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sexta-feira, 1 de junho de 2018

O Brasil e a agenda economica internacional - Paulo Roberto de Almeida

Redescubro agora, num momento de novos balanços e projetos para o futuro, um conjunto de quatro artigos que elaborei sobre a agenda econômica externa do Brasil, que talvez ainda apresente alguma validade, mais de três anos depois de escritos e publicados.
Vejamos a série, toda ela enfeixada sob o mesmo título:


O Brasil e a agenda econômica internacional  



2807. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 1: como se apresenta o cenário econômico internacional da atualidade?”, Hartford, 6 abril 2015, 4 p. Análise da situação econômica atual do mundo, em preparação para a discussão da posição e dos desafios para o Brasil. Mundorama (15/04/2015; link: http://www.mundorama.net/?p=15722). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/12159703/2807_O_Brasil_e_a_agenda_economica_internacional_1_como_se_apresenta_o_cenario_economico_internacional_da_atualidade). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/04/o-brasil-e-agenda-economica.html). Relação de Publicados n. 1172.

2808. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 2: como o Brasil se insere no cenário mundial, agora e no futuro próximo?”, Hartford, 10 abril 2015, 6 p.; revisto em 15/04/2015. Continuidade da série, tratando das questões internas ao Brasil. Mundorama (22/04/2015; link: http://www.mundorama.net/?p=15758). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/04/o-brasil-e-agenda-economica_22.html). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/12159816/2808_Como_o_Brasil_se_insere_no_cenario_mundial_agora_e_no_futuro_proximo). Relação de Publicados n. 1175.

2814. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 3: como e qual seria uma (ou a) agenda ideal para o Brasil?”, Hartford, 18 abril 2015, 7 p. Continuidade da série, no seguimento dos trabalhos 2807 e 2808, tratando de uma possível agenda de reformas internas e de novas posturas externas para fazer o Brasil se inserir na globalização. Mundorama (29/04/2015; link: http://www.mundorama.net/?p=15785). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/04/o-brasil-e-agenda-economica_29.html). Academia.edu (link: https://www.academia.edu/12159844/2814_Como_e_qual_seria_uma_ou_a_agenda_ideal_para_o_Brasil_2015_). Relação de Publicados n. 1176.

2815. “O Brasil e a agenda econômica internacional, 4: o que o Brasil deveria fazer para maximizar a “sua” agenda?”, Hartford, 19 abril 2015, 11 p. Continuidade, e fim, da série de artigos sobre a agenda de reformas internas. Mundorama (06/05/2015; link: http://www.mundorama.net/?p=15787). Republicado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/05/o-brasil-e-agenda-economica.html). Relação de Publicados n. 1177

terça-feira, 22 de maio de 2018

Uma questao diplomatica: Jerusalem como capital de Israel - Paulo Roberto de Almeida

Uma questão diplomática: Jerusalém como capital de Israel

Paulo Roberto de Almeida
Diplomata de carreira; professor universitário

Introdução
O anúncio, depois a efetivação, da transferência da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Tel Aviv para Jerusalém suscitou diferentes comentários políticos e esperadas reações de partidários e opositores de tal medida. Alguns outros países, poucos, seguiram os EUA nesse gesto. Setores políticos e religiosos no Brasil também reagiram a esse movimento, levantando a questão se tal gesto poderia ser seguido pela diplomacia, ou pelo governo do Brasil. A presente nota trata desse tema, cabendo desde já um alerta quanto a sua repercussão no atual debate político-eleitoral, em vista da tripla dimensão da questão: a introdução de um tema religioso no debate político; seus aspectos diplomáticos, tendo em vista a posição tradicional do Brasil no tocante a Israel e à questão do status de Jerusalém; os possíveis efeitos, no plano comercial-econômico, de uma tomada de posição de algum candidato quanto a uma possível mudança de postura diplomática do Brasil, no seguimento da decisão da administração Trump de efetuar o deslocamento da embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv a Jerusalém.

