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terça-feira, 9 de agosto de 2016

Paulo Freire, explicado aos incautos - Marcelo Centenaro

Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire
Marcelo Centenaro
(s.d.)

No final de 2014, conversei sobre Paulo Freire com uma pessoa de quem gosto muito e que tem opiniões opostas às minhas. Ela perguntou se eu tinha lido algum dos livros dele. Só A Importância do Ato de Ler, mas há tanto tempo que não me lembro de quase nada, respondi. Nunca li Pedagogia do Oprimido, confessei. Você não pode criticar o que não conhece, acusou ela. Prometi que leria Pedagogia do Oprimido e escreveria uma resenha. Aqui está.

Não é uma leitura fácil. Embora o livro não seja extenso, com pouco mais de 100 páginas, levei dois meses para terminar. Achei a linguagem confusa, com termos inventados ou palavras às quais o autor atribui um sentido peculiar, sem contudo definir claramente esse sentido. Muitas vezes, não há um encadeamento lógico entre um parágrafo e o seguinte, entre uma frase e a próxima, entre uma idéia e outra. Nesse aspecto, lembra muito o estilo do Alcorão. Paulo Freire tem um cacoete de separar os prefixos dos radicais das palavras (co-laboração, ad-mirar, re-criar), como se isso significasse alguma coisa. Há muitas passagens com sentido obscuro (vejam algumas abaixo), muitas repetições, citações de supostas autoridades em educação (como Mao, Lênin, Che, Fidel e Frantz Fanon) e menções freqüentes a que se vai voltar ao assunto depois ou a que já se tratou dele antes.

Logo na introdução, somos brindados com esta afirmação: “Se a sectarização, como afirmamos, é o próprio do reacionário, a radicalização é o próprio do revolucionário. Dai que a pedagogia do oprimido, que implica numa tarefa radical cujas linhas introdutórias pretendemos apresentar neste ensaio e a própria leitura deste texto não possam ser realizadas por sectários.” Minha leitura deste trecho é: “Só quem já concorda comigo pode ler o que escrevo.”

Vou apresentar a seguir o que entendi do livro, procurando ao máximo omitir minhas opiniões, que guardarei para o final da resenha.

Paulo Freire descreve dois tipos de educação, uma característica de uma sociedade opressora, outra característica de uma sociedade livre, ou que luta para se libertar. A educação da sociedade opressora é chamada de “bancária”, sempre entre aspas, porque ela deposita conhecimentos nos alunos. Ou seja, ela reduz o aluno a um objeto passivo do processo educacional, no qual são jogadas informações sobre Português, Matemática, História, Geografia, Inglês, Física, Química, Biologia, Filosofia. Já a educação libertadora é chamada de dialógica, porque se baseia no diálogo entre professores e alunos (educadores e educandos, na linguagem do livro). É um processo do qual todos são sujeitos ativos e cuja finalidade é ampliar a consciência social de todos, especialmente dos alunos, para que se viabilize a revolução que acabará com a opressão. O livro não detalha o que a educação libertadora fará depois dessa libertação. Imaginamos que mantenha os educandos conscientes e imunes a movimentos reacionários e contra-revolucionários.

A educação dialógica se baseia no diálogo e o diálogo começa com a busca do conteúdo programático. Na parte do livro em que há mais orientações práticas, Paulo Freire recomenda que seja formado um grupo de educadores pesquisadores que observará os educandos e conversará com eles, em situações diversas, para conhecer sua realidade e identificar o que ele chama de temas geradores, que possibilitarão a tomada de consciência dos indivíduos. Haverá reuniões com a comunidade, identificação de voluntários, conversas e visitas para compreender a realidade, observações e anotações. Os investigadores farão um diagnóstico da situação. Então discutirão esse diagnóstico com membros da comunidade para avaliar o grau de consciência deles. Constatando que esse nível é baixo, vão apresentar as situações identificadas aos alunos, para discussão e reflexão, com o objetivo de despertar sua consciência para sua situação de opressão. Se o pensamento do povo é mágico (religioso) ou ingênuo (acredita nos valores de direita), isso será superado pelo processo, conforme o povo pensar sobre a maneira que pensa, e conforme agir para mudar sua situação de opressão.

