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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Rio Grande do Sul: um estado perto do descalabro fiscal (perto nao: ja' esta'...)

Eu não sou gaúcho, e portanto poderia dizer: vocês que são gaúchos que se entendam...
Brincadeira, claro. Sou casado (há muito tempo, e não pretendo descasar, mas casar novamente, por amor mesmo), com uma gaúcho, e portanto, nada do que é gaúcho me é indiferente, sobretudo economia e políticas públicas, que são meu prato intelectual favorito de estudos e debates.
Considero grave as informações abaixo do jornalista gaúcho Políbio Braga, cuja coluna diária acompanha, não tanto por gauchismo de osmose, mas por interesse mesmo (são tão poucos os jornalistas inteligentes neste país).
Sinto pena dos gaúchos, cidadão de um estado que já nos deu Oswaldo Aranha e tantos outros nomes de valor, que já teve a melhor educação do país (já não é mais o caso, graças aos companheiros), que já teve o melhor IDH (já não é mais o caso), que já espalhou civilização, cidadania e trabalho pelo resto do Brasil, exportando seus muitos filhos agricultores, churrasqueiros, trabalhadores, gaiteiros e "mateiros". Infelizmente, estão conseguindo destruir o estado.
Confio nos bons valores, como os do Foro da Liberdade, que se reune em poucos dias.
Auguro dias melhores, quando os bárbaros deixarem o governo...
Paulo Roberto de Almeida

Governo Tarso Genro promove assalto inédito ao caixa único do Estado. Ele confisca R$ 4,2 bilhões da conta dos depósitos judiciais.
Políbio Braga, 3/04/2013

O governo do sr. Tarso Genro finalmente abriu parte da caixa preto em que transformou seu caixa único, chamou a domesticada jornalista Rosane Oliveira, RBS, e mandou seu recado curto e grosso:

- Pegamos R$ 4,2 bilhões dos depósitos judiciais (depósitos de partes em ações tramitando nas instâncias de outro Poder, o Judiciário) e enfiamos no caixa único, onde gastaremos quando bem entendermos, onde bem entendermos e jamais devolveremos.

. Questionado pela jornalista sobre o ineditismo do assalto aos cofres públicos, o secretário Odir Tonnollier foi de uma franqueza apalermante:

- Ah, mas o Rigotto fez o mesmo e além disto a lei nos autoriza a fazer isto.

. Não pode dizer que Yeda Crusius ou Dom Pedro II fizeram o mesmo, porque estes foram governantes que não meteram a mão no dinheiro do caixa único, com ou sem a menor intenção de devolver.

. O atual governo já tinha sacado outros R$ 1,8 bilhão do caixa único.

. Trata-se de outro governo que não faz, que gasta mais do que ganha e que além disto não tem quadros para impor ordem à desordem administrativa e financeira que implantou.

. Desde o dia 3, as 2h22min, quando o editor queixou-se do fato de que o governo tinha ultrapassado o terceiro mês do ano sem revelar a movimentação patrimonial do Estado, foi possível perceber que algo era tramado nos porões do Palácio Piratini. Sem conhecer essa movimentação, seria impossível avaliar os valores do ativo, passivo, existência de recursos financeiros, dívidas de curto e longo prazo, restos a pagar e  dívidas do exercício. A lista é apenas exemplificativa.

. Sem conhecer a movimentação patrimonial, não há como saber os saques do caixa único.

. O governo alegava que estava "arrumando o plano de contas",  mas já se vê que isto era mentira.

- O governo do PT quebrou o Estado novamente, em menos de três anos, como fez Olívio Dutra, que saqueou totalmente o caixa único, endividou-se de maneira selvagem e só pagou o 13º salário do último ano do seu governo porque o governo FHC, seu adversário, alcançou-lhe o dinheiro na calada da noite, na undécima hora, depois de rocambolescas viagens aéreas na calada da noite, para recolhimento de assinaturas de contratos que resultaram na entrega de patrimônio do Estado. Tarso Genro caminha para o mesmo tipo de desastre.

Chegou a hora de impor ao RS uma Lei Estadual de Rsponsabilidade Fiscal

A oposição na Assembléia Legislativa do RS não tem mais desculpas para não propor a aprovação de uma Lei Estadual de Responsabilidade Fiscal duríssima, capaz de enquadrar governos perdulários e incompetentes como o atual governo do RS.

. A Lei Federal de Responsabilidade Fiscal deixou abertas as portas para manobras escusas do tipo do uso dos recursos do caixa único estadual. Esse tipo de dinheiro representa empréstimos disfarçados e não exigem aprovação da Assembléia.

. Os sucessivos assaltos aos cofres públicos gaúchos precisam acabar de uma vez por todas. Sem isto, nunca haverá equilíbrio das contas e jamais o governo disporá de recursos próprios - sustentados - para pagar bem, quitar as contas em dia e investir.

- Qualquer dona de casa sabe que não pode gastar mais do que consegue receber, mas o governo do RS nem isto sabe.

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