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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Janus.Net special issue on Brazil

 Dear friends and colleagues,


Special Issue 1: Brazil, China and International Relations

Submission of article ready for review by June 2024

 

Brazil is a major economy of Latin America that acts with increasing prominence on the global economic and political stage. Brazil has over 200 million people. It is a member of international groups as diverse as G20, Mercosur and BRICS. Brazil has diversified sectors and abundant natural resources. It continues to be a global leader in the export of agricultural commodities and present promising economic growth indicators. The country has also in recent decades managed to expand its industries and service sector, attracting both domestic and foreign investments. The political landscape of Brazil is a complex one. While the country has witnessed economic growth and social progress, it has also been confronted with major challenges related to social inequality, corruption and political trust. Against this background, JANUS.NET, e-journal of International Relations will be publishing a special issue that discusses Brazil in a greater context. It is hoped that this initiative will bring together experts and scholars interested in the Federative Republic of Brazil and its international forays, asking what the future holds for emerging partners hailing from as far as the People’s Republic of China.

 

We call for:

  • New approaches for the study of Brazil with a focus on world engagement preparedness
    • Novel epistemologies and conceptualizations that advance our knowledge of Brazil and its preparedness for engagement;
    • Studies of Brazil that address “the modern international” using innovative and unconventional IR methods;
    • Up-to-date studies of Brazil by humanistic social sciences scholars that also pertain to “the modern international”;
    • Studies of Brazil that actively engage with the latest Global South, Feminist and Post-Humanist epistemologies;
  • Studies on Brazil with a focus on Chinese presence, engagement and interests;
  • Studies that highlight the knowledge produced in Brazil / the South Atlantic that is also applicable to our understanding of Chinese action in the world;
  • Studies that advance our understanding of Global China and its global engagement;
  • Studies that put Asian Studies, Latin American Studies, Lusophone Studies and other area studies in conversation;
  • Historicized transcontinental studies of agency and identity that promote greater awareness of world connectivity and interdependence.

Scholars may use qualitative, quantitative and mixed method approaches. They may be interested in different subjects and based in different parts of the world. While we may expect greater interest from International Relations scholars, we are open also to submissions from other members of the learned community. They are expected to place Brazil and its connections with the outside world, especially Asian partners such as China, at the center of their analysisIt is hoped that the special issues will be published in December 2024.

We are looking forward to receiving your valuable contribution!


Francisco José Bernardino da Silva Leandro

Associate Professor with Habilitation - Deputy Director of Institute of Global and Public Affairs - Faculty of Social Sciences -  Department of Government and Public Administration (DGPA) - University of Macau  - E21B Building - Office 4051

Avenida da Universidade – Taipa - Macau SAR (China)

Times Higher Education (2023) Ranking: 193th in the world and 33rd in Asia

 

利天佑

副教授(已獲特許任教資格)

全球與公共事務研究所 副主任

澳門大學 社會科學學院 政府與行政學系E21B-4051

澳門氹仔大學大馬路


terça-feira, 22 de julho de 2014

David democratico vs Golias autocratico: a pequena Macau querliberdades, contra a grande China opressora

No final, a liberdade sempre vence, e o próprio povo chinês vai aprender com os minúsculos territórios da Hong Kong e Macau que a democracia também precisa ser imposta aos autocratas de Beijing.
A opressão tem seus dias contados, daí o desespero dos totalitários em conter os movimentos por liberdades democráticas nos dois territórios.
Paulo Roberto de Almeida

Macau Raises Its Political Voice

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Democratic activists in Macau, a Chinese territory, are planning an unofficial referendum next month about holding direct elections for its chief executive. Beijing says Macau — a Portuguese colony handed back to China in 1999 — has no legal authority to hold a referendum, and dismisses any vote as meaningless. But the territory’s newly awakened democratic force is not something Beijing can just wish away.
Macau’s universal suffrage movement follows the unofficial referendum in Hong Kong last month that called for the right to freely elect that city’s chief executive. Some 800,000 people voted, and hundreds of thousands took to the streets calling for democracy.
Macau, like Hong Kong, enjoys a high degree of autonomy, including freedom of speech and press as well as a capitalist economy, under China’s policy of “one country, two systems.” Macau’s chief executive, though, is elected by a commission of 400 people, most of whom are Beijing loyalists. The proposed referendum will ask Macau residents whether universal suffrage should be adopted for the 2019 chief executive election, and whether they have confidence in the current chief executive, Fernando Chui, who is expected to be re-elected by the commission in August for another five-year term.
Macau’s 600,000 residents were politically quiet until recently. Then, in May, 20,000 people protested Mr. Chui’s attempt to legislate a lavish retirement package for top officials and immunity from criminal persecution for the chief executive for any misdeeds committed while in office. What began as a protest against Mr. Chui quickly shaped into a larger democratic movement challenging China.
Beijing promised at the time of the British handover of Hong Kong to preserve “one country, two systems” for 50 years, which leaves 33 more years. During this time, the richer southeastern coastal regions of China are likely to become more like Hong Kong and Macau economically, socially and in political aspiration. Beijing should be thinking about how to accommodate these long-term trends instead of conjuring ways to suppress today’s dissent in the two specially administered cities.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Capitalistas sao implacaveis: como os chineses, por exemplo...

