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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Dia do profissional de relações Internacionais: entrevista com o professor Oliver Stuenkel (FGV-SP)

Parabéns aos internacionalistas pelo seu dia

 

Dia do profissional de Relações Internacionais: dados quantitativos são tendência na área, diz professor

A função do profissional de Relações Internacionais é focar em carreiras globais, investindo na integração de conhecimentos teóricos e metodológicos na resolução de problemas concretos da política internacional e da economia global.

Hoje, 26 de setembro, é comemorado o dia do profissional de Relações Internacionais. Para homenageá-los, o FGV Notícias conversou com Oliver Stuenkel, professor da Escola de Relações Internacionais (FGV RI).

De acordo com Oliver, houve uma mudança significativa no curso de Relações Internacionais no que diz respeito ao preparo dos alunos, as disciplinas e inclusive a escolha profissional a ser seguida. “Antigamente era, acima de tudo, um curso preparatório para futuros diplomatas. Mas hoje, cada vez mais alunos trabalham no setor privado, em organizações internacionais, na sociedade civil. E essas são áreas onde novas tecnologias têm um grande impacto”, disse ele.

Para ver a entrevista assista ao vídeo
 

Dia do profissional de Relações Internacionais: dados quantitativos são tendência na área, diz professor

De acordo com Oliver, houve uma mudança significativa no curso de Relações Internacionais no que diz respeito ao preparo dos alunos, as disciplinas e inclusive a escolha profissional a ser seguida.

https://portal.fgv.br/noticias/dia-profissional-relacoes-internacionais-dados-quantitativos-sao-tendencia-area-diz

Como a aceleração digital impactou a área de Relações Internacionais?

As novas tecnologias têm um grande impacto sobre a disciplina das Relações Internacionais e aqui na FGV a gente sempre enfatiza a necessidade de se adaptar a essas novas realidades, inclusive para assegurar que nossos alunos estejam competitivos no mercado de trabalho.

Então, houve muitas mudanças tecnológicas. Hoje em dia, muitos analistas de geopolítica operam com modelos bastante sofisticados utilizando Big Data, por exemplo. Nesse sentido, a graduação de RI mudou em função dessas transformações.

Como era a área antes desse boom da aceleração digital?

Antigamente, o curso de Relações Internacionais era, acima de tudo, preparatório para futuros diplomatas. Essa é uma área mais tradicional, que enfatiza bastante a história da geopolítica, com ênfase em negociações diplomáticas e política internacional. Mas, hoje, cada vez mais alunos trabalham no setor privado, em organizações internacionais, na sociedade civil, e essas são áreas que as novas tecnologias têm um grande impacto.

Então, nesse sentido, a área, como um todo, mudou profundamente, o que explica o motivo de termos atualmente análise quantitativa, por exemplo, pois muitos trabalham conjuntamente com economistas ou até mesmo em funções antigamente exercidas por economistas.

Qual foi o principal desafio e o principal benefício dessa aceleração digital na área? 

O principal benefício das novas tecnologias é que conseguimos processar e monitorar os processos com muito mais facilidade. Quer dizer que, além de fazer uma análise qualitativa, agora existem modelos sofisticados para avaliar, por exemplo, o impacto das sanções ocidentais impostas contra a Rússia em função da invasão à Ucrânia.

Então, nesse sentido, dá para fazer, inclusive, previsões bastante concretas sobre, de que forma, o cenário internacional impacta o crescimento da economia brasileira e de que forma isso impactará a taxa de aprovação, o comportamento do Brasil no âmbito externo.

Agora, isso também traz muitos desafios porque, além de manter contatos numa rede de diálogos com outros tomadores de decisão, nós também precisamos ficar a par de novas tecnologias e novas ferramentas que nos ajudam a analisar o que está acontecendo.

Como a área de Relações Internacionais contribuiu para a aceleração digital?

Acima de tudo diria que a área de Relações Internacionais tem tido uma contribuição importante para quantificar tomadas de decisão no setor privado. Por exemplo, questões políticas que sempre são difíceis de mensurar, muitas vezes, são um pouco vagas, mas, cada vez mais, sobretudo na área de análise de risco político, a nossa área tem conseguido oferecer insumos importantes para que empresas, governos e a sociedade civil possam tomar decisões com maior confiança.  