Paulo Freire enfatiza que o revolucionário não pode manipular os educandos. Todo o processo tem de ser construído baseado no diálogo e no respeito entre os líderes e o povo. Porém, os líderes devem ter a prudência de não confiar no povo, porque as pessoas oprimidas têm a opressão inculcada no seu ser. Como exemplo de um líder que jamais permitiu que seu povo fosse manipulado, Paulo Freire apresenta Fidel Castro.

A palavra é o resultado da soma de ação e reflexão. Se nos baseamos apenas na reflexão, temos um “verbalismo” estéril. Se nos baseamos apenas na ação, temos um “ativismo” inepto. Os líderes revolucionários e os educadores devem compreender que a ação e a reflexão caminham juntas de maneira indissociável, ou não se atingem os objetivos da educação e da revolução.

As características da opressão são a conquista dos mais fracos, a criação de divisões artificiais entre os oprimidos para enfraquecê-los, a manipulação das massas e a invasão cultural. Os opressores se impõem em primeiro lugar pela força. Depois, jogam os oprimidos uns contra os outros, para mantê-los subjugados. As pessoas são manipuladas para acreditarem em falsos valores que lhes são prejudiciais, embora elas não percebam isso. Sua cultura de raiz é esquecida e trocada por símbolos vazios importados de fora, num processo que esmaga a identidade do povo.

As características da libertação são a colaboração (que Paulo Freire grafa co-laboração), a união, a organização e a síntese cultural. A colaboração está contida em tudo o que foi dito sobre educação dialógica, que é feita em conjunto pelos educadores e educandos. A união entre os oprimidos é fundamental para que tenham força para resistir contra o opressor. No trecho em que explica a organização, é citado o médico Dr. Orlando Aguirre, diretor da Faculdade de Medicina de uma universidade cubana, que afirmou que a revolução implica em três P: palavra, povo e pólvora. Disse o Dr. Aguirre: “A explosão da pólvora aclara a visualização que tem o povo de sua situação concreta, em busca, na ação, de sua libertação.” E Paulo Freire complementa: “O fato de não ter a liderança o direito de impor arbitrariamente sua palavra não significa dever assumir uma posição liberalista, que levaria as massas à licenciosidade.” Ele afirma que não existe liberdade sem autoridade. Sobre a síntese cultural, diz que a visão de mundo do povo precisa ser valorizada.

Agora, o que penso sobre o texto. O próprio Paulo Freire deixa claro em vários momentos, que seu livro não é sobre educação. Ensinar, transmitir conhecimentos, é uma preocupação da educação “bancária” opressora. Não é essa a função de um educador libertador. Não, sua função é criar os meios para uma revolução libertadora, como foram libertadoras as revoluções promovidas pelos educadores citados: Mao, Lênin, Fidel. Ou seja, a única preocupação do livro é com os meios para viabilizar uma revolução marxista. Se você, meu leitor, é professor e acha que essa é a sua função, talvez encontre conhecimentos úteis no livro. Caso contrário, não há mais nada nele.

Fiz uma coletânea de palavras utilizadas por Paulo Freire que poderiam ter saído de um discurso de Odorico Paraguaçu: “involucra”, em lugar de envolve, “implicitados”, em lugar de implícitos, “gregarizadas”, deve ser um derivado de gregário, “unidade epocal”, em lugar de unidade de tempo, “fatalistamente”, por fatalisticamente, “insertado”, por inserido. Dois erros divertidos: chamar Régis Debray de Régis Debret e achar que o nome do padre Marie-Dominique Chenu OP (onde OP significa Ordo Praedicatorum, Ordem dos Pregadores, sigla que designa a Ordem dos Dominicanos) é O. P. Chenu. É sintomático que alguém com tantas dificuldades com a Língua Portuguesa seja o Patrono da Educação Brasileira, considerado nossa maior autoridade em alfabetização.