Êpa! Já não se respeitam mais familiares de ditadores como antigamente, sobretudo em países capitalistas como a China.
Está certo que Macau é um pedaço um pouco mais capitalista do que o resto da China, com seus cassinos, sua jogatina y otras cositas más...
Mas muito mais que Hong Kong, que conserva largamente sua autonomia administrativa e política, Macau sempre foi dominado pela China (Beijing), ainda que a condução dos automóveis, se faça à maneira inglesa, como em Hong Kong. Tudo lá é estreitamente controlado pelos "comunistas" chineses, que neste caso se revelaram mais realistas que qualquer hoteleiro de Wall Street...
Paulo Roberto de Almeida

Irmão mais velho de líder norte-coreano é despejado de hotel na China

18/2/2012 18:31,  Por Redação, com agências internacionais - de Macau, China
Coreia
Kim Jong-nam tem problemas com a família na Coreia do Norte
Filho mais velho do falecido líder norte-coreano Kim Jong-il e irmão do atual líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, Kim Jong-nam foi despejado de um hotel de luxo em Macau, no sul da China, por não ter condições de pagar a fatura de US$ 15 mil, informou neste sábado um veículo da imprensa de Hong Kong. O diário “South China Morning Post”, que divulga informações surgidas inicialmente no semanário russo “Argumenty i Fakty”, relatou que Kim Jong-nam foi expulso do Grand Lapa Hotel quando a direção do estabelecimento descobriu que seu cartão de crédito fora cancelado.
Funcionários do hotel consultados pela Agência Efe assinalaram que não podem fazer comentários sobre o incidente, ainda que não os tenham negado. A imprensa escrita especula que o cancelamento do cartão de Kim Jong-nam pode ter relação com o fato de ele ter afirmado recentemente em entrevista à imprensa japonesa que seu irmão Kim Jong-Un, novo líder máximo da Coreia do Norte, não é o nome mais indicado para dirigir o país.
O filho mais velho de Kim Jong-il, líder falecido em dezembro após um ataque cardíaco, morava no 17º andar do luxuoso hotel de Macau, a cidade asiática dos cassinos, com sua esposa e filhos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Agora, espaço para a mão invisível lusitana...

Agora, espaço para a mão invisível lusitana...
(um pouco chinesa, também, que os chineses também são capitalistas escoceses)
Paulo Roberto de Almeida