O que muda na formação dos novos profissionais da área com a aceleração digital?

Tradicionalmente, quem estudava Relações Internacionais conseguia evitar o mundo quantitativo. Então, eram, geralmente, pessoas que gostavam muito de história, diplomacia, geografia. Mas, agora, com essas novas tecnologias, sobretudo na área de big data, nossa capacidade maior de avaliação em grandes quantidades de dados, conseguimos avançar muito em áreas como opinião pública, questões de consumo no Brasil, tendências econômicas globais.

Isso também requer que estudantes de Relações Internacionais tenham uma compreensão sofisticada de temas como econometria, estatística, probabilidade. Em geral, o mundo da matemática tornou-se muito mais importante. Então isso muda, torna a área mais desafiadora, mas também aumenta muito a capacidade de fazer uma contribuição real no mercado de trabalho.  

Quais habilidades os profissionais devem estar atentos com esse boom digital?
 

Tem várias áreas hoje que são fundamentais na hora de preparar um bom profissional de Relações Internacionais. É preciso ter uma noção clara das novas tecnologias, seja na área de programação, na utilização de modelos de regressão ou na capacidade de processar grandes quantidades de dados.

Quais são as novas opções de carreiras que surgiram com a aceleração digital?

A maioria dos egressos da FGV atuam no setor privado que é uma novidade, de certa maneira, porque é um curso que, tradicionalmente, preparava os alunos para o serviço diplomático e o setor público. Mas hoje, muitas empresas contratam analistas de RI para interpretarem desafios geopolíticos, para que uma empresa, por exemplo, do agronegócio brasileiro, possa se adequar a uma nova realidade depois da invasão Russa à Ucrânia,  pois eleva o custo dos fertilizantes. Ou a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que produz desafios, mas também, muitas oportunidades. Então, esse tipo de monitoramento é algo fundamental hoje.

O que esperar para o futuro?

A minha percepção é que as mudanças tecnológicas serão cada vez mais rápidas e terão um impacto cada vez maior. Além disso haverá a necessidade de trabalhar com equipes globais, com pessoas em lugares totalmente diferentes, com visões de mundo muito diferentes. Também há uma necessidade de atuar em várias áreas muito diferentes que tradicionalmente eram cobertas por profissões distintas.

Conheça o curso de graduação da FGV RI.

Essa matéria faz parte da série especial Conexões para o futuro: Dia do Profissional de Relações Internacionais iniciada em 22 de julho no Dia do Cientista Social.


terça-feira, 25 de agosto de 2020

Seminário de Economia Política e História Econômica - EESP - FGV-SP

Escola de Economia de São Paulo - FGV-SP

SEMINÁRIO DE ECONOMIA POLÍTICA E HISTÓRIA ECONÔMICA


O Seminário de Economia Política e História Econômica é um espaço de interação entre pesquisadores que trabalham com estudos interdisciplinares em economia, ciências sociais e humanidades. O seminário é organizado por professores da Escola de Economia de São Paulo, FGV, a maior parte dos quais são ligados ao Centro de Política e Economia do Setor Público e ao Centro de Estudos do Atlântico Sul. O seminário ocorrerá toda última quinta-feira de cada mês, às 16:00, com alguns encontros adicionais na segunda semana do mês. Durante o segundo semestre de 2020, o seminário ocorrerá online via Zoom. Cada apresentação será de até 40 minutos, sem interrupções, seguidos por mais 40 minutos de discussão.
The Political Economy and Economic History Seminar fosters the interaction among researchers who work with interdisciplinary studies on economics, social science and humanities. The Seminar is organised by professors at the São Paulo School of Economics, FGV, most of whom are connected with the Centre of Politics and Economics of the Public Sector and the Centre of South Atlantic Studies. The Seminar will be held on every last Thursday of the month at 4 pm, São Paulo time, with some possible extra dates on the second week of the month. During the second half of 2020, the Seminar will happen on Zoom. Each presentation will last up to 40 minutes, followed by an extra 40 minutes session for questions and answers.
Organizadores: 
Fernanda Estevan, Fernando Limongi, George Avelino, Luiz Felipe de Alencastro, Leonardo Weller, Marcos Nakaguma, Thales Pereira

