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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Aldo Rebelo castiga a política externa bolsonarista

Resumo do seu recado:
"O manual de erros da atual política externa vem sendo preenchido sem falhas ou lacunas:
1. A política externa divide o País quando deveria buscar a coesão social e a unidade nacional em torno dela como requisito para fazê-la forte internamente e respeitada externamente.
2. A política externa fabrica e multiplica conflitos com os vizinhos quando deveria buscar a mediação para administrar nossas próprias contradições com eles e as diferenças entre eles.
3. Desprovida da coesão nacional e fragilizada pelos conflitos e desconfiança dos vizinhos, a diplomacia brasileira tornou-se importadora das rivalidades geopolíticas das grandes potências no mundo e aliada incondicional de um dos polos do conflito, arrastando assim as nefastas consequências antinacionais produzidas por essa orientação."

A lição do rei Creso e a errática diplomacia do atual governo

Aldo Rebelo usa a analogia com Creso, rei da Lídia, para mostrar como o Governo Bolsonaro está afundando sua própria política externa, fragilizando a diplomacia brasileira

Conta o historiador grego Heródoto, em seu livro História, que depois da conquista da Lídia pelos persas, os soldados do imperador Ciro promoviam o saque de Sardis, capital do reino conquistado, quando Creso, o rei derrotado e prisioneiro censurou Ciro por permitir o roubo na cidade ocupada.
Creso fez ver a Ciro que não eram os bens de Creso que estavam sendo assaltados, pois a capital de seu país não mais lhe pertencia depois da derrota; mas as propriedades do próprio Ciro é que estavam sendo roubadas, uma vez que este acabara de conquistar a cidade. Creso, rei da Lídia, censurou Ciro da Pérsia pelo saque da cidade de Sardis depois de conquistada.
Impressionado pela inteligente observação de Creso, Ciro ordenou que todos os bens saqueados fossem confiscados a pretexto de separar a parte destinada para a oferenda aos deuses.
Os ex-presidentes Collor, Sarney, Lula, Dilma e Fernando Henrique
A diplomacia brasileira vem sendo saqueada pelo atual governo em sua história, memória e tradições. Mas o assalto não atinge as realizações diplomáticas de um José Bonifácio ou de um Floriano Peixoto, para falar da diplomacia do passado; nem mesmo as realizações diplomáticas de Geisel, Figueiredo, ou dos governos civis de Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. O rei persa Ciro acolheu o sábio conselho de Creso e confiscou os bens saqueados por seus soldados.
O rei persa Creso
A diplomacia de Bolsonaro assalta o próprio governo Bolsonaro ao subtrair dele prestígio, autoridade e reserva de poder nas complexas negociações internacionais. O acúmulo de erros, gafes e vexames do Itamaraty expõem o governo brasileiro na conturbada arena internacional.
O manual de erros da atual política externa vem sendo preenchido sem falhas ou lacunas:
1. A política externa divide o País quando deveria buscar a coesão social e a unidade nacional em torno dela como requisito para fazê-la forte internamente e respeitada externamente.
2. A política externa fabrica e multiplica conflitos com os vizinhos quando deveria buscar a mediação para administrar nossas próprias contradições com eles e as diferenças entre eles.
3. Desprovida da coesão nacional e fragilizada pelos conflitos e desconfiança dos vizinhos, a diplomacia brasileira tornou-se importadora das rivalidades geopolíticas das grandes potências no mundo e aliada incondicional de um dos polos do conflito, arrastando assim as nefastas consequências antinacionais produzidas por essa orientação.
A diplomacia de Bolsonaro assalta o prestígio de seu próprio governo e fragiliza suas ações na arena internacional.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Com voces, e no NYTimes, o dialetico novo ministro da C&T (da C&T???; talvez da mandioca)

Há muito anos atrás, eu já o havia identificado como um dos homens das jabuticabas brasileiras (vejam aqui e aqui), e de uma particularmente pouco saborosa, a exemplo do malfadado projeto de interdição de tecnologias poupadoras de mão-de-obra no serviço público. Mas ele conseguiu emplacar duas outras proibições, válidas para toda a economia: catracas eletrônicas e bombas de gasolina self-service, o que faz dele um dos nossos melhores ludditas...
Pois é esse o novo ministro da C&T, que tem outras ainda melhores, como a adição obrigatória da mandioca ao pão francês. Essa eu não sei se está em vigor, mas o dia do Saci, em substituição ao dia das bruxas parece que não pegou...
Uma parada o novo ministro...
Paulo Roberto de Almeida



Brazil’s Former Sports Minister is Moved to Science Post Despite Rejection of Global Warming Science



