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domingo, 20 de dezembro de 2015

Os juizes de Hitler (tem quem goste...) - Milton Pires

OS JUÍZES DE DILMA E O ESTADO DE ESQUERDA
Milton Pires
19/12/2015

Desde 2014, as manifestações, nas ruas ou nas redes sociais, tem reunido uma quantidade impressionante de gente que (não é preciso dizer) tem um objetivo único: derrubar o Governo Dilma Rousseff. Apesar disso, a interpretação daquilo que de fato É o Regime Petista no Brasil não é “unânime”. Em outras palavras: as pessoas, mesmo sendo antipetistas, não tem a mesma ideia sobre a natureza da organização criminosa e revolucionária contra a qual lutam nem que tipo de relação essa gente mantém com o “Estado de Direito”.

Dividiram-se os manifestantes sempre em dois grupos: aqueles que pensam ser possível derrubar Dilma através de procedimentos legais e aqueles que pensam que isso não é viável. Para piorar a situação, quando finalmente alguns brasileiros começaram a entender o que é comunismo, gente famosa, usando as redes sociais, veio “lutar contra o PT dizendo que comunismo não existe mais”. Outros, ainda,  argumentam que ele - o PT -  “é coisa do diabo”.

Quem acredita no impeachment precisa acreditar no Supremo que, atendendo ao PC do B, rasgou a Constituição. Quem acredita em intervenção militar, precisa fingir que não é o mesmo PC do B (que ironia...) que manda nas Forças Armadas.

Dia 17 de dezembro de 2015, o Supremo Tribunal Federal, na atitude que manchará para sempre a sua história, rasgou a Constituição para defender a presidente Dilma Rousseff. Os ministros do STF, nomeados pelo Regime Petista, agradeceram com a toga. Transferiram para o Senado aquilo que, pela Carta Maior, deve ser estabelecido pela Câmara dos Deputados.

Desesperado com o fato de não poder subornar nem derrubar um deputado corrupto mas contrário ao seu governo, o PT resolveu apostar “todas as suas fichas” num senador corrupto, mas pró-governo e para isso contou com o aparelhamento e a conivência dos juízes da nossa Suprema Corte.

Os ministros do STF serviram ao PT cumprindo exatamente a função para qual foram escolhidos e, se a Alemanha teve “juízes de Hitler”, o Brasil tem os “juízes de Dilma”. O partido sabia que algum dia seria necessária a conivência do Judiciário com o projeto criminoso de poder iniciado em 2003. A hora chegou em 2015 e a “dívida” foi paga com a encenação, com aquele teatro que todos nós assistimos no dia 17.

O processo de impeachment vai prosseguir...de maneira mais difícil e, talvez, mais lenta, mas vai prosseguir – disso não tenhamos dúvidas. Os motores do processo serão o caos na economia, agravado agora pela saída de alguém com quem o capital internacional conseguia, pelo menos, conversar e a Operação Lava Jato – que deve evoluir com uma devassa na vida dos 81 senadores sobre os quais vai cair a decisão sobre o destino de Dilma.

De tudo que aconteceu perante as câmeras de televisão no dia 17, fica uma dura lição: O Brasil começou a compreender o que é o PT. A Nação sabe agora que não é só dentro das ONGS, dos sindicatos e das associações, que não é só nas autarquias ou nos conselhos de classes...nas Igreja Católica ou na Universidade que o PT colocou suas patas: é na nossa Justiça !

É no próprio poder que sustenta o “Estado de Direito” - o Judiciário – que estes marginais conseguiram se infiltrar e agora deixaram claro: “se a Constituição serve ao Partido, cumpra-se, senão; reúnam-se nossos juízes no STF e rasgue-se a Lei !”

O Brasil chegou ao fundo do poço e o que encontrou lá é mensagem muito clara: em primeiro lugar o Partido; depois (se for conveniente) a Constituição. Morreu o Estado de Direito; nasceu o Estado de Esquerda.

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2015.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Brasil depois da Copa: amor proprio ferido - Milton Simon Pires

Já se escreveu muito sobre a Copa e eu não pretendo retomar aqui tudo o que li, inclusive porque é sobre futebol, e futebol não me interessa muito, ou pelo menos não tanto quanto o Brasil e os brasileiros. Acho, por exemplo, que torcer é um pouco irracional, ainda que todos nós façamos isso, pois temos preferências e gostos. Mas o mundo é mais complexo do que o protagonismo dos jogadores, de qualquer esporte. O que eu tenho horror, na verdade, é de torcida organizada, pois esse tipo de coletivo costuma abrigar vândalos da pior espécie.
Tenho certa distância também, em relação aos comentários de jogadores, de jornalistas, de técnicos, pois as banalidades que ouvimos são de arrepiar...
Mas, não é isto que eu quero falar.
De tudo o que eu li sobre a Copa, e seus resultados, e não postei nada, só gostei desta crônica de um médico de Porto Alegre, de quem reproduzo habitualmente os escritos, pois os acho bem preparados para a situação do Brasil atual, um país afogado em sentimentos contraditórios, e que não consegue ver direito quais são os seus problemas, e onde está a solução.
Ele enxergou direito quais são os problemas e sabe qual é a solução.
Mas, como ele, eu também sei que a solução não aparecerá por milagre, ela é muito dificil...
Paulo Roberto de Almeida 


O FORA QUE LEVAMOS DE NÓS MESMOS
Milton Pires

Quando eu tinha 18 anos de idade conheci, no início da faculdade de medicina, uma colega por quem em pouco tempo me apaixonei. Evidentemente sem retribuir em nada ao meu sentimento e constrangida com os constantes convites para sair,  a moça, um dia muito preocupada, me disse: “Milton, acho que tu estás confundindo as coisas: não quero te magoar, sabe?”
Não preciso dizer para vocês como fiquei me sentindo depois. Todos nós, homens ou mulheres, já levamos “foras” nessa vida. Lembro que, acima de tudo, eu pensei o seguinte: “aguenta firme: ninguém é obrigado a gostar de ti. Além disso, mulheres mudam de ideia com relação a esse tipo de coisa..” Pois bem, meus amigos – não houve “mudança de ideia” no meu caso. O que aconteceu foi o seguinte: não contente com aquilo que havia me dito, a tal “moça” resolveu tornar “conhecida” de todos os nossos colegas de aula essa história que contei a vocês..
O nome do sentimento que fiquei e que descrevi no primeiro parágrafo é humilhação. A humilhação é um sentimento individual. Não acredito que possa ser compartilhado de maneira plena. Pergunto  (e aí entro no assunto do texto) portanto como explicar essa sensação que percorre o Brasil inteiro depois do sete a um que tomamos da Alemanha e do terceiro lugar que cedemos à Holanda. A resposta não está na importância do futebol nem no despreparo do nosso time. A categoria que une a minha história na faculdade com a relação que temos com o futebol é a “paixão”.
Não existe termo mais distorcido, mais mal empregado e desconhecido no mundo ocidental do que “paixão”. Paixão é, antes de tudo, a impossibilidade da razão. Não faz diferença alguma se tratamos de amor ou futebol: todo apaixonado – concretizando ou não sua paixão – é um infeliz...é alguém incapaz de guardar para si mesmo aquela quantidade de amor mínima para se poder amar alguém ou alguma coisa: o amor-próprio. Se conseguirmos aceitar nossa paixão pelo futebol, conseguiremos compreender que depositamos na correria atrás de uma bola a autoestima da nossa nação, a visão que temos de nós mesmos e a nossa capacidade de nos reerguermos depois de cada tombo levado.
Meus amigos, o Brasil pagou um preço imenso pela Copa do PT. O que se desviou de dinheiro púbico, o que se superfaturou com obras sem licitação e realizadas na última hora..o que se perdeu na economia em dias parados por causa de jogos da seleção ainda está sendo contabilizado, mas não há dúvida que foi um momento ímpar na história do sentimento que o brasileiro pode (ainda) ter pelo seu país...Foi uma espécie de “Milton, tu estás confundindo as coisas e eu não quero te magoar” que pegou 200 milhões de apaixonados de 18 anos desprevenidos, totalmente abestalhados e hipnotizados pelo seu “amor inventado”...
É muito triste, mesmo para um escritor amador, tentar fazer a crônica de uma sociedade através do esporte. Nunca gostei do jornalismo desportivo..Aliás, em se tratando do Brasil, não gosto de jornalismo algum, mas é patética a necessidade de me remeter ao futebol para tirar as devidas conclusões necessárias sobre a nossa relação com a ideia de país. A síntese necessária é a seguinte: nós não temos “ideia alguma” do que venha a ser amor a pátria e respeito pela nação. Nós não somos capazes de nos mobilizar por mais nada que não seja carnaval e futebol..Nós não guardamos pelas nossas mulheres o respeito mínimo que nos faria mandar para o inferno o jornal americano que descreveu a paixão delas por “estrangeiros” durante a Copa...Nós já esquecemos o viaduto de Belo Horizonte e a filha da motorista esmagada por ele..Nós não reparamos mais nas obras pela metade nem no silêncio sobre o Decreto 8243 que promete nos transformar, a todos, numa espécie de União Soviética que fala português...tudo isso já foi esquecido: o sete a um que levamos da Alemanha e o terceiro lugar cedido à Holanda também vão ser...Fica só a  humilhação..o sentimento de ridículo que eu tive na faculdade de medicina...é a Copa de  2014 contando para o mundo inteiro o que PT fez conosco...Dor de cotovelo depois do... Fora que levamos de nós Mesmos

