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sexta-feira, 8 de junho de 2018

O BRICS serve para alguma coisa? China impõe sobretaxas a carnes de frango do Brasil

O tal d BRIC, inventado pelos companheiros com seus camaradas russos, depois convertido em BRICS, por obra e graça dos companheiros chineses, que precisavam dessa legitimação africana – a despeito de a África do Sul não corresponder minimamente ao conceito original do BRIC –, é para ser levado a sério, ou se trata apenas de uma piada de mau gosto? Começa pelo fato de que ele não existe comercialmente, ou melhor, ele é totalmente anti-comércio, para dizer o mínimo. Ele existe para o quê, exatamente? Se é para ter um banco de financiamento, acho que não precisa, pois para que gastar milhões em divisas para compor seu capital, se podemos usar esse dinheiro para outras finalidades? Cabe registrar, enfaticamente, não existe falta de capital no mundo, e o que falta são bons projetos (mas para que pagar para ter projetos examinados por chineses e indianos?).Por outro lado, para que o acordo de reservas contingentes, para fazer a mesma coisa que o FMI e os bancos multilaterais existentes? Para que gastar mais esse dinheiro?
Acho tudo isso uma péssima ideia, e ainda vem com esse abuso dos chineses contra nossa carne de frango, para se acertar com os americanos. Acho que o Brasil deveria abrir um caso contra a China na OMC.
Se alguém me provar que o BRICS serve para alguma coisa eu agradeço...
Paulo Roberto de Almeida 

SOBRETAXAS 

China impõe tarifas sobre carne de frango do Brasil

Empresas chinesas que adquirem frangos brasileiros terão de pagar tarifas entre 18,8% e 38,4% sobre o valor das importações

China impõe tarifas sobre carne de frango do Brasil
De acordo com a Reuters, 29 empresas brasileiras foram listadas na decisão do Mofcom (Foto: EBC)
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A China vai aplicar tarifas à importação de frango do Brasil a partir do próximo sábado, 9. A decisão foi divulgada pelo Ministério de Comércio da China (Mofcom) nesta sexta-feira, 8.
Com isso, empresas chinesas que adquirem frangos brasileiros terão de pagar tarifas entre 18,8% e 38,4% sobre o valor das importações. Isso acontece porque, segundo a China, que iniciou uma investigação sobre o frango brasileiro em agosto de 2017, a carne estaria sendo comercializada abaixo do valor do mercado, prejudicando produtores chineses.
A medida é anunciada poucas semanas após o ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, se encontrar com o ministro do Comércio da China, Zhong Shan. Apesar de não ser o principal mercado para o Brasil, as novas tarifas podem impor alguns obstáculos para exportadores brasileiros.
De acordo com a Reuters, 29 empresas brasileiras foram listadas na decisão do Mofcom. Os produtos da JBS e da Seara Comércio sofrerão uma sobretaxa de 18,8%; já os produtos da BRF terão uma sobretaxa de 25,3%; enquanto isso, a C.Vale Cooperativa Agroindustrial sofrerá a maior aplicação de tarifa, com um total de 38,4%.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), apenas em 2017, a China importou 391,4 mil toneladas de frangos brasileiros, o que equivale a 9,2% de toda a exportação brasileira do produto no mesmo período. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, exportando, apenas em 2016, mais de 4 milhões de tonelada do produto.
Descontente com a decisão, a ABPA divulgou uma nota, afirmando que acredita que o fluxo comercial com a China deve ser mantido mesmo com as imposições das tarifas, “frente à necessidade e alta demanda do mercado chinês”. Além disso, a ABPA lembrou que essa é apenas uma decisão provisória, com a medida final sendo anunciada somente no próximo mês de agosto.
“A associação reafirma que não há qualquer nexo causal entre as exportações de carne de frango do Brasil e eventuais situações mercadológicas locais. Os esclarecimentos apresentados pelo setor produtivo e pelas agroindústrias exportadoras deixaram clara a ausência de qualquer possível dano aos produtores e ao mercado chinês”, descreveu a nota.
As novas taxas chinesas sobre a importação de frango brasileiro ocorrem em um momento de aproximação comercial entre a China e os Estados Unidos. Os americanos estariam interessados em reabrir o mercado avícola para a China. Em fevereiro, o Ministério do Comércio chinês removeu uma tarifa sobre frangos americanos, segundo o jornal Estado de S. Paulo.
“Estamos muito, muito preocupados com essas negociações, porque o que nós não queremos ver é os exportadores brasileiros em situação de desvantagem vis-à-vis outros concorrentes que podem também estar em condições de exportar para este país”, afirmou uma fonte da embaixada brasileira na China à Reuters.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

