O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

sábado, 1 de agosto de 2015

Historia economica global: programa de disciplina em mestrado e bibliografia - Paulo Roberto de Almeida


HISTÓRIA ECONÔMICA GLOBAL

Professor Paulo Roberto de Almeida
Disciplina a ser desenvolvida no curso de Mestrado em Economia online
da Universidad Francisco Marroquin, sob administração do
Centro de Estudios Superiores Online de Madrid Manuel Ayau (http://economia.ommayau.com/pt/index.php/P%C3%A1gina_principal).


Descrição:
O conteúdo geral da matéria é a história econômica global, a partir da baixa Idade Média até o período recente, com especial atenção aos progressos das sociedades ocidentais e à experiência de desenvolvimento econômico na América Latina e, em particular, no Brasil.
Objetivos:
O aluno adquirirá a capacidade de:
·        Traçar um relato sobre o itinerário econômico das sociedades ocidentais nos últimos dez séculos.
·        Adquirir uma visão de conjunto da história econômica da Europa ocidental e do hemisfério americano.
·        Entender o nascimento e o desenvolvimento histórico do capitalismo e as transformações que ele provocou.
·        Organizar um mapa mental dos progressos que tornaram possível o mundo atual.
Compreender como se chegou ao momento presente e porque o mundo se configura do modo como o faz.


CONTEÚDO
SESSÃO 1 (VIDEOCONFERÊNCIA): O RENASCIMENTO ECONÔMICO  EUROPEU DO FIM DA IDADE MÉDIA
Descrição: A economia de Europa ocidental deslancha depois da relativa estagnação da alta Idade Média. As cidades renascem, o comércio floresce, assim como a população e a riqueza disponível. Mesmo numa situação de estagnação malthusiana, a Europa experimenta crescimento do produto e transformações tecnológicas. Comércio medieval e rotas marítimas e terrestres.
Conceitos: Comércio internacional, expansão demográfica, mudanças tecnológicas.
Objetivos: Explicar como uma região atrasada do globo, que estava há vários séculos dominada pela pobreza mais absoluta, deslancha economicamente e se prepara para, ao final de um lento processo de adaptações e transformações, colocar-se na vanguarda econômica, tecnológica e militar do mundo.
Leituras recomendadas: Diamond, Jared (1997). Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies. Nova York: W. W. Norton; Landes, David S. (1998). The Wealth and Poverty of Nations: why some are so rich and some so poor. Nova York: Norton; Clark, Gregory (2007). A Farewell to Alms: A Brief Economic History of the World. Princeton, NJ: Princeton University Press; Maddison, Angus (2013). The Maddison-Project, http://www.ggdc.net/maddison/maddison-project/home.htm , 2013 version; Maddison, Angus (2010). Historical Statistics of the World Economy, 1-2008 AD; Population, GDP and Per Capita GDP levels and growth rates; disponível: http://www.ggdc.net/maddison/Historical_Statistics/horizontal-file_02-2010.xls. (acesso: 28/03/2015); North, Douglass C. (1981). Structure and Change in Economic History. Nova York: W. W. Norton; North, Douglass C.; Thomas, Robert Paul (1973). The Rise of the Western World: A New Economic History. Nova York: Cambridge University Press; Blackhouse, Roger E. (2002). The Ordinary Business of Life: a History of Economics from the Ancient World to the Twentieth-First Century. Princeton, NJ: Princeton University Press.