Desafio os bravos leitores a encontrar o sentido dos trechos a seguir. A melhor interpretação ganhará um pão com mortadela. Os grifos são de Paulo Freire.

1) «Na verdade, não há eu que se constitua sem um não-eu. Por sua vez, o não-eu constituinte do eu se constitui na constituição do eu constituído. Desta forma, o mundo constituinte da consciência se torna mundo da consciência, um percebido objetivo seu, ao qual se intenciona. Daí, a afirmação de Sartre, anteriormente citada: “consciência e mundo se dão ao mesmo tempo”.»

2) «O ponto de partida deste movimento está nos homens mesmos. Mas, como não há homens sem mundo, sem realidade, o movimento parte das relações homens-mundo. Dai que este ponto de partida esteja sempre nos homens no seu aqui e no seu agora que constituem a situação em que se encontram ora imersos, ora emersos, ora insertados.»

3) «Sem ele [o diálogo], não há comunicação e sem esta não há verdadeira educação. A que, operando a superação da contradição educador-educandos, se instaura como situação gnosiológica, em que os sujeitos incidem seu ato cognoscente sobre o objeto cognoscível que os mediatiza.»

4) «Esta é a razão pela qual o animal não animaliza seu contorno para animalizar-se, nem tampouco se desanimaliza.»

5) «Somente na medida em que os produtos que resultam da atividade do ser “não pertençam a seus corpos físicos”, ainda que recebam o seu selo, darão surgimento à dimensão significativa do contexto que, assim, se faz mundo.»

6) «Porque, ao contrário do animal, os homens podem tridimensionalizar o tempo (passado-presente-futuro) que, contudo, não são departamentos estanques.» Alguém pode me dizer como é possível tridimensionalizar o tempo?

7) «Uma unidade epocal se caracteriza pelo conjunto de idéias, de concepções, esperanças, dúvidas, valores, desafios, em interação dialética com seus contrários, buscando plenitude. A representação concreta de muitas destas idéias, destes valores, destas concepções e esperanças, como também os obstáculos ao ser mais dos homens, constituem os temas da época.»

Outra característica curiosa são as citações em idiomas diversos. Há citações de Hegel e Karl Jaspers em inglês, de Marx e Erich Fromm em espanhol e de Lukács em francês. Todos esses autores escreveram em alemão. Frantz Fanon, que escreveu em francês, é citado em espanhol. Albert Memmi, que também escreveu em francês, é citado em inglês, e se menciona que há uma edição brasileira de seu livro. Mao é citado em francês. Porque todas essas citações não foram simplesmente traduzidas para o português? E por que Paulo Freire gosta tanto de ditadores, torturadores e assassinos?

Ele afirma que vender seu trabalho é sempre o mesmo que escravizar-se. Porém, desejar não ser mais empregado e tornar-se patrão é escravizar a um outro, tornar-se opressor. Qualquer tipo de contratação de um indivíduo por outro é maligna, é opressão, é escravidão. Só teremos liberdade quando a nenhum indivíduo for permitido contratar ou ser contratado por outro indivíduo. Faz sentido para vocês?

Paulo Freire afirma que os oprimidos devem ser reconhecidos como Pedro, Antônio, Josefa, mas os chama o tempo todo de “massas”. Diz que valoriza a visão de mundo do povo, enquanto não perde uma oportunidade de desdenhar das crenças religiosas desse mesmo povo, chamando-as de mágicas, sincréticas ou mistificações. E ele se dizia católico.

Como a opressão é uma violência, qualquer violência cometida pelos oprimidos contra os opressores é sempre uma reação justificada. É um raciocínio assustador. Nas palavras dele: “Quem inaugura a tirania não são os tiranizados, mas os tiranos. Quem inaugura o ódio não são os odiados, mas os que primeiro odiaram. Quem inaugura a negação dos homens não são os que tiveram a sua humanidade negada, mas as que a negaram, negando também a sua.” Paulo Freire considera justificados a tirania como resposta a uma tirania anterior e o ódio como resposta a um ódio anterior. E nega a humanidade de quem ele resolver chamar de opressores.