Cronograma 2020.2

30 de julho

Nuno Palma (Manchester)
“The Vagaries of the Sea: Evidence on the Real Effect of Money from Maritime Disasters in the Spanish Empire” 
Scott Desposato (San Diego)
"Campaign Tone and Content in Latin America"
Guilherme Lanbais (UNB)
“Judicial Subversion: The Effects of Political Power on Court Outcomes”
Natalia Bueno (Emory)
“There is No Place Like Home: A Study of Slum Housing Improvement in Brazil” 
Leticia Abad (CUNY)
“The Fruits of El Dorado: The Global Impact of American Precious Metals”
Andrea Papadia (Bonn)
tbc
Fonte: 
FGV EESP
Data da publicação: 
17/07/2020

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Brasil-OCDE: seminario sobre politica comercial - FGV-SP

OECD: Dialogue on Trade in Brazil -- New Challenges in International Trade

The São Paulo School of Economics - FGV, the Center on Global Trade and Investment Studies (CGTI), the WTO Chair and the Organization for Economic Co-operation and Development (OECD) invite you to the conference “OECD: Dialogue on Trade in Brazil -- New Challenges in International Trade.”

Transformations in global trade from global value chains and digitalization are bringing new opportunities for participation in international trade. At the same time, the external environment is challenging, with persistently slow trade - and global - growth and rising protectionist barriers. These developments underscore the need to connect trade to domestic economic policy, to promote the domestic reforms that enable opportunities to be seized and processes of adjustment to be managed, helping trade to contribute to more inclusive growth and employment. Against this background, it is timely to look again at the issues and challenges for policy-making, globally and in Brazil.

The Conference will happen in November 21st 2017, from 8h30 to 18h30, at the Auditório Itaú da FGV-SP at Av. 9 de Julho, 2029. The Conference will bring together practitioners, policymakers and business leaders around the world who are engaged in trade discussions, issues and negotiations administered by the OECD and the WTO.

Please confirm your presence at the event link:

Hereby follows the program.


Vera Thorstensen
Coordenadora do Centro do Comércio Global e Investimentos – CCGI/Cátedra OMC Brasil
EESP | Escola de Economia de São Paulo | FGV
Rua Itapeva, 286 - 10º andar - São Paulo - SP 01332 000 – Brasil
+ 55 11 3799 3344 – http://ccgi.fgv.br/en/

               

Programme

08h30-09h00
Registration & Welcome coffee

09h00-09h45
Opening Session

Ambassador Carlos Márcio Cozendey, Ministry of Foreign Affairs (MRE)
Marcelo Pacheco dos Guaranys, Deputy Minister for Public Policies, Ministry of Chief of Staff
Fernando Alcaraz, Undersecretary for Regional Integration and Foreign Trade, Ministry of Finance (MF)
Ken Ash, Director of the OECD Trade and Agriculture Directorate
Vera Thorstensen, Professor, Center for Global Trade and Investment (CCGI-EESP/FGV)

09h45-10h45
Agricultural Trade:
Changes in global agricultural markets and policies since the end of the Uruguay Round suggest that it is timely to look again at what this means for priorities in the multilateral agricultural trade reform agenda. Global value chains in food and agriculture are another important development and discussion could explore Brazil's current role, the policies that affect participation, and how to increase the benefits from participation.

Ken Ash, Director of the OECD Trade and Agriculture Directorate
Alexandre Pontes Pontes, Nontariff Negotiations Division, Ministry of Agriculture Livestock and Supply (MAPA)
Lígia Dutra Silva, Head of International Office, Brazilian Confederation of Agriculture and Livestock (CNA)

10h45-11h00
Coffee-Break

11h00-12h00
Global Value Chains:
On-going OECD work examining the impact on GVC participation of Rules of Origin and Non-Tariff Measures in FTAs, the determinants of participation of SMEs in GVCs, and in-depth analysis of selected sectors may include additional insights for Brazil.
Julia Nielson Head of the Development Division, Trade and Agriculture Directorate (OECD)
José Serrador, Director of Government Relations, EMBRAER

12h00-13h00
Services:
Contribute significantly to all our economies and represent an under exploited potential in Brazil to sustain productivity gains and international competitiveness. Areas with important potential for regulatory reform include improvements in the general business and trading environment, as well as specific policies in transport sectors, telecoms and financial services. Reforms targeting services that add value by favouring productivity and quality enhancements, as well as services that increase efficiency by reducing production costs have strong potential to unlock manufacturing performance.

