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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

BRICS Co-operation: Assessment and Next Steps - Seminar Itamaraty, August 1, 2017, 9am-4pm




BRICS Co-operation: Assessment and Next Steps
Auditório Paulo Nogueira Batista, Anexo II, Palácio Itamaraty
Brasília, 1 August 2017

Draft Programme*

09:00–09:20
Opening

§  Ambassador Sérgio Eduardo Moreira Lima, President of FUNAG
§  Ambassador Georges Lamazière, Under Secretary General for Asia and the Pacific
§  Ambassador Li Jinzhang, Ambassador of China to Brazil
§  Assistant Minister Hu Zhengyue, Vice President of China Public Diplomacy Association (CPDA)

09:20–10:40
One Decade of the BRICS: Assessment and Next Steps

§  Professor Wu Xiaoqiu, Vice-President of Renmin University
§  Ambassador Sergio Florencio, Director for International Economic and Political Relations, IPEA
§  Minister Mariana Madeira, Head of the Division for BRICS and IBSA, Ministry of Foreign Affairs
§  Minister Benoni Belli, Secretary for Diplomatic Planning, Ministry of Foreign Affairs
§  Professor Thomas Dwyer, Co-ordinator, BRICS Studies Project, University of Campinas

10:40–11:00
Coffee Break


11:00–12:40
Breadth and Depth: Priorities for BRICS Co-operation
Moderator : Professor WangWen, Executive Dean Chongyang Institute for Financial Studies, Renmin University of China

§  Mr. Zhao Xiyuan, Secretary-General of China Public Diplomacy Association (CPDA)
§  Counsellor Rina-Louise Pretorius, Embassy of South Africa to Brazil
§  XX, Embassy of India to Brazil
§  XX, Embassy of Russia to Brazil
§  Professor Zhao Xijun, Deputy Dean of School of Finance, Renmin University of China
12:40–14:00
Lunch Break



14:00– 15:40

Financial Co-operation, Investment and the New Development Bank
Moderator: Minister Paulo Roberto de Almeida, Director of IPRI

§  Professor Murilo Portugal, President of FEBRABAN
§  Minister Norberto Moretti, Director of the Department for Financial Affairs and Services, Ministry of Foreign Affairs
§  Professor Wang Wen, Executive Dean, Chongyang Institute for Financial Studies, Renmin University of China (RDCY)
§  Professor Marcos Troyjo, Director, BRICLab, Columbia University
§  XX, Embassy of China in Brazil
15:40–16:00
Wrap-up and Closure

§  Minister Paulo Roberto de Almeida, Director of IPRI
§  Minister Mariana Madeira, Head of the Division for BRICS and IBSA, Ministry of Foreign Affairs
§  Professor Wu Xiaoqiu, Vice-President of Renmin University

Supporting Partners:
Alexandre de Gusmão Foundation (FUNAG)
China Public Diplomacy Association (CPDA)

Co-Host:
Institute for Research on International Relations (IPRI), Ministry of Foreign Affairs, Brazil
Chongyang Institute for Financial Studies,Renmin University of China (RDCY)



* Participants' names to be confirmed.


Chinese Participants' list:
- Wu Xiaoqiu, Vice President of Renmin University of China
- Zhao Xijun, Deputy Dean of School of Finance, Renmin University of China
- WangWen, Executive Dean Chongyang Institute for Financial Studies ,Renmin University of China
- Cui Yue, Executive Editor-in-Chief of Information Centre, Chongyang Institute for Financial Studies ,Renmin University of China
- Cheng Cheng, Vice Research fellow of Industry Research Department of Chongyang Institute for Financial Studies , Renmin University of China

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Books in English by Funag: free download

Already many books published in English by the most important Brazilian publisher in international relations and diplomatic history of Brazil.
Look at this kink: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/category&path=68
Paulo Roberto de Almeida 
Director of International Relations Research Institute (IPRI)