SESSÃO 2 (VIDEOCONFERÊNCIA): A EXPANSÃO EUROPEIA
Descrição: Em finais do século XV, com os descobrimentos, a Europa se abre ao mundo formando a primeira rede comercial de alcance global da história. O “novo mundo”, ou seja, o hemisfério americano, é progressivamente integrado aos circuitos mundiais de produção e de comércio que até então compreendiam apenas velhas rotas que se estendiam da Ásia à Europa, no Mediterrâneo e no norte da Europa. Essa ampliação do universo conhecido alterou o equilíbrio mundial por completo. A expansão gera um crescimento econômico e uma riqueza como não se havia visto antes, ao mesmo tempo que o Estado se fortalece. A Europa ascende pela primeira vez à preeminência mundial.
Conceitos: Comércio intercontinental, consolidação do Estado, aparecimento das Américas na economia global.
Objetivos: Explicar quais fatores impulsionaram as nações costeiras da Europa ocidental a lançar-se nos oceanos desconhecidos e como essa decisão constitui a primeira onda de globalização real. Tratar da gênese do Estado moderno.
Leituras recomendadas: Pomeranz, Kenneth (2000). The Great Divergence: China, Europe and the Making of the Modern World. Princeton: Princeton University Press Cipolla, Carlo Maria (1974). História econômica da Europa pré-industrial. Lisboa: Edições 70; Villar, Pierre (2010). O ouro e a moeda na história Lisboa: Publicações Europa América;


SESSÃO 3 (VIDEOCONFERÊNCIA): A ECONOMIA DO MERCANTILISMO
Descrição: A primeira fase dessa expansão dá origem a um mundo bastante diferente do medieval. O Estado consolidou o seu poder sob a forma do absolutismo monárquico, que inventa a “política econômica”. A América se incorpora ao sistema mundial enquanto a China começa seu longo e lento processo de decadência. Na Europa, a acumulação de capital aumenta. Os mercados financeiros se sofisticam, não obstante as práticas mercantilistas, as restrições nacionais e a ilusão metalista.
Conceitos: O Estado toma forma, o poder real se consolida e se impõe.
Objetivos: Explicar como Europa alcança a hegemonia mundial colocando-se na vanguarda em praticamente todas as áreas relevantes. Descrever a concentração e a consolidação dos Estados modernos cuja interferência na economia passará a ser fundamental.
Leituras recomendadas: David Landes, A Riqueza e a Pobreza das Nações; Cameron, Rondo (1997). A Concise Economic History of the World: from paleolithic times to the present. 3ª ed.; New York: Oxford University Press; Bairoch, Paul (1993). Economics and World History: Myths and Paradoxes. Nova York: Wheatsheaf; Beaud, Michel (1981). Histoire du Capitalisme, 1500-1980. Paris: Seuil.


SESSÃO 4 (VIDEOCONFERÊNCIA): A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O NASCIMENTO DA ECONOMIA POLÍTICA
Descrição: Entre o final do século XVIII e princípios do XIX se produz na Grã-Bretanha um processo de crescimento econômico caracterizado por um aumento da produtividade e da renda disponível como não se havia visto em nenhum momento anterior, aumento que se sustentou até a atualidade. Novas concepções econômicas emergem sustentando as liberdades econômicas do novo espírito capitalista.
Conceitos: Novas tecnologias, novas formas de organização. Explosão demográfica, livre-comércio.
Objetivos: Explicar como e porque ocorreu o processo industrial y porque ele aconteceu na Grã-Bretanha. Detalhar as consequências que tal processo acarretou no curto prazo.
Leituras recomendadas: Landes, David S. (1994). Prometeu Desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até nossa época. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Mauro, Frédéric (1976). História Econômica Mundial, 1790-1970. Rio de Janeiro: Zahar; Bairoch, Paul; Lévy-Leboyer, Maurice (1981). Disparities in Economic Development Since the Industrial Revolution. New York: St. Martin’s Press.