Ken Ash, Director of the OECD Trade and Agriculture Directorate
Jorge Arbache Filho, Secretary for International Affairs, Ministry of Planning, Management and Budget (MPOG)
João Augusto Baptista Neto, Special Advisor, Foreign Trade Council (CAMEX)
Lucas Ferraz, Professor, São Paulo School of Economics (EESP/FGV)

13h00-13h45
Light lunch

13h45-14h45
Trade and investment:
Investment can drive competitiveness by streamlining sector-level regulatory frameworks to encourage foreign entry and competition, and pursuing cross-cutting improvements in the trade and business environment. In Brazil, for example, programs promoting private investments in transport and logistics infrastructure can be coupled with efforts to improve clarity in the tendering process for concessions, as well as a development of the capacity and independence of regulatory agencies overseeing infrastructure owners and users. Similarly, reforming local content requirements can address the lack of competition that curtails innovation and inflates manufacturing inputs costs. On-going OECD work on trade and investment interdependencies aims to better understand how firm strategies combine a range of commercial activities, the distortions that influence firm decision-making and policies that can support structural adjustment while mitigating negative impacts.

Ken Ash, Director of the OECD Trade and Agriculture Directorate
Marcela Carvalho, Executive Secretary, Brazilian Foreign Trade Council (CAMEX)
Constanza Negri Biasutti, Trade Policy Manager, National Confederation of Industry Brazil (CNI)

14h45-15h45
Digital trade:
Digitalisation is changing what and how we trade with wide-ranging implications for trade policy. Issues range from increased bundling of goods and services and increased volumes of small parcel trade to interoperability of standards and regulations affecting data flows. Discussion could focus on mapping and understanding the implications of digital trade for policy-makers. Work related to ICT and agriculture (e.g., for traceability) may also be of particular interest for Brazil.

Julia Nielson, Head of the Development Division, Trade and Agriculture Directorate (OECD)
Thiago Camargo Lopes, Secretary for Informatics Policies, Ministry of Science, Technology, Innovation and Communications (MCTIC)
Marcelo Souza, Deputy Chief of SAG, Ministry of Chief of Staff
Carlos Primo Braga, Professor, Fundação Dom Cabral (FDC)

15h45-16h45
Trade Facilitation: Goods, Services and Investments
OECD has conducted an in-depth study on the state of play of trade facilitation in Brazil, based on the OECD Trade Facilitation Indicators (TFIs). The study highlights the overall TF performance of Brazil, as well as sectoral and regional performance differences. While Brazil has made significant progress in areas such as the automation and streamlining of procedures, opportunities to improve performance remain in domestic and cross-border agency co-operation. TF reforms are also important for participation in high- and medium-high tech GVCs, for which Brazil’s current level of integration appears below potential.

Julia Nielson, Head of the Development Division, Trade and Agriculture Directorate (OECD)
Abrão Miguel Árabe Neto, Secretary of Foreign Trade (SECEX), Ministry of Industry, Foreign Trade and Services (MDIC)
Thomaz Zanotto, Director of the Department of Trade and Foreign Affairs (DEREX), Federation of Industries of the State of São Paulo (FIESP)

16h45-17h00
Closing Session
Farewell Coffee.

quarta-feira, 9 de março de 2016

I Concurso de Artigos em Comercio Internacional - FGV-SP

I Concurso de Artigos em Comércio Internacional

Cátedra OMC no Brasil
Centro do Comércio Global e Investimentos – CCGI
Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas –
EESP/FGV

I Concurso de Artigos em Comércio Internacional
Edital 002/2016-CACI

A Cátedra OMC no Brasil, representada por sua Titular, Professora Vera Thorstensen, diretora do Centro de Estudos do Comércio Global e Investimentos da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (CCGI-EESP/FGV), com endereço na Rua Itapeva, 286, 10º andar, Bela Vista – São Paulo/SP, 01332-000, torna público aos interessados o Edital com o regulamento do Concurso de Artigos em Comércio Internacional, com as regras que seguem.