Dedicado à “mulherada furiosa” do Inglourious..Sou apaixonado por vocês...não espalhem...

Porto Alegre, 13 de julho de 2014.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A elite branca apela para ofensas? Algo de podre no reino dos companheiros - Milton Simon Pires

Parece que o Brasil não é mais o que era, embora os estádios sempre foram hors-concours em matéria de xingamentos...
Paulo Roberto de Almeida

ESPÍRITOS DA ESCURIDÃO

Milton Pires

Quando assumiu a Presidência da República em 2003, o Partido dos Trabalhadores (PT) deu início a uma revolução no país. Não interessa aqui detalhar, minuciosamente, quais os aspectos desse processo. Interessa apontar qual sua “causa motora”..qual o seu “anima”..seu “princípio vital” ou se quiserem – seu espírito. Afirmo, pois, que aquilo que movia o PT em 2003 em nada difere dos princípios da esquerda do século XX e aponto em primeiro lugar a ideia de “começar do zero”..de “passar o país a limpo” que fez com que o PT considerasse velho, corrupto e ultrapassado tudo aquilo que o antecedeu na história política da nação. Tomado o poder, tudo precisava ser derrubado e reconstruído...tudo havia que ser pensando novamente ou simplesmente inventado para um novo Brasil..para um “novo mundo sem medo de ser feliz”..O resultado disso, todos sabemos: não sobrou “pedra sobre pedra” (a não ser de crack) da cultura e do pensamento brasileiros. Nossa razão adoeceu, nosso capacidade crítica sumiu e iniciou-se uma verdadeira época da escuridão..um período de mau gosto estético e de relativismo moral que permitiram ao Partido-Religião acabar para sempre com a ideia de oposição. O PT nunca teve ou terá oposição; tem inimigos – o conceito é completamente diferente.
Ainda que dentro da sociedade brasileira nunca tenha desaparecido por completo a percepção daquilo que o PT fez com a política, o mesmo não se pode afirmar com tanta segurança a respeito daquilo que ele fez com a cultura..daquilo que ele fez com a moral e com os mais simples conceitos de disciplina, hierarquia e decoro.
O dia 12 de junho de 2014, data da abertura da Copa do Mundo no Brasil, viverá – como diria Roosevelt – na história da infâmia, segundo os petistas. “Nunca antes na história desse país” 63.000 pessoas, ao vivo e numa transmissão para o mundo inteiro, disseram a um presidente da república aquilo que Dilma Rousseff teve que ouvir no Estádio do Itaquerão em São Paulo. Antes daquilo que ela escutou, ir ao estádio era “coisa do povo”..era uma alegria de brasileiro pobre que, tomando sua cervejinha de domingo, poderia ir ao Maracanã na realização do sonho socialista. Depois do que aconteceu, Lula vem a público dizer que no Itaquerão só havia “burgueses” e que foi da diferença de classes e do preconceito que partiram as ofensas à presidente !
Por uma questão de respeito ao leitor, não vou descrever o que o público disse à Dilma naquela tarde. Não me interessa saber a que classe pertenciam as pessoas que estavam no Estádio nem se havia ou não pobres entre elas. Interessa afirmar que a primeira mandatária do país e representante de uma organização criminosa que tentou comprar todo Congresso Nacional, que destruiu toda universidade brasileira, que recebe traficantes com honras de chefes de estados, que matou prefeitos e ameaçou juízes...que bateu em professores e importou médicos cubanos..merecia e continua merecendo escutar aquilo que escutou..
O dia 12 de junho, presidente Dilma-Lula, há de entrar para História do Brasil e deixa aos senhores a duríssima lição..a inquestionável prova de que os senhores podem nos obrigar a votar, os senhores podem ter o dinheiro dos nossos impostos, podem nos processar e até mesmo nos prender tirando a nossa liberdade, mas vocês, jamais vão ter nosso respeito! Não podem ter do povo brasileiro aquilo que vocês mesmo tiraram dele: a capacidade de respeitar qualquer coisa..a simples noção de mérito e o princípio básico de respeito a cargos e instituições. Calem-se pois e não venham à imprensa com declarações que recordam as falsas virgens e que remetem aos pudores desconhecidos por aqueles que arrancam crucifixos das paredes e se masturbam em público com a estátua de Nossa Senhora.
Mantenham-se, ordeno eu, todos os petistas..todos aqueles que aparelharam, roubaram, fraudaram e corromperam a sociedade brasileira..todos aqueles que atentaram contra a inocência da infância, que abusaram dos ideais da juventude e que exploraram a doença da velhice no seu mais absoluto silêncio..Calem-se todos os que diziam antes que “a voz do povo é a voz de Deus” e que agora o peito inflam para falar em decoro, respeito ao cargo e educação perante à televisão..Voltem todos vocês, seus malditos, ao lugar onde habitam os espíritos inferiores..os Espíritos da Escuridão..


Porto Alegre, 14 de junho de 2014.