Mais um trecho escabroso: «Mas, o que ocorre, ainda quando a superação da contradição se faça em termos autênticos, com a instalação de uma nova situação concreta, de uma nova realidade inaugurada pelos oprimidos que se libertam, é que os opressores de ontem não se reconheçam em libertação. Pelo contrário, vão sentir-se como se realmente estivessem sendo oprimidos. É que, para eles, “formados” na experiência de opressores, tudo o que não seja o seu direito antigo de oprimir, significa opressão a eles. Vão sentir-se, agora, na nova situação, como oprimidos porque, se antes podiam comer, vestir, calçar, educar-se, passear, ouvir Beethoven, enquanto milhões não comiam, não calçavam, não vestiam, não estudavam nem tampouco passeavam, quanto mais podiam ouvir Beethoven, qualquer restrição a tudo isto, em nome do direito de todos, lhes parece uma profunda violência a seu direito de pessoa. Direito de pessoa que, na situação anterior, não respeitavam nos milhões de pessoas que sofriam e morriam de fome, de dor, de tristeza, de desesperança.»

O fato é que ninguém pode proibir ninguém de comer, vestir, calçar, educar-se, passear ou ouvir Beethoven. E ninguém pode exigir comer, vestir, calçar, educar-se, passear ou ouvir Beethoven às custas dos outros.

Uma última citação abjeta: “Mesmo que haja – e explicavelmente – por parte dos oprimidos, que sempre estiveram submetidos a um regime de espoliação, na luta revolucionária, uma dimensão revanchista, isto não significa que a revolução deva esgotar-se nela.” A revolução não deve se esgotar no revanchismo, mas o revanchismo é parte natural dela. Como alguém que escreveu essas monstruosidades nunca foi processado por incitação à violência e apologia do crime? Como alguém com um pensamento tão anti-social pode ser sequer ouvido, quanto mais cultuado como Patrono da Educação Brasileira?

Chega de doutrinação marxista! Fora Paulo Freire!

12 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo texto.
Uma pena haver tantos brasileiros ainda alienados.

Unknown disse...

Texto bem interessante, primeiro pela humildade de reconhecer que não se opina sobre o que não conhece e depois uma percepção bem parecida com a que eu tive quando li o livro. Quando vi essa parte do eu e não-eu pensei que o Paulo Freire foi o professor da Dilma Rousseff.

Jorge Dias disse...

Li seu texto e posso aferir de você duas coisas. 1. Você apenas "leu" Freire e já marcado pelo seu posicionamento político, enfatizado inclusive no comentário do prumeiro trecho de suas linhas; 2 - se você não entendeu o resumo geral do livro, nem precisamos diacutir muito poraue prova que você o leu apenas por ler. Não entdndeu que Freire resume tudo no simples "deixe o aluno aprender com a vida e o guie apenas não o transformando em um robô".. simples e eficiente na Finlândia... e 3- o Brasil nunca usou Freire em sua educação (mesml quando criaram o MOBRAL), portanto não dá pra aferir se funcionaria por aqui com tanta gente ignorante. O fato é que se você não entende Freire como Patrono da Educação tão pouco conseguirá entender como ele é o "teórico" mais estudado nos EUA ou o terceiro nais citado no mundo em trabalhos acadêmicos... o mundo todo é "burro"???

Elias Sanches disse...

Vou começar comentando o ítem 4, que é o que me está mais fresco na memória. Quando tiver tempo venho aqui comentar os demais. Ao fim, venho reivindicar meu pão com mortadela.

«Esta é a razão pela qual o animal não animaliza seu contorno para animalizar-se, nem tampouco se desanimaliza.»