1. Objeto

O presente Concurso tem por objetivo selecionar seis artigos científicos que versem sobre o seguinte tema: “O Novo Sistema Econômico Internacional”. Os artigos científicos poderão ser submetidos em duas categorias: (i) graduação; e (ii) pós-graduação, não sendo requerida formação em área especifica para participação. Serão selecionados três artigos científicos na categoria de graduação e três na categoria de pós-graduação. O artigo científico vencedor em cada categoria.

2. Critérios para a inscrição

Poderão participar do Concurso de Artigos em Comércio Internacional estudantes universitárias/os brasileiras/os e estrangeiras/os matriculadas/os em Instituições de Ensino Superior brasileiras, Universidades e/ou Faculdades, que apresentem artigos científicos em matéria de comércio internacional seguindo o tema “O Novo Sistema Econômico Internacional”, conforme disposto no item 3.

3. Tema

Os artigos científicos devem seguir o tema: “O Novo Sistema Econômico Internacional”, podendo ser abordados aspectos legais, econômicos, políticos e/ou de gestão relativos aos seguintes subtemas:

a. A coerência do Sistema Econômico Internacional;
b. Estabilidade financeira, regulação financeira e supervisão de riscos sistêmicos;
c. As novas barreiras regulatórias ao comércio (barreiras técnicas, sanitárias, fitossanitárias e
padrões privados);
d. Os mega-acordos, o futuro da política de acesso a mercados e acordos comerciais regulatórios;
e. Investimentos, comércio e regimes tributários;
f. Desenvolvimento sustentável, direitos humanos e o seu papel no novo sistema econômico internacional;
g. O papel do Comércio Internacional e suas instituições no Sistema Econômico Internacional;
h. Organização Mundial do Comércio (OMC) e os novos temas do comércio internacional no Século XXI;
i. Análise de instituições do Sistema Econômico Internacional.

A proposta desse concurso de artigos científicos endereça um problema que vem crescendo nos debates sobre economia internacional, que é a profusão de áreas e instituições com competências duplamente positivas ou duplamente negativas. Nesse sentido, é necessário reavaliar, primeiro, o conteúdo tratado no âmbito do Sistema Econômico Internacional, que envolve áreas como o Direito Internacional Econômico, Economia Internacional, Política Internacional, dentre outros. Nos últimos anos, novos temas têm ganhado corpo nas negociações internacionais e gerado um conflito de coerência sistêmica. Nesse sentido, até que ponto o sistema financeiro interfere no comércio internacional ou no sistema bancário internacional, ou na regulação de disciplinas ambientais? O sistema internacional está pronto para não apenas enfrentar novas questões sistêmicas que se apresentam, mas está dotado de instituições que funcionam com esse objetivo? A atualização do Sistema Econômico Internacional, passando por sua coerência interna, e as áreas a ele ligadas, é o que torna o tema aqui proposto atual e instigante para a/o jovem pesquisadora e interessada/o na área.

Seguem os links para o Edital 002/2016-CACI e para a Ficha de Inscrição.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

E-book sobre mega-acordos comerciais e o futuro (?) do Mercosul - FGV-SP

Anunciando e ressaltando a importância do volume agora publicado e tornado disponível.
A interrogação no título da postagem, após Mercosul, é de minha responsabilidade, mas é simplesmente para chamar a atenção para o que talvez seja uma falta de futuro, nas condições atuais, para o bloco do Cone Sul.
Uma vez, uma negociadora comercial dos EUA, que respondia pelo nome de Charlene Barshevsky (USTR na fase inicial das negociações da Alca) referiu-se ao Mercosul como sendo um "bloquinho" (ou algo no estilo), no que foi retrucada pelo então ministro brasileiro das relações exteriores com a natural indignação. Anteriormente, um economista do Banco Mundial já tinha alertado sobre a tendência do bloco a produzir mais desvio do que criação de comércio e investimentos, no que foi igualmente retrucado por diplomatas brasileiros (eu inclusive).
Pois bem, parece que o "bloquinho desviante" está confirmando as piores previsões feitas a seu respeito, e isso com a ativa colaboração, inconsciente ou não, dos seus dois maiores membros.
Em todo caso, vale ler este livro para descobrir como e porque...
Paulo Roberto de Almeida
(Nota em 24/02/2015: este material estava pronto desde junho do ano passado, por uma razão desconhecida, permaneceu como draft em meu blog. Recupero agora, pois acredito que tenha validade para estudantes e pesquisadores sobre comércio internacional).