SESSÃO 5 (VIDEOCONFERÊNCIA): UM PROCESSO INCONTIDO E INCONTÍVEL: A REVOLUÇÃO SE DISSEMINA
Descrição: Depois das guerras napoleônicas, o modelo econômico inglês se estende à Europa ocidental e à América do Norte, alimentado pela irrupção do carvão e das ferrovias. Isso vem acompanhado de uma inédita explosão demográfica no Ocidente, não comprometida por fomes ou miséria: a Europa passa a “exportar” seus filhos para todos os continentes, especialmente para as Américas. As monarquias absolutas se desmantelam e nasce o Estado liberal, que irá adquirir um papel cada vez mais preponderante. As finanças entram em cena com força inusitada até aquele momento.
Conceitos: Revolução energética e dos transportes, finanças, migrações.
Objetivos: Explicar como e porque a Europa ocidental e a América do Norte se incorporam à revolução industrial e que consequências isso trouxe.
Leituras recomendadas: David Landes, A riqueza e a pobreza das nações; Ferguson, Niall (2008). The Ascent of Money: A Financial History of the World. Nova York: Penguin; Maddison, Angus (1995). Monitoring the World Economy 1820-1992. Paris: OECD; Bernstein, William J. (2008). A Splendid Exchange: How Trade Shaped the World. Nova York: Grove Press; Foreman-Peck, James (1983). A History of the World Economy: International Economic Relations since 1850. Brighton: Wheatsheaf; Osterhammel, Jürgen (2014). The Transformation of the World: A Global History of the Nineteenth Century. Princeton: Princeton University Press; O’Rourke, Kevin; Williamson, Jeffrey (1999). Globalization and History: The Evolution of a 19th Century Atlantic Economy. Cambridge, MA: The MIT Press.


SESSÃO 6 (VIDEOCONFERENCIA): O CIMENTO DO MUNDO MODERNO
Descrição: A partir de 1870 tem lugar nas nações industrializadas o maior processo de crescimento econômico da história, e que se mantém de un modo sustentado durante meio século. Todos os elementos da primeira industrialização são aperfeiçoados, incorporando pela primeira vez inovações substantivas, como o telégrafo. Se produz também um fenômeno inédito: migrações maciças entre os continentes que reposicionam a mão-de-obra y unificam o mundo. O livre-comércio e o Estado regulador se impõem. Apogeu do padrão ouro. A situação da periferia e a inserção da América Latina na economia mundial; o Brasil como fornecedor de matérias primas.
Conceitos: Globalização, a grande empresa, as migrações intercontinentais.
Objetivos: Explicar como a economia mundial vai adquirindo sua forma atual com duas áreas de desenvolvimento econômico bem delimitadas em função de sua participação nessa revolução tecnológica.
Leituras recomendadas: Eichengreen, Barry (1996). Globalizing Capital: a history of the international monetary system. Princeton: New Jersey: Princeton University Press (ed. bras.: A Globalização do Capital. São Paulo: Editora 34, 2002); Frédéric Mauro, História Econômica Mundial, 1790-1970; Prado Jr., Caio (1970). História Econômica do Brasil. 12a. ed.; São Paulo: Brasiliense; Williamson, Jeffrey G. (2011). Trade and Poverty: When the Third World Fell Behind. Cambridge, MA: The MIT Press.; Williamson, Jeffrey G. (2006). Globalization and the Poor Periphery before 1950. Cambridge, MA: The MIT Press; Haber, Stephen (ed.) (1997). How Latin America Fell Behind: Essays on the Economic Histories of Brazil and Mexico, 1800-1914. Stanford: Stanford University Press; Kwarteng, Kwasi (2014). War and Gold: A 500-Year History of Empires, Adventurers, and Debt. Nova York: Public Affairs.