A dimensão religiosa
A Constituição brasileira reconhece a validade, a legitimidade e a liberdade de todas as expressões religiosas no seio da sociedade, sem qualquer tipo de preferência ou discriminação. O Estado, porém, é laico, e não poderia deixar suas politicas públicas, mormente suas posturas diplomáticas, serem influenciadas por demandas específicas de um credo religioso qualquer, sob risco de ser acusado de introduzir a temática religiosa na esfera das grandes definições estatais, especialmente diplomáticas, que devem ficar necessariamente autônomas e independentes de preferências expressas no âmbito de um grupo religioso determinado, por mais influente ou majoritário que este possa ser. O antigo país católico romano que é o Brasil já traz uma crescente diversidade religiosa, e um crescimento visível das afiliações evangélicas, com poder suficiente para influenciar tomadas de decisão políticas na esfera do parlamento, sob a justificativa de que podem expressar correntes relevantes da opinião pública.
Esse parece ser o caso da bancada evangélica, comprometida com uma série de objetivos nos planos ético ou moral – casos do aborto, das opções de gênero, do chamado “casamento homossexual”, etc. –, no plano médico-científico – experimentos com células-tronco, por exemplo –, na esfera educacional – ensino de criacionismo ao lado da teoria da seleção natural – ou ainda, e mais importante para este argumento, a questão de Israel, não como Estado soberano, como qualquer outro, na comunidade internacional, mas como o representante legítimo da “palavra de Deus” na Terra. 
Seria conveniente que tal preferência religiosa não se traduzisse em qualquer pressão sobre o Estado brasileiro, especificamente sobre sua política externa, no caso concreto do reconhecimento de Jerusalém como “capital verdadeira” do Estado de Israel e na eventual transferência da embaixada do Brasil a essa cidade, considerada como “internacional” por ampla maioria dos países membros da ONU, e assim tem sido historicamente. O Brasil tem orgulho de ter sido um dos patrocinadores da criação do Estado de Israel, na famosa partilha da ONU de 1947, prevendo a criação de um estado palestino e a “neutralização” de Jerusalém como cidade comum a diversos credos. Uma interferência desse tipo sobre uma política pública seria, no limite, inconstitucional e extremamente controversa no plano diplomático, como agora argumentado.

A dimensão diplomática
Durante toda a história recente do Oriente Médio, e no acompanhamento dos dramáticos conflitos que ocorrem na região, a postura dos diferentes governos do Brasil desde o nascimento do Estado de Israel, tem sido a de apoio político e diplomático à sua existência, reconhecendo porém a necessidade de cumprimento escrupuloso de decisões da Organização das Nações Unidas, e de seu órgão de segurança, quanto ao equilíbrio necessário para se reconhecer os direitos do povo palestino a um Estado soberano, legalmente constituído. Jerusalém dispõe de um status especial, não sendo reconhecida como capital de Israel, a despeito de tentativas de parte do espectro político israelense e de grupos de apoio na esfera religiosa ao redor do mundo. Essa questão foi novamente trazida a exame pela comunidade internacional em face da decisão do presidente Trump de instalar sua embaixada naquela cidade, como “capital de Israel”, no que pode ser eventualmente seguido por iniciativas similares de um punhado de países. 
Não convém ao Brasil, país de tradicional acolhimento de imigrantes de todos os credos e origens raciais, e diplomaticamente um seguidor estrito do direito internacional em todas as vertentes de sua política externa, “importar” uma controvérsia de duvidosa legitimidade política ou diplomática, que não contribuiria em nada para consolidar o seu capital de parceiro imparcial de todos os atores e protagonistas dos dramas do Oriente Médio, quando sua postura tradicional tem sido, justamente, a de “exportar” apelos ao diálogo e à solução pacífica das controvérsias políticas e diplomáticas.
Qualquer pronunciamento de um dos candidatos à presidência do Brasil nessa questão teria o efeito de suscitar controvérsias internas e de colocar um problema no plano diplomático que atualmente inexiste, e deveria permanecer dessa forma. Não convém ao Brasil criar pontos de atrito ou fricções diplomáticas com Estados da região que possuem significativo contingente de expatriados, atualmente naturalizados e totalmente integrados à comunidade nacional, quando seu maior capital diplomático nos problemas do Oriente Médio é justamente a equidistância entre as partes em conflito.