É com imenso prazer que o Centro do Comércio Global e Investimento da EESP-FGV, com apoio do CINDES e do Boletin Informativo da Techint, apresenta o e-book do Workshop realizado em maio sobre Mega-Acordos do Comércio e os impactos no Mercosul.

O e-book contém o programa, a minuta das discussões e as apresentações dos palestrantes, resultando em um material de alta qualidade e abordando temas que irão pautar a agenda internacional dos próximos anos.


Atenciosamente,
Vera Thorstensen
Coordenadora do CCGI
Centro do Comércio Global e Investimento

EESP - FGV


International Workshop: The Mega-Regional Trade Agreements and the Future of Mercosur

On May 8th, CGTI-FGV – Center for Global Trade and Investments of Getúlio Vargas Foundation, CINDES -  Centre for Studies in Integration and Development and Techint - Boletin Informativo, organized in São Paulo the International Workshop: The Mega-Regional Trade Agreements and the Future of Mercosur. 
The event was attended by specialists from the academia, business and government of the US, Brazil, Argentina and Uruguay, and other countries and received around 80 participants.
The complete e-book, in portuguese, can be dowloaded here.
The minutes, in portuguese, can be found here, and the presentations, in English, Portuguese and Spanish, can be found here.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ebook: Conferencia Os Rumos da Politica de Comercio Exterior do Brasil - FGV-SP

É com grande satisfação que o CCGI – Centro do Comércio Global e Investimento da EESP/FGV, com o apoio da FIESP, CINDES, ABCI e Valor Econômico divulgam o e-book da

Conferência Os Rumos da Política de Comércio Exterior do Brasil
realizada dia 09 de setembro de 2014.

Durante a Conferência foram debatidos os principais pontos de uma proposta de agenda de Política de Comércio Exterior. Foram apresentados dados sobre as oportunidades a serem exploradas, resultados de modelagem de possíveis acordos e dados sobre a posição do Brasil com relação às cadeias globais de valor. Finalmente, foram discutidas medidas que possam gerar os ajustes necessários tanto em termos de atuação diplomática, quanto de reformulação da estrutura do comércio exterior do Brasil.

O e-book é composto pelo programa, minuta dos painéis e apresentações dos palestrantes, e está disponível para download no site do CCGI:

http://ccgi.fgv.br/en/confer%C3%AAncia-os-rumos-da-pol%C3%ADtica-de-com%C3%A9rcio-exterior-do-brasil

