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sábado, 8 de março de 2014

Estante: o golpe de 1964 em livros (Estadao)

Estante especial: O golpe de 1964 em livros

Maria Fernanda Rodrigues
Babel: Literatura e Mercado Editorial
Blogs Estadão, 7/04/2014
O aniversário de 50 anos do golpe militar movimentou as editoras nos últimos meses. Muitos livros já estão nas livrarias. Outros terão lançamento próximo. Confira os principais lançamentos:
No prelo
Flávio Tavares narra o que testemunhou do movimento militar e da derrubada de João Goulart quando era repórter de política em Brasília. 1964 – O Golpe será lançado pela L&PM em março.
Disponível a partir de 10 de março, Qualquer Maneira de Amar – Um Romance à Sombra da Ditadura, de Marcus Veras, com edição da Ponteio, conta a história de Mauro, advogado aposentado, sessentão e retirado nas cercanias de Petrópolis, que faz um balanço de sua vida. A obra procura dar um lugar na história para aqueles que não foram guerrilheiros heroicos, mas simpatizantes da militância e que também sofreram as consequências da ditadura.
A Boitempo publica, ainda este mês, Ditadura: O Que Resta da Transição? Com organização de Milton Pinheiro, livro trará 12 ensaios sobre temas variados relacionados aos 50 anos do Golpe de 64, com contribuições de Anita Prestes, Marco Aurélio Santana, Adriano Codato, Décio Saes, João Quartim de Moraes, Lincoln Secco, entre outros.
Também prevista para março, pela Boitempo, a edição 22 da revista semestral Margem Esquerda trará dossiê sobre arte e cultura na ditadura. A coordenação é de Marcelo Ridenti e a edição contará com uma entrevista de Moniz Bandeira, textos de Eric Nepomuceno, Jorge Fornet, Angelica Lovatto, Beto Almeida e outros, artigos de István Mészáros, Suzan Watson e Michael Löwy.
Almanaque 1964, de Ana Maria Bahiana, está previsto para sair em 19 de março. Com lançamento pela Companhia das Letras, obra promete, com textos e muitas fotos, típicos de almanaques, contar o que aconteceu no ano em que o Brasil iniciava a vida sob ditadura militar.
O romance Que Mistérios Tem Clarice?, de Sérgio Abranches, sairá pela Globo em maio. É a história de uma mulher que decide contar aos filhos uma parte de sua história nunca revelada: sua participação na luta armada.
Luciana Hidalgo prepara, para a Rocco, o romance Rio-Paris-Rio (ainda sem previsão de lançamento). A obra retrata a viagem de ida-volta de um grupo de jovens entre Rio e Paris durante a ditadura. Trata de questões como o exílio e o ser estrangeiro, política e afeto, solidão e juventude.