FUNAG English-language books

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The publication, written in 1991 and submitted to the Department of War Studies of King's College Lo.. 
R$ 93.00 
FUNAG launches, in the Diplomatic History collection, the English version of the work.
R$ 31.00 
This is the English translation of the book "BRICS: estudos e documentos", published in 2015 by FUNA..
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The book “Statistics for the Study of International Relations” was edited by FUNAG’s
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This book provides the readers with a balanced narrative from different perceptions of  
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In 2010 the BRIC countries (the “S” for South Africa was added in 2011) had their second summit in B..
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The Quest For Autonomy - The Evolution of Brazil's Role on International System 1964-1985 Andrew ..   
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This thesis seeks to provide an explanation for the contents of three foreign policy decisions imp..
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This publication fills the increasing demand for analyses about the Brazilian diplomacy, from the be..
Understanding Brazil - United States Relations
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The Brazil-United States relations represent a huge potential, but in recent decades have suffered f..
Brazil in the United Nations 1946-2011
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Versão em língua inglesa do livro “O Brasil nas Nações Unidas 1946 – 2011”, publicado pela Funag em ..
Brazilian Foreign Relations 1939-1950
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At the recollections of Gerson Moura’s 20th decease year, the Brazilian society welcomes the resul..

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A Integracao Brasil-Argentina: livro de Alessandro Candeas (livremente disponivel)

FUNAG lança segunda edição da obra
A Integração Brasil-Argentina - História de uma ideia na “visão do outro”


A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) publicou a segunda edição revista da obra A Integração Brasil-Argentina – História de uma ideia na “visão do outro”, do diplomata Alessandro Candeas.

O livro apresenta um panorama das relações bilaterais e da aliança estratégica Brasil-Argentina, a fim de ampliar o conhecimento na área da política externa. O objeto da obra é apontar, nos planos das ideias e da história, a transição do relacionamento bilateral de um padrão de rivalidade para o de cooperação e, gradualmente, integração. A primeira edição foi publicada em 2010.

O livro está disponível para download gratuito na biblioteca digital da FUNAG.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Post-Western World: um livro e um debate com Oliver Stuenkel (IPRI, 13/12/2016)

Com a presença do autor, e uma audiência composta de diplomatas, professores e estudantes, o IPRI e a Funag realizaram nesta terça--feira 13/12/2016, no auditório do Anexo II do Itamaraty, um debate-apresentação em torno deste livro: 

Oliver Stuenkel
Post-Western World: How Emerging Powers Are Remaking Global Order
(Malden, MA: Polity Press, 2016, 252 p.; ISBN: 978-1-5095-0457-2)

Oliver Stuenkel é Professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo, onde coordena a Escola de Ciências Sociais e o MBA em Relações Internacionais. Tem graduação pela Universidade de Valência, na Espanha, Mestrado em Políticas Públicas pela Kennedy School of Government de Harvard University, e Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha. É colunista da revista Americas Quarterly e autor de outros livros, entre eles este anterior:


O índice do livro Post-Western World é o seguinte: 

Introduction, 1
1. The Birth of Western-Centrism, 29
2. Power Shifts and the Rise of the Rest, 63
3. The Future of Soft Power, 97
4. Toward a Parallel Order: Finance, Trade, and Investment, 120
5. Toward a Parallel  Order: Security, Diplomacy, and Infrastructure, 154
6. Post-Western World, 181
Conclusion, 195
Notes, 206

Sua apresentação, intitulada "Rumo ao mundo sinocêntrico?: as transformações globais e suas implicações para o Brasil", consistiu num resumo geral das principais teses do livro, entre elas a visão ainda enviesada, construída pelo mundo ocidental, da ordem global, que vem sendo transformada significativamente ao longo dos séculos, e especialmente nas últimas décadas de retomada do processo de globalização e de ascensão de novas potências emergentes, entre elas, com destaque, a China, que já foi a maior economia do planeta até o final do século 18. 

A ascensão da China não se faz apenas com soft power, mas também  com base em fatores reais de poder, ou seja, crescimento econômico, expansão comercial, domínio de finanças e construção de novos vetores de poder real, que conformam o que ele chamou de "ordem paralela" expressa em novas instituições nas financas (Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, e Novo Banco de Desenvolvimento, dos Brics), comércio (explosão de acordos de liberalização e de livre comércio e de preferências em diversos esquemas regionais e mais além), investimentos (grandes obras e cooperação com um grande número de países, não só em desenvolvimento, mas também em países desenvolvidos), segurança (esquemas negociados com vizinhos e países selecionados, medidas de construção de confiança), diplomacia (ofensiva de charme e de realpolitik em formatos diversos, entre eles o Brics) e infraestrutura (nova rota da seda, grandes obras em outos continentes, como um canal na Nicarágua).
Essa "ordem paralela" não pretende substituir as instituições existentes, mas complementar os arranjos que resultaram da ordem anterior, com uma abordagem adaptada aos requerimentos dos emergenes, e com isso a ordem global se aproximaria do cenário do mundo pós-ocidental.  