Vera Thorstensen
CCGI

CONFERENCIA OS RUMOS DA POLÍTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
O superávit do comércio exterior brasileiro mostra declínio desde 2006. Caiu de US$ 46 bilhões em 2006 para US$ 2,5 bilhões em 2013, podendo apresentar déficit em 2014. 
Algumas razões são apresentadas para esse declínio: a crise econômica de 2008, que paralisou a economia global, sem que até hoje tenha ocorrido recuperação significativa nas grandes economias; a reorientação da economia chinesa, que resultou em taxas menores de crescimento, diminuindo a demanda por commodities, os principais produtos exportados pelo Brasil; a perda de competitividade global dos produtos industrializados brasileiros, cuja participação decresceu significativamente nas exportações de nosso país.
No entanto, uma visão mais aguda do quadro ajuda a detectar questões outras que poderiam explicar a atual perda de fôlego do comércio exterior brasileiro.
Além das questões de Custo Brasil, carga tributária, encargos trabalhistas e câmbio, debate-se, nos meios acadêmicos, se a perda de ímpeto do comércio não seria consequência da opção do País pelo multilateralismo, em detrimento dos acordos preferenciais de comércio, e pela ênfase no comércio Sul-Sul, fragilizando a alternativa Norte-Sul, que envolve os países desenvolvidos, com o consequente distanciamento das cadeias globais de valor. 
Diante desse quadro, o CCGI – Centro do Comércio Global e Investimento da EESP/FGV propõe a realização da Conferência Os Rumos da Política de Comércio Exterior do Brasil em que serão debatidos os principais pontos de uma proposta de agenda. Serão apresentados dados sobre as oportunidades a serem exploradas, resultados de modelagem de possíveis acordos, bem como a posição do Brasil com relação às cadeias globais de valor. Finalmente, serão discutidas medidas que possam gerar os ajustes necessários tanto em termos de atuação diplomática, quanto de reformulação da estrutura do comércio exterior do Brasil. 
O E-book com o programa, minutas e apresentações pode ser conferido AQUI.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Conferencia da FGV-SP sobre comercio exterior do Brasil - Vera Thorstensen

CONFERÊNCIA  OS RUMOS DA POLÍTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Data: Quinta – 11/09/2014
Local: Auditório da FGV
Das 9h00 as 17h00

O superávit do comércio exterior brasileiro mostra declínio desde 2006. Caiu de US$ 46 bilhões em 2006 para US$ 2,5 bilhões em 2013, podendo apresentar déficit em 2014.

Algumas razões são apresentadas para esse declínio: a crise econômica de 2008, que paralisou a economia global, sem que até hoje tenha ocorrido recuperação significativa nas grandes economias; a reorientação da economia chinesa, que resultou em taxas menores de crescimento, diminuindo a demanda por commodities, os principais produtos exportados pelo Brasil; a perda de competitividade global dos produtos industrializados brasileiros, cuja participação decresceu significativamente nas exportações de nosso país.

No entanto, uma visão mais aguda do quadro ajuda a detectar questões outras que poderiam explicar a atual perda de fôlego do comércio exterior brasileiro. Além das questões de Custo Brasil, carga tributária, encargos trabalhistas e câmbio, debate-se, nos meios acadêmicos, se a perda de ímpeto do comércio não seria consequência da opção do País pelo multilateralismo, em detrimento dos acordos preferenciais de comércio, e pela ênfase no comércio Sul-Sul, fragilizando a alternativa Norte-Sul, que envolve os países desenvolvidos, com o consequente distanciamento das cadeias globais de valor.

Diante desse quadro, o CCGI – Centro do Comércio Global e Investimento da EESP/FGV, com o apoio da FIESPCINDESABCI e Valor Econômico, propõe a realização da Conferência Os Rumos da Política de Comércio Exterior do Brasil em que serão debatidos os principais pontos de uma proposta de agenda. Serão apresentados dados sobre as oportunidades a serem exploradas, resultados de modelagem de possíveis acordos, bem como a posição do Brasil com relação às cadeias globais de valor. Finalmente, serão discutidas medidas que possam gerar os ajustes necessários tanto em termos de atuação diplomática, quanto de reformulação da estrutura do comércio exterior do Brasil.

Questões a serem debatidas:
1) Por que o superávit comercial brasileiro perdeu fôlego nos últimos anos?
2) Qual o peso da crise global nessa perda?
3) Qual o impacto da diminuição do ritmo de desenvolvimento da China?
4) Qual o peso da perda de competitividade dos produtos industrializados?
5) Como se tem comportado o setor de serviços?
6) O que significa participar das cadeias globais de valor?
7) Por que as exportações de bens industrializados perderam competitividade global?
8) Quais as vantagens da opção do Brasil pelo multilateralismo?
9) Os tratados de comércio preferencial podem ser uma alternativa válida?
10) Há conflito entre a opção multilateralista e a opção por acordos comerciais?
11) Há contradição entre o Brasil manter boas relações Norte-Sul e Sul-Sul?
12) Se os EUA e a União Europeia assinarem o TTIP, como o Brasil será afetado?
13) Qual o potencial de comércio no âmbito dos BRICS?
14) Há vantagens no Brasil se aproximar da Aliança do Pacífico?
15) O Mercosul, hoje, é uma vantagem ou um peso para o Brasil?

