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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Os numeros da Previdencia militar - Ricardo Bergamini

Transcrevo postagem hoje recebida de Ricardo Bergamini: 

No aspecto apenas contábil e financeiro é cabal e irrefutável a total impossibilidade de fazer um cálculo atuarial de previdência com 156.058 contribuintes ativos para 316.568 benefíciários inativos, conforme abaixo colocado. Como os salários dos ativos são iguais aos dos inativos, mesmo que todos os ativos contribuíssem com 100% dos seus salários continuaria existindo o déficit previdenciário.

Hipoteticamente, se todos os militares ganhassem R$ 1,00, e se todos os ativos contribuíssem com o seu salário integral, haveria uma arrecadação da ordem de R$ 156.058,00 e os inativos custariam R$ 316.568,00, nesse caso, não considerando a parte patronal, haveria um déficit previdenciário da ordem de R$ 160.510,00.

Em função do acima exposto fica muito clara a complexidade do assunto, e somente via democrática poderá se chegar a uma solução. 

Os números abaixo são termômetros, não febre, assim sendo quebrar o termômetro não vai baixar a febre.

O presidente Jair Bolsonaro, durante quase trinta anos, foi um legítimo e democrático representante dos militares no Congresso Nacional e vai encontrar uma solução intermediária factível, mesmo que seja a da continuidade do pagamento do déficit previdenciário pelo Tesouro Nacional.

Nota: A culpa das nossas tragédias não são da imprensa, mas sim de uma sociedade omissa, covarde e conivente que se nega a debater os assuntos brasileiros de forma adulta e madura como estamos fazendo agora: com elegância, ternura e educação. 

Na tragédia brasileira não existem inocentes. Somos todos cúmplices por omissão, covardia ou conivência (Ricardo Bergamini).

Gastos com Pessoal Militar das Forças Armadas – Fonte: MP

 

Base: Ano de 2018

Itens
Quantitativo
R$ Bilhões
%
Ativos
368.601
26,7
36,73
Reserva e Reforma
158.284
23,8
32,74
Pensionistas
158.284
22,2
30,53
Total Pessoal Militar
685.169
72,7
100,00

Em 2018 existiam 368.601 militares ativos das Forças Armadas, sendo que 212.543 eram recrutas rotativos que não faziam parte do RPPS (Regime Próprio da Previdência Social dos Militares), com isso o efetivo ativo contribuinte para o RPPS era de apenas 156.058 para um contingente de 316.568 inativos, gerando uma relação de 0,50 ativos para 1,00 inativos.
O quadro demonstrativo acima demonstra de forma clara e indiscutível a distorção causada pela pensão das filhas de militares nas contas nacionais, gerando uma aberração econômica, onde se gasta 36,73% com pessoal ativo e 63,27% com pessoal inativo (reserva, reforma e pensões).
Essa anomalia econômica foi encerrada em 2001, mas em função do maldito direito adquirido existente para os trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) seus efeitos financeiros somente ocorrerão em torno do ano de 2036. 
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini

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