A dimensão econômico-comercial
O Brasil é hoje um dos maiores fornecedores de grãos e carnes, dada a pujança de seu agronegócio, para diferentes mercados do mundo, destacando-se especialmente como um grande exportador de cortes avícolas no sistema “halal” para mercados árabes e muçulmanos em geral. Essa atividade representa bilhões de dólares em exportações, milhares de empregos no Brasil e um dos mais significativos nichos de competitividade nacional nos mercados externos, com perspectivas futuras ainda mais promissoras no comércio internacional do país. Disso deriva que qualquer tomada de posição do Brasil na questão de Jerusalém, ou mesmo de inflexão diplomática de sua postura equilibrada no sentido de maior apoio a Israel, poderia precipitar consequências políticas de grande impacto econômico e social nas regiões exportadoras de cortes especiais para mercados do Oriente Médio ou do mundo muçulmano. 

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 22 de maio de 2018

Addendum: recebi o seguinte comentário de um leitor:

Caro Paulo Roberto, 
vi agora o artigo em torno de Jerusalém. 
Seu estilo: clareza e elegância de expressão, equilíbrio quando marca posições (neste caso aliás  sem contundencia, mirabile dictu).
Vou me permitir notar apenas a ambivalência de "cidade internacional". 
Se você  tiver usado a expressão - como presumo - para referir cenário de compartilhamento  ( oriental palestina, ocidental israelense), então estará na nossa linha já tradicional.
Se porém tiver inconscientemente remontado  a "corpus separatum", não. Por mais bacana (e a sério, potencialmente realista, but don't quote me) que a mim pareça a ideia, não é mainstream. 
Leitores desinformados talvez infiram a segunda hipótese.
O fundamental  porém nao é isto; é  ajudar a exorcizar  o risco de contaminação, com o jeito respeitoso e firme que você usou. 
Em torno de um vinho eu teria reflexões sobre laicidade e estado; se fosse vinho toscano citaria Dante - mas fico por aqui. 
Abraço, com admiração,
Xxxxxxx Xxxx

domingo, 20 de maio de 2018

Objetivos estratégicos do Brasil: propostas PRA

O que eu acho que o próximo governo deveria fazer. Escolhi apenas três áreas, mas elas são abrangentes. Em educação, por exemplo, não é nem o caso de reforma, e sim de uma revolução.
Não confio que ela ocorrerá.
Nos demais setores, tenho claro o que precisa ser feito, mas abaixo eu listei apenas os headlines. O conteúdo total ainda não foi terminado, por isso não coloco nada aqui além dos itens-títulos.
O resto virá, a seu tempo...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 20 de maio de 2018

Objetivos estratégicos do Brasil

1) Desenvolvimento social como prioridade máxima:
Processo de crescimento sustentado do PIB, com transformações estruturais do sistema produtivo (aumento da produtividade e inovação) e efeitos sociais vinculados ao processo, notadamente via qualificação do capital humano.
Esse processo passa por:
1.1. Estabilidade macroeconômica (políticas macro e setoriais);
1.2. Competição microeconômica (fim da cartelização e da proteção setorial);
1.3. Boa governança (reforma das instituições: três poderes, administração);
1.4. Alta qualidade do capital humano (revolução educacional);
1.5. Abertura ampla a comércio e investimentos internacionais.

2) Segurança pública:
Preocupação prioritária da cidadania, como das empresas privadas.
2.1. Integração dos serviços de segurança nos três níveis da federação;
2.2. Reforma dos códigos processuais e do sistema penitenciário;
2.3. Reequipamento das forças de segurança; treinamento.

3) Política externa:
Revisão dos conceitos básicos da política externa, no sentido da abertura.
3.1. Abertura comercial unilateral, concomitante a reforma tributária interna;
3.2. Revisão do processo de integração com perspectiva de inserção externa;
3.3. Análise das “alianças estratégicas” em sentido puramente pragmático.