The Facebook page of Aldo Rebelo, Brazil's former minister of sports, who was appointed minister of science, technology and innovation despite his rejection of the science pointing to human-caused climate change.Credit
For the president in any democracy, compromises are often necessary in assembling a cabinet that satisfies a range of constituencies. But even with that in mind, it’s really hard to understand how President Dilma Rousseff of Brazil, who has repeatedly pressed for strong global action to curb climate change, could possibly justify her choice of Aldo Rebelo as her new minister of science, technology and innovation.
It’s unfortunate that Rebelo has no scientific background and probably didn’t absorb many relevant insights in the position he held since 2011 — minister of sports. But that’s a minor issue compared to his attacks on even the most basic, established aspects of science pointing to human-driven global warming.
To get a feel for his views, which put the longtime Communist Party legislator in line with Tea Party talking points, start with the blistering critique of the appointment by Steve Schwartzman of the Environmental Defense Fund, who’s been immersed in Brazilian environmental and forest science and politics for decades. 
Schwartzman begins with Rebelo’s lead role in drafting controversial revisions to the country’s Forest Code, then focuses on this excerpt from an open letter Rebelo sent last July to Márcio Santilli, an environmentalist and former congressman, responding to Santilli’s criticisms (the translation is by Schwartzman):
The positivist scientism that you call natural science and contrast with my devotion to dialectical materialism is not magical enough to convert me to the article of faith that is the theory of global warming, which is incompatible with current knowledge.
Science is not an oracle. In fact, there is no scientific proof of the projections of global warming, much less that it is occurring because of human action and not because of natural phenomena. It is a construct based on computer simulations.
In fact, my tradition links me to a line of scientific thought that prioritizes doubt over certainty and does not silence a question at the first response. Parallel to the extraordinary advances and conquests that Science has bequeathed to the progress of Humanity, come innumerable errors, frauds or manipulations always spun in the service of countries that finance certain research projects or projections.
I am curious to know whether those who today accept the theory of global warming and its alleged anthropogenic causes as unshakeable dogma, are the same ones who some years ago announced, with identical divine certainty, global cooling.
Please read the rest here. The translation is by Schwartzman but you can check it against the original.
Just to top things off, Rousseff made another cabinet choice that bodes poorly for the Amazon rain forest and its indigenous inhabitants. Here’s Schwartzman’s summary:
The new Minister of Agriculture, Katia Abreu, was the president of the National Confederation of Agriculture (the national association of large and middle-size landowners and ranchers). As senator, she led the Congress’s powerful anti-environmental, anti-indigenous “bancada ruralista”, or large landowners’, caucus and earned the title among environmentalists of “chainsaw queen.”
At Bloomberg View, Mac Margolis, who was previously a Latin America correspondent for Newsweek and wrote a fine book on the Amazon frontier 22 years ago, seconded Schwartzman’s concerns and added this about his stance on his other new portfolio — technology:
Denying climate change is not Rebelo’s only contribution to policy obscurantism. As a lawmaker in 1994, just as Brazil was beginning to modernize public service, he demanded that government forsake “labor-saving innovative technology,” such as computers and automatic elevators. The proposal was quietly shelved in committee, on fear that it would create, among other monstrosities, “a frightening bureaucracy.” He had more success in later stopping self-service fuel pumps at Brazilian filling stations, so sparing an underpaid army in overalls.
Then, in 2001, he sought to prohibit the use of English-language terms from public parlance, so banishing “imperialist” terms like “drive-in” and “software.”
Undaunted, Rebelo is back, exotic as ever, this time with a fancy job upgrade. How he fits Rousseff’s mission to make Brazil a modern and environmentally-sound nation is an open question. But she could start with cabinet change. [Read the rest.]
It’ll be interesting to see whether Rebelo accompanies Rousseff to the next big round of climate treaty talks in Paris in December.
For another view of the appointments and these criticisms, read Thomas Lifson at the American Thinker: “Warmists apoplectic as Brazil president names climate skeptic as science minister.”

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Turismo governamental e lazeres aereos: FABtour -Aldo Guantanamera

Governo Dilma

Ministro do Esporte levou família a Cuba em jato oficial

Aldo Rebelo deu carona para a mulher e o filho no Carnaval; ministro diz que familiares cumpriram a programação definida pelo governo cubano

Ministro do esporte Aldo Rebelo
Ministro Aldo Rebelo: carona para familiares em jato da FAB (Ueslei Marcelino/Reuters)
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, levou a mulher e o filho para Cuba, durante o Carnaval, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, Aldo viajou para Cuba para fechar um intercâmbio de atletas entre os dois países para os Jogos Olímpicos de 2016. O ministro recebeu diárias de 1.776,25 reais.
Aldo afirmou que os familiares também foram convidados pelo governo cubano. No entanto, nem a mulher nem o filho do ministro representaram o Brasil na missão. Segundo o jornal, na agenda divulgada pelo ministério sobre a viagem a Cuba não constava o nome dos dois como integrantes da comitiva.
O grupo saiu de Brasília em um jatinho Legacy, da Embraer, no dia 9 de fevereiro, fazendo escala em Boa Vista (RR).
O Ministério do Esporte afirmou que a viagem da mulher e do filho de Aldo não acarretou acréscimo ao custo da viagem, já que ambos foram convidados pelo governo de Cuba e cumpriram a programação “definida pelo protocolo cubano”. A pasta reforçou que os familiares foram hospedados pelo governo cubano.

Outros casos – 
Os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, utilizaram as aeronaves da FAB para eventos particulares. Henrique Alves levou no jatinho oficial parentes e colegas para à final da Copa das Confederações, no dia 15 de junho, no Rio de Janeiro. Também para assistir à partida no Maracanã, o ministro Garibaldi Alves levou o filho e um empresário de carona no voo oficial. Calheiros, por sua vez, usou o jatinho da FAB para ir a um casamento na Bahia