The Globalist: China among the greatest, by volume, but also by quality

O mais recente boletim de Globalist, traz algumas matérias que confrontam resultados chineses – indicadores econômicos e sociais – com os de países atualmente na vanguarda do desenvolvimento mundial. A China já é a maior economia mundial, a despeito do fato que, em termos per capita, ela ainda vai levar décadas para se equiparar aos países mais avançados.
Paulo Roberto de Almeida



China Vs. the US: Just the Facts

China Vs. the US: The GDP Race

Who leads depends on how it’s measured. | By The Globalist

China Vs. the US: Lifespan Gains

A child born in China today can expect to live decades longer than someone born in China in 1950. | By The Globalist

China Vs. Europe: Living Standards and Costs

While much of China remains poor, some cities are now on par with EU levels. | By The Globalist

China Vs. the US: Who Has More Land?

The two countries have very similar land areas for now, but China has extensive additional claims. | By The Globalist



China Vs. The US: The GDP Race

Who leads depends on how it’s measured.
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Takeaways


  • At market prices, China’s GDP is still only about 61.7% the size of the US economy.
  • China’s economy is also more than three times greater than that of Germany, and four and a half times larger than the economies of France or the United Kingdom.
1. At market prices, China’s GDP (the size of its economy) is still only about 61.7% the size of the U.S. economy, according to International Monetary Fund estimates in 2017.
2. China is the second-largest economy in the world in nominal terms (i.e., without adjustment for local purchasing power). 
3. China’s GDP is nearly two-and-a-half times larger than that of third-ranked Japan.
4. China’s economy is also more than three times greater than that of Germany, and four and a half times larger than the economies of France or the United Kingdom.
5. Only by measuring China’s GDP in international dollars that adjust for local purchasing power does it surpass the United States’ economic size.
6. By this indicator, the U.S. economy is 84% the size of China’s. 
7. China certainly seems destined for economic pre-eminence, if current trends continue. 
8. This would be a return to China’s previous path and position in the global economy. 
9. Back in 1820, two centuries ago, the largest productive economies in the world were China and India. 
10. Together they accounted for half of the aggregate value of the global economy at the time.
Sources: IMF, Maddison Project Historical Statistics, The Globalist Research Center

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Xi Jinping, o imperador da 26 dinastia chinesa - Rubens Barbosa

Xi Jinping, o homem mais poderoso do mundo

O novo líder do Império do Centro hoje detém poder absoluto, como os antigos imperadores