(dez páginas escritas deve subir a 20...)

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Copa do Mundo de Futebol: as datas dos jogos

Vamos lá, seguindo alguns, não todos os jogos...
O Brasil está no Grupo E:

  • 17 de junho de 2018, 9h >Samara
    Costa Rica X Sérvia
  • 17 de junho de 2018, 15h >Rostov
    Brasil X Suíça
  • 22 de junho de 2018, 9h >São Petersburgo
    Brasil X Costa Rica
  • 22 de junho de 2018, 15h >Kaliningrado
    Sérvia X Suíça
  • 27 de junho de 2018, 15h >Arena Spartak, Moscou
    Sérvia X Brasil
  • 27 de junho de 2018, 15h >Níjni Novgorod
    Suíça X Costa Rica
  • Jogos 

    • 14 de junho de 2018, 12h >Estádio Luzhniki, Moscou
      Rússia X A. Saudita
    • 15 de junho de 2018, 9h >Ecaterimburgo
      Egito X Uruguai
    • 19 de junho de 2018, 15h >São Petersburgo
      Rússia X Egito
    • 20 de junho de 2018, 12h >Rostov
      Uruguai X A. Saudita
    • 25 de junho de 2018, 11h >Samara
      Uruguai X Rússia
    • 25 de junho de 2018, 11h >Volgogrado
      A. Saudita X Egito
  • 15 de junho de 2018, 12h >São Petersburgo
    Marrocos X Irã
  • 15 de junho de 2018, 15h >Sochi
    Portugal X Espanha
  • 20 de junho de 2018, 9h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Portugal X Marrocos
  • 20 de junho de 2018, 15h >Kazan
    Irã X Espanha
  • 25 de junho de 2018, 15h >Saransk
    Irã X Portugal
  • 25 de junho de 2018, 15h >Kaliningrado
    Espanha X Marrocos
  • Jogos 

    • 16 de junho de 2018, 7h >Kazan
      França X Austrália
    • 16 de junho de 2018, 13h >Saransk
      Peru X Dinamarca
    • 21 de junho de 2018, 12h >Ecaterimburgo
      França X Peru
    • 21 de junho de 2018, 9h >Samara
      Dinamarca X Austrália
    • 26 de junho de 2018, 11h >Estádio Luzhniki, Moscou
      Dinamarca X França
    • 26 de junho de 2018, 11h >Sochi
      Austrália X Peru
  • 16 de junho de 2018, 10h >Arena Spartak, Moscou
    Argentina X Islândia
  • 16 de junho de 2018, 16h >Kaliningrado
    Croácia X Nigéria
  • 21 de junho de 2018, 15h >Níjni Novgorod
    Argentina X Croácia
  • 22 de junho de 2018, 12h >Volgogrado
    Nigéria X Islândia
  • 26 de junho de 2018, 15h >São Petersburgo
    Nigéria X Argentina
  • 26 de junho de 2018, 15h >Rostov
    Islândia X Croácia

  • 17 de junho de 2018, 12h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Alemanha X México
  • 18 de junho de 2018, 9h >Níjni Novgorod
    Suécia X Coreia do Sul
  • 23 de junho de 2018, 15h >Sochi
    Alemanha X Suécia
  • 23 de junho de 2018, 12h >Rostov
    Coreia do Sul X México
  • 27 de junho de 2018, 11h >Kazan
    Coreia do Sul X Alemanha
  • 27 de junho de 2018, 11h >Ecaterimburgo
    México X Suécia

  • 18 de junho de 2018, 12h >Sochi
    Bélgica X Panamá
  • 18 de junho de 2018, 15h >Volgogrado
    Tunísia X Inglaterra
  • 23 de junho de 2018, 9h >Arena Spartak, Moscou
    Bélgica X Tunísia
  • 24 de junho de 2018, 9h >Níjni Novgorod
    Inglaterra X Panamá
  • 28 de junho de 2018, 15h >Kaliningrado
    Inglaterra X Bélgica
  • 28 de junho de 2018, 15h >Saransk
    Panamá X Tunísia