Os aiatolas petistas e sua fatwa contra os jornalistas - Milton Simon Pires

O SOM E A FÚRIA
Milton Pires

Circula pela internet a notícia de que o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou uma espécie de “sentença”..um tipo de “fatwa” como aquela proferida em 14 de Fevereiro de 1989 ordenando a execução do escritor britânico Ahmed Salman Rushdie e que foi proferida pelo Aiatolá Ruhollah Khomeini, líder do Irã, por ocasião da publicação de seu livro “Versos Satânicos”. Aqui no Brasil, representando os aiatolás petistas, a conclamação aos fiéis deu-se através da manifestação do senhor Alberto Cantalice (vice-presidente nacional do PT) que, através da página oficial do partido na internet, escreveu o seguinte: “Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.”
Sobre isso, digo eu o seguinte: sem ser jornalista, sem ter sido citado nem ameaçado peço licença aos integrantes da “lista” acima para lhes fazer companhia. Minhas credenciais para nela entrar são as seguintes: sendo médico e servidor público brasileiro eu e vários colegas estamos, há mais de uma década, sentindo na pele o peso da “fatwa” que contra nós foi lançada. Nossa morte não é física; mas sim moral. Vivemos numa espécie de mundo de zumbis em que a sentença condenatória está presente na própria vida daqueles que não tem mais autoestima nem respeito pelo que fazem. O PT, meus amigos, pediu e obteve a “cabeça” dos médicos brasileiros numa bandeja. Condenados já estamos como sendo aquela classe que tão desumana mostrou-se que outra alternativa não teve o governo senão importar médicos estrangeiros. Peço ainda licença aos “sentenciados” pela religião petista para lembrar que “uma injustiça feita contra um só é uma ameaça que se faz a todos os outros” e que, jornalistas ou não, é uma questão de tempo para que qualquer brasileiro que ousar criticar esses criminosos entre na lista de pessoas a serem perseguidas administrativamente ou mesmo eliminadas do ponto de vista físico.
Nenhuma dúvida resta de que as declarações de Cantalice trazem, como tudo na vida, algo de bom. Evidente em primeiro lugar está o desespero de um partido que, não tendo mais onde encontrar respaldo para suas teses sobre o poder, apela ao medo como forma de sustentar-se no Governo. Em segundo; encerrada fica para sempre aquela história de que o PT “mudou”..do “Lulinha Paz e Amor” e das mentiras que garantiram a vitória em 2003: o PT mostra ao Brasil ao que veio e, com o constrangimento de uma onça que afirmava ser um “gato com sarampo”, deixa cair sua máscara totalitária mostrando à Nação sua face mais nojenta...seus instintos mais primários que tem como berço o submundo do crime envolvido com o sindicalismo paulista e o tráfico de drogas no nosso país.
Nada tenho eu a temer com relação àquilo que o PT pode fazer com minha vida do ponto de vista físico. Ele, PT, nada pode, quer ou precisa fazer comigo e com os médicos brasileiros que já não tenha feito. Nossa morte não vem com o tiro disparado da garupa de uma motocicleta; vem de cada edição do Fantástico..de cada notícia do Jornal Nacional e de cada acordo sujo feito pelo nosso próprio Conselho que constrangimento algum teve na hora de negociar a entrada dos cubanos no Brasil com o mais corrupto de todos os governos que a nação já teve. Somos, pois, apenas fantasmas daquilo que um dia fomos e quem mata prefeitos não precisa ter medo de médicos.
Todo meu apoio deixo aqui àqueles que ainda tem coragem de dizer a verdade no Brasil e lembro ainda aos bandidos petistas que “à toda ação corresponde uma reação na chamada direção igual e sentido contrário”. Deus tenha piedade de vocês na guerra que agora se aproxima ...Cada brasileiro está para sentir-se como Macbeth e perceber, de uma vez por todas, que "a vida de cada petista é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria e sem sentido algum."
Porto Alegre, 18 de junho de 2014.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Milton Pires escreve sobre o totalitarismo companheiro, neobolchevique

BRASIL 8243
Milton Pires

Tendo falhado na tentativa de comprar todo Congresso Nacional o PT entrou, desde 2013 e até antes, numa nova fase: a fase do “golpe constitucional”. Trata-se de emitir decretos e mais decretos, medidas provisórias e mais medidas provisórias que vão, aos poucos, mudando todo regime de governo sem que ninguém perceba. Aproxima-se agora, com a Copa do Mundo, um período em que nove entre cada dez brasileiros vão estar pensando em futebol. O décimo; talvez se preocupe com greves e ônibus incendiados mas não haverá um só, apenas um, capaz de se lembrar de acompanhar, no próprio Diário Oficial da Revolução, aquilo que o partido estará encaminhando para votação e aprovando na frente das câmeras de televisão e de todo país.
A mais recente de todas as barbaridades protagonizadas pela Presidência da República chama-se “Decreto 8243”. Não é preciso ser formado em Direito ou Ciência Política para entender do que se trata. O PT simplesmente rasga a Constituição Federal e, com um palavreado digno de uma reunião de Diretório Central de Estudantes, amplia de uma maneira como “nunca antes na história desse país” os mecanismos do chamado “controle social”.
Sobre esse último termo melhor seria dizer tratar-se de “controle socialista” do que aceitar goela abaixo a ideia de que a sociedade civil encontra-se ali representada já que, sem pudor algum, o próprio Partido-Religião aceita, no segundo artigo do decreto, a existência de movimentos “não institucionalizados” na sua composição.
Não vou aqui descrever todas as barbaridades e consequências trazidas pelo Decreto 8243. Digo apenas ser necessário deter-se sobre breves menções feitas nele, pelo partido, às democracias representativas, participativas e diretas pois é na diferença entre elas que está a chave para entender a intenção do PT. Resumidamente, eu diria a vocês que a diferença fundamental entre elas dá-se em relação àquilo que o PT mais urgentemente precisa destruir no Brasil: a institucionalização da sociedade. Desde a representação formal através de deputados e senadores até movimentos que sobem a rampa do Congresso Nacional o que se perde é isso: a institucionalização..a organização formal da sociedade através de pessoas, forças ou movimentos que, possuindo personalidade jurídica, podem tornar-se alvos do devido processo legal..e é isso que o PT, cada vez mais, precisa evitar construindo um mundo das sombras..uma espécie de área livre de sinal de radar onde navio ou avião algum pode ser detectado.
Desde 2013 até agora, a Presidência da República, por decreto, trouxe ao Brasil os escravos e agentes cubanos, abriu as portas do país para polícias estrangeiras durante a Copa, igualou as profissões da saúde no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, e agora – através da Política Nacional de Participação Social (PNPS) e do chamado Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) – praticamente cria um governo paralelo no Brasil através de mecanismos de controle que vão entregar toda máquina administrativa nas mãos do partido.
Pergunto-me quanto tempo vai levar para que a nação entenda o que escrevi...Lembro-me, pois, de Maquiavel afirmando que “quando as coisas mais graves são percebidas pelas pessoas mais simples; aí já é tarde demais” e que um brasileiro médio não seria capaz de reconhecer um regime comunista nem que nevasse em Manaus..nem que ele fosse obrigado a beber vodca ou ter outras pessoas dormindo na sua casa.
Meus amigos, na madrugada do dia 8 de março de 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu do radar e até hoje não há explicação alguma sobre o que aconteceu...Afirmo a vocês que coisa semelhante vai acontecer com o que resta de democracia no Brasil depois do último decreto de Dilma Rousseff...Nossa liberdade embarcou num Boeing pilotado pelo PT..Nosso voo é o Brasil ..Brasil 8243.

Dedicado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)..Vocês serão as “entidades médicas” amanhã...


