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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Reflexao do dia: George Orwell (sempre ele...)

Comprei, antes da viagem, dois livros que me acompanharam por 12 mil kms, mas que não pude abrir, devido justamente à concentração total nas coisas da viagem através dos EUA.
Como a Birmânia parece ter deixado para trás (esperemos que de forma definitiva) o Estado orwelliano que a caracterizou durante mais de quatro décadas de regime militar "socialista", eu havia comprado dois livros para conhecer melhor o país nesta fase de sua nova integração ao mundo.
O Brasil, inclusive, abriu uma embaixada em Rangoon (antigo nome da capital sob o império britânico), mas isto foi uma decisão companheira, adotada quando a Birmânia (ou Mianmar, como eles preferem ser chamados agora) ainda era uma ferrenha ditadura, o que combina totalmente com o espírito companheiro: basta ser ditadura, que eles são aliados incondicionais.
Enfim, os livros são estes:

George Orwell:
Burmese Days
Edição Penguin, de 1989, mas baseada na primeira edição que a editora fez em 1944, quando foram corrigidas adaptações que o autor teve de fazer em 1935, a pedido do editor comunista Victor Gollancz, e que seguiu a primeira edição americana de 1934, corrigida depois pelo autor.

Emma Larkin:
Finding George Orwell in Burma
Edição da Penguin de 2004, mas com um epílogo atualizado em 2011, depois que a ditadura organizou eleições, ainda controladas, mas já num processo de abertura gradual.

O primeiro eu comprei barato na Abebooks; o segundo na Amazon, pois se trata de livro relativamente novo.

Enfim, a frase que eu encontro na abertura do livro da Emma Larkin é a seguinte, muito citada, extremamente conhecida e no entanto absolutamente verdadeira:

Who controls the past controls the future;
who controls the present controls the past.

Nineteen Eighty-four

Perfeito para os dias que correm e para o que estão fazendo os companheiros, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 24/09/2014

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