O programa segue abaixo, e está disponível no site http://ccgi.fgv.br/eventos.

Por favor, confirme seu interesse em participar enviando um e-mail com seus dados (nome e número de documento de identificação) para:

Fernanda Bertolaccini – fernanda.bertolaccini@fgv.br
CCGI – ccgi@fgv.br


PROGRAMA

CONFERÊNCIA OS RUMOS DA POLÍTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL

Abertura e Painel 1
Dados e Fatos: um retrato do Brasil nas correntes internacionais de comércio
Objetivo: Apresentar um quadro atual dos fluxos, origens e destinos das exportações e importações brasileiras. Examinar a participação da agricultura, indústria e serviços no comércio, e o porquê da perda da competitividade brasileira. Comparar custos mão de obra, energia, tributários e de infraestrutura com os de outros parceiros internacionais do Brasil.

Presidente – Yoshiaki Nakano
Acadêmico - Ricardo Markwald – Funcex
Carlos Abijaoldi – CNI
Tatiana Palermo – CNA
Mauro Laviola – AEB

Coffee Break

Painel 2
Brasil: as estratégias possíveis - sul-sul ou sul-norte?
Objetivo: Debater as vantagens e desvantagens da atual Política de Comércio Exterior do Brasil. Examinar como reforçar o multilateralismo da OMC com os ganhos dos acordos comerciais. Debater quais seriam as opções para acordos comerciais: sul-sul, sul-norte, sul-leste ou sul-oeste. Analisar os impactos para o Brasil dos Mega-Acordos Comerciais (TTIP e TPP) e o enfraquecimento da OMC. Discutir se o Mercosul é hoje uma oportunidade ou uma camisa de força para o comércio. Indagar sobre as opções do Brasil para a América do Sul, e se a Aliança do Pacífico representa uma ameaça da China na região. Questionar o que representam os BRICS e como podem atuar para resgatar a posição central da OMC.

Presidente: Embaixador Luiz Felipe de Seixas Correa
Acadêmico – Vera Thorstensen – FGV SP
Aluisio Lima Campos – American University School of Law
Ronaldo Costa – MRE
Tomas Zanotto – FIESP
Sandra Rios – Cindes

Painel 3
O Brasil nas cadeias globais de valor: custos e oportunidades de se conectar às cadeias
Objetivo: Apresentar a posição do Brasil nas cadeias globais. Debater quais setores industriais e de serviços tem potencial para integrar-se e beneficiar-se das cadeias globais de produção. Indagar qual é o papel dos serviços na agregação de valor das cadeias. Examinar quais seriam os programas de uma plataforma de inserção do Brasil nessas cadeias. Analisar qual a relação dos acordos de comércio com o fortalecimento das cadeias. Para fortalecer as cadeias, quais seriam os mais relevantes parceiros comerciais do Brasil?
Presidente – Professor Celso Lafer (a confirmar)
Acadêmico – Lucas Ferraz – FGV SP
Renato Baumann – IPEA
Paulo Estivallet Mesquita – MRE
Lia Vals Pereira – FGV-Rio
Roberto Caiuby Vidigal

Brunch

Painel 4
A voz do setor produtivo
Objetivo: A formulação de uma nova Política para o Comércio Exterior deve contemplar os anseios dos diversos segmentos produtivos envolvidos no comércio internacional.
Presidente – Embaixador Fernando de Mello Barreto
Representante da ABIT
Representante da ABIQUIM
Representante da ANFAVEA
Representante da ABIA
Representante da ABIMAQ
Representante da ABINEE
Representante da IBA
Representante da UNICA

Painel 5
Uma nova estrutura para uma nova Política de Comércio Exterior
Objetivo: Debater como reformular a estrutura governamental, de forma a dar coordenação e suporte a nova Política de Comércio Exterior. Examinar reformas necessárias do ponto de vista estrutural e de instrumentos de Política.
Mediador: Sergio Leo
Clodoaldo Hugueney (a confirmar)
Rubens Barbosa
Alessandro Teixeira
Samuel Pinheiro Guimarães
Regis Arslanian