Hoje testei a mão invisível do lado em que ela não deveria funcionar, ou seja, nos famosos domínios ibéricos, tão refratários à liberdade econômica e tão adeptos do dirigismo econômico. Estivemos, Carmen Licia e eu, em Macau, para uma visita de um dia inteiro, a partir de Hong Kong, para onde viajamos, para uma curta estada de quatro dias.
Depois de ter-me informado pela internet de todas as ligações entre os dois lados da baia do rio das Pérolas, peguei um ferry, melhor dito um Jetfoil, primeira classe, para escapar um pouco da horda – sem nenhuma intenção de ofender – de chineses e turistas de havaianas que pululam entre os dois lados da baia num volume inacreditável para um dia normal: sexta-feira. Não me pareceu que o pessoal embarcando na classe econômica do jetfoil estivesse indo jogar nos famosos cassinos de Macau, pois vários carregavam pacotes, alguns malas ou mochilas, ou seja, eram pessoas a trabalho ou em turismo econômico. Os ricos, ou os jogadores, chegam de helicóptero, de avião, ou também de turbojets de primeira classe a partir da noite de sexta-feira quando lotam os cassinos estilo Las Vegas para jogar até o domingo. Tem até um cassino facsimilar (se me permitem a expressão) de um famoso em Las Vegas: The Venitian, com direito a ponte do Rialto, canais e gôndolas e tudo o que você quiser para não se sentir dépaysé em Macau...
Passei ao largo disso tudo, como devem ter passado ao largo vários dos que embarcaram comigo e Carmen Lícia no deck superior do Jetfoil: chineses de Hong Kong, de terno e gravata, mulheres com ar de executivas, turistas bem vestidos, enfim, gente mais bem situada na vida do que a massa de viajantes, todos bem vestidos, aliás, que lotavam a classe econômica, muitas famílias chinesas com crianças, e vários turistas de mochila.
A mão invisível também funciona direitinho na travessia: impossível fazer qualquer previsão de viagem, pois quando você chega para comprar um bilhete para certa hora, descobre que tem um barco outro saindo dali a dez minutos, prontinho para embarcar, não dá nem tempo de aproveitar o lounge de primeira classe, pois já estamos sendo chamados para o turbojet. De fato, Adam Smith ficaria novamente orgulhoso, talvez ainda não com os macauenses, mas com os hong-konguianos, pois existe praticamente um barco por minuto saindo de uma ponta a outra do cais. Na travessia, isso se confirma: passamos por alguns ferries mais lentos e somos ultrapassados por outros ainda mais velozes, e do outro lado há a sucessão de barcos rápidos e alguns saipans pelo meio do caminho, chineses fazendo o seu trabalho de alimentar dezenas de ilhas e todo um continente com todos os tipos de frutos do mar.
Poltronas confortáveis, lanche estilo avião, e leitura para todos os gostos. Leio dois jornais macauenses, no percurso de uma hora: O Clarim, jornal católico, me informa sobre a visita do papa em Fátima, no dia 13 de maio, dia da própria, mas também diz que o papa quer padres no ciberespaço. Outras matérias mais “sérias”, no interior do jornal não deixam de veicular críticas às autoridades chinesas de Macau e relatam que os portugueses – sim, os lusitanos que ainda tem algo a dizer – planejam mandar mais juízes a Macau, talvez por desconfiar da justiça a cargo de juízes chineses. Também fiquei sabendo que a Air Macau nunca deu lucro, provavelmente porque nunca funcionou segundo Adam Smith preconizaria. Aposto que nenhum dos ferries (e helicópteros) que fazem a travessia entre as duas ex-colônias (agora “colônias” chinesas) sabem o que significa déficits, perdas, resultados negativos, e a concorrência é brutal, posso assegurar...
Mas Adam Smith também ficaria orgulhoso dos macauenses: a despeito de terem sido colônia portuguesa (um pouco de araque) por quinhentos anos, eles se renderam à evidência: adotaram métodos e procedimentos britânicos, para atender sua maior clientela: trânsito na “contra-mão” (todos os carros e ônibus com direção “inglesa”) e tudo escrito em chinês, português e inglês, nessa ordem ou em outra ordem, segundo as conveniências. Eles também transacionam sem problemas com o dólar de HK, a despeito de terem sua própria moeda, a pataca, que tem um inevitável sabor colonial, pois era uma moeda que circulou no Brasil três séculos atrás.
Assim é que, recém desembarcados (de volta a China, de alguma forma, ainda que também seja, como HK, uma região administrativa especial, mas com controle sino-macauense de passaportes), somos bombardeados com milhares de ofertas de tours, visitas guiadas, trajetos especiais, recomendações de hotéis, restaurantes, cassinos, alfaiantes, wathever... Adam Smith ficaria, de fato, contente, ao ver o funcionamento de sua mão invisível: milhares de ofertantes disputando as escolhas dos turistas. Dispensamos tudo isso e pegamos um taxi para ir direto onde pretendíamos visitar em primeiro lugar: a Fortaleza do Monte, e o Museu de Macau. O taxista não fala português, obviamente, sequer o patuá local (que só os mais velhos, atualmente, devem conhecer), e mal se expressa em inglês: deve ser, como milhares de seus colegas, um chinês emigrado do continente, que só fala cantonês ou algum outro dialeto chinês. Não importa: com o mapa e a sinalização verbal convincente, ele sabe onde queremos ir, e nos leva rapidamente por vielas que parecem com o Chiado lisboeta. Pagamos em dólares HK e desembarcamos exatamente ao lado das ruínas da Igreja de S.Paulo e ao lado da Fortaleza do Monte, onde está o Museu de Macau.