SESSÃO 7 (VIDEOCONFERENCIA): CRESCIMENTO, APESAR DAS CRISES
Descrição: O período compreendido entre 1914 y 1945 foi marcado por duas guerras mundiais, pela ascensão dos totalitarismos de tipo socialista, pela instabilidade global, pela hiperinflação alemã e pela crise de 1929. Apesar disso, o motor do mundo não se detém. A economia começa a ficar dependente da política de forma permanente. Como a América Latina reconfigurou sua inserção na economia mundial a partir da grande depressão; o Brasil na grande depressão e seu fechamento progressivo.
Conceitos: Inflação, quebra de 1929, depressão, protecionismo, economia de guerra.
Objetivos: Descrever a delicada situação mundial dessa época, enfatizando seus efeitos devastadores sobre a economia. Compreender os efeitos da 1a. Guerra Mundial, a crise de 1929 e suas consequências, e as causas econômicas que motivaram a ascensão dos nazistas ao poder. As concepções dirigistas de economia.
Leituras recomendadas: Murphy, Craig N. (1994). International Organization and Industrial Change: global governance since 1850. Nova York: Oxford University Press. Ahamed, Liaquat (2009). Lords of Finance: the bankers who broke the world. Londres: Penguin; Kindleberger, Charles P. (1986). The World in Depression, 1929-1939. Berkeley: University of California Press; Kindleberger, Charles P. (1978). Manias, Panics, and Crashes: A History of Financial Crises. Nova York: Basic Books; Luz, Nícia Vilela (1975). A Luta pela Industrialização do Brasil: 1808 a 1930. 2ª ed.; São Paulo: Alfa-Omega; Malan, Pedro S. e alii (1980). Política Econômica Externa e Industrialização do Brasil, 1939/52. Rio de Janeiro: Inpes; Feinstein, Charles A.; Temin, Peter; Toniolo, Gianni (2008). The World Economy Between the Wars. Nova York: Oxford University Press; Marichal, Carlos (1989). A Century of Debt Crises in Latin America: From Independence to the Great Depression, 1820-1930. Princeton, NJ.: Princeton University Press.


SESIÓN 8 (VIDEOCONFERENCIA): O SOCIALISMO REAL
Descrição: Entre 1917 e a década dos 90 se realiza a maior experiência econômica jamais levada a cabo: o socialismo real. Afeta em seu ponto máximo, durante os anos 70, países e povos de quatro continentes que compreendiam um terço da humanidade. Ascensão e queda do socialismo real; experimentos na América Latina.
Conceitos: Socialismo. Planejamento econômico centralizado. Mercados.
Objetivos: Explicar en que consistiu a economia socialista planificada, como ela foi implantada, como evoluiu com o passar dos anos, como implodiu e que ensinamentos se podem extrair de semelhante experimento.
Leituras recomendadas: Mises, Ludwig von (2006). Socialism: An Economic and Sociological Analysis. Mises Institute; disponível: https://mises.org/library/socialism-economic-and-sociological-analysis; Robert Skidelsky, Robert (1997). The Road From Serfdom: The Economic and Political Consequences of the End of Communism. Nova York: Penguin Books.


SESSÃO 9 (VIDEOCONFERÊNCIA): O GRANDE CONSENSO
Descrição: Entre o final da 2ª Guerra Mundial e a crise do petróleo de 1973 se registra um extraordinário crescimento econômico, acompanhado de grandes inovações e novas tecnologias. Tudo sob o patrocínio dos EUA, que se perfila já como a nova superpotência mundial. Uma espécie de idade do ouro do capitalismo que trazia embutida sua própria maldição. A industrialização substitutiva na América Latina.
Conceitos: Consenso socialdemocrata, Primeiro e Terceiro mundo. Keynesianismo.
Objetivos: Explicar como se produziu um crescimento tão pujante e sustentado no tempo e porque terminou estagnando nos anos 70.  
Leituras recomendadas: Van Der Wee, Herman (1990). Histoire Économique Mondiale, 1945-1990. Louvain-la-Neuve: Academia-Duculot; Abreu, Marcelo de Paiva (org.) (1990). A Ordem do Progresso: cem anos de política econômica republicana (1889-1989). Rio de Janeiro: Campus; Fishlow (2004). Albert. Desenvolvimento no Brasil e na América Latina: uma perspectiva histórica. São Paulo: Paz e Terra; Yergin, Daniel; Stanislaw, Joseph (2002). The Commanding Heights: the Battle for the World Economy. New York: Touchstone Books.