Esse trecho está em vários sites que tentam desqualificar esse livro. O problema é que tiram de contexto um pequeno trecho de uma obra que é mesmo complexa. Neste trecho, Paulo Freire resgata a perspectiva hegeliana. Ele está aí falando da capacidade humana de autoconhecimento como o diferencial entre nós e os outros animais. Que o animal não se enxerga como algo diferente do mundo que o cerca, como nós. É como se ele e o mundo fossem uma única coisa. Para o animal não há um contorno que o destaque do mundo como animal e, por não ter autoconsciência, não pode desanimalizar-se, ou seja, não pode aspirar a superar a sua condição, como o ser humano.
Mais honesto é colocar o trecho dentro do seu contexto, por mais complexo que seja, principalmente quando não se conhece as referências com as quais ele trabalha (ninguém é obrigado a conhecer a obra de Hegel).

marcos antonio disse...

Primeiro precisa corrigir os erros gramaticais, depois contextualizar seu pensamento em lógica dialética... Deve ter sido educado nessa escola paulofreidiana kkkkkk

Unknown disse...

Coitado🐂🇧🇷...que "belíssima" contribuição:"Deve ter sido educado nessa escola paulofreidiana" engraçado a tentativa de atribuir conteúdo na, "contextualizar na lógica dialética" kkkkkkk

Alex disse...

Resumindo para a sua última pergunta.

Considerando o que está sendo visto no mundo e os trabalhos acadêmicos que andam aparecendo a resposta seria SIM.

Abs

Unknown disse...

Já entendi a direita e é só vc ler o primeiro parágrafo e o último vc entender o que a Direita quer do Sujeito. A escola não é só um espaço pra vc aprender o ABC, é um Espaço pra vc reconhecer seu papel na sociedade. Querem zumbis que Digam sim, sim o tempo todo.

Divino Leitão disse...

Fingi ter lido essa porcaria na faculdade de pedagogia e enganei os fiscais do PF numa redação tão ao estilo dele que tirei 9,9 (não tirei 10 porque esqueci umas trocentas vírgulas) mas como diria a mulher do corno... engabelei.

Agradeço por este resumo, que me poupa de ser obrigado a traduzir (ler isso não é ler, é traduzir) apenas para poder dizer aos que defendem esta fraude da nossa "educação" porque não presta.

Quanto aos diversos outros pseudo-livros, a maioria com igual conteúdo que mais parecem enigmas a serem descobertos, pois já tentei ler mas não consegui, pois meu cérebro recusa tanta asneira, fico feliz de não terem me obrigado a ler, pois não há dinheiro que pague este sacrifício.

A melhor forma de saber se um pedagogo é uma fraude é quando defende Paulo Freire e temos tantos outros que poderiam realmente ser exemplos, nem vou citar porque seria uma ofensa aos que esquecer, sem contar que não guardo os nomes da maioria, guardo seus ensinamentos.

Mas posso citar apenas um... o professor Roselino, que dava aula de ciências lá no meu antigo "ginásio" ele tinha métodos divertidos de ensinar que faziam de suas aulas uma diversão, era o tipo de aula que a gente ficava triste quando terminava.

Algumas das alegadas "defesas" do Paulo Fraude são reais, como por exemplo afirmar que o diálogo é mais importante do que depositar o conhecimento, mas dizer apenas isso, sem mostrar de fato como se faz ou citando os maiores imbecis da humanidade, como Mao, Fidel e outras excrecências me parece uma ótima forma de ir contra sua frase mais conhecida, de que é preciso dar o exemplo e não apenas falar.

Pena que ele falou e falou e jamais deu o exemplo....

Seu maior feito foi ter "alfabetizado" sei lá quantos agricultores num prazo redord;

Creio que neste prazo eu ensinaria cães a assinarem seu nome, com a vantagem de que os cães não iriam esquecer no dia seguinte.

Que passe logo o "aniversário" pois não aguento mais ver bobagem no Fakebook sobre este pereba.

Anônimo disse...