Porto Alegre , 30 de maio de 2014. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A Grande Copa Nacional que se aproxima: o futebol da politica... - Milton Simon Pires

Recebido em 7/05/2014, de Milton Simon Pires: 

Talvez se pudesse completar com uma equipe adversária, em vermelho, para fazer dois times em confronto: 

Fraudes, Mentiras, Trapaças, Roubalheiras, Corrupção, Ignorância, Desfaçatez, Falta de Vergonha, Censura à Imprensa, Inconstitucionalidades, Ilegalidades, e ainda sobrariam mais onze ignomínias no banco de reservas...
Paulo Roberto de Almeida

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A grande pensadora do PT - Milton Pires

Sai Marilena Chaui, muito complicada, prolixa demais, com aquela linguagem empolada, que não se coaduna mais aos novos tempos.
Entra uma rainha do funk, a nossa pensadora universal que vai redimir todos os excluídos da linguagem universitária, muito complicada para os primatas que nos governam...
Paulo Roberto de Almeida

DANDO A LUZ AO PT

Milton Pires

Valesca dos Santos (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1978), mais conhecida pelo nome artístico de “Valesca Popozuda” ou apenas Valesca, é uma cantora, compositora, produtora e empresária brasileira. Foi vocalista do grupo feminino “Gaiola das Popozudas” entre 2000 e 2012 até a metade de 2013, sendo uma das responsáveis por tornar o funk carioca dissipado e conhecido em todo o Brasil. Em 2013 lançou-se em carreira solo com a canção "Beijinho no Ombro", que atingiu a décima segunda posição na Billboard Brasil.
Esse primeiro parágrafo é uma das maravilhas permitidas pelo famoso Ctrl+C. Tudo o que fiz foi isso: entrar na Wikipédia para saber, afinal de contas, alguma coisa a respeito dessa moça, copiar e iniciar o texto. O que vou escrever a seguir nada se relaciona com ela e muito pouco diz respeito a isso que vem sendo chamado de funk music. A ideia aqui é bem diferente: Antonio Kubitschek é o nome do professor que elaborou uma prova de filosofia da Escola de Ensino Médio 3, no Distrito Federal, e nela havia uma questão que chamava Valesca Popozuda de "grande pensadora contemporânea" - sobre isso eu acho que faz sentido escrever.
Antes de começar gostaria de chamar a atenção para uma atitude da própria Valesca que, segundo o Jornal O Globo, se disse “muito honrada” pela citação em uma prova de filosofia. Tal gesto reflete, ao meu ver, a sensação de estranhamento, a ideia de distância de uma pessoa que, independente do seu caráter ou de sua atividade profissional, jamais imaginou pertencer, ela mesma, ao mundo da alta cultura ou dos grandes pensadores. Em outras palavras eu diria o seguinte: mesmo sem ter conversado com Valesca ou com o “professor de filosofia” que fez a questão, eu imagino que nenhum dos dois se conhecia antes disso e que a moça jamais quis ser citada nem pediu ou pagou ninguém para que a letra de sua música se tornasse uma pergunta de prova.
Fácil seria escrever dizendo que não existe mais pensamento crítico no Brasil. Isso eu já fiz antes e se o fizesse novamente aqui, nesse artigo, correria o risco de passar àquele que lê a impressão do temido discurso “moralista”, “conservador” ou “reacionário” daqueles que acreditam num ensino de filosofia “distanciado da realidade” e “vinculado às elites.” Nada sei sobre ensinar filosofia. Sequer graduado sou nessa área do conhecimento e o que escrevo não tem relação com a minha condição de médico. É como brasileiro que tento me expressar...é como alguém que não perdeu (ainda) a noção da realidade e que tem perfeitamente guardada a distinção entre a alta cultura e a vulgaridade..entre a arte e o apelo comercial. Acredito ter como parceira nessa empreitada a própria Valesca dos Santos que, no seu sentimento de lisonja, revelou toda estupefação de quem jamais pretendeu ser fonte de reflexão alguma..e que na sua gratidão revela a ingenuidade de quem foi usada por mais um militante petista dentro da educação brasileira.
Não tenho, nem nunca tive, qualquer procuração para defender os pensadores desse país. Não conheço Valesca e nada sei do seu caráter. Não gosto daquilo que ela canta, mas isso nada tem a ver com o ensino de filosofia no Brasil. Digo apenas que a própria filosofia nasceu da “capacidade do espanto”... da curiosidade sobre o mundo, sobre o sentido da vida e de como vivê-la da melhor e mais justa forma. O questionamento sobre a verdadeira arte e sobre a noção do belo somaram-se à essas primeiras indagações dos gregos e vem atravessando o tempo como objeto de investigação filosófica.
Tudo o que se faz hoje em termos culturais é reflexo de um Brasil em que não há mais espanto algum..em que a própria noção do belo desapareceu e onde a vulgaridade, o apelo rasteiro à sexualidade, e ao sucesso comercial são aquilo que restou. Nem Valesca nem a maioria dos artistas que cantam o tipo de música que ela celebra pretenderam jamais ser mais do que isso. A crise moral ou cultural não começou com eles; começou dentro das Universidades e das escolas que se entregaram completamente ao domínio de um Partido Político e a um projeto de poder no qual o belo e o justo são o que servem à Revolução..
Valesca e os MC's dos bailes funks nasceram no mesmo país que deu ao mundo a música de Villa- Lobos, a pintura de Portinari, e a escultura do Aleijadinho. Toda tragédia do pensamento brasileiro não está nos bailes das favelas do Rio de Janeiro; está na Educação que, em nome de um delírio revolucionário, acabou com a distância que havia entre o juízo crítico e a obscenidade cultural dos mais pobres. Nossa miséria continua original: segue autêntica e sem pretensão alguma. Ela nunca se “prostituiu” como como disseram que Valesca fez.
Nada seria mais justo do que o funk brasileiro agradecer cantando nas suas letras a “filosofia vagabunda” da nossa Universidade. Valesca, queiram ou não, continua sendo verdadeira, mas a nossa cultura foi estuprada num baile em 1968, engravidou da revolução e morreu dando à luz ao PT.

Porto Alegre, 9 de abril de 2014.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Greves no Brasil: dos medicos aos motoristas de onibus - Milton Simon Pires

Todos esses movimentos grevistas se desenvolvendo de modo mais ou menos selvagem no Brasil trazem à lembrança outros tempos: os anos Goulart e a crise permanente, inclusive de falta de autoridade e de descalabro administrativo, nas quais o Brasil vivia. Terminou mal, como sabemos.
Só que, desta vez, não haverá marcha de um milhão de pessoas, de classe média obviamente, contra o governo, em defesa da família, da ordem e da propriedade (todas elas ameaçadas, como hoje, aliás), nem haverá outro golpe militar.
Desta vez, não haverá ruptura da democracia, ainda que a democracia já esteja conspurcada pelo fascismo reinante no Brasil.
Desta vez, a única força organizada no país, e com projeto próprio, e operante, é o partido totalitário.
O Brasil ainda não acordou para a realidade.
Paulo Roberto de Almeida 

CHAMEM OS MOTORISTAS CUBANOS PARA PORTO ALEGRE.