Rubens Barbosa
O Estado de São Paulo, 10/04/2018

A Assembleia do Povo confirmou a decisão do 19.º Congresso do Partido Comunista Chinês no sentido de rever a Constituição e substituir o período de dois mandatos para o presidente da China por eleição sem limite de tempo. 
Até 1912 o país foi regido por 24 dinastias. Depois de breve interregno, com a revolução chinesa começou a 25.ª, a do Partido Comunista Chinês, com todo o poder transferido em 1945 para Mao Tsé-tung. Com sua reeleição ilimitada, Xi Jinping, o novo líder do Império do Centro, consolidou seu poder, modificou a relação entre o governo e o partido e viu seu nome e seu pensamento incluídos na Carta Magna, privilégios até aqui reservados somente ao Grande Timoneiro. 
O domínio de Xi Jinping fortalece o papel do Partido Comunista e permite um controle mais forte do poder central. Ele concentra os cargos de comandante supremo, secretário-geral do partido e presidente da República. O regime autoritário consolidou-se controlando a ideologia e eliminando qualquer forma de oposição política ao partido. Com poder absoluto, como os antigos imperadores, Xi Jinping poderá acentuar o nacionalismo, continuar a combater a corrupção e as resistências da burocracia à execução das reformas visando ao fortalecimento econômico e militar da China e seu papel como superpotência. 
O que o reforço desse autoritarismo pode representar para o mundo? 
Em primeiro lugar, confirma a percepção – que sempre defendi, mas tem sido ignorada nos meios ocidentais – de que a liberalização econômica (perestroika) não leva necessariamente à abertura política (glasnost). O que aconteceu na União Soviética é sempre lembrado pelas autoridades chinesas como um exemplo a não ser seguido. 
Em segundo lugar, a implementação de políticas e estratégias de médio e longo prazos para a “nova era“ prometida por Xi Jinping durante o congresso do Partido Comunista, com maior presença da China no mundo e competindo em pé de igualdade com os EUA. Essa atitude reflete a percepção do fortalecimento do poder nacional da China. Deixando de lado a posição cautelosa mantida até aqui, a China busca ampliar sua influência geopolítica com iniciativas como a nova Rota da Seda (Belt and Road Initiative), com fundos da ordem de US$ 1 trilhão, a presença militar do Mar do Sul da China, a eventual incorporação de Taiwan ao território continental e a agressiva política industrial Made in China 2025. 
Do ponto de vista político, a autoconfiança chinesa reafirmada por Xi Jinping apresenta o modelo autoritário, de partido único, mas de rápido e grande crescimento econômico, como um modelo alternativo à democracia ocidental. 
Levando em conta que o governo Donald Trump considera a China competidora estratégica e a maior ameaça aos interesses dos EUA também na área econômica e comercial, foram anunciadas medidas recentes de protecionismo, como sobretaxas ao aço e ao alumínio, além de medidas unilaterais adicionais contra a China: restrições à entrada de produtos chineses que poderiam alcançar US$ 50 bilhões e plano para impor novas restrições a investimentos chineses em equipamentos robóticos, aeroespaciais, marítimos e ferroviários modernos, veículos elétricos e biofármacos. No âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), os EUA vão pedir a abertura de processo contra regras de licenciamento de tecnologia que impedem empresas americanas de competir no mercado chinês e a possibilidade de medidas contra práticas chinesas de propriedade intelectual. As sanções preveem restrições a investimentos nos EUA, entraves para emissão de vistos para pesquisadores chineses e confrontos diretos na OMC sobre práticas comerciais chinesas, que incluiriam guerra digital, entrega de segredos comercias e formação de parcerias com empresas chinesas, dentro do programa Made in China 2025, que objetiva o desenvolvimento de indústrias nacionais em áreas estratégicas. A China respondeu com sobretaxa de 25% sobre 106 produtos dos EUA, representando igualmente perdas de US$ 50 bilhões. Em resposta, o governo norte-americano anunciou estudos para a imposição de novas medidas restritivas que afetarão 1.300 produtos chineses, no valor de US$ 100 bilhões. 
A reação chinesa reflete o estilo de Xi Jinping no relacionamento com os EUA. Reação imediata, na mesma intensidade e escala, para salvaguardar os interesses do seu país e equilibrar as perdas causadas. Tratando os EUA como igual, Xi Jinping reagiu de maneira firme, mas cautelosa, buscando também acionar o Mecanismo de Solução de Controvérsias da OMC. 
O mundo assiste, até aqui, a uma escalada verbal, pois as medidas restritivas e retaliatórias que poderão acelerar o descrédito do sistema multilateral de comércio (OMC) e o da paz e segurança da ONU ainda não entraram em vigor. As medidas dos EUA estão colocando a China como defensora da globalização e do livre-comércio. Em atitude conciliadora, segundo se informa, Xi Jinping está deixando a porta aberta para conversas bilaterais que propiciem espaço para recuos recíprocos. 
Resta saber como, em termos geopolíticos, os EUA reagirão à expansão chinesa, sob Xi Jinping, no Mar do Sul da China, com a criação de bases militares em ilhas criadas na região facilitando a ampliação do raio de influência militar próxima ao Japão. E também em relação às questões da não proliferação nuclear na Coreia do Norte e do apoio ao Irã. A combinação de uma China nacionalista e assertiva e EUA nacionalistas e protecionistas pode ser potencialmente explosiva. Por não interessar a ninguém, até aqui pelo menos, é pouco provável que a escalada protecionista comercial e as ameaças de uma crise político-diplomática saiam de controle e venham a desaguar em conflito bélico, como muitos temem. 