SESSÃO 10 (VIDEOCONFERÊNCIA): O SUPER-CICLO EXPANSIVO
Descrição: A crise dos anos 70 deu lugar a um ciclo expansivo global que foi incorporando novos atores y crescendo durante três décadas para terminar abruptamente na crise financeira de 2008, com todas as suas ramificações. Esse super-ciclo registrou o regresso da economia chinesa no cenário econômico mundial e a emergência de economias periféricas. Crises financeiras e inflacionárias na América Latina: os processos de estabilização na Argentina e no Brasil. Ciclos recorrentes e novas crises.
Conceitos: Bolha creditícia, unificação do mundo.
Objetivos: Explicar a crise dos anos 70 e o modo pelo qual se saiu dela, a recuperação econômica do Ocidente na década seguinte, a incorporação do antigo bloco soviético ao mercado mundial e a irrupção da Ásia como novo e principal ator econômico global para o século XXI. 
Leituras recomendadas: Roubini, Nouriel; Mihm, Stephen (2011). Crisis Economics: A Crash Course in the Future of Finance. Nova York: Penguin Books; Baldwin, Richard (2009). The Great Trade Collapse: Causes, Consequences, and Prospects. Londres: Center for Economic Policy Research, disponível: http://www.voxeu.org/sites/default/files/great_trade_collapse.pdf; Eichengreen, Barry; O’Rourke, Kevin (2010). “A Tale of Two Depressions: what do the new data tell us?”. Vox CEPR’s Policy Portal; disponível: http://www.voxeu.org/article/tale-two-depressions-what-do-new-data-tell-us-february-2010-update; Almeida Jr., Mansueto; Lisboa, Marcos de Barros; Pessoa, Samuel (7/2015).O ajuste inevitável: ou o país que ficou velho antes de se tornar desenvolvido”, disponível: http://bit.ly/1COJRo0; Reinhart, Carmen M.; Rogoff, Kenneth S. (2009). This Time is Different: Eight Centuries of Financial Folly. Princeton, NJ: Princeton University Press; Baer, Werner (1995). A economia brasileira. São Paulo: Nobel; Baumann, Renato (org) (1996). O Brasil e a Economia Global. Rio de Janeiro: Campus-SOBEET; Giambiagi, Fabio; Villela, André; Castro, Lavínia Barros de; Hermann, Jennifer (orgs.) (2005). Economia Brasileira Contemporânea (1945-2004). Rio de Janeiro: Elsevier; Gonçalves, Reinaldo et alii (1998). A Nova Economia Internacional: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Editora Campus; Dias Leite, Antonio (2004). A Economia Brasileira: de onde viemos e onde estamos. Rio de Janeiro: Elsevier.


===================


METODOLOGIA

Aulas teóricas: Explicações teóricas de temas gerais relacionados com os trabalhos a serem preparados. Também consistirão de apresentações semanais progressivas dos temas teóricos ou conceituais a serem desenvolvidos no decorrer da matéria do curso.
Todas e cada uma das “palestras ou aulas teóricas” do professor serão complementadas pelas contribuições dos alunos: seja com a exposição de seus trabalhos, ou simplesmente com a sua participação nos debates que o professor estimule com a finalidade de ressaltar as diferentes visões acerca de um tema concreto.
Efetivamente, cada uma das “palestras” durará em torno de 45-50’ aos que se seguirão 10’ de perguntas por parte dos alunos. Ao longo do curso se irá construindo uma linha do tempo com os eventos mais relevantes para que se possa visualizar um rápido relato cronológico. A história se constitui da ação humana inscrita no tempo. Se deve saber o que ocorreu, mas também quando.

Trabalho individual: Cada um dos alunos escolherá um tema relacionado com a matéria e o preparará com vistas a escrever a partir dele um artigo de não mais que 12.000 caracteres com espaços para também defendê-lo em público.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E DE PONDERAÇÃO

Exercício final: Ensaio que servirá para uma avaliação geral dos níveis de conhecimento adquiridos com o desenvolvimento da matéria no decorrer do curso.