  • 19 de junho de 2018, 12h >Arena Spartak, Moscou
    Polônia X Senegal
  • 19 de junho de 2018, 9h >Saransk
    Colômbia X Japão
  • 24 de junho de 2018, 12h >Ecaterimburgo
    Japão X Senegal
  • 24 de junho de 2018, 15h >Kazan
    Polônia X Colômbia
  • 28 de junho de 2018, 11h >Volgogrado
    Japão X Polônia
  • 28 de junho de 2018, 11h >Samara
    Senegal X Colômbia

    Oitavas de Final: 

    30 de junho de 2018, 11h >Kazan
    1º do Grupo C OF1 2º do Grupo D
    30 de junho de 2018, 15h >Sochi
    1º do Grupo A OF2
    2º do Grupo B
    1º de julho de 2018, 11h >Estádio Luzhniki, Moscou
    1º do Grupo B OF3
    2º do Grupo A
    1º de julho de 2018, 15h >Níjni Novgorod
    1º do Grupo D OF4
    2º do Grupo C
    2 de julho de 2018, 11h >Samara
    1º do Grupo E OF5
    2º do Grupo F
    2 de julho de 2018, 15h >Rostov
    1º do Grupo G OF6
    2º do Grupo H
    3 de julho de 2018, 11h >São Petersburgo
    1º do Grupo F OF7
    2º do Grupo E
    3 de julho de 2018, 15h >Arena Spartak, Moscou
    1º do Grupo H OF8
    2º do Grupo G

    Quartas de Final:

    6 de julho de 2018, 11h >Níjni Novgorod
    Venc. OF2 QF1
    Venc. OF1
    6 de julho de 2018, 15h >Kazan
    Venc. OF5 QF2
    Venc. OF6
    7 de julho de 2018, 11h >Samara
    Venc. OF7 QF3
    Venc. OF8
    7 de julho de 2018, 15h >Sochi
    Venc. OF3 QF4
    Venc. OF4

    Semifinais: 
    10 de julho de 2018, 15h >São Petersburgo
    Venc. QF1 SF1
    Venc. QF2
    11 de julho de 2018, 15h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Venc. QF3 SF2
    Venc. QF4

    Decisão de 3ro. lugar: 
    14 de julho de 2018, 11h >São Petersburgo
    Perd. SF1 X Perd. SF2

    Final: 
    15 de julho de 2018, 12h >Estádio Luzhniki, Moscou
    Venc. SF1 X Venc. SF2

    terça-feira, 15 de maio de 2018

    Brasil: o ajuste economico ainda nao foi feito - FMI (Editorial Estadao)

    Eu sempre disse, desde antes da Grande Destruição lulopetista, que a tarefa de reconstrução seria enorme, ingente, lenta e dolorosa. Até agora, o Brasil se limitou a colocar band-aid sobre suas fraturas mais graves. O trabalho verdadeiro ainda não começou.
    Paulo Roberto de Almeida