* RUBENS BARBOSA É PRESIDENTE DO INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAISE COMÉRCIO EXTERIOR (IRICE)

domingo, 18 de março de 2018

China: a grande ofensiva na America Latina - World Economic Forum

The challenges of Chinese investment in Latin America

The World Economic Forum, committed to improving the state of the world, is the International Organization for Public-Private Cooperation #wef
A fire dragon dance during Chinese Lunar New Year celebrations in Cotia, Brazil. Image: REUTERS/Paulo Whitaker
Lourdes Casanova, Senior Lecturer and Academic Director, Emerging Markets Institute, Johnson School of Management, Cornell University


As São Paulo hosts the World Economic Forum on Latin America 2018, it is time to consider China’s important influence on economies and business in the region since the Forum’s last meeting in Brazil, in 2011.
With foreign trade worth $4 trillion, China is the world’s most important trading country. Besides the US, it is also the most important trading partner for 100 countries, including Argentina, Brazil, Chile, Peru and Uruguay.
During South America’s golden decade from the early 2000s, the region welcomed China as a key enabler of its commodities super-cycle. Now, China has moved beyond trade to being a major investor, whose presence is felt in primary sectors such as mining, oil, construction, banking and utilities. As much as we all admire China’s tremendous economic progress, these changes have generated a number of issues to consider:

Speed and depth

In just 10 years, China has become a key trade partner and investor in the region. Its presence has been felt beyond trade. China has started using the renminbi in swaps worth $70 billion in Argentina, $27 billion in Brazil and, more recently, approximately $3 billion in Chile.
Since 2010, China has been a source of financing for the region, according to a study published by The Inter-American Dialogue in 2016. China loaned $65 billion to Venezuela in exchange for oil, $21 billion to Brazil and approximately $15 billion to both Argentina and Ecuador. Although certain sources claim that China favoured left-wing governments, it continued its loans to Argentina and Brazil after their respective governments changed. In fact, it is reconsidering its loans to Venezuela because of the country’s political chaos.
On the venture capital side, China has increased its investments to more than $1 billion in 2017, compared to only $30 million two years previously, according to the research firm Preqin.

Unidirectional investments

While Chinese investments are felt all over, Latin American investments in China are limited to a few companies, such as Brazilian firms Embraer and Vale, and the Mexican Grupo Bimbo. Although Asia receives the majority (66%) of Chinese investments, Latin America comes second, receiving 12%, followed by Europe (7%), the US (5%) and Africa (3.5%). Of Chinese investments in Latin America, Brazil received 55%. In 2013 there were 60 investment projects in Brazil led by 44 Chinese companies (Sinopec and State Grid are the leaders) worth a total of $68 billion, according to data from the Brazil-China economic council.

State versus private

The first wave of privatizations in Latin America started in Chile in 1987, with its telecommunications industry. The privatization of banking, electricity, highways and pension systems followed. Today, as Brazil and Mexico (primarily) are starting a second wave of privatization, it is a paradox that Chinese state-owned companies are buying privatized companies. In the latest move, China Mobile and China Telecom, both partially or totally state-owned, have expressed interest in buying the bankrupt Brazilian telecoms operator Oi.
Chinese investments have moved from primary resources to services, thanks — in part — to the Chinese state-owned utility State Grid, the second biggest company in the world by sales, after Wal-Mart. State Grid supplies electricity to 88% of Chinese territory. It is innovating by reducing the loss of energy in transmission — a key technology for large countries like China and Brazil.
The company entered Brazil in 2010 with the acquisition of seven companies from Spanish company ACS for $989 million. In 2014, State Grid led the IE Belo Monte Consortium, formed by State Grid Brasil Holding S.A. (holding 51%), Brazilian companies Furnas Central Eléctrica S.A. (holding 24.5%) and Eletronorte (holding 24.5 %).
For the first time, Western companies were not part of this consortium, which won the bid to build 2,100 kilometres of electrical grid, running from the hydroelectric power plant Belo Monte in the state of Pará to the southeast of Brazil, worth an estimated $1.5 billion.
In 2015, the electrical sector saw another major investment. China Three Gorges Corp. (CTG) bought the hydroelectric plant Jupiá e Ilha Solteira Brazil Energy for $3.6 billion. Other important investments have been made by Chinese oil companies CNOOC, CNPC and Sinopec, in partnership with Spanish companies Repsol and Petrogal. Together they won the bidding for the exploration of the pre-salt area of the Libra oil field. China has also been active in Brazil’s construction industry: CCCC is building a port in Maranhão.
China’s penetration into the economies of Brazil and the wider region has been rapid, and continues to be so. Much of this Chinese influence is being exercised by the increasing global expansion of Chinese firms, including by those state-owned. This is a paradox for Latin America, as its private, formerly state-owned companies are becoming state-owned companies in another country.
Latin America now needs both to partner and compete with China, a country in which the public and private sectors work in unison, in which the line between public and private is blurred, and in which industrial policies and long-term planning take priority over the short-term.
This is a change of paradigm for a region used to dealing with relatively well-known American and European companies that had been operating in Latin America for a long time. Finding an answer to these challenges will be key to making Latin America and China’s new relationship a win-win for both sides.
Have you read?


