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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Venezuela: o socialismo do seculo XXI em sua etapa ridicula (e ultima?)

Os bolivarianos já são ridículos em si. Mas eles conseguem se aperfeiçoar...
Paulo Roberto de Almeida 

Venezuela: Chavismo cria sua própria versão do 'Pai Nosso'

'Não nos deixe cair na tentação do capitalismo', diz um trecho da oração chavista, o mais novo golpe de oportunismo populista do presidente Maduro

Veja.com, 2/09/2014
O presidente venezuelano Nicolás Maduro
O presidente venezuelano Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters/VEJA)
“Chávez nosso que estás no céu”. Parece uma piada de mau gosto, blasfêmia, mas é a primeira frase da ‘oração chavista’, a mais nova criação do governo de Nicolás Maduro para tentar perpetuar o chavismo na Venezuela – reporta nesta terça-feira o jornal La Nación. A prece chavista foi apresentada oficialmente nesta segunda em um evento do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), atualmente no poder. A mais nova peça do populismo rasteiro de Maduro pode soar como piada, mas é cínica o suficiente para mesclar o chavismo com a oração mais popular do catolicismo, a religião de mais de 85% dos venezuelanos.
Em um teatro em Caracas, com a presença de Maduro, a oração marcou o encerramento – e o ponto alto – do evento governista. “Chávez nosso que estás no céu, na terra, no mar e em nós/ Santificado seja o teu nome, venha a nós o teu legado para ajudar pessoas de aqui e ali”, entoou em tom solene a deputada chavista Maria Uribe. "Dê a nós a tua luz para nos guiar todos os dias/ Não nos deixe cair na tentação do capitalismo, mas livra-nos do mal, da oligarquia, do crime de contrabando, porque a pátria, a paz e a vida são nossas/ Por séculos e séculos, amém/ Viva Chávez”, termina a oração.
O evento governista, focado para discutir os “desenhos do sistema de formação socialista”, começou na quinta-feira e teve a participação de cantores e poetas que dedicaram suas peças para o falecido presidente Hugo Chávez e a chamada revolução bolivariana. No encerramento, além de Maduro, estiveram presentes também ministros, governadores e outras autoridades chavistas. O presidente, em seu discurso, disse que a “revolução está em uma fase que exige cada vez mais valorização da educação".  
"Quando nos perguntamos quais valores devemos construir e onde devemos fazer esses valores, só tem uma resposta: é preciso formar os valores de Chávez na luta diária na rua, criando, construindo revolução", disse Maduro, que prometeu fazer em breve “grandes anúncios” sobre o seu governo.
País com a maior reserva de petróleo comprovada do planeta, a Venezuela atravessa uma severa crise econômica, com escassez de produtos básicos, inflação de mais de 60% ao ano, entre outros problemas. Maduro acusa setores ligados à oposição venezuelana e conservadores dos Estados Unidos e Colômbia de promover uma "guerra econômica" contra seu governo. O país atravessou uma violenta onda de protestos entre fevereiro e final de maio devido à inflação, à falta de produtos básicos – como papel higiênico, açúcar, farinha ou leite – e à altíssima violência que provoca em média 65 mortes por dia no país. Os protestos foram repreendidos e resultaram na morte de mais de 40 pessoas, além de mais de 700 feridos.

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