Milton Pires

Hoje, dia 29 de janeiro de 2014, a cidade de Porto Alegre amanheceu sem absolutamente nenhum ônibus circulando. Trata-se da mais abrangente greve dos rodoviários de que me recordo aqui na cidade. O impasse provocado pelo ex-petista José Fortunati, agora prefeito, existe pelo fato de que os proprietários das empresas de ônibus querem “atrelar” o aumento dos salários dos trabalhadores ao aumento das tarifas. Astuto, o prefeito sabe da consequência de um aumento para ordem pública aqui em Porto Alegre. Subindo o preço da passagem, a reação dos integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) vai ser radical: novos ataques às lojas, bancos, e demais estabelecimentos comerciais...ônibus incendiados, e por aí vai: tudo aquilo que já conhecemos em 2013.
Curioso em tudo isso é o tratamento que a grande imprensa está dando ao tema. Ao contrário da polêmica envolvendo a vinda dos médicos cubanos, quando toda ela ficou contra a classe médica brasileira, agora leio, assisto e escuto gente (de grandes meios de comunicação) que dá razão aos motoristas! Por que, hein? O que diferencia uma questão da outra?
Lendo o que escrevo aqui, tem gente que vai perguntar: Milton, o que “tem a ver” uma coisa com a outra? Motoristas não são médicos, ganham muitíssimo menos! O lucro dos empresários é enorme. Médicos encontram emprego em qualquer lugar; motoristas não!
Ora, não me interessa a diferença que existe entre médicos e motoristas! O importante é que o Poder Público apresenta (e ingressa na justiça contra) os dois serviços – os de saúde e de transporte – como “essenciais à população”. Se são essenciais, se há tanto tempo existe greve de rodoviários no Brasil, por que o tratamento que a imprensa dá aos dois temas é tão diferente?
Em abril de 2003 eu passei por uma das experiências mais vergonhosas de toda minha vida profissional. Decretada uma greve dos médicos municipários de Porto Alegre, a Prefeitura ingressou na justiça e o movimento foi considerado ilegal. Ameaçado com uma enorme multa, no dia 12 de abril de 2003 (ou foi no dia 16? Não me lembro mais..), perante um auditório da Associação Médica do Rio Grande do Sul lotado, o presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, decretou o fim da greve. A partir daquela data, jurei para mim mesmo que nunca mais em toda minha vida eu participaria pessoalmente de qualquer movimento grevista na minha profissão.
Hoje, 29 de janeiro, motoristas de ônibus e cobradores estão mostrando uma coragem milhares de vezes maior do que a dos médicos. Trabalham em verdadeiras carroças...saunas ambulantes aqui da nossa cidade, sem segurança alguma, levando gente como gado para o abate e mantendo intacta uma máfia que controla todo transporte público de um país que deveria ser baseado fundamentalmente em trens e navios. Não tenho dúvida alguma de que os rodoviários tem mais dignidade e coragem do que os médicos brasileiros. Não tenha dúvida de que o prejuízo para população vai ser enorme, mas afirmo com todas as letras que ninguém merece tanto um prejuízo político como esse quanto o prefeito de Porto Alegre. Junto com o nosso secretário municipal da saúde, outro defensor ferrenho do Programa Mais Médicos, ele agora está numa encruzilhada da qual quero ver como vai sair. Enquanto não encontra o caminho, deixo aqui a minha sugestão: Chamem motoristas cubanos para Porto Alegre!

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2014

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O nascimento do partido-religiao - Milton Simon Pires

O NASCIMENTO DO PARTIDO-RELIGIÃO
Milton Pires
16/01/2014

Às vezes eu fico me perguntando quanto tempo as pessoas ainda vão reclamar dos “rolezinhos” e dos black blocks...Até quando elas vão se escandalizar com a Marcha das Vadias ou lamentar as invasões promovidas pelo MST além de lamentar o que aconteceu com a nossa Universidade e com a Educação como um todo...Quantos “grupos de médicos” ainda vão ser formados no Facebook e quantos blogs vão surgir para denunciar as barbaridades feitas pelos agentes cubanos?..De uma maneira geral, eu fico curioso em saber até que ponto vai a capacidade das pessoas sentirem que cada vez mais coisas “terríveis” estão acontecendo no Brasil sem que aceitem apelar para uma síntese...para uma visão conjunta do todo que, ao mesmo tempo que esclarece, assusta de uma maneira terrível aqueles que não suportam serem vistos como adeptos de uma “Teoria da Conspiração”..
Tudo que se escreve hoje no meio acadêmico a respeito do andamento da História precisa ter uma base material..Na melhor das hipóteses, pode inclusive não ter base alguma e ser explicado, elegantemente, como mero acaso. É a filosofia da história; não a história da filosofia que nos oferece nesse momento o maior debate, não é mesmo?
Quando li pela primeira vez “O Status Ontológico da Teoria da Conspiração”, de Hakim Bey, mais claro do que a ideia de que ela pudesse servir à Direita ou à Esquerda, o que ficou para mim foi o conceito de “alternativa”....de uma via de saída para aqueles que se negam a aceitar que a história seja um mecanismo..uma máquina com leis próprias de funcionamento que, se conhecidas, podem nos fornecer a “chave da felicidade aqui na Terra”..
Algum de vocês já reparou na confusão que existe entre os termos “Teoria da Conspiração” e “Nova Ordem Mundial”?? Alguém é capaz de separar uma coisa da outra ou vamos aceitar de saída que a “Nova Ordem” nada mais é do que uma das tantas teorias conspiratórias??
Meus amigos, seja entre leigos ou acadêmicos, a ideia de que um grupo de pessoas possa se reunir em segredo tomando grandes decisões em relação ao destino da humanidade se tornou algo risível..alguma coisa digna de “pena” e que não pode ser levada a sério, não é?? De onde vem, pergunto eu, toda essa capacidade de escárnio? Da percepção da fraqueza intrínseca de determinado tipo de pensamento ou da sacralização, eu diria da “santificação”, do discurso que se apresenta como opositor??
Afirmo aqui, e esse é o ponto do texto, que o materialismo dialético permanece invicto como método de análise e como força de entendimento em relação a tudo aquilo que ousamos chamar de “história”... De fato, naquilo que diz respeito a gênese do pensamento marxista, é ele – o materialismo dialético – que ainda fornece, dentre toda baboseira do discurso de esquerda, a fonte de eterna renovação para política econômica e social dos partidos que se autoproclamam higienicamente de “centro-esquerda”. Nada poderia, portanto, ser mais devastador do que uma história “sem lei científica”....do que uma história feita pela unificação de interesses escusos que desconhecem as mais rudimentares regras de conflito entre as classes sociais, não é??
O que faz de qualquer Teoria da Conspiração, do ponto de vista ontológico, um desafio ao exercício intelectual é justamente aquilo que se diz ser a função superior de toda consciência – a capacidade de síntese; jamais de análise pois sabe-se que desta o materialismo dialético apropriou-se de tal modo que pouco resta a fazer na difícil tarefa de enfrentamento intelectual com a Nova Esquerda do mundo ocidental.
Se me fosse pedido para resumir em termos mais simples tudo que escrevi acima, eu diria que é na possibilidade de “juntar as pontas”...de “unificar hipóteses” que reside a força de cada Teoria Conspiratória..de cada “tese absurda” que surge ela mesma, tese, como alternativa ao entendimento de um mundo fragmentado onde tudo parece acaso ou resultado de leis tão complicadas que só podem ser compreendidas por um Partido Salvador...por uma casta de intelectuais (orgânicos como diria Gramsci) cuja função é conduzir os simples mortais à felicidade aqui mesmo, nesse mundo, sem morrer antes...e desgraçadamente por causa dessa busca, sem jamais ter vivido...Quem consegue entender isso, consegue entender como nasceu o Partido Religião..