Trabalho individual: O professor avaliará cada um dos trabalhos, tanto em sua versão escrita quanto oral.

A qualificação final do aluno levará em conta não apenas seus conhecimentos finais, como também a sua participação em aula. A nota final será obtida a partir da qualificação do exercício final e do trabalho individual.

O ensaio será de tipo teórico e consistirá de uma reflexão teórica do aluno sobre algum dos temas tratados em aula. Para isso, ele terá que estudar e manejar as diferentes referências bibliográficas que o professor indicará. O ensaio será de três mil palavras e o tema de cada um deles será escolhido a partir de uma lista que o professor proporá em aula na terceira semana do curso. Os temas propostos cobrirão a totalidade da matéria, oferecendo a oportunidade para que os estudantes interessados em temas concretos possam se especializar em algum deles e, assim, realizar seus trabalhos e ensaios sobre esses temas escolhidos.

Cada estudante terá que expor em aula o ensaio preparado. Estas apresentações serão individuais ou em grupo, dependendo do tempo disponível.


FICHA BIOGRÁFICA
PAULO ROBERTO DE ALMEIDA
           
Áreas de estudo:
Historia econômica, Relações econômicas internacionais, história diplomática brasileira, desenvolvimento comparado, economia da América Latina.

Formação acadêmica:
Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Livre de Bruxelas (1975)
Mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia (1977)
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Livre de Bruxelas (1984)

Experiência profissional:
                        É diplomata de carreira desde 1977. Foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília, diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e, desde 2004, é professor de Economia Política no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Como diplomata, serviu em diversos postos no exterior e na Secretaria de Estado. De janeiro de 2013 até outubro de 2015 foi Cônsul-Geral Adjunto do Brasil em Hartford, Connecticut, EUA. Ministra cursos regulares ou na qualidade de professor convidado em universidades brasileiras e estrangeiras, faz pesquisas em diversas áreas – entre as quais relações internacionais do Brasil e da América Latina, história econômica e desenvolvimento comparado – e tem experiência prática em negociações comerciais internacionais, integração regional e questões financeiras. É editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional e participa dos comitês editoriais de diversas publicações acadêmicas.

Seleção de livros:
Nunca Antes na Diplomacia...: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014);
Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013);
Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: GEN, 2012);
Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011);
O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (Brasília: Senado Federal, 2010);
O estudo das relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE, 2006);
Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Senac, 2001; 2005);
Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Paz e Terra, 2002);
O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 1999);
Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: LTr, 1998).