Mas é muito idiotia colocar a educação no contexto de lutas de oprimidos contra opressores, idiota do ponto de vista educacional, mas brilhante quando se é marxista e se deseja implementar a cartilha de Gramsci, e Paulo Freire foi bem sucedido, consegui implementar um fábrica de pessoas não pensantes, o Pisa está ai para provar.

Naturalmente que um bom educador recorre ao diálogo e desprende grande esforço e aplicação da didática para contextualizar para o educando, mas qual o diálogo que ocorre entre um livro e seu leitor? Ou se partirmos da precípua que educação somente acontece no diálogo, como ficariam os livros e aqueles que se educaram por eles ?
Isto de colocar o educando como oprimido, e que a opressão já está incrustrado na sua consciência e que só os revolucionários tem um pensamento livre e poderiam dar uma verdadeira educação é balela. Onde isto se aplica à Matemática e à física ?
Não me venham com "o terceiro mais citado no mundo", quantidade não é qualidade, hoje para fazer fama no mundo, basta seguir a agenda liberal, não precisa de conteúdo, ou você pensa que líderes mundiais deveriam estar pedindo conselhos e implorando sabedoria à Greta Thunberg, bom se você foi educado no sistema "Freiriano" talvez você ache, mas ... resumindo:

Paulo Freire é discípulo e militante de Gramsci e causou um enorme prejuízo na educação brasileira. Uma pena nosso país estar tão dominado assim e não ter um sistema de educação de qualidade, que ensinasse todas as linhas de pensamento sem polarização, mas no meio do caminho, tinha um Paulo Freire ...

Adelia Maria Batista disse...

Eu não entendo, não há "paulofrerianismo" na Educação básica Nacional infelizmente (somente como livros de estudos para docentes) como existem Escolas Motessorianas na Italia,
por exemplo . Mas que existe uma turminha tentando depreciá-lo enquanto alguns países como a Finlândia se "paulofreiriam" na Educação ativa.🤦‍♀️

Unknown disse...

Fica claro como você não lê autores da Filosofia, Sociologia e Antropologia, que demandam antes de tudo uma compreensão das principais correntes e categorias utilizadas. Digo isso por vários motivos. Um deles é a estrutura de escrita, desde as separções entre parágrafos (que, por sua afirmaçâo, me faz desconfiar se realmente leu o Corão) outra são os cacoetes que sim, têm muito sentido no desenvolvimento de alguns raciocínios. Dentre muitos outros exemplos.
Não direi que você não leu a obra, mas estranho alguns equívocos e citações grosseiramente tiradas de contexto. Primeiro, Freire realmente cita Lênin, Mao, Che e Fidel, mas não como autoridades no campo da educação, e isso é tão claro que se você realmente leu o livro e não está usando de má fé, sua leitura foi bem preguiçosa, inclusive pelo seu "entendimento" do início do livro - talvez não fosse ele se buscasse ler outras obras menos complexas antes, algumas dos anos 90, no fim de sua vida, em que certos pontos são muito claros e até facilitam nossa leitura de Pedagogia do Oprimido.
Tenho muito mais o que dizer, mas apenas se esse comentário gerar algum interesse, do mais, concluo comentando sua fala no final: na pedagogia crítica de Paulo Freire não há doutrinação marxista, se assim o fosse, haveria enorme contradição com a proposta da dialogicidade de Freire. Ademais, Freire tampouco foi um marxista. Citou e foi influenciado por Marx, é certo, mas Freire foi um Humanista e em seus últimos anos de vida cada vez mais ligado à social-democracia tanto criticada por Marx (recomendo "Crítica do Programa de Gotha"). Se perguntar para um marxista de verdade, que não vive reproduzindo jargões como animais domesticados (estilo olavista), ele certamente negará a Freire como um marxista.
Bom, se você realmente está aberto a conhecer, estou aqui. Se quer fazer como a turma do Olavo e defender uma visão sem fundamentos e argumemtos sólidos, usando muitas vezes de distorções e mentiras, ignore este comentário, pois se replicar, terá dores de cabeça.