As ruínas, na verdade não exatamente ruínas, mas apenas a fachada, bem preservada, à falta de todo o resto. A Fortaleza, de gloriosa memória, pois vem do tempo em que os holandeses também tentaram tomar Macau aos portugueses (em 1622), está muito bem preservada, mas apenas sua parte murada, pois o interior foi totalmente reformado para abrigar um moderníssimo museu, com as modernas técnicas da museologia e da história. Passamos quase duas horas aprendendo sobre a gloriosa história de Macau, uma verdadeira aula de “imperialismo português”, que na verdade não aparece como tal, e sim como um encontro de culturas muitas vezes benéfico a todos os povos que aqui se encontraram, não apenas chineses e portugueses. Recomendo a visita, a quem quer que seja, pois faz parte de nossa história, também, essa projeção colonial de Portugal, com alguns personagens que também ficaram em nossa história, como é obviamente o caso.
Vamos andando até o Largo do Senado, parte pedestre de Macau, sempre assaltados pelos vendedores de qualquer coisa, comida em profusão, Rolex verdadeiros e falsos, enfim todo tipo de bugiganga e de mercadorias de luxo, numa profusão que certamente encantaria Adam Smith, pois é a própria mão invisível em ação. De fato, Macau é uma HK multicolorida e ainda mais diversificada, sem aquela ordem inglesa, quase asséptica, com certa bagunça mais ao gosto brasileiro (talvez baiano, para ser mais exato, sem qualquer intenção de ofender os baianos, mas eles sabem o que eu quero dizer). Depois de percorrer a cidade, vamos ao que interessa: comida portuguesa, que é para isso que viemos aqui.
Escolhemos o Vela Latina, perto do Largo do Senado, na verdade, um restaurante chinês que serve comida portuguesa e tailandesa. Nosso menu começa com sardinhas assadas de aperitivo, já regadas a um Casal Garcia verde, bem gelado, e depois Bacalhau com alho (que eu escolhi, para minha completa satisfação) e um Bacalhau à Braz, escolhido pela Carmen Licia, que do Braz só tinha o nome. Talvez perdido em quatro séculos, ou nos últimos anos de administração chinesa (não adianta, os chineses tomaram quase tudo), veio um bacalhau em tiras, com ovos mexidos (sic) e batatas fritas misturadas (resic). Estava gostoso, mas nunca vi um Braz desse jeito... Em todo caso, liquidamos quase tudo, inclusive sobremesa de frutas e um expresso para terminar...
Depois fomos à Fundação Oriente, supostamente para comprar livros, e para nossa decepção nenhum havia para vender: só uma exposição com cartazes políticos da revolução dos cravos em Portugal, com coisas do arco da velha, se me permitem a expressão (quanto o Partido Socialista Português ainda era anti-capitalista, se é que me compreendem...). Cumprido o ritual, fomos direto à Livraria Portuguesa, perto do Largo do Senado. Compramos dez quilos de livros (bem uma maneira de dizer), mas para meu desgosto, descobri, já no jetfoil de volta a HK, que esqueci meu Moleskine de notas na Livraria, depois de ter anotado dois volumes das obras completas de Charles Boxer, o grande historiador do império marítimo português dos séculos 15 a 19. Uma pena: espero que o dono da livraria, condoído com a minha perda, me mande um e-mail para tentar devolver meu caderninho de notas, onde estavam várias anotações de viagem, gastronômicas, resumos de livros, artigos e ensaios começados em viagem, enfim, todo tipo de coisa que eu vou rabiscando nos meus vários Moleskines. Tenho sempre dois comigo, em qualquer circunstância, mas esse de bolso de camisa é sempre o preferido para anotações rápidas. Para escritos mais consistentes, escolho o de tamanho médio, mais reflexivo. Nada que a mão invisível não resolva, pois em qualquer livraria do mundo (OK, nas de boa qualidade) se podem achar Moleskines de todos os tipos, tamanhos e cores...
Na volta, novamente a mão invisível: estávamos chegando para o ferry de 18h15, como anunciado no folheto da companhia, e descobrimos que podíamos embarcar rapidamente no das 17h15, que estava ali mesmo, nos esperando, como guiado pela terrena providência smithniana... Serviço impecável, rapidez garantida: tendo lido os jornais de Macau na ida, fiquei ouvindo Diana Krall no meu iPhone que havia comprado um dia antes em HK: Live in Paris, que já ouvi dezenas de vezes, e me parece o melhor CD da pianista-cantora-jazzista. Metro em duas linhas, chegamos cansados, mas satisfeitos com a jornada altamente enriquecedora. Melhor solução é banho restaurador no hotel, abandonamos planos de jantar fora e ficamos sem sair, mas plenamente abastecidos: queijos franceses, pão sueco, uvas e vinho chilenos no próprio quarto, comprados no supermercado, no shopping ao lado do Hotel.
Novamente, thanks Mr. Adam Smith, tudo funcionou perfeitamente nesse mundo em que ninguém, de fato, controla a oferta de bens: produtos do mundo inteiro, em qualquer quantidade e da melhor qualidade, por preços absolutamente razoáveis. Camembert, queijo de cabra, Caprice de Dieux, pão com alho, que delícia. Eu me pergunto como é que as pessoas não se dão conta que esse é o sistema que funciona, sem que uma autoridade governamental venha dizer como os mercados devem ser controlados para impedir crises e desigualdades.
Por acaso, no mesmo dia, leio esta notícia na internet (rapidíssima) no hotel: “Chávez ameaça fechar as bolsas da Venezuela” (está em meu blog, podem ler: http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/05/una-aulita-mas-de-deseconomia-gracias.html). Eu me pergunto como é que as pessoas podem ser além de autoritárias, estúpidas. Não precisaria ser assim, talvez só uma das coisas por vez...

Paulo Roberto de Almeida
Hong Kong, 14-15 de maio de 2010