disse o ministro da Fazenda, a pessoa justamente menos preparada para tratar de política cambial...
Esses banqueiros acreditam em qualquer um...
Paulo Roberto de Almeida

Brasil é o 4º mais intervencionista no câmbio, diz HSBC

País cai no ranking, pois no ano passado ocupava a segunda posição; Suíça e Japão são os países que mais intervêm

13 de fevereiro de 2013

Fernando Nakagawa, da Agência Estado
LONDRES - O Brasil deixou de ser um dos países mais ativos na proteção de sua moeda. A constatação é de um estudo divulgado nesta quarta-feira: o Ranking da Guerra Cambial. Produzido pela equipe de pesquisa global do banco britânico HSBC, o levantamento compara 36 moedas e a ação desses países no mercado. De zero a dez, o Brasil ficou com sete pontos na contagem dos mais intervencionistas no câmbio - o que lhe rendeu o quarto lugar da lista. Com dez pontos, Japão e Suíça dividem o título de mais ativos na defesa de suas moedas.
No estudo, economistas do HSBC compararam o comportamento de 35 diferentes países e também da União Europeia nos últimos 12 meses. Levaram em conta desde aspectos subjetivos, como os discursos e a retórica dos líderes econômicos, até itens comparáveis, como taxa de juro, volume de intervenções diretas, medidas regulamentares e programas de relaxamento quantitativo.
Feita a comparação, o Brasil recebeu sete pontos em uma escala que varia de zero - o menos intervencionista - até dez - o mais ativo possível. Além de medidas tradicionais de política monetária como corte de juros, o estudo diz que "a regulamentação tornou-se a tática adicional favorita dos emergentes".
O HSBC dá como exemplos a mudança de alíquotas de impostos ou novas regras para o mercado. "O Brasil é um exemplo notável disso, onde novas alíquotas passaram a ser cobradas em operações financeiras que estavam pressionando o real."
Com sete pontos, o Brasil divide o 4.º lugar no ranking com o Peru e Taiwan. À frente estão Colômbia, Venezuela e Turquia, com oito pontos, e Argentina, com nove pontos, além dos líderes Japão e Suíça, que têm a pontuação máxima.
Queda. No ano passado, o Brasil era mais intervencionista e estava em segundo lugar, atrás apenas da Suíça. "Um ano atrás, a intervenção era maior e visava a enfraquecer o real. Agora, há uma ação de duas vias para manter a relação entre o dólar e o real em um intervalo", diz o estudo, que sinaliza que o menor esforço brasileiro tem a ver com a cotação do dólar no Brasil que, nos últimos meses, tem oscilado entre R$ 1,95 e R$ 2,05.
Outro fator que explica o Brasil menos ativo é o custo dessa intervenção. "Uma moeda mais fraca pode aumentar a inflação. O Brasil usou sua moeda para estimular o crescimento, mas recentemente reconheceu que o impacto negativo disso é ter mais inflação", diz o relatório. Diante desse custo para a economia, o HSBC prevê que o governo brasileiro passará a agir de maneira "mais suave".
Atrás do Brasil no ranking estão todos os outros grandes emergentes e também as economias maduras: os Estados Unidos têm seis pontos, China e Reino Unido têm quatro pontos, Rússia e Chile fizeram três pontos e a Índia tem apenas um ponto. Na lanterna, Canadá, México e África do Sul têm zero ponto e recebem o título de menos intervencionistas no mercado cambial.
As perspectivas de curto prazo para a guerra cambial não são muito otimistas. Para o banco, atualmente são maiores as chances de um recrudescimento da disputa de moedas nos próximos meses, especialmente com uma possível reação do Banco Central Europeu e de países produtores de commodities. O estudo, porém, não cita quais os países produtores de produtos básicos poderiam reagir.

Um comentário:

Gilrikardo disse...

--Caro professor,

SEXTA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE
2013

Também sou minoria

__Em muitas ocasiões a gente fica vendo a banda passar. Percebi isso ao acompanhar os ditos movimentos sociais. De uns tempos para cá, em nome da tal diversidade, grupos e mais grupos surgem a empunhar bandeiras das mais diversas cores, sabores e odores. Foram tantas combinações que praticamente fui obrigado a redefinir certos conceitos, além de reavaliar a utilidade ou perigo de certos relacionamentos ditos até então como normais dentro do mundo que acreditava estar inserido.
__Feito isso, naturalmente senti-me parte do outro mundo que abriu-se à minha frente, e aí que a vaca foi para o brejo, pois de cidadão tranquilo com a condição de ser apenas mais um a lutar para tentar desfrutar alguns momentos dessa vida humana, de forma independente, sem estar atrelado a nada, ou devido á impossibilidade de ser livre total, procurar depender o mínimo possível de forças estranhas à minha legítima vontade.
__E agora, a que minoria devo pertencer? Em que bandeira deverei me abrigar? Talvez bandeira dos indignados com a política, será? Indignar-se é fácil, e aí, qual o sentido da indignação, que fazer para sair da indignação... é parece que não existe ainda a bandeira dos indignados pela política. Ou quem sabe o movimento dos sofredores do ensino, também só escuto resmungos e choradeiras, de concreto nada. É não está fácil situar-me nesse “neoparadigma” diversidades. E o movimento daqueles sedizentes anarquistas ou contra todos os governos, ou ainda adoradores da iniciativa individual, donos do nariz, altamente responsáveis pelos próprios atos, assumidamente construtores do próprio destino... cadê? Onde encontrarei tal bandeira?
__É, pelas bandeiras que vejo tremular, dificilmente uma que defenda os libertários ascenderia mais que meio mastro.
__E agora josés, joãos e eus desta vida. Como eu disse, também sou minoria, e parece que serei mesmo, eu e minha cara, eu e minhas idéias sentado à beira do caminho a contemplar o desfile, pois já dizia alguém em algum lugar: antes só, do que mal acompanhado.