Originally published at www.weforum.org.

sábado, 10 de março de 2018

Como a India avançou mais do que a China (relativamente) - World Economic Forum

A matéria é antiga, mas continua relevante...

Here’s how India became more competitive than China

Image: REUTERS/Jitendra Prakash
Attilio Di Battista, Economist, World Economic Forum

India’s GDP per capita (in terms of purchasing power parity) almost doubled between 2007 and 2016, from $3,587 to $6,599. Growth slowed after the 2008 crisis, hitting a decade low in 2012–2013. But if anything, this provided the country with the opportunity to rethink its policies and engage more firmly in the reforms necessary to improve its competitiveness. Growth rebounded in 2014, and last year surpassed that of China.
India’s overall competitiveness score was rather stagnant between 2007 and 2014, and the country slipped down the rankings in the Global Competitiveness Report as others made improvements. However, improvements since 2014 have seen it climb to 39th in this year’s edition of the report — up from 48th in 2007–2008. Its overall score improved by 0.19 points in that time.
What makes India so competitive?
Improvements in health, primary education and infrastructure contributed most to this improvement — although this is partly explained by the relatively large weight these “basic requirements” components have until now been given in factor-driven economies, each accounting for 15% of the final score.
On health and basic education, India almost halved its rate of infant mortality (from 62 to 37.9 per 1,000), increased life expectancy (from 62 to 68) and primary education enrolment (from 88.8% to 93.1%).
Improvements in infrastructure were small and faltering until 2014, when the government increased public investment and accelerated approval procedures to attract private resources. Macroeconomic conditions — the third-biggest positive contributor — followed a similar path: the recent slump in commodity prices has helped India to keep inflation below its target of 5%, while rebalancing its current account and decreasing its public deficit.
Another improvement over the past decade has been increased market size (the adoption of new PPP estimates by the IMF in 2014 also contributed to the upward increase in the measure of market size used in the GCI). Institutions deteriorated until 2014, as mounting scandals and seemingly unmanageable inefficiencies caused businesses to lose trust in the public administration — but this trend was also reversed after 2014, and the institutions score has returned to its 2007 level.
Have you read?
In other areas, India has not yet recovered to 2007 levels, with the biggest shortfall coming in financial market development — this pillar taking 0.03 points off India’s 2016 score in comparison to 2007 (a reduced pillar score of 0.52 points, multiplied by a pillar weight of 6%). The Reserve Bank of India has helped increase financial market transparency, shedding light on the large amounts of non-performing loans previously not reported on the balance sheets of Indian banks. However, the banks have not yet found a way to sell these assets, and in some cases need large recapitalizations.
The efficiency of the goods market has also deteriorated, as India failed to address long-running problems such as different local sales and value added taxes (this is set to finally change as of 2017 if the Central GST and Integrated GST bills currently in parliament are fully implemented). Another area of concern is India’s stagnating performance in technological readiness, a pillar on which it scores one full point lower than any other. These three pillars will be key for India to prosper in its next stage of development, when it will no longer be possible to base its competitiveness on low-cost, abundant labour. Higher education and training has also shown no improvement.
What areas should India prioritize today? India has made significant progress on infrastructure, one of the pillars where it ranked worst. As the country closes the infrastructure gap, new priorities emerge. The country’s biggest relative weakness today is in technological readiness, where initiatives such as Digital India could lead to significant improvements in the next years. India outperforms countries in the same stage of development, mostly those in sub-Saharan Africa, in all pillars except labor market efficiency.
Even on indicators where India has made progress, comparisons with other countries can be sobering: although life expectancy has increased, for example, it is still low by global standards, with India ranking only 106th in the world; and while India almost halved infant mortality, other countries did even better, so it drops nine places this year to 115th. Huge challenges still lie ahead on India’s path to prosperity.
The Global Competitiveness Report 2016–2017 is available here. You can explore the results of the report using the heatmap below.

Originally published at www.weforum.org.