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sábado, 1 de março de 2014

Brasil-Venezuela: cautela diplomatica, engajamento partidario...

O que se percebe no Brasil, atualmente, nas entrelinhas da nota transcrita abaixo, é que o establishment diplomático está bastante cauteloso, tal como revelado na linguagem adotada nesta nota, bastante diferente daquele comunicado vergonhoso, escrita por Nicolás para o Mercosul, e aceita passivamente por todos os demais países, mas sem qualquer assinatura, o que já revela desacordos de princípio quanto ao fundo.
Por enquanto, o Itamaraty tenta preservar seu capital de credibilidade, ante o engajamento do poder na sustentação de companheiros que exageraram nitidamente na dose...
Paulo Roberto de Almeida

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota nº 55
28 de fevereiro de 2014

Visita do Chanceler da Venezuela, Elías Jaua, ao Brasil
Brasília, 27 de fevereiro de 2014

O Ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, recebeu, na noite de ontem, 27 de fevereiro, visita do Chanceler da República Bolivariana da Venezuela, Elías Jaua. A visita realizou-se no marco das viagens do Ministro Jaua a países da região, com o objetivo de apresentar elementos atualizados sobre a situação interna na Venezuela. O Chanceler venezuelano ressaltou o empenho do Presidente Nicolás Maduro na promoção de um diálogo nacional.


Ao agradecer a gentileza da visita e as informações prestadas, o Ministro Figueiredo manifestou a confiança de que, pela via do diálogo e do respeito ao ordenamento institucional, a Venezuela resguardará a ordem democrática e o Estado de direito, atendendo aos anseios do povo venezuelano e de seu Governo de seguir seu desenvolvimento com estabilidade política e paz.

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Enquanto isso, o "diálogo"  prometido pelo governo avança...
Paulo Roberto de Almeida

Jornalistas estrangeiros são detidos na Venezuela

Ao todo 41 foram detidos pelas forças de segurança de Maduro

01 de março de 2014 | 6h 21
O Estado de S. Paulo
Pelo menos 41 pessoas, incluindo jornalistas estrangeiros, foram presas ontem em Caracas, na Venezuela, quando forças de segurança enfrentaram manifestantes contrários ao governo. As forças de segurança utilizaram canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que eram liderados por estudantes. Em resposta, encapuzados levantaram barricadas e responderam lançando pedras e coquetéis molotov.
De acordo com números do próprio governo de Nicolás Maduro, 18 pessoas morreram em três semanas de protestos no país. Sem sinais de avanço na crise política, o governo dos Estados Unidos pediu que Maduro converse com os manifestantes.
"Eles precisam ter um diálogo, unir as pessoas e resolver seus problemas", disse em Washington o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que também criticou "as prisões e a violência nas ruas". Kerry disse ainda que os Estados Unidos estavam trabalhando com a Colômbia e outros países para reforçar os esforços de mediação.
Maduro, por sua vez, rotulou os protestos que começaram em 4 de fevereiro como uma tentativa de "golpe". Ele diz que os líderes da oposição radical se uniram a estudantes para derrubar o governo.
Oito dos detidos pelas forças de segurança são, de acordo com a TV estatal VTV, estrangeiros ligados ao terrorismo internacional. A associação venezuelana de jornalismo SNTP disse que um dos estrangeiros é o repórter free lance Andrew Rosati, que escreve para o Miami Herald. Rosati foi detido por meia hora e liberado após ser "atingido no rosto e no abdômen" por forças de segurança, informou a SNTP pelo Twitter.
A associação também disse que a fotógrafa italiana Francesca Commissari, que trabalha para o jornal local El Nacional, havia sido presa. Oficiais do governo não deram informações ou detalhes sobre a prisão de estrangeiros./ Dow Jones Newswires

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