Celso Amorim não é ministro, mas dá as cartas na polêmica política externa esquerdista de Lula
Carinne Souza
Gazeta do Povo, 3/01/2024
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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Celso Amorim não é ministro, mas dá as cartas na polêmica política externa esquerdista de Lula
Carinne Souza
Gazeta do Povo, 3/01/2024
Esta “crônica” tem parcialmente razão, mas esquece de dizer que sob o bolsonarismo a deformação do Itamaraty, que começou com Lula 1, foi terrivelmente destruidora dos padrões civiluzados com os idiotas bolsonaristas.
Guzzo é um deformado ele mesmo.
Paulo Roberto de Almeida
Itamaraty está subordinado aos interesses de tiranias e terroristas
J.R. Guzzo
Gazeta do Povo, 17/10/2023
O Ministério de Relações Exteriores do Brasil deixou de ser um órgão de Estado, encarregado legalmente de representar o país e defender os seus interesses fora das fronteiras nacionais. Deixou, também, de ser uma organização técnica, profissional e com uma longa reputação de competência diplomática. Hoje, no governo Lula, é uma facção política que promove os interesses ideológicos individuais dos grupos de esquerda mais radicais que controlam a máquina pública. Não é mais uma instituição nacional. Foi transformada em partido – deixou de servir o Brasil e passou a servir “causas”.
Essa degeneração, presente desde o último dia 1º de janeiro, chega agora a seu nível mais extremo: é o apoio virtual do governo Lula, disfarçado de “neutralidade”, aos ataques terroristas contra Israel por parte da organização criminosa que age como representante do “povo palestino”. Diante de crimes brutais contra a população civil israelense, condenados por todas as democracias do mundo, o Brasil pede que os “dois lados” cessem as “hostilidades” – como se tivessem os mesmos méritos e não houvesse um agredido e um agressor.
O verdadeiro ministro do Exterior, e responsável por todas as decisões relevantes que são tomadas lá, é um militante político de esquerda que serve como “assessor internacional” de Lula. O ministro oficial é uma espécie de Simone Tebet do Itamaraty; mal se sabe o seu nome. Quem aparece nas manchetes, nas fotos ao lado do presidente, nas viagens do primeiro casal ao redor do mundo, é sempre o outro – e esse outro é um esquerdista de butique que continua vivendo em 1960, fala em “anti-imperialismo” e festeja até hoje o lançamento do Sputnik.
Suas ideias em matéria de política externa são um concentrado do que se poderia ouvir numa assembleia de centro acadêmico estudantil. Ele acredita que a função estratégica número 1 da diplomacia brasileira é fazer oposição sistemática aos Estados Unidos, em primeiro lugar, e ao capitalismo em geral, logo em seguida. Sob o seu comando, o Itamaraty renunciou ao Brasil. As decisões diplomáticas, lá, têm se ser aprovadas pelo MST, pelos núcleos “anti-imperialistas” do PT, pela UNE e por coisas parecidas.
A “Palestina”, nesse ecossistema, tornou-se uma palavra-chave para a política externa brasileira de hoje. O chanceler efetivo é um antigo militante pró Hamas, e das organizações que vieram antes dele – grupos que exigem, oficialmente, a extinção física do Estado de Israel e dizem que todos os judeus que estão lá deveriam ser jogados “no mar”. O resto da atuação internacional do Brasil é o que se vê todos os dias: hostilidade automática aos Estados Unidos, à Europa e ao mundo democrático, e apoio automático a tudo e a todos que sejam de alguma forma contra eles.
O Brasil de Lula e do seu ministro-assessor não deve se aproximar dos “países capitalistas”, das economias livres e das esferas de prosperidade. Nossos amigos têm de ser a “Palestina”, com toda a selvageria do Hamas, ou o Irã, que lhe entrega armas e dólares e foi declarado como Estado terrorista por todas as nações democráticas. Nossos aliados têm de ser o ditador da Venezuela, que é procurado pela polícia internacional por tráfico de drogas, com um prêmio de 15 milhões de dólares por sua captura. Têm de ser Cuba e Nicarágua. Têm de ser as ditaduras da África. O Brasil não tem uma “política externa independente”. É um aliado que se subordina cada vez mais aos interesses de tiranias, organizações terroristas e criminosos de guerra.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/itamaraty-interesses-tiranias-terroristas-hamas-palestina/
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Eu teria colocado Eugênio Gudin entre os três maiores brasileiros, e também Mário Henrique Simonsen, junto com Scheinkman.
História econômica
Os 5 maiores economistas do século XX e os 3 melhores brasileiros
Por Adolfo Sachsida
Gazeta do Povo, 01/09/2023
"Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes.” (Isaac Newton)
Como qualquer ranking, este também tem o seu viés. No meu caso, escolhi os 5 maiores economistas que embutem um mix de contribuições teóricas e participação no debate público, seja deles mesmos ou de suas ideias. Assim, economistas de extrema sofisticação teórica, como Debreu ou Arrow, acabaram ficando de fora de minha lista. De maneira semelhante, economistas com amplo espaço no debate público, mas sem contribuições teóricas, tampouco aparecem em minha lista. Por óbvio, a lista expressa minha opinião e a influência que recebi desses economistas ou de suas ideias. Talvez no passado eu tivesse montado uma lista diferente, mas hoje, após minha passagem por dois cargos na alta esfera de administração pública federal (Ministro de Minas e Energia, e Secretário de Política Econômica), percebi com mais clareza a importância de narrativas, exposição pública e de ideias que despertem o debate junto ao grande público e possam ser implementadas de maneira mais concreta em políticas econômicas críveis e que levem ao crescimento e desenvolvimento econômico sustentável.
Os 5 grandes economistas do século XX:
5) Ronald Coase: Sua maior contribuição foi mostrar a importância do estabelecimento de direitos de propriedade para a resolução de problemas econômicos complexos. Esta é uma regra que todo formulador de políticas públicas deve ter em mente: estabelecer corretamente os direitos de propriedade é a solução para uma vasta gama de problemas relacionados a falhas de mercado. Favelas, invasão de terras, poluição, são alguns dos problemas que afligem a sociedade e que podem ser resolvidos via estabelecimento de direitos de propriedade. Coase neles!
4) Gary Becker: É o responsável pela aplicação do instrumental econômico a um amplo conjunto de problemas sociais. Becker expandiu a ciência econômica, seu instrumental analítico, forma de racionalizar os problemas e suas soluções, para todas as ciências sociais. A ideia de usar o instrumental econômico para resolver problemas relacionados a criminalidade, educação, interação social, entre outros, faz de Becker um dos grandes economistas do século passado.
3) Milton Friedman: Foi talvez o maior porta voz da importância de uma economia de livre mercado como o caminho para o crescimento e desenvolvimento econômico. Sempre presente no grande debate público, Friedman cobrava coerência de seus colegas que adoravam liberdade na academia, mas por vezes apoiavam medidas restritivas de liberdade na sociedade. Do ponto de vista teórico, entre outras contribuições, Friedman relacionava a inflação à expansão de moeda. Em outras palavras, para Friedman a expansão de moeda era a maior responsável pela inflação. Lição valiosa para o debate público atual. Friedman também é conhecido por seus alertas aos efeitos não-intencionais das intervenções governamentais na economia. Costumava dizer que as políticas públicas devem ser julgadas por seus efeitos, e não por suas intenções. Perfeito!
2) Robert Lucas Jr: É o grande nome da macroeconomia moderna. Seu empenho em elaborar os fundamentos microeconômicos da macroeconomia mudaram para sempre o estudo da macroeconomia. Lucas cobrava que os modelos macroeconômicos tivessem sólida base microeconômica. Além disso, Lucas popularizou o uso nos modelos econômicos da ideia de expectativas racionais (que já existia desde Muth, mas sem a devida atenção). Lucas também mostrou a importância de se ajustarem os modelos econométricos na presença de quebras estruturais, a famosa “Crítica de Lucas”. É difícil falar de macroeconomia moderna sem falar de Lucas. A rigor, é bem provável que Lucas seja um dos economistas mais citados em qualquer lista dos maiores economistas do século XX.
1) Friederich von Hayek: Gênio. Contribuições importantes nas áreas de direito, filosofia, história das ideias, além, é claro, de ter sido, em minha opinião, o maior economista do século XX. Seu artigo clássico “The Use of Knowledge in Society” (publicado na American Economic Review em 1945) é até hoje um dos estudos mais influentes no pensamento econômico. Hayek argumentava sobre a importância do mecanismo de preços para estabelecer a correta alocação dos recursos na economia. Além disso, políticas que mascarassem o mecanismo de preços – tal como o famoso congelamento de preços praticado amplamente no Brasil na segunda metade da década de 1980 – levariam inevitavelmente a um problema de escassez e terminariam reduzindo o bem-estar da sociedade. BINGO! Grande defensor do livre mercado, Hayek advogava também pelo uso de moedas privadas, tema em moda hoje em dia. Hayek também tem importantes contribuições sobre a teoria do ciclo econômico. Para ele o governo costumava ser o responsável por parte dos ciclos econômicos ao inflar artificialmente o canal de crédito na economia. Explicação essa que me parece ser um dos pilares da crise de 2015-16 (juntamente com o aumento expressivo do gasto público que antecedeu a crise). Hayek também escreveu o melhor livro de economia que já li: “O Caminho da Servidão” (livro de cabeceira de Margareth Thatcher).
Os economistas brasileiros
E os brasileiros? O artigo já está grande, mas achei importante ressaltar quem foram, em minha opinião, os três maiores economistas brasileiros do século XX:
Aloisio Pessoa de Araujo
José Scheinkman
Carlos Geraldo Langoni
Tive o prazer de trabalhar tanto com o professor Aloisio Araujo quanto com o professor Langoni. Fica aqui registrada minha admiração e agradecimento.
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O que é o “novo pré-sal” e por que a Petrobras aposta tanto nele
Por Célio Yano
Gazeta do Povo, 19/02/2023 14:10
A Petrobras pretende iniciar em breve a exploração de petróleo em uma fronteira, a chamada Margem Equatorial. Apelidada de “novo pré-sal”, a região abrange uma extensa faixa da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte, e deve receber 49% dos investimentos em exploração da companhia até 2027.
Embora a exploração não deva se dar necessariamente sob uma camada de sal, a região recebeu o apelido em razão do potencial de fornecimento de petróleo e gás natural, corroborado por reservas encontradas em territórios vizinhos, de mesmo contexto geológico, nos últimos anos.
Somente a ExxonMobil já soma, desde 2015, mais de 25 descobertas de hidrocarbonetos no mar territorial da Guiana, cinco apenas em 2022. Na área offshore do Suriname, a TotalEnergies e a Apache anunciaram a descoberta de seis reservas significativas no chamado bloco 58 desde janeiro de 2020.
Além disso, descobertas nas bacias da chamada Margem Conjugada Africana, que guarda similaridade geológica com a Margem Equatorial brasileira, aumentam as expectativas para a exploração e produção de óleo e gás na região, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“A Margem Equatorial é considerada uma área estratégica para a Petrobras e uma fronteira exploratória promissora em águas ultraprofundas. As descobertas recentes feitas por outras empresas em regiões vizinhas a essa fronteira (offshore das Guianas e do Suriname) corroboram esse potencial”, diz a Petrobras, em nota.
Em seu primeira declaração após ser empossado, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates defendeu a ampliação das fronteiras exploratórias de óleo e gás pela companhia, incluindo “toda a costa da margem equatorial, essa nova e promissora fronteira exploratória e onde também há um forte potencial para energias renováveis”.
Para dar início aos trabalhos, a companhia aguarda a emissão de uma licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Como parte desse plano, a Petrobras já recebeu autorização ambiental do governo do Pará para um "simulado de vazamento" na bacia da foz do Amazonas.
Assim que obtida a licença do Ibama, a primeira perfuração será a 160 quilômetros da costa, em águas ultra profundas (2,8 mil metros de profundidade), em região pertencente ao estado do Amapá, na bacia da Foz do Amazonas.
Os blocos da bacia foram os mais disputados na 11.ª rodada de licitações de petróleo e gás da ANP, realizada em maio de 2013, e acabaram arrematados por um consórcio formado por TotalEnergies (40%), Petrobras (30%) e BP (30%).
A dificuldade na obtenção do licenciamento ambiental e a opção por investir em energias limpas fez com que as multinacionais desistissem da operação em 2020 e 2021, respectivamente. Ambientalistas criticam a exploração na região por considerarem que a atividade coloca em risco a biodiversidade local.
Em maio de 2022, a Petrobras recebeu uma autorização do Ibama para a avaliação pré-operacional como condição para a licença para exploração. “Estamos preparados para nossa jornada na Margem Equatorial empregando todo o conhecimento operacional da Petrobras e as tecnologias necessárias para a preservação e manutenção das características físicas e biológicas do ambiente. Em paralelo, desenvolveremos projetos socioeconômicos positivos para a região, com foco no cuidado ambiental”, informou a empresa à Gazeta do Povo.
Segundo a companhia, as atividades de perfuração serão monitoradas e acompanhadas 24 horas por dia por meio de equipamentos e equipes técnicas especializadas. “Como forma de garantir a segurança das atividades, serão realizadas inspeções planejadas de sistemas e equipamentos, programas de manutenção preventiva e corretiva, treinamentos, simulados de emergência, vistorias e auditorias”, afirma.
A Petrobras trata os projetos da Margem Equatorial como “a nova geração de projetos de óleo e gás”, porque buscariam sinergia com novas fontes renováveis e de baixo carbono nas áreas em que a empresa atua.
Até 2027, a estatal planeja investir ao menos US$ 2,94 bilhões em atividades de exploração da Margem Equatorial, com previsão de perfuração de 16 poços, de acordo com o plano estratégico da empresa para o próximo quadriênio. Segundo a companhia, a abertura de novas frentes exploratórias dependerá da obtenção das licenças ambientais correspondentes.
Hoje, a maior parte da produção da Petrobras advém da camada do pré-sal. No 3º trimestre de 2022, foram produzidos em média 2,64 milhões de barris de óleo equivalente por dia, dos quais 1,94 milhão – ou 73% – vieram da fronteira exploratória.
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/o-que-e-novo-pre-sal-e-por-que-petrobras-aposta-tanto-nele/
Um dos editores da Gazeta do Povo, um jornal legitimamente de direita e desavergonhadamente defensora e promotora do psicopata no poder, tenta provar que ele tinha razão ao recomendar o uso da Cloroquina, como se ele fosse um cientista ou tivesse acesso a informações supostamente científicas aqui relatadas para recomendar o seu uso preventivo.
Como meu blog é de debate e informação, posto a nota do editor de Ideias da Gazeta do Povo.
Paulo Roberto de Almeida
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As cavalgaduras do teto limite de remuneração NO BRASIL, MOEDA BRASILEIRA, parecem não ter percebido, AINDA, que a remuneração dos diplomatas no EXTERIOR, ASSIM COMO SUAS DESPESAS, não sofrem NENHUMA MUDANÇA OU ALTERAÇÃO DE VALOR, apenas porque a moeda brasileira SE DESVALORIZOU. O TETO QUE VALE NO BRASIL não tem NENHUM SIGNIFICADO para quem vive no exterior. Ou seja, se cortarem a REMUNERAÇÃO EM DÓLARES dos diplomatas, apenas porque o Real se desvalorizou, o único resultado é a redução do salário, o que inconstitucional, mas basicamente ESTÚPIDO, porque impedindo-os de cumprirem com suas obrigações de aluguel, escola dos filhos, etc.
Esse jornalista só pode ser um debiloide, incapaz de separar valores constantes em dólar e valores variáveis em real. Uma cavalgadura desse tipo, junto com o TCU, é de dar dó.
Paulo Roberto de Almeida
Renda de embaixador chega a R$ 260 mil no mês do 13º salário
Por Lúcio Vaz
Gazeta do Povo, 10/07/2022 19:29
A renda mensal dos embaixadores brasileiros no exterior chega aos R$ 150 mil e alcança os R$ 260 mil no mês em que é pago o 13º salário. O embaixador brasileiro no Japão, Eduardo Paes Saboia, por exemplo, teve renda de R$ 145 mil em fevereiro. Em novembro de 2021, mês da gratificação natalina, a renda foi a R$ 262 mil. Mas os supersalários não são pagos apenas nos países do primeiro mundo.
O embaixador em Luanda (Angola), Rafael de Mello Vidal, por exemplo, teve renda mensal de R$ 152 mil em fevereiro (o registro mais recente). Ele recebeu R$ 261 mil em novembro, sendo a maior parte relativa a indenizações – R$ 144 mil. Ele recebeu mais R$ 135 mil de indenizações em dezembro, quando a renta total chegou a R$ 296 mil. No mês de novembro, há aplicação de abate-teto sobre a remuneração básica.
O embaixador em Togo, Nei Futuro Bitencourt, teve renda de R$ 137 mil em fevereiro. Em novembro, recebeu R$ 115 mil em indenizações, R$ 86 mil de gratificação natalina e R$ 89 mil de remuneração básica. Com um abate-teto de R$ 39 mil, a renda total chegou a R$ 241 mil.
Baku, Ierevan, Burkina Faso
Embaixador em Baku, no Azerbaijão, Adalberto Montenegro Lopes da Cruz teve renda de R$ 127 mil em fevereiro. Em novembro, com indenizações de R$ 103 mil e R$ 77 mil de 13º salário, chegou à renda de R$ 220 mil, já descontado o abate-teto de R$ 34 mil.
O embaixador em Ierevan (Armênia), Agemar de Mendonça Santos, teve renda de R$ 115 mil em fevereiro e chegou a R$ 204 mil em novembro, quando recebeu R$ 94 mil em indenizações. Em dezembro do ano passado, Santos teve o seu nome aprovado para a embaixada em Belmopan (Belize), país do Caribe conhecido pelas de praias paradisíacas.
A embaixadora de Burkina Faso, Ellen Osthoff Ferreira de Barros, tem renda mensal de R$ 125 mil e recebeu R$ 219 mil em novembro, principalmente pelos R$ 104 mil pagos em verbas indenizatórias. Rubem Corrêa Barbosa é embaixador em Astana, no Cazaquistão, com renda mensal de R$ 120 mil. Os R$ 102 mil pagos em indenizações em novembro elevaram a sua renda total para R$ 212 mil.
O embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda, tem renda mensal de R$ 120 mil e recebeu R$ 223 mil em novembro, quando levou R$ 122 mil em indenizações. A renda mensal do embaixador na França, Luís Fernando de Andrade Serra, é de R$ 132 mil. Em novembro, chegou a R$ 244 mil, graças aos R$ 140 mil em indenizações.
O embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, não tem renda tão elevada. Ele recebeu R$ 102 mil em fevereiro e R$ 194 mil em novembro do ano passado. O mesmo ocorre na embaixada nos Emirados Árabes, em Abu Dhabi. O embaixador brasileiro Fernando Lemos Igreja recebeu R$ 112 mil em fevereiro e R$ 201 mil em novembro. (Veja tabela abaixo com a renda por embaixada)
Os mesmos direitos dos militares
A mais significativa das verbas indenizatórias é a indenização de representação no exterior (Irex), calculada em razão da natureza da missão, da hierarquia funcional, do cargo exercido, do custo de vida local e das condições peculiares de vida da sede no exterior . Os direitos dos diplomatas em exercício no exterior são os mesmos assegurados aos militares que cumprem missão no exterior.
O auxílio-familiar é pago mensalmente para atender às despesas de educação e assistência, no exterior, a seus dependentes. São considerados dependentes a esposa, menor de 21 anos ou estudante menor de 24 anos, mãe viúva sem remuneração, enteados, adotivos, tutelados e curatelados.
A ajuda de custo é paga ao servidor para custeio das despesas de viagem, de mudança e da nova instalação. O transporte é assegurado com o pagamento de passagem aérea para o servidor e seus dependentes. O auxílio-moradia é devido ao servidor em missão permanente ou transitória no exterior, a título de indenização, para custeio de locação de residência, na forma de ressarcimento por despesa comprovada pelo servidor. Há ainda diárias, auxílio funeral, auxílio-moradia, 13º salário e 1/3 de férias.
A aplicação do teto
O Ministério das Relações Exteriores afirmou ao blog que passou a aplicar o limite remuneratório constitucional sobre os vencimentos dos funcionários a serviço no exterior a partir de agosto de 2013, cumprindo decisão do Tribunal de Contas da União (TCU). O Acórdão 2054/13 determinou que o ministério limitasse a remuneração ao teto constitucional, computando as parcelas referentes à retribuição básica, à gratificação no exterior por tempo de serviço e ao fator de correção cambial incidente sobre essas parcelas.
O Itamaraty acrescentou que, a fim de assegurar segurança jurídica e previsibilidade à retribuição paga aos servidores lotados no exterior, passou a adotar, a partir de dezembro de 2021, o índice de câmbio por paridade do poder de compra publicado pela OCDE como critério para cálculo do limite remuneratório.
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/renda-de-embaixador-chega-a-r-260-mil-no-mes-do-13o-salario/
Estratégia eleitoral: como Bolsonaro planeja rebater as críticas sobre a relação Brasil-Rússia
Por Rodolfo Costa, BrasíliaA Gazeta do Povo é um jornal de direita, alguns atudiriam de extrema-direita ou conservadora. Isso nyme importa. Eu leio de tudo, de um extremo a outro, attalgumas bobagens do PSOL, pois sei fazer minha opinião com base em fatos e ba logica, não segundo a ideologia do emissor.
Esse debate em torno da Lei Rouanet é importante, pous é um fato que ela foi sendo fraudada por escritórios especializados e pelos grandes artistas, em conivência com a esquerda que dominava o antigo MinC.
Paulo Roberto de Almeida