    O risco-chave, segundo o FMI

    O Brasil poderá entrar em nova crise, e até em recessão, se o próximo governo abandonar a pauta de ajustes e reformas, alertou diretor do Fundo
    Editorial O Estado de S. Paulo, 15 de maio de 2018
    O Brasil poderá entrar em nova crise, e até em recessão, se o próximo governo abandonar a pauta de ajustes e reformas, disse o diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner. Ele destacou a importância da reforma da Previdência, mas um crescimento mais rápido e sustentável, acrescentou, dependerá de mudanças mais amplas. Uma política inovadora deve incluir, entre outros pontos, segundo o diretor do FMI, abertura econômica e simplificação do sistema tributário. Werner comentou as perspectivas do País ontem, em Nova York, num evento da Fundação Getúlio Vargas e da Câmara de Comércio Brasileira e Americana.
    Advertências muito parecidas têm sido formuladas no Brasil por economistas conhecidos pela competência técnica e pelo bom senso. As avaliações apresentadas por Alejandro Werner põem a discussão, no entanto, num cenário mais amplo. Ele dirige uma equipe familiarizada com a economia de toda a América Latina e empenhada em acompanhar 0 dia a dia das crises, das políticas, das estratégias de ajustes e mudanças e, naturalmente, dos sucessos e fracassos.
    Esse panorama é discutido no relatório de perspectivas econômicas das Américas divulgado na sexta-feira passada numa entrevista coletiva em Lima. As economias estão em crescimento em quase todo o hemisfério, do Canadá à Argentina e ao Chile, mas, em vez de apenas festejar a recuperação, os autores do estudo lançam uma exortação: é preciso aproveitar o impulso para levar adiante as pautas de reformas.
    A exortação vale especialmente para os países latino-americanos, e, dentro desse conjunto, para Brasil e Argentina. Apesar da retomada do crescimento e da melhora de alguns indicadores importantes, as duas maiores economias da América do Sul ainda têm de enfrentar uma pesada agenda de consertos e reformas. A Argentina, muito vulnerável a problemas externos e, portanto, a pressões cambiais, acabou pedindo ajuda ao Fundo pouco antes da divulgação do relatório. O Brasil, com bom volume de reservas, contas externas saudáveis e inflação bem abaixo da meta oficial, tem mais espaço para se mexer. Não pode, no entanto, retardar por muito tempo, a continuação do programa iniciado pelo governo Temer. Os perigos maiores foram apontados com clareza no pronunciamento de Alejandro Werner em Nova York.
    Sem rápida melhora das finanças oficiais, a dívida pública poderá em breve superar 100% do Produto Interno Bruto (PIB). Sem perspectiva de melhora, os mercados poderão retrair-se. Com isso o financiamento se tornará muito difícil e custoso, o País poderá entrar em nova crise e afundar de novo em recessão. A lista de ações para arrumar a economia, torná-la mais segura e aumentar a capacidade de crescimento inclui, além da reforma da Previdência e de mudanças no sistema tributário, alterações na alocação de crédito, abertura ao comércio, maior integração nos mercados globais, melhora da infraestrutura e redução da burocracia.
    Dois fatores positivos são apontados: 1) o atual governo tomou iniciativas na direção correta, propondo o teto de gastos e iniciando as correções; 2) a reativação da economia proporciona condições para um ajuste mais intenso na fase inicial e para o avanço na pauta de reformas. A proposta de aproveitar o impulso vale para todo o hemisfério, especialmente para a América Latina, mas aplica-se muito especialmente ao Brasil.
    O caso brasileiro se destaca, no entanto, por mais um fator de preocupação: o “risco-chave”, segundo o relatório, é o de alteração do programa econômico depois das eleições presidenciais, com “maior instabilidade no mercado e maior incerteza quanto às perspectivas de médio prazo”. De modo geral, a expectativa de continuidade dos ajustes aparece nos comentários sobre os demais países da América Latina. Ao traduzir o quadro eleitoral em termos de grave incerteza econômica, os técnicos do FMI mostram boa informação e realismo. Longe de ser um excesso retórico, a expressão “risco-chave” é um alerta preciso.