Seleção de capítulos em livros coletivos:
“The Politics of Economic Regime Change in Brazilian History”, in: Goertzel, Ted and Almeida Paulo Roberto de (eds.), The Drama of Brazilian Politics (Kindle Book, 2014);
“L’historiographie économique brésilienne, de la fin du XIXème siècle au début du XXIème: une synthèse bibliographique”, In: Ferreira, Marie-Jo; Rodrigues, Simele; Rolland, Denis (orgs.): Le Brésil, territoire d'histoire. Historiographie du Brésil contemporain (Paris: L’Harmattan, 2013, p. 93-105);
“A economia do Brasil nos tempos do Barão do Rio Branco”, In: Gomes Pereira, Manoel (Org.): Barão do Rio Branco: 100 anos de memória (Brasília: Funag, 2012, p. 523-563);
“O Bric e a substituição de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de um novo cenário global)”, In: Baumann, Renato (org.): O Brasil e os demais BRICs: Comércio e Política (Brasília: CEPAL-Escritório no Brasil/IPEA, 2010, p. 131-154);
“Evolução do regionalismo econômico e político da América do Sul: dilemas atuais e perspectivas futuras”. In: Danilo Nolasco Cortes Marinho (org.). Brasil e América Latina: colaboração e conflito (São Paulo: Francis, 2009, p. 35-94);
“Planejamento Econômico no Brasil: uma visão de longo prazo, 1934-2006”. In: João Paulo Peixoto (org.): Governando o Governo: modernização da administração pública no Brasil (São Paulo: Editora Atlas, 2008, p. 71-106);
 “A economia política do baixo crescimento econômico no Brasil: um Prometeu acorrentado pela sua própria Constituição”, In: Elizabeth Accioly (org.), O Direito no Século XXI: homenagem a Werter Faria (Curitiba: Editora Juruá, outubro 2007, p. 615-632);
“A formação econômica brasileira a caminho da autonomia política: uma análise estrutural e conjuntural do período pré-independência”, In: Luis Valente de Oliveira e Rubens Ricupero (orgs.), A Abertura dos Portos (São Paulo: Senac-SP, 2007; p. 256-283);
Acordos minilaterais de integração e de liberalização do comércio: Uma ameaça potencial ao sistema multilateral de comércio”, in Sidney Guerra (org.), Globalização: Desafios e Implicações para o Direito Internacional Contemporâneo (Ijuí: Ed. Unijuí, 2006, p. 187-203);
“O Brasil e o processo de formação de blocos econômicos: conceito e história, com aplicação aos casos do Mercosul e da Alca”, In: Eduardo Biacchi Gomes e Tarcísio Hardman Reis (orgs.), Globalização e o Comércio Internacional no Direito da Integração (São Paulo: Aduaneiras, 2005; p. 17-38);  
“Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)” in José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (orgs.), O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; p. 231-270);
“Dinâmicas da economia no século XX”, in: Francisco Carlos Teixeira da Silva (org.). O Século Sombrio: uma história geral do século XX (Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2004, p. 47-70);
“As relações econômicas internacionais do Brasil na primeira fase da era republicana (1889-1945)” in Estevão Chaves de Rezende Martins (org.), Relações Internacionais: Visões do Brasil e da América Latina (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2003, p. 153-186).
O Brasil e o sistema de Bretton Woods: instituições e políticas em perspectiva histórica, 1944-2002”, in: Valério Mazzuoli e Roberto L. Silva, O Brasil e os acordos econômicos internacionais: perspectivas jurídicas e econômicas à luz dos acordos com o FMI (São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003; p. 30-64);
“A inserção econômica internacional do Brasil em perspectiva histórica” in Cadernos Adenauer 2, “O Brasil no cenário internacional” (São Paulo: Fundação Konrad Adenauer, 2000, p. 37-56);
“OCDE, UNCTAD e OMC: uma perspectiva comparada sobre a macroestrutura política das relações econômicas internacionais” in Paulo Borba Casella e Araminta de Azevedo Mercadante (coords.), Guerra Comercial ou Integração Mundial pelo Comércio? a OMC e o Brasil (São Paulo: Ltr Editores, 1998, p. 149-198);
“A Diplomacia do Liberalismo Econômico: As relações econômicas internacionais do Brasil durante a Presidência Dutra”, in José Augusto Guilhon de Albuquerque (org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), vol. I: Crescimento, modernização e política externa (São Paulo: Cultura Editores associados, 1996, p. 173-210).

Artigos sobre a economia internacional e o Brasil:
“O Brasil e o FMI desde Bretton Woods: 70 anos de História”, Revista Direito GV (vol. 10, n. 2, 2014, p. 469-495; ISSN: 1808-2432; link: http://direitosp.fgv.br/sites/direitosp.fgv.br/files/artigo-Edicao-revista/05-rev20_469-496_-_paulo_roberto_de_almeida_-_5.pdf);
Brazilian Economic Historiography: an essay on bibliographical synthesis”, História e Economia: Revista Interdisciplinar (vol. 12, n. 1, 1o. semestre de 2014, p. 149-165; ISSN: 1808-5318). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/7858303/2479_Brazilian_Economic_Historiography_an_essay_on_bibliographical_synthesis_2013-14_).


Hartford, 29 de julho de 2015.

Nenhum comentário: