O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Jorge Serrão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jorge Serrão. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Petrobras: o escandalo da corrupcao investigado nos EUA - Jorge Serrao

Esse jornalista tem fama de ser alarmista, tratando dos escândalos habituais nossos de cada dia, como se fossem o juizo final, ou catástrofe decisiva.
Poderiam até ser num país normal. Ocorre, porém, que o Brasil não é um país normal.
Denúncias e escândalos que em outros países deveriam fazer o governo cair imediatamente, e todos os atores receberam mandados de prisão e condenações em regime fechado, no Brasil não costumam causar abalos, e os corruptos e corruptores permanecem leves, livres e soltos.
Bem, deve ter um bocado de exagero na matéria abaixo, mas sempre vale o registro.
Paulo Roberto de Almeida

NEM O DEUS LULLA SALVARÁ A PRESIDENTA ! 
Jorge Serrão
Blog Alerta Total, terça-feira, 18 de novembro de 2014 18:09

Investigadores do Departamento de Justiça dos EUA, a partir de informações obtidas nos processos da Operação Lava Jato, já identificaram o centro bilionário de lavagem de dinheiro de corruptos políticos do Brasil. Incentivos fiscais do estado de Nevada foram usados por centenas de empresas abertas em nome de brasileiros para investir a grana obtida em negociatas com o setor público. A maior parte das operações do doleiro Alberto Youssef se direcionava para aquele estado norte-americano famoso pelos impostos baixíssimos.
Investigadores já descobriram que o principal sistema para lavagem de dinheiro era uma espécie de investimento em participações acionárias de hotéis. O esquema mafioso-contábil superfatura as tarifas, cobrando pelo teto de hospedagem, sem que tenha ocorrido ocupação de quartos. As notas fiscais são emitidas, recolhendo-se os mínimos impostos cobrados em Nevada. Os resultados financeiros tornavam legalizado o dinheiro de brasileiros que os doleiros "transportavam".
No submundo do Congresso Nacional, em Brasília, já se comentava ontem que os peritos norte-americanos já identificaram centenas de políticos com negócios apenas em Nevada. Eles foram descobertos pelo complicado cruzamento de dados de parentescos. A maioria das empresas é registrada em nome de laranjas. Os mais idiotas usaram parentes. Os mais espertos usaram "amigos" com maior dificuldade de rastreamento, mas que foram identificados por uma coincidência fatal. Todos usaram o doleiro Youssef como "Banco Central".
A novidade é que as falcatruas agora mapeadas já tinham sido usadas no velho escândalo do Mensalão - que agora é exemplo de impunidade. O maior prejudicado foi Joaquim Barbosa, pressionado a se aposentar, pelo rigor excessivo com que agiu no julgamento da Ação Penal 470. A maioria dos condenados já está tecnicamente solta, cumprindo regime de "prisão domiciliar", excetuando-se Marcos Valério Fernandes de Souza - que, uma hora, pode ficar pt da vida e partir para alguma delação premiada. Por enquanto, Valério mantém o silêncio obsequioso na cadeia, para alívio de muitos grandes investidores no ramo de hotelaria...
O pavor agora é com o Petrolão. O manjado esquema pode vir à tona por pressão de investidores norte-americanos injuriados com os prejuízos que tiveram na Petrobras, por causa das negociatas identificadas na Operação Lava Jato. Agora, a coisa pode ficar séria para os corruptos brasileiros porque o Departamento de Justiça dos EUA resolveu levar o caso aos tribunais. Uma ação criminal corre em sigilo judicial para apurar se a Petrobras ou seus funcionários, intermediários ou prestadores de serviço violaram o Foreign Corrupt Practices Act, uma lei contra a corrupção que torna ilegal subornar funcionários estrangeiros para ganhar ou manter negócios. Outra ação civil é movida pela Securities and Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado de capitais), já que a Petrobras tem recibos de ações negociados na Bolsa de Nova York.
A coisa ficará mais preta que petróleo porque, como o Alerta Total antecipou, pelo menos três magistrados da Corte de Nova York já estariam dispostos a agir com total rigor contra diretores e ex-dirigentes da Petrobras, incluindo a ex-presidente do Conselho de Administração Dilma Rousseff, assim que chegarem aos tribunais os processos civis e criminais que apuram lesões contra investidores norte-americanos geradas por práticas de corrupção ou suborno.
O Brasil corre o sério risco de ter sua presidenta processada nos EUA, com chance de ser condenada, no mínimo, a pagar multas milionárias. Nos States, o "Big Petroleum" (vulgo Petrolão) corre em sigilo judicial. Moralmente, o segundo mandato já termina sem sequer começar...
Não teria preço o vexame internacional de o Brasil ter sua presidenta processada nos EUA, com alto risco de ser condenada a pagar multas milionárias. E não adianta Dilma dar beijinho no ombro do Barack Obama - porque ele nada tem a ver com o rolo...
Processar grandes empresas rende muita grana nos EUA, inclusive com premiações para juízes e promotores. As recompensas previstas na legislação norte-americana para quem faz "colaboração premiada" para desvendar crimes econômicos variam de 10% a 30% do valor do suborno ou do superfaturamento. Várias companhias ligadas à indústria do petróleo já foram condenadas pela lei anti-corrupção nos EUA. As multas impostas pelas condenações foram pesadíssimas. A Security and Exchange Comission, xerife do mercado de capitais, não perdoa. A recordista foi a Panalpina (que subornou autoridades na Nigéria, Angola, Brasil, Rússia e Cazaquistão, sendo obrigada a pagar a megamulta de US$ 81,9 milhões.
Nos rigorosos tribunais dos EUA, sobretudo os de Nova York, com a mão pesada da SEC, já dançaram várias empresas de grande porte, pagando multas milionárias. Pride International (US$ 56,1 milhões), Royal Dutch Shell (US$ 48,1 milhões), Transocean (US$ 20,6 milhões), Noble Corporation (US$ 8,1 milhões), Tidewater (US$ 7,5 milhões), GlobalSantaFe (US$ 5,8 milhões). As pesadíssimas multas também doem no bolso dos dirigentes empresariais envolvidos nos escândalos. Eis o grande risco que correm a Petrobras, seus diretores e conselheiros (de administração e fiscal), graças às várias denúncias, com provas, do Petrolão. Como o Tio Sam odeia pizza, a parada fica indigesta para os brasileiros.
Não era novidade que o governo dos EUA, através da NSA, não só espionou as falcatruas na Petrobras como também já investigava, formalmente, denúncias de corrupção na petrolífera brasileira. A novidade ruim para Dilma Rousseff foi que o Petrolão ganhou dimensão mundial ontem, graças a uma reportagem do Financial Times. O jornal britânico informou que uma ação criminal e outra civil apuram se "a Petrobras ou seus funcionários, intermediários ou prestadores de serviço violaram o Foreign Corrupt Practices Act, uma lei contra a corrupção que torna ilegal subornar funcionários estrangeiros para ganhar ou manter negócios".
A matéria do Financial Times deixou Dilma pt da vida porque destacou que "muitos dos supostos problemas ocorreram quando a presidenta Dilma Rousseff foi chefe da empresa antes de tomar posse (como presidenta da República) em 2011". Concretamente, Dilma já sabe que, independentemente de ser chefe de Estado, corre o risco de ser alvo de investigação e processo nos EUA.
O FT apavorou a petralhada: "O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação criminal sobre a companhia que tem recibos de ações negociados em Nova York. Enquanto a Securities and Exchange Comission (SEC, órgão do governo norte-americano que regula o mercado de capitais) realiza uma investigação civil".

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Eleicoes 2014: trocando cassinos por votos (e mais 90 milhoes...)

Alerta Total

Jornalista Jorge Serrão

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Lobby do jogo oferece R$ 90 milhões ao PT para apoiar legalização de cassinos e bingos no Brasil

Parte da cúpula petista já aposta em reforço de caixa para os R$ 370 milhões que já tem para torrar na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff. Em troca do lobby para a tão esperada legalização dos jogos de azar, com a implantação de cassinos em cidades estratégicas, o partido negocia uma “doação” de R$ 90 milhões. Metade do dinheiro viria dos interessados em operar apenas bingos em grandes cidades.

Curiosamente, os milhões “doados” viriam de um grupo argentino, que tem negócios no Uruguai e relações com empresários norte-americano da jogatina – oficialmente proibida no Brasil desde o final da década de 40, por lobby da Igreja Católica junto ao então governo do General Eurico Gaspar Dutra. O movimento pela legalização do jogo no Brasil avança e recua desde o primeiro mandato de Lula da Silva.

O consultor que estaria fazendo a ponte entre os agentes do jogo e o governo é Antônio Palocci Filho. O também consultor José Dirceu de Oliveira e Silva, que abriu as negociações, não pode atuar agora, por causa da hospedagem forçada na Penitenciária da Papuda. Mesmo problema de outro petista identificado como lobista da jogatina, José Genoíno, obrigado a suportar o mesmo drama de “reeducando” do companheiro Dirceu, por causa da condenação no Mensalão.

Agora, a intenção o jogo seja permitido, inicialmente, em localidades estratégicas: Angra dos Reis, Búzios e Petrópolis (RJ), Guarujá, Campos do Jordão e litoral Norte de São Paulo, além de Araxá (MG). Nos planos também entram cidades na região de Florianópolis, Curitiba, Manaus e no litoral da Bahia. A intenção é liberar os bingos, com restrições, apenas em grandes cidades. Provavelmente, só se tenha uma decisão no próximo governo. Por isso, outras candidaturas também devem receber “incentivos” dos lobistas do jogo.

Campanha dispendiosa

Já circula no mercado de lobbies quanto vão gastar as três principais candidaturas ao Palácio do Planalto em 2014.

O esquema pró-Dilma Rousseff já tem para torrar R$ 370 milhões.

O empresariado e o mercado financiero apostam alto em Aécio Neves com alguns milhões a mais: R$ 44 milhões.

Em terceiro nas pesquisas e na previsão de gastos de campanha vem Eduardo Campos, com previsão de investir R$ 270 milhões.

Foco prioritário

O PT só enxerga a estratégia da hegemonia, e não admite perder a reeleição de Dilma Rousseff.

Para garantir, vai apostar no crescimento da candidatura de Eduardo Campos, sabotando, ao máximo, a de Aécio Neves.

Se forem obrigados a encarar um segundo turno eleitoral – panorama que hoje se desenha como mais provável -, os petistas preferem encarar o neto de Miguel Arraes, que até outro dia foi aliado deles, em vez de enfrentar o neto de Tancredo Neves.

Medinho de retaliação

O comando petista avalia que não dá para negociar um pacto futuro de não agressão com Aécio Neves, nos mesmos moldes que Lula da Silva fechou com Fernando Henrique Cardoso, em 2002.

É grande o temor de retaliações, principalmente contra Lula, caso Aécio conquiste o Palácio do Planalto – desgraça que os petistas só projetam nos fechados bastidores de discussão de campanha.

Na pior hipótese, se Dilma for obrigada a perder, por pressões internacionais bem delineadas, Eduardo Campos seria uma alternativa para uma futura recomposição, sobretudo pela amizade pessoal dele com Lula.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Eleicoes 2014: o jogo presidencial pela otica conspiratoria - Jorge Serrao

Ainda que eu não partilhe, absolutamente, da paranóia, esquizofrenia e visão conspiratória desse jornalista, creio que ele reflete um pouco do ambiente político brasileiro, que também é feito desse tipo de manobras especulativas, e por isso vai postado aqui, a título de folclore político.
Paulo Roberto de Almeida


BRADESCO, ITAÚ E OUTROS DECIDIRÃO AS ELEIÇÕES DE 2014
THE GAME IS OVER.(o jogo acabou . . .)
Por Jorge Serrão
(recebido em 2/04/2014)

Embora as pesquisas amestradas e a propaganda chapa-branca vendam o "fato consumado" de que Dilma Rousseff se reelege (inclusive no primeiro turno), a conjuntura política e econômica real demonstra  exatamente o contrário.
A Oligarquia Financeira Transnacional, que controla de fato o Brasil, já decidiu que o ciclo de poder presidencial do PT no Brasil precisa ser encerrado em 2014 – contrariando as previsões ufanistas de Lula da Silva de uma hegemonia petista até 2022.

A Petrobras é o calcanhar de Aquiles do governo. 
Na Assembleia Geral Extraordinária marcada para o próximo dia 16, às 15 horas, no Rio de Janeiro, o PT sofrerá um dos ataques diretos mais contundentes aos seus esquemas.
Outro fator que tende a ser decisivo para a derrota do PT ano que vem é a oposição econômica que lhe será promovida pelos maiores bancos.
Itaú e Bradesco vão apostar na oposição: Aécio Neves ou Eduardo Campos.
Postura idêntica a da Rede Globo (que já começou a pancadaria tirando o emprego de José Dirceu no hotel que seria o QG da campanha de 2014).

A sabotagem dos controladores globalitários, promovida nos bastidores econômicos, contra Dilma Rousseff já começou e tende se ampliar no decorrer de 2014.
Acusada midiática e justamente de ter derrubado o crescimento brasileiro e aumentado a inflação e a dívida interna, bagunçando as contas públicas, Dilma vai ser alvo de ataques diretos ao seu modelo nada eficiente de gestão em suas empresas símbolos do capimunismo no Brasil: a Petrobras e o BNDES.

Dilma corre até o risco de ser responsabilizada, judicialmente, por várias decisões que causaram, vem causando e devem causar ainda mais prejuízos aos investidores da Petrobras. Antes de ser alçada pelo Presidentro Lula para o trono do Palácio do Planalto, Dilma foi a "presidenta" do Conselho de Administração da Petrobras – cargo que é ocupado pelo desgastado Guido Mantega – que já pode ser pintado como o gestor do fracasso econômico da própria presidenta que tenta a reeleição.

Investidores da Petrobras – principalmente os internacionais – apostam que o governo não resiste a uma auditoria judicial, séria e independente, em vários negócios: nas refinarias Abreu Lima e Passadena, no Comperj, na Companhia de Recuperação Secundária (CRSec), na Petrobras International Finance Company S.A (PFICO) e na Gemini (caso que agora, surpreendentemente, aparece no noticiário que sempre o abafou.
As fragilidades na Petrobrás atingem mortalmente Dilma, Mantega e Lula – padrinho do ex-presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, e de seu diretor financeiro Almir Barbassa (no cargo há três governos).

Só a petralhada canalha e os petistas fanáticos fingem não perceber que o PTitanic já bateu no iceberg que irá afundá-lo a partir de outubro de 2014.

A próxima traição programada contra o PT é o rompimento do pacto com PMDB (partido que funciona igualzinho à Rede Globo: sempre apoia quem está no governo).
O movimento de rompimento com o PT será comandado pelo vice-Presidente Michel Temer (maçom que obedece ao que seus mestres britânicos da oligarquia transnacional ordenam) e pelo desesperado Sérgio Cabral Filho (que dará o troco ao "amigo" Lula por investir na candidatura ao governo do Rio do petista Lindberg Farias).

O PT não resistirá a 2014.
Esta é a aposta dos agentes econômicos internacionais.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Meritissimo, nao existe quadrilha, se trata apenas de uma acao entre amigos... - Jorge Serrao (Alerta Total)

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
 7 de fevereiro de 2014

O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, tinha pleno conhecimento da sigilosa investigação feita pela Interpol (envolvendo a Polícia Federal do Brasil, da Argentina, da Espanha e a Guarda de Finança da Itália) para localizar e prender Henrique Pizzolato – foragido após condenação a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Foi para não atrapalhar a caça a Pizzolato que Barbosa não teve pressa em determinar a prisão do deputado João Paulo Cunha, antes das férias do Judiciário.

Barbosa foi comunicado por seus assessores de inteligência no STF que a Polícia Federal estava monitorando comunicações entre Pizzolato e a cúpula petista, principalmente alguns condenados na Ação Penal 470. Por sorte, a Interpol interceptou pelo menos uma ligação telefônica feita do Brasil para Pizzolato, na Itália, no dia 16 de janeiro. Quem ligou foi ninguém menos que o deputado João Paulo Cunha. Na interpretação da conversa interceptada pela Polícia Federal, Cunha teria pedido um depósito em dinheiro na conta de uma prima.

Tal ligação entre o deputado e o foragido foi fundamental para a polícia italiana localizar Pizzolato. Mas o ato fatal para pegá-lo – segundo versão vazada da investigação - foi uma doação de 50 mil euros feira na Europa para a conta, no Brasil, do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. O dinheiro veio em nome de italianos e marroquinos usados como “laranjas”. Agora, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal, com a ajuda do Coaf, investigam se houve doações semelhantes para José Genoíno.

Os investigadores analisam dados de dois computadores apreendidos na casa do sobrinho de Pizzolato, no momento da prisão em Pozza de Maranello. A Interpol também investiga detalhes de viagens feitas por Pizzolato pela Europa – principalmente pela França e pela Suíça – para realizar transações bancárias. Caso se confirmem tais movimentações financeiras, haverá evidências de que Pizzolato teve ajuda dos companheiros petistas para fugir do Brasil com o objetivo de cuidar do que sempre fez: gerenciar recursos do esquema do Mensalão – e, possivelmente, de outras falcatruas.

No interrogatório à Guarda de Finança da Itália, Pizzolato repetiu a mentira de que é completamente inocente das acusações no processo do Mensalão e reiterou que “agiu apenas cumprindo ordens superiores como funcionário do Banco do Brasil” (do qual foi diretor de Marketing). Pelas investigações, Pizzolato continua fazendo parte do time. Seu descontentamento com a cúpula petista, no entanto, pode não ser uma mera encenação, como pode parecer á primeira vista. Pizzolato protagoniza, certamente, um jogo de pressão.  

O Alerta Total já tinha antecipado na edição extra de ontem que, em um cofre bancário no exterior, Henrique Pizzolato tem uma caixa com três HDs (Hard Disks) contendo um arquivo completo de todas as negociações feitas entre 2003 e 2007 com o esquema do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. Pizzolato confia que tais documentos – que podem ser colocados à disposição das autoridades italianas – serviriam como seu “seguro de vida”.

Por isso, os petralhas não têm o menor interesse que Henrique Pizzolato seja extraditado pela Itália (país no qual tem cidadania). Farão de tudo para atrasar a resolução final pela justiça italiana. Enquanto isso, já corre nos bastidores do poder uma operação abafa para que dê em nada a investigação sobre a origem do dinheiro doado a Delúbio Soares e José Genoíno. Na tática de despiste, o presidente do PT, Rui Falcão, já entrou ontem com uma representação no STF contra Gilmar Mendes. Falcão alega que o ministro cometeu uma “ofensa à honra do partido, ao sugerir que houve lavagem de dinheiro nas doações a Delúbio e Genoíno”.
Pizzolato participa hoje, ás 11 horas, de uma audiência na Corte de Apelação de Bolonha, quando repetirá que não deseja a extradição para o Brasil. Assim, o caso tende a uma providencial embromação. O assunto pode parar na Corte de Cassação de Roma, demorando uns seis meses até uma decisão final. O advogado italiano dele, Lorenzo Bergami, pedirá a liberdade do cliente ou, no máximo, uma prisão domiciliar, com uso de bracelete eletrônico. Formalmente, Pizzolato está preso por falsidade ideológica (tinha um passaporte falso em nome do falecido irmão Celso Pizzolato).

Aliás, tal falsificação tende a agravar o julgamento contra Pizzolato, favorecendo sua extradição, caso seja formalmente pedida pelo Brasil. As investigações deixam claro que Pizzolato premeditava uma fuga desde 2007. Difícil vai ser demonstrar que Pizzolato não contou com a ajuda da máquina petralha para montar a falsificação documental que viabilizou sua fuga do Brasil, via Argentina, seguindo pela Espanha, até chegar a Itália.  

O jornal O Globo relata que, para conseguir obter um passaporte brasileiro em nome do irmão Celso, morto em 1978, Henrique Pizzolato apresentou à Receita Federal, ainda em 2007, uma Declaração Anual de Isento em nome do irmão — 29 anos depois de ele ter falecido. A Receita não se deu ao trabalho de verificar por que um homem, que na época teria 53 anos, havia ficado tanto tempo sem informar nada ao Leão.

Com a situação fiscal regularizada, Pizzolato tratou de regularizar o CPF de Celso. Na página da Receita, é possível ver que a situação cadastral em nome do falecido está regular, o que significa que, para a Receita, ele não deve nada e é um cidadão vivo. Em Santa Catarina, também em 2007, o Instituto de Identificação do estado expediu uma carteira de identidade em nome de Celso Pizzolato. A falsificação foi possível porque em 1978, quando Celso morreu num acidente de carro, a família não enviou o atestado de óbito aos cartórios.

De posse do RG falso, Pizzolato partiu para a confecção de novos documentos. O próximo passo foi regularizar a situação de Celso no Tribunal Superior Eleitoral porque, para a emissão de passaporte são exigidos, entre outras coisas, RG e título de eleitor com comprovante de regularização. Pizzolato procurou a Justiça Eleitoral do Rio, onde morava, em janeiro de 2008. Por se alistar fora do prazo — na época, Celso deveria ter 54 anos — ele teve de pagar R$ 3,51. Após se recadastrar, “Celso” faltou ao 1º e 2º turnos das eleições de 2010. Mas, Pizzolato, preocupado em não fazer do irmão um inadimplente, pagou, em março de 2011, a multa pelo não comparecimento: R$ 7,02.


A PF em Santa Catarina instaurou inquérito policial para investigar toda essa safadeza. Mas, como de costume, a tendência é que o caso corra com a máxima lentidão, até cair no tradicional esquecimento. No Brasil da corrupção e da impunidade, sob governança do crime organizado, só haverá punição rigorosa se e quando o PT for tirado do poder.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Paranoia: se voce nao tem, passe a ter, pois este é o clima de Brasilia... - Jorge Serrão

Palácio do Planalto é invadido por espiões que buscavam documentos contra Erenice, Rose, Lula e Dilma
Jorge Serrão
Edição do Alerta Total, 10 de abril de 2013

Exclusivo - Sede imperial do nada republicano governo capimunista do Brazil, o Palácio do Planalto foi alvo fácil de um inédito esquema de espionagem. Quatro ou cinco dias atrás, de madrugada, criminosos invasores vasculharam computadores e tiraram cópias de documentos sigilosos da Casa Civil e da Presidência da República. Há informações de que fotos pessoais de Dilma foram levadas.

Até uma agenda pessoal da Presidenta Dilma chegou a ser levada. Mas o livro foi encontrado na garagem do Palácio. Há o temor de que o Palácio da Alvorada – onde a Dilma mora com a mãe – também tenha sido invadido. Mas não havia evidências disto até ontem. O caso de espionagem é abafado pelo governo – que recomendou ao comando da mídia amestrada que nada publique sobre o que se suspeita ser um golpe de espionagem internacional.

O serviço foi de profissional. As câmeras de segurança não registraram a invasão. Foram detectados indícios de grampos telefônicos e hackeagem nos computadores – para desespero do pessoal do Gabinete de Segurança Institucional. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal e o GSI investigam o incidente que será providencialmente desmentido. O raro evento pode fazer cabeças rolarem dada a fragilidade na segurança palaciana.

Nos bastidores de inteligência, acredita-se que a intenção principal dos invasores do Palácio do Planalto, além de intimidar o governo, foi obter provas materiais que incriminem duas pessoas, pelo menos, atingindo também a Presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. O fato concreto é que o governo está sob ataque, em processo de desestabilização política, no momento em que Lula será investigado no Mensalão e a inflação volta a subir – com desgaste para a reeleição de Dilma.

O primeiro alvo da espionagem seria Erenice Guerra (amiga e ex-assessora de confiança da Presidenta Dilma). Depois de demitida por evidências de irregularidades, tendo um processo arquivado sobre tráfico de influência, Erenice foi recentemente denunciada pela revista Veja de usar seu escritório de advocacia em Brasília para oferecer serviços a quem precisa se aproximar do poder. Mexeu com Erenice, atingiu Dilma.

A segunda alvejada seria Rosemary Nóvoa Noronha (melhor amiga do ex-Presidente Lula e chefe de gabinete exonerada do escritório presidencial em São Paulo – investigada na Operação Porto Seguro da Polícia Federal. O caso anda em trâmite de cágado na 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo. Tudo no mais alto e injustificável “segredo judicial”. Rose é foi indiciada pela PF por tráfico de influência, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A queridinha de Lula e José Dirceu é suspeita de comandar o esquema que favorecia empresas e pessoas interessadas em obter vantagens ilícitas junto a órgãos federais e agências reguladoras. Mexeu com Rose, acertou o “Tio” Lula.

Lula, Dilma & cia que se cuidem, porque quando o ataque a eles atinge tamanho grau de espionagem é um sinal claro de que coisas piores estão programadas para acontecer. O certo é que a espionagem não foi um ato criminoso realizado a pedido da oposição política interna – que não coragem nem competência para um ato tão ousado. O mais provável é que o governo tenha sido vítima de um sofisticado sistema de espionagem contratado por grandes investidores transnacionais – profundamente descontentes com prejuízos que acumulam em estatais de economia mista, como a Petrobrás e Eletrobras.

Uma coisa parece bem objetiva: a patralhada está com os dias contados no poder até a eleição presidencial de 2014.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Uma corporacao fascista e um partido totalitario...

O Brasil, infelizmente, atravessa um mau período de sua história. Assistimos, infelizmente e aparentemente impassíveis (não no que depender deste blog) a uma degradação sensível de suas mais altas instituições (que já deixaram de ser altas, justamente), a um rebaixamento generalizado dos padrões morais que se impõem no trato da coisa pública, a um processo de mediocrização crescente de todos os seus entes públicos (a começar pelo STF, passando pelo Legislativo, o mais prostituído, e contaminando todos os estabelecimentos de ensino, do primário ao pós-doc, mas atingindo de modo agudo as universidades públicas), enfim, a uma invasão das empresas estatais e de todos órgãos do Estado pelos novos bárbaros, com um aparelhamento avassalador de todas essas instâncias pelos companheiros da nomenklatura e da nova classe. O que temos, de verdade, é uma visível decadência nacional, que é sobretudo moral e institucional, além desse processo refletir exatamente o caráter dos chefes, chefetes e de outros medíocres que nos (des)governam.
Sinto muito esse desabafo, no dia da Bandeira, mas é o que posso constatar ao ler matérias como essa transcrita abaixo. Independentemente da qualidade ou não das "informações" desse jornalista, ou das aleivosias e eventuais mentiras que ele possa estar contando, o fato é que ele reflete questões reais, já sabidas por qualquer pessoa bem informada, como são geralmente os que frequentam este blog.
Sinto vergonha pelo país, e teria preferido não ter tomado conhecimento de coisas tão degradantes do ponto de vista da cidadania, e dos valores democráticos.
Sinto, também, que vamos demorar para superar essa fase deplorável da vida pública brasileira.
Paulo Roberto de Almeida 

Dilma teme surpresas com investigação de servidores da Receita sobre o patrimônio do filho de Lula
Por Jorge Serrão

Alerta Total, 19 de novembro de 2012

Exclusivo - Embora assuma o discurso globalitário do “combate à corrupção”, a Presidenta Dilma Rousseff anda hiperpreocupada com o risco de “rebeldia” entre servidores do alto escalão da Receita Federal. Dilma recebeu preocupantes informações de que alguns funcionários de carreira do órgão, à revelia do governo, promovem um acompanhamento pente fino da veloz evolução patrimonial do empresário Fábio Luis da Silva – filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que a mídia chama popular e pejorativamente de “Lulinha” (apelido que Fábio nunca usa na vida pessoal).
Lula já teria pedido a Dilma para interceder no caso. Ela já avisou que nada pode fazer. O ex-presidente tentou, inclusive, contatos com a cúpula da Super Receita. Recebeu a mesma mensagem de que nada pode ser feito. Foi-lhe lembrado que o acompanhamento patrimonial dos contribuintes, dentro da lei e respeitando sigilos, é um dever funcional dos servidores concursados da Receita. Lula teme que vazem informações também eventuais sobre seu patrimônio pessoal. E como sabe muito bem que o "movimento de combate à corrupção" é uma ordem de fora para dentro do Brasil, se apavora com o risco de retaliações promovidas por inimigos ligados à oposição.
Além do medo de “surpresas desagradáveis” com servidores sérios e independentes da Super Receita, Dilma encara outra guerra institucional. A Presidenta e seus ministros são cada dia mais mal vistos pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal - integrado por sete entidades de procuradores da Fazenda, Previdência Social, do Banco Central e de procuradores lotados em autarquias e ministérios. A entidade enxerga uma intenção do governo em submeter às vontades de militantes petistas todos os setores jurídicos da área federal.
O primeiro alvo do aparelhamento petista é a Advocacia-Geral da União. Luís Inácio Adams, chefe do órgão, elaborou um projeto de lei complementar que prevê a nomeação, como advogados federais, de pessoas de fora da carreira e sem concurso. O projeto de Adams considera “infração funcional o parecer do advogado público que contrariar as ordens de seus superiores hierárquicos”. O Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal define o plano como “um atentado ao Estado Democrático de Direito e põe em risco a existência da própria AGU".
Luis Inácio Adams é mais um do governo Dilma na corda bamba. Cotado para assumir a Casa Civil do Palácio do Planalto na próxima e urgente reforma ministerial que Dilma Rousseff promoverá no começo do ano, agora tem tudo para não emplacar no cargo. Também pode ver naufragar seu objetivo maior de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, tal qual seu antecessor José Dias Toffoli.
Alvos de processos pesados, como o do Mensalão e seus desdobramentos, os petistas definiram como prioridade o “aparelhamento” da máquina Judiciária. Além de indicar ministros aliados para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça, o partido também quer ter um controle maior sobre a Advocacia Geral de União, para impedir que o órgão não crie problemas para os negócios feitos entre a União os empresários parceiros.


Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net