Nas livrarias

Livros Contra a Ditadura: Editoras de Oposição no Brasil, 1974-1984
Autor: Flamarion MauésEditora: Publisher (288 págs., R$ 30)Pesquisador apresenta um quadro geral do surgimento e da atuação das editoras de oposição no Brasil nesse período, analisando o papel político e cultural que tiveram. Além disso, analisa o caso de três pequenas editoras de oposição: a Ciências Humanas, a Kairós e a Brasil Debates.
1964: O golpe que Derrubou um Presidente e Instituiu a Ditadura no Brasil
Autores: Jorge Ferreira e ngela de Castro Gomes
Editora: Civilização Brasileira (420 págs., R$ 40)
Historiadores e professores da Universidade Federal Brasileira, os autores traçam um panorama do regime civil-militar, destacam personagens e momentos que marcaram o período, reconstituem a história do governo Goulart e mostram que o golpe não era o único desfecho para o País.
Ditadura e Democracia no Brasil: Do Golpe de 1964 à Constituição de 1988
Autor: Daniel Aarão Reis
Editor: Zahar (196 págs., R$ 44,90; R$ 29,90)
Historiador e professor da Universidade Federal Fluminense mostra como a ditadura se instalou, evoluiu, alcançou o apogeu e chegou ao fim. A obra, uma versão ampliada e atualizada de Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedades, publicada em 2000, trata, também, da relação entre a sociedade civil e militares.
A Ditadura Militar e Os Golpes Dentro do Golpe – 1964-1969
Autor: Carlos Chagas
Editora: Record (490 págs., R$ 60)
Jornalista se vale das notícias publicadas pela imprensa para resgatar as histórias de bastidores do período do golpe militar. O autor prepara a continuação do livro, que compreenderá o período de 1970 e 1985.
A Ditadura que Mudou o Brasil – 50 Anos do Golpe de 64
Organização: Daniel Aarão Reis, Marcelo Ridenti e Rodrigo Patto Sá Motta
Editora: Zahar (196 págs., R$ 44,90; R$ 29,90 o e-book)
Especialistas avaliam o processo acelerado de modernização imposto pela ditadura militar. Em discussão, urbanização, industrialização, costumes, instituições políticas e cultura.
1964: História do Regime Militar Brasileiro
Autor: Marcos Napolitano
Editora: Contexto (368 págs., R$ 49,90; R$ 39,90 o e-book)
Historiador da USP tenta responder questões como ‘A ditadura durou muito graças ao apoio da sociedade civil, anestesiada pelo ‘milagre’ econômico?’ e ‘Foi Geisel, com a ajuda de Golbery, o pai da abertura, ou foi a sociedade quem derrubou o regime militar?’, entre outras.
1964 – Golpe ou Contragolpe?
Autor: Hélio Silva
Editora: L&PM (360 págs, R$ 48,90; R$ 34,90 o e-book)
Autor de Ciclo de Vargas, que conta em 16 volumes a história republicana brasileira, da proclamação ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, aborda, nesta obra, o golpe militar. O autor recupera a preparação, a eclosão e os primeiros movimentos da ditadura.
Coleção Elio Gaspari
Série escrita pelo jornalista Elio Gaspari ganha nova edição revista e atualizada. Os e-books trazem fac-símiles de documentos pesquisados e citados, fotos, vídeos e áudios. Os volumes são: A Ditadura Envergonhada (464 págs., R$ 39,90; R$ 14,90 o e-book), A Ditadura Escancarada (560 págs., R$ 39,90; R$ 14,90 o e-book), A Ditadura Derrotada (580 págs., R$ 39,90; R$ 14,90 o e-book) e A Ditadura Encurralada (560 págs., R$ 39,90; R$ 14,90 o e-book).
O Passado que Não Passa – As Sombras das Ditaduras na Europa do Sul e na América LatinaOrg.: António Costa Pinto e Francisco Carlos Palomanes MartinhoEditora: Civilização Brasileira (336 págs., R$ 40)A experiência brasileira com os regimes ditatoriais é contada em dois dos dez artigos deste livro. Daniel Aarão Reis Filho, professor da Universidade Federal Fluminense, assina o texto O Governo Lula e a Construção da Memória do Regime Civil-Militar. Já Alexandra Barahona de Brito, professora do Instituto Universitário de Lisboa, é autora do artigo “Justiça Transicional” em Câmara Lenta: O Caso Brasil, sobre o processo de redemocratização.
O Verão do Golpe
Autor: Roberto Sander
Editora: Maquinária (272 págs., R$ 39,90)
Jornalista recupera o cenário social e cultural da temporada que antecedeu a derrubada do presidente João Goulart.
O Golpe de 1964 e o Regime Militar
Organização: João Roberto Martins Filho
Editora: EdUFSCar (223 págs., R$ 29)
Publicada originalmente em 2006, obra com artigos escritos por acadêmicos volta às livrarias no momento em que se completam 50 anos do golpe militar.
Ditadura à Brasileira
Autor: Marco Antônio Villa
Editora: Leya (432 págs., R$ 49,90; R$ 33,90 o e-book)
Historiador apresenta as peculiaridades do regime e os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais dos cinco governos militares e defende que não é possível chamar o período de 1964-1968, até o AI-5, de ditadura já que havia movimentação político-cultural. O autor pretende, assim, desmistificar a ditadura brasileira.
Não Passarás o Jordão – Tortura, Terror e Morte na Ditadura Militar Brasileira
Autor: Luiz Fernando Emediato
Editora: Geração (216 págs., R$ 34; R$ 19,90 o e-book)
Publicada em 1977, obra mistura personagens reais e fictícios para contar sobre o clima da época da ditadura
K. – Relato de Uma Busca
Autor: Bernardo Kucinski
Editora: Cosac Naify (192 págs., R$ 29,90)
Romance, um dos raros da literatura brasileira situado na ditadura militar narra a busca de um pai pela filha desparecida. Lançado pela independente Expressão Popular em 2011, obra que ganhou menção honrosa no Prêmio Portugal Telecom de 2012 passa para o católogo da Cosac Naify.
Você Vai Voltar para Mim
Autor: Bernardo Kucinski
Editora: Cosac Naify (192 págs., R$ 29,90)
Depois de publicar K. seu romance de estreia, jornalista lança volume de contos. As histórias dão voz a pessoas que sofreram durante o período de repressão militar, detalha métodos de tortura, retrata a reação das gerações seguintes.

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