    segunda-feira, 14 de maio de 2018

    Mocao de louvor das esquerdas a CIA - Paulo Roberto de Almeida

    Moção de louvor das esquerdas à CIA

    Paulo Roberto de Almeida


    Em nome das esquerdas em geral (mas não autorizado por elas), as organizações, partidos e movimentos seguintes, mas não limitados a eles, PCB (ou o que restou dele), PCdoB, PCBR, PT, PSOL, PSTU, PCO, antigos movimentos guerrilheiros (ALN, VPR, MRE-8, VAR-Palmares, Colina, Destacamento do Araguaia, Grupo dos Onze, etc., etc., etc.), neobolcheviques esquizofrênicos de todos os matizes (MST, MTST, etc., etc.), veem a público declarar sua satisfação (desculpando-se pelo tardio da hora) e emitir esta nota de louvor e de reconhecimento enfático à excelente organização profissional que é a CIA, que sempre foi, e que continua sendo (com alguns deslizes, claro, que ninguém é perfeito), pela exposição fiel, objetiva, clara e inegável da verdade histórica dos fatos que cercam ainda o submundo da repressão a todos os companheiros torturados, mortos e desaparecidos nos anos de chumbo da ditadura militar.
    A gratidão de todos nós (ou seja, das esquerdas, que continuam alopradas), à CIA, ao Departamento de Estado, ao imperialismo americano (ainda assim democrático e liberal), por essa demonstração cabal de que a verdade histórica acaba prevalecendo contra ventos e marés (aliás, até mesmo contra a nossa versão dos fatos, quando pretendemos fraudulentamente que estávamos lutando pela democracia, quando de fato estávamos empenhados em criar uma ditadura do proletariado no Brasil, um horroroso regime stalinista, do qual nos salvaram os militares, a CIA, o imperialismo americano, etc., etc., etc.).
    Impossibilitados de vir a público decentemente para emitir esta nota de louvor à CIA e para reconhecer nossos erros e grandes equívocos do passado, que nem a Comissão da (Meia)Verdade foi capaz de reconhecer (o fato de que fomos nós que provocamos a "tigrada" dos quarteis), delegamos a alguém mais conectado na verdade do que nas fantasias de direita e de esquerda, este encargo de sinceramente reconhecer o papel positivo, objetivamente fiel aos fatos, intelectualmente honesto, altamente profissional, da CIA e de todas essas agências imperialistas, que mesmo tardiamente, acabam por completar o teatro de sombras sob o qual ainda vive o Brasil.
    As esquerdas agradecem ao autor destas linhas (direitistas: abstei-vos de comentários indesejados e equivocados, p.f.)

    Paulo Roberto de Almeida
    Brasília, 12 de maio de 2018


    1.     Home 
    2.      Historical Documents 
    4.     Document 99
    FOREIGN RELATIONS OF THE UNITED STATES, 1969–1976, VOLUME E–11, PART 2, DOCUMENTS ON SOUTH AMERICA, 1973–1976
    99. Memorandum From Director of Central Intelligence Colby to Secretary of State Kissinger 1
    Washington, April 11, 1974.
    SUBJECT
    ·      Decision by Brazilian President Ernesto Geisel To Continue the Summary Execution of Dangerous Subversives Under Certain Conditions
    1. [1 paragraph (7 lines) not declassified]
    2. On 30 March 1974, Brazilian President Ernesto Geisel met with General Milton Tavares de Souza (called General Milton) and General Confucio Danton de Paula Avelino, respectively the outgoing and incoming chiefs of the Army Intelligence Center (CIE). Also present was General Joao Baptista Figueiredo, Chief of the Brazilian National Intelligence Service (SNI).
    3. General Milton, who did most of the talking, outlined the work of the CIE against the internal subversive target during the administration of former President Emilio Garrastazu Médici. He emphasized that Brazil cannot ignore the subversive and terrorist threat, and he said that extra-legal methods should continue to be employed against dangerous subversives. In this regard, General Milton said that about 104 persons in this category had been summarily executed by the CIE during the past year or so. Figueiredo supported this policy and urged its continuance.
    4. The President, who commented on the seriousness and potentially prejudicial aspects of this policy, said that he wanted to ponder the matter during the weekend before arriving at any decision on [Page 279]whether it should continue. On 1 April, President Geisel told General Figueiredo that the policy should continue, but that great care should be taken to make certain that only dangerous subversives were executed. The President and General Figueiredo agreed that when the CIE apprehends a person who might fall into this category, the CIE chief will consult with General Figueiredo, whose approval must be given before the person is executed. The President and General Figueiredo also agreed that the CIE is to devote almost its entire effort to internal subversion, and that the overall CIE effort is to be coordinated by General Figueiredo.
    5. [1 paragraph (12½ lines) not declassified]
    6. A copy of this memorandum is being made available to the Assistant Secretary of State for Inter-American Affairs. [1½ lines not declassified] No further distribution is being made.
    W.E. Colby