Em memória de Maria Mercedes Simon (1917-1995)


Porto Alegre, 16 de janeiro de 2014

sábado, 11 de janeiro de 2014

Companheiros medicos, algumas definicoes - Milton Simon Pires

DEFINIÇÃO DE MÉDICO

Milton Pires

1. “Médico é o que eu queria ter sido” (enfermeira petista)

2. “Médico é o que eu já fui” (Alexandre Padilha)

3. “Médico é o que eu nunca serei” (Médico cubano)

4. “Médico é quem pode me livrar da prisão” (José Genoíno)

5. “Médico é quem me dá voto” (Prefeito Brasileiro)

6. “Médico é quem pede exame” (Paciente do SUS)

7. “Médico vai ser o meu filho” (Mãe em programa de auditório)

8. “Médico é quem me mantém vivo” (Fidel Castro)

9. “Médico é quem mais come mulher na faculdade, meu” (dois skatistas em São Paulo)

10. “Não! Não! Não! Não bate mais antes da gente levar ele no Médico” (Polícia do Rio de Janeiro)

11. “Médico faz xixi, cocô e fica com tesão pelo seu cachorro como eu “ (Paulo Ghiraldelli)

12. “Médicos são de classe média e eu ODEIO A CLASSE MÉDIA”..(Marilena Chauí)

13. “O Médico disse que eu estou bem” (Marta Suplicy depois de ter alta do Hospício)

14. “São as entidades médicas que dizem o que é ser médico” (Médium numa Sessão Espírita)

15. “Aí, mano..sê médico é a maior viagem, tá ligado??” (Estudante de medicina num ônibus entre Porto Alegre e Fortaleza)

Ser médico é um sonho que eu tive um dia ..e que hoje se tornou um pesadelo.. (Milton Pires)


Porto Alegre, 10 de janeiro de 2013

domingo, 29 de dezembro de 2013

O fascismo supostamente de esquerda: petismo em estado puro - Milton Pires

Saturno Engolido pelo Seu Filho
Milton Pires

Cada vez que uma pessoa afirma que todos os partidos são "iguais", está automaticamente dizendo que nada na política é responsabilidade de alguém ou de algum projeto de poder.
O PT é uma organização criminosa ligada ao narcotráfico cujo projeto de poder foi capaz de abocanhar e destruir a identidade de todos os outros partidos. Isso ele o fez através da cultura; não da compra de votos no Congresso ou distribuindo cargos..Não é o governo que é petista; é o Brasil! Mesmo pessoas que não votam nesses bandidos colaboram com eles em função do medo se sentirem velhos, conservadores ou isolados perante o resto de seus conhecidos. Fora das categorias do pensamento petista...longe do ecologismo, da apologia do aborto e do homossexualismo, esses “velhos jovens” têm medo de ficarem “pra trás”..
O PT é uma doença moral da sociedade brasileira cuja cura só pode se dar através da reparação individual e da coragem de ter uma opinião própria que não dependa da aceitação "social"..O Brasil precisa de uma sociedade, em certo sentido, "não civil" haja visto que esse termo engloba em si mesmo todos os valores do relativismo e da apatia que o Partido-Religião conseguiu implantar no país...A "sociedade civil organizada" nada mais é do que a ditadura cultural do Partido-Religião em pleno andamento. Nunca essa sociedade "organizou-se" de maneira espontânea aqui no Brasil..Ela foi, e ainda é, metodicamente construída, diariamente elaborada...silenciosamente e quase de maneira subliminar por uma elite universitária que conseguiu associar normalidade (inclusive em termos de saúde mental) à aprovação coletiva...O mundo do partido religião é um mundo de números..um mundo de quantidade onde qualquer diferença se perde ou é artificialmente construída segundo interesses políticos..Não existe "certo" ou "errado" para o Partido...Não existem contradições no sentido moral do termo pois a própria moral é apenas instrumento na guerra assimétrica onde pode, acima de tudo, emprestar à luta intestina dentro do próprio Partido a impressão de democracia que deve ser atribuída à sociedade..
A discussão sobre a cultura no Brasil é a discussão possível dentro das tendências do Partido..Os rumos da democracia da Nação são aqueles discutidos em seus Congressos Nacionais..Não há mais diferença entre o Governo, a sociedade e o Partido..Tudo É o Partido e nada pode escapar ao debate dentro dele...O debate sobre o futuro do Brasil, seus problemas, seus rumos tornou-se finalmente uma discussão de assembleia petista...Todos os termos usados são termos do debate intrapartidário de maneira que seria melhor entendermos para sempre que só existe um Partido no Brasil, todos os outros são "correntes"..."tendências".."alas" ou seja lá que nome queira se usar para esconder para sempre uma história curiosa: Um “Saturno nos Trópicos” que Scliar não imaginou..ou que imaginou mas sobre o qual não quis escrever...Filho do Brasil; o PT engoliu seu próprio Pai.

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2013

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PT = Patifes Totalitarios? - Milton Simon Pires

A CONDIÇÃO DE HOMEM COMUM
Milton Pires, 12/12/2013

Quando escreveu “Em Busca de Sentido”, Victor Frankl, lembrando de sua experiência no campo de concentração, descreveu situações em que alguns de seus colegas simplesmente desistiam de viver. Eles deixavam-se ficar nos alojamentos, deitados em suas camas...não buscavam mais por comida e finalmente, vagarosamente, morriam..
Duvido da existência de uma “teoria psicológica das sociedades”..Vejo com ressalvas a ideia de entender o coletivo como um organismo vivo em que imperam os impulsos de um inconsciente único capaz de ser estudado sob leis e princípios equivalentes aos da psicanálise.
Escrevo essas linhas com a intenção de pura especulação. Meu objetivo é tentar imaginar que efeito poderiam ter o caos e a corrupção..a sensação de desesperança ou de que “as coisas sempre foram assim” sobre o Brasil Petista. Uso essa expressão, Brasil Petista, no mesmo sentido em que os historiadores falam em Alemanha Nazista. Entendo perfeitamente as diferenças entre os dois regimes sem ser ingênuo para compará-los em termos do holocausto e do genocídio que um deles produziu, mas sempre lembrando que são os dois representantes inseparáveis da experiência totalitária do século XX. O PT, assim como o Partido Nacional Socialista, é um organização criminosa e totalitária. Já escrevi sobre isso antes e não vou voltar ao assunto aqui.
Retorno ao tema do texto colocando agora a o problema sob forma de pergunta: quais os efeitos sobre o povo brasileiro que o caos e a corrupção, continuamente noticiados, trazem para nossa capacidade de reagir?? Existirá na sociedade uma reação semelhante aquela descrita por Frankl para aqueles estavam no campo de concentração?
Afirmo aqui que existe um grau de corrupção, um nível de caos e de confusão dentro de uma sociedade onde toda esperança num futuro diferente desaparece..Um momento de sofrimento único cuja comparação que me ocorre fazer no momento é aquela do Camboja em 1973 quando os B-52 lançaram sobre o pequeno país uma quantidade de explosivos maior que tudo aquilo que os Estados Unidos usaram na Segunda Guerra Mundial. Os sobreviventes, muitas vezes cegos e surdos, saindo de suas seus abrigos (verdadeiras tocas no chão) encontravam-se perante uma paisagem quase lunar. Numa experiência única sentiam-se como que “fora do tempo”...esperando por alguém ou alguma coisa que pudesse lhes devolver o “sentido” da vida...momento perfeito para o surgimento do Khmer Vermelho e do seu regime genocida..
Novamente faço a ressalva de que sei muito bem que não estamos na Alemanha Nazista, que B-52 algum despejou bombas sobre o Brasil e que essas comparações (perigosas como qualquer comparação) tem por objetivo único estabelecer um paralelo..uma simples analogia em termos do grau de apatia..da sensação de desesperança entre os sobreviventes das grandes tragédias que eu relatei e dessas pequenas tragédias brasileiras...essas que, sem bombas e campos de concentração, nos vão matando aos poucos..nos reduzindo a seres fora do tempo e portanto a homens e mulheres sem esperança.
Cada vez que dizemos que as coisas “sempre foram assim” ou que “antes era muito pior” abdicamos da capacidade de imaginar um mundo diferente...nós nos anestesiamos..nos tornamos convictos de que todos os partidos são iguais, todos os políticos são iguais que todos NÓS somos iguais...Nós nos tornamos tão iguais, uns aos outros, que precisamos cada vez mais da noção de “minorias” para encontrar nelas aquilo que antes foi inerente a própria condição humana. Somente nos encontramos com força suficiente para termos piedade quando olhamos para “mulher espancada”..para o “negro despedido”...para “criança abusada”..Nós precisamos cada vez mais de subgrupos para depositar o que nos resta de compaixão e o que ainda nos identifica como humanos numa curiosa inversão de hierarquia em que só a condição de exclusão é capaz de justificar a caridade e o princípio de empatia.
Ai daquele que em sofrimento for só mais um ...um que não pode despertar piedade por pertencer a algum grupo minoritário..a uma parcela de excluídos..um que não seja refugiado de guerra ou perseguido político..que seja só mais um qualquer, quem sabe até nós mesmos..numa emergência imunda ou dormindo numa rua sem nome...Esse vai morrer sozinho..na condição de homem comum.

Em memória do amigo Oswaldo Flores

Porto Alegre, 12 de dezembro de 2013

sábado, 30 de novembro de 2013

Constatacoes de um medico - Milton Simon Pires

AINDA ESTAMOS AQUI, SEUS DESGRAÇADOS

Milton Pires

As 3 frases que um médico brasileiro precisa conhecer para tornar-se chefe de seus colegas no serviço público são: “isso sempre foi assim”, “eu não estava sabendo disso”, e “desde que fique bom pra vocês; por mim tudo bem”. Foi esse tipo de gente que tornou possível o advento de uma aberração como o Programa Mais Médicos. Filiados ao PIP – Partido do Interesse Próprio – mais de uma vez meus chefes garantiram que não tinham qualquer ligação formal com o PT. Acredito piamente no que me disseram! Não tenho qualquer dúvida da sua “independência” e até mesmo aversão ao partido dos petralhas, mas mesmo assim afirmo que são o tipo de gente preferida por esses bandidos para manter a administração pública sob seu controle.
A característica fundamental dos chefes, coordenadores, diretores, gerentes, ou seja lá qual for o nome que tenham essas criaturas que coordenam os serviços públicos brasileiros no governo petista, não é o fanatismo, não é a convicção no socialismo nem a militância política, mas sim a mais completa indiferença, omissão e negligência com o que acontece no seu ambiente de trabalho. Um chefe, para servir ao PT, deve ser alguém completamente “apolítico”...sua integração com os interesses do partido deve dar-se de maneira silenciosa; não ativamente. É calando-se com relação a tudo aquilo que sabe estar errado que esse tipo de mau-caráter sobe na vida chegando aos altos cargos de direção. Sua consciência política é zero! Ele não tem – nem poderia ter – qualquer tipo de opinião a ser defendida perante os seus superiores. Trata-se normalmente de alguém tecnicamente medíocre e moralmente amorfo..de um burocrata que usa frases como “isso chegou até mim”...e “isso veio de cima, infelizmente não posso fazer nada”..
Desde 2003, toda máquina pública brasileira tornou-se refém desse tipo de gente. Nos hospitais brasileiros, mesmo que ocupem os cargos técnicos, essas criaturas curvam-se docilmente às ordens finais da legião de alcoólatras, militantes dos movimentos de minorias e sindicalistas que tem a palavra final em praticamente tudo que vai ser decidido.
Há muitos anos esse processo de aparelhamento vem acontecendo. A tomada de decisões nesse tipo de organograma é feita a partir do conceito de “centralismo democrático”..em outras palavras: uma ordem é dada por alguém que, muitas vezes, sequer é conhecido pelos subordinados e transmitida numa cadeia de hierarquia de forma que só se sabe que “veio de cima”...é a mediocridade, a covardia dos intermediários nesse “telefone sem fio” que garante o cumprimento rigoroso da estratégia do Partido-Religião. O efeito da administração dessa ralé na saúde pública do Brasil está cada vez mais evidente: falta tudo! Desde soro fisiológico até fio de sutura o que se observa dentro dos hospitais é uma carência total no que se refere às mínimas condições de trabalho. Os setores de compras dos hospitais públicos, por exemplo, são administrados (aí sim) por gente de confiança do partido que não saberia a diferença entre um litro de soro fisiológico e um de coca cola. Esse estado caótico de coisas é acompanhado, além do mal-estar, pela sensação terrível de que nada há a ser feito...pela ideia de que “não é culpa de ninguém” e pelo contínuo pavor de ver-se envolvido em sindicância e inquéritos administrativos sem fim...
É fundamental apontar entre os médicos brasileiros a existência de uma classe de canalhas, de um grupo de médicos capazes de fazer qualquer coisa (na prática deixar de fazer) a fim de receber uma “gratificação por cargo de chefia” no contracheque...1500 a 2500 reais por mês são suficientes para que essa ralé esqueça tudo que aprendeu..para que traia tudo que jurou e para que abandone seus colegas de profissão a mercê das patrulhas de “profissionais da saúde” dentro dos hospitais. Verdadeira legião de recalcados, esse último grupo serve para fazer o trabalho sujo do PT....para conduzir abaixo-assinados..para elaborar memorandos e fazer queixas capazes de colocar as notas das avaliações funcionais (dos famosos estágios probatórios) dos seus inimigos políticos em níveis vergonhosos...
Tudo isso que escrevi aqui eu enfrentei, e enfrento até hoje, pessoalmente. Meu caso está longe de ser o único. A guerra que os médicos brasileiros estão enfrentando dentro da administração públicaestá muito longe de ter um fim. Os efeitos todos nós sabemos quais são: tristeza, sensação de impotência, abandono e a já conhecida sensação de que “ser médico não vale à pena”...
Um recado meu e de todos os verdadeiros médicos brasileiros a essa escória que administra a saúde no Brasil: Ainda não desistimos...Ainda estamos aqui, seus desgraçados...

dedicado ao “Dignidade Médica”...rsss..

