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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Jornais americanos: piadas sobre os proprios - Carlos Brickman e Paulo Roberto de Almeida

O jornalista Carlos Brickmann, cuja coluna eu recebo e leio todos os dias, não é o autor do que vai abaixo, e pede para que seus leitores façam o mesmo com os jornais brasileiros. Posso tentar...
Paulo Roberto de Almeida

Esta brincadeira sobre jornais circula na Internet americana:

1 - O Wall Street Journal é lido pelos que dirigem o país.

2 - O Washington Post é lido pelos que pensam que dirigem o país.

3 - O New York Times é lido por quem acha que deveria dirigir o país e que é muito bom em palavras cruzadas.

4 - O USA Today é lido por quem acha que deveria dirigir o país mas não entende o New York Times. E adora estatísticas mostradas sob o formato de pedaços de pizza.

5 - O Los Angeles Times é lido por quem não se importaria em dirigir o país, se tivesse tempo, e não precisasse sair da Califórnia.

6 - O Boston Globe é lido por quem teve antepassados que dirigiram o país.
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Será que dá para fazer o mesmo com os jornais brasileiros? Vamos ver...

1 - O Estado de São Paulo é lido por quem tem poder de fato, mas não tem votos, e gostaria de dirigir o país. Na falta dessa possibilidade, seus editoriais ensinam como deveria ser dirigido o país.

2 - O Globo é lido por gente que já comandou os destinos do país, sente saudades daqueles tempos, mas agora só tem de administrar o populismo de uma classe política que se perdeu irremediavelmente nos desvãos da história.

3- A Folha de São Paulo é lida por quem se acha progressista, avançado, e que pretende dar lições de moral para todo mundo, especialmente aos conservadores, que são todos aqueles que estão no poder, mesmo quando se pretendem avançado e progressista,  é apenas conservador.

4 - O Correio Braziliense é lido por todos aqueles que pretendem fazer concurso para o serviço público federal, e quer saber quando será o próximo que vai anunciar novas "boquinhas" abertas...

5 - O Jornal do Brasil já foi lido por todos os membros das elites políticas, culturais, diplomáticas e tutti quanti se achavam importantes na capital da República quando esta era na cidade maravilhosa. Como esta foi ficando cada vez menos maravilhosa, e as novas elites políticas não coincidiam exatamente com as elites culturais e diplomáticas, o jornal entrou em irremediável decadência, sobretudo econômica, pois empresas familiares sofrem as agruras da degeneração geracional...

Acho que é isso, pelo menos é minha opinião.
Paulo Roberto de Almeida

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