    1.Summary: Colby reported that President Geisel planned to continue Médici’s policy of using extra legal means against subversives but would limit executions to the most dangerous subversives and terrorists.
    Source: Central Intelligence Agency, Office of the Director of Central Intelligence, Job 80M01048A: Subject Files, Box 1, Folder 29: B–10: Brazil. Secret; [handling restriction not declassified]. According to a stamped notation, David H. Blee signed for Colby. Drafted by Phillips, [names not declassified] on April 9. The line for the concurrence of the Deputy Director for Operations is blank.

    sábado, 12 de maio de 2018

    Os programas economicos do Brasil com o FMI: corrigindo Paulo Gala

    Recebi em minha caixa, a seguinte mensagem para uma nova aula de Paulo Gala, um professor de economia online que possui excelentes postagens informativas sobre a economia brasileira e mundial.
    Esta, porém, decepcionou-me pela inexatidão do relato sobre as crises brasileiras e os programas com o FMI.
    Ei-la:

    On May 11, 2018, at 11:29 AM, Paulo Gala <pgala@uol.com.br> wrote:


    Memórias de um latino-americano! Crises cambiais nos 90 foram abundantes

    Brasil, 13 de Janeiro de 1999. O Banco Central brasileiro manda comunicado para o mercado de câmbio brasileiro avisando que não mais iria intervir para segurar nossa taxa. Chegava ao fim nossa âncora cambial implantada em setembro de 1994 para ajudar na estabilização de preços do plano real. Depois de algum crescimento, nossas contas externas saem do controle. O endividamento externo explode e passamos a sofrer recorrentes ataques especulativos contra nossa moeda. Nossos juros em dólar disparam e por aqui o Gustavo Franco aumenta a SELIC para 40% ao ano para tentar segurar a fuga de capital. Respostas do governo para a crise? Corte de gastos e austeridade fiscal. Temos que agradar o FMI para receber os empréstimos que nos ajudariam a não quebrar. Funcionou? Não! A economia brasileira não saía da recessão e nossa dívida interna e externa explodiam! Até que veio a crise de 1999 com a desvalorização gigante da moeda brasileira! Nosso pacote de empréstimo do FMI de 30 bilhões de dólares não deu conta.
    BLOG de Paulo Gala Sao Paulo SP, SP 01313-902 Brazil

    Respondi da seguinte maneira:

    Sinto discordar. O pacote de 30 bi com o FMI deu conta, sim, tanto que desse dinheiro apenas a metade integrou as reservas brasileiras, o resto sendo "usado" como seguro.
    O que você deveria registrar seria a sequência exata dos três pacotes de ajuda do FMI, o primeiro em 1998-99, de mais de 40 bi (mas apenas uma parte das entidades de Bretton Woods e dos bancos regionais, sendo o resto, metade, de países credores, inclusive a Grécia, por uma dessas ironias da história); depois o de 2001, de apenas 15 bi, por causa da crise argentina. Esse de 30 bi foi o terceiro, única e exclusivamente por causa do efeito Lula em 2002, sendo que as políticas de ajuste já tinham sido todas tomadas pelo Armínio em 1999 e estavam funcionando muito bem, tanto que já em abril de 2000 ele devolvia boa parte do dinheiro emprestado ou garantido no primeiro pacote.
    O país estava pronto para retomar o crescimento depois desse ajuste e da desvalorização, mas foi vítima do apagão elétrico e da crise argentina. Já o terceiro problema não tem nada a ver com a consistência ou inconsistência das medidas adotadas em 1999, e tudo a ver com a esquizofrenia econômica petista.
    Outra loucura petista: em 2005 Lula resolveu acabar deliberadamente e antecipadamente com o programa stand-by com o FMI, em antecipação das eleições de 2006, deixando de usufruir de um dinheiro barato, com os juros amigáveis do FMI, para ficar com empréstimos comerciais muito mais caros. Pura demagogia política, populismo barato, e um crime econômico contra o país.
    A história a gente deve contar por inteiro...
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    Paulo Roberto de Almeida