Eis a apresentação sumária do livro "Post-Western World" e link na Amazon: 


With the United States’ superpower status rivalled by a rising China and emerging powers like India and Brazil playing a growing role in international affairs, the global balance of power is shifting. But what does this mean for the future of the international order? Will China dominate the 21st Century? Will the so–called BRICS prove to be a disruptive force in global affairs? Are we headed towards a world marked by frequent strife, or will the end of Western dominance make the world more peaceful?

In this provocative new book, Oliver Stuenkel argues that our understanding of global order and predictions about its future are limited because we seek to imagine the post–Western world from a parochial Western–centric perspective. Such a view is increasingly inadequate in a world where a billions of people regard Western rule as a temporary aberration, and the rise of Asia as a return to normalcy. In reality, China and other rising powers that elude the simplistic extremes of either confronting or joining existing order are quietly building a "parallel order" which complements today’s international institutions and increases rising powers′ autonomy. Combining accessibility with expert sensitivity to the complexities of the global shift of power, Stuenkel’s vision of a post–Western world will be core reading for students and scholars of contemporary international affairs, as well as anyone interested in the future of global politics.

Eu teria várias observações a fazer  às teses e argumentos do livro de Oliver Stuenkel, mas ainda tenho de ler o livro atentamente para comentar seus elementos mais importantes. Não que eu discorde do sentido geral da tese principal, ou seja, a de que estamos caminhando para uma ordem global, não só no terreno econômico, mas também no político, estratégico e militar, bastante diferente daquela ordem implementada na imediata sequência da Segunda Guerra Mundial, ou seja, Bretton Woods, Gatt-OMC, OCDE, e uma governança consolidada no G7 a partir dos anos 1970, mas que veio a termo nos anos 1990-2000, em especial com a ascensão da China e da Índia.
Existem vários desafios ao Brasil nesse novo cenário, e este é um debate que teremos de fazer novamente com Oliver Stuenkel, na primeira oportunidade que tivermos em 2017.

Creio que esse debate, que foi transmitido online e registrado em vídeo (que estará disponível no canal YouTube da Funag, dentro de algum tempo), constituiu uma excelente oportunidade para que Oliver Stuenkel apresentasse a um público seleto (e a todos os que assistiram, e os que ainda vão assistir, ao vídeo) suas principais teses sobre o mundo pós-ocidental. 

Na sequência, mantive um diálogo de 20 minutos aproximadamente com Oliver Stuenkel em torno dessas teses, e algumas outras questões, para a série "Relações Internacionais em Pauta", entrevistas em vídeo que vem sendo acumuladas no canal YouTube do site do IPRI, e que editaremos para fazer um próximo upload. Aguardem.
Nos agradecimentos prévios ao livro, Oliver agradece à sua esposa, Beatriz, em que reconhece trabalho extra, entre o ativismo político e a dedicação acadêmica, assim como a seus três filhos: Anna, Jan e Carlinha, que ele acredita crescerão num mundo pós-ocidental. 
Acredito que sim, mas seus filhos vão continuar bebendo Coca-Cola, mascando chiclete -- que são velhas contribuições da civilização ocidental, neste caso americana, ao mundo, assim como vão usar algum sucedâneo do iPhone e sucessores do iPad, até que os chineses ofereçam os seus equivalentes, provavelmente de performance maior, e custo menor, mais ainda assim baseados num conceito ocidental do mundo e das comunicações, que o mundo emergente ainda imita, sem verdadeiramente superar, até o momento. Vamos ver o que os pós-ocidentais oferecem de produtos e gadgets tão revolucionários quanto estes.
Vamos continuar esse debate de alto nível nos próximos meses, talvez anos, com a participação de todos os diplomatas e acadêmicos engajados em temas de política mundial e relações econômicas internacionais.

Os interessados em adquirir o livro de Oliver Stuenkel, podem encontrá-lo aqui:
https://www.amazon.com/Oliver-Stuenkel/e/B00P1ZSQP0

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 13 de dezembro de 2016
(Fotos de  Carmen Lícia Palazzo, a quem agradeço a cessão)