Porto Alegre, 30 de novembro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A visao catastrofica do mundo, e o projeto totalitario - Milton Simon Pires

O REINO DOS CÉUS E O  BRASIL DE LULA EM 2015.
Milton Simon Pires

Do ponto de vista histórico, devemos buscar as raízes do pensamento marxista na economia política inglesa, no socialismo utópico francês e no materialismo histórico alemão. Causa perplexidade observar como é possível que em 2013 uma ideologia tão distante das fundações do Brasil possa fazer sucesso tão grande por aqui. Talvez mais adequado seja perceber que nada daquilo que escrevi no início do texto chega até a sociedade brasileira da forma original. A noção do Estado interventor na economia, a ideia de um regime messiânico e a proposta de um entendimento científico da realidade adquiriram no nosso país cores muito mais suaves. Governa-se através de lemas. Administra-se por meio de slogans. Vivemos no Brasil o império da baixa cultura, do senso comum, da vulgaridade e da redução do pensamento aos níveis mais primitivos capazes de firmar o necessário consenso – imperativo categórico dos Estados Totalitários.
Excluindo-se o ateísmo e a noção de que a história tenha regras próprias – tão caros ao materialismo dialético, é possível afirmar que a “nova realidade”...o “novo mundo” que o Partido dos Trabalhadores trouxe ao Brasil adapta-se de forma patética aos velhos princípios de intervencionismo estatal inglês e as noções quase religiosas de Saint-Simon a respeito da “sociedade ideal”.
É muito triste perceber que, nesse processo de distorção-modernização, o Catolicismo brasileiro prestou-se a um deplorável papel.  Frei Betto, frei Leonardo Boff e tantos outros representantes da Igreja nos anos 70 e 80 contribuíram, e muito, para gênese dessa aberração política chamada Partido dos Trabalhadores. Uma vez garantido seu acesso ao poder, o PT conseguiu, através de planos como Bolsa Família, Cotas Raciais e agora o Mais Médicos colocar em prática tudo aquilo que padres que viam em Che Guevara um novo Jesus Cristo queriam. Até certo ponto, não deixa de ser cômico ver a Igreja Brasileira inteira escandalizar-se com movimentos como a Marcha das Vadias ou as barbaridades protagonizadas pelos militantes gays no nosso país. Tivesse ela, Igreja, capacidade para reconhecer seus erros e assumiria abertamente a falta que foi permitir que a mensagem desses falsos profetas dos anos 80 chegasse aos fiéis.
Afirmo que, mais do que qualquer outro país que tenha vivido num regime comunista, o movimento revolucionário no  Brasil fez uma união impressionante entre o Marxismo e a religião cujos efeitos estamos sentindo até hoje e cuja capacidade de transformar petismo em lulismo vai justificar a permanência do PT no poder durante muitos anos. Declaro a urgência de que a Igreja brasileira manifeste-se abertamente contra a figura do ex-presidente. Peço que ela desfaça na cabeça e na alma simples do povo a confusão demoníaca que existe entre pobreza, sofrimento e boas intenções. Nada pode ser mais perigoso! Nada pode ser mais injusto! Duvido existir algo mais necessário do que derrubar a idéia de que os “pobres são honestos e os ricos são corruptos”.Foi isso que elegeu o PT! É nisso que a população continua acreditando e se isso não mudar a vitória dessa gente em 2014 está, mais uma vez, garantida. Não acreditem em campanhas pela internet nem percam tempo divulgando escândalos perante uma sociedade que opera com um nível cognitivo de crianças ...que sustenta-se – ela mesma – em noções maniqueístas fundadoras de uma cultura católica muito anterior ao advento do PT. Ou se faz isso; ou Lula há de continuar sobrevivendo como santo no inconsciente coletivo de uma gente que parece ter saído das páginas de Casa Grande e Senzala.
Meus amigos, a Igreja tem com o povo desse país uma dívida recente gigantesca. Ela permitiu aqui uma mistura demoníaca entre marxismo e religião que não tem precedente na história mundial. Sobre a vontade dela, Igreja, de corrigir-se afirmo que é “mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que nossos cardeais e bispos mostrarem a esse povo que o reino dos céus não vai ser no Brasil de Lula em 2015”.

Porto Alegre, 24 de setembro de 2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Os companheiros ja compraram, ou ja enquadraram, o Judiciario? - Milton Simon Pires

O FIM DA JUSTIÇA NO BRASIL 
Milton Pires

Imagino eu que talvez um dia esse período da história que estamos vivendo no Brasil fique conhecido como a época da “primeira impressão”. Não há absolutamente nenhuma capacidade das pessoas irem além daquilo que lhes foi apresentado em algum telejornal ou algum post de Facebook. Ontem, por exemplo, um dos fatos mais graves da história do Poder Judiciário no Brasil foi noticiado como simples possibilidade de um “novo julgamento” da quadrilha petista que tentou dar um golpe na democracia brasileira. Duvido que o número de brasileiros capazes de entender o que isso significa na verdade – a destruição completa do Estado de Direito no Brasil – tenha alguma representação política importante.
Oferecer aos réus da Ação Penal 470 a possibilidade de recorrer aos embargos infringentes assemelha-se muito a chamar um médico para examinar um cadáver no necrotério! Não existe uma coisa dessas prevista na Lei atual do STF. Isso é evidente até para quem não é advogado, mas a grande ironia é que o processo que surgiu para punir a compra do Poder Legislativo pelo PT demonstrou que ele – PT – já tem “na mão” o Judiciário!
Triste é perceber que não se faça disso uma oportunidade para avaliar como se forma o quadro do STF aqui no país! Desgraça é não fazer desse fato uma oportunidade para se terminar de vez com as indicações políticas para nossa Suprema Corte!
Meus amigos, o pilar fundamental do Estado de Direito é a independência de seus poderes. Uma ditadura NÃO se caracteriza, nesse sentido, somente por prisões e por censura. Elas podem não estar ocorrendo no Brasil do PT, mas afirmar que ainda existe democracia nessa nação é ridículo! Eu já disse, e vou continuar dizendo, que não há um só aspecto da Administração Brasileira que não esteja dominado direta ou indiretamente pelo Partido dos Trabalhadores. Desde a Petrobras até os setores de compra de material hospitalar dos hospitais públicos, essa gente tem o poder de tudo.
No caso da Ação 470 prorrogou-se o tempo necessário para alcançar a aposentadoria de vários ministros do STF que poderiam “causa problemas” aos mensaleiros. Mesmo não participando do processo desde o início, novos ministros indicados pelo Governo Federal podem sim dizer que devem ser aceitos os tais embargos infringentes (leia-se “novo julgamento). Tal fato é uma cusparada na cara da Nação! É uma vergonha para um Governo corrupto que desdenha da indignação de milhões e milhões de pessoas de bem que trabalham e pagam suas contas e é um recado claro de que não existe mais justiça no Brasil.
Afirmo a vocês que não vão haver manifestações de rua por causa disso. Ninguém vai queimar nem quebrar coisa alguma! Não veremos Black Blocs contra o STF. Muito pelo contrário – essa gente fez o que fez em junho justamente para desviar a atenção do que se fez ontem e vai ser feito novamente hoje a tarde : dar aos mensaleiros uma nova chance para escapar da prisão! Nesse sentido eu afirmo a vocês – preocupar-se ou não com legalidade da vinda de cubanos para o Brasil afim de exercer medicina sem revalidar diploma é ridículo! Trata-se de colocar um band-aid numa pessoa com câncer! Esqueçam isso tudo pois livrar José Dirceu da merecida prisão é a prova matemática de que não existe justiça nesse país, é a lembrança de que vivemos numa ditadura e de que o PT faz o que quiser com a Justiça.
Entender o que escrevi acima é antes de tudo desmentir um dos maiores picaretas de toda história da Filosofia Política – Karl Marx. Esse cidadão mais de uma vez afirmou que os filósofos tinham “até hoje tratado de interpretar o mundo; tratava-se então de transformá-lo.” Afirmo eu exatamente o contrário do que dizia esse charlatão: é urgente no Brasil de 2013 que se saiba interpretar o que está acontecendo com clareza antes de qualquer “ação”. Quem não sabe o que enfrenta não pode agir corretamente nunca! Lembrem-se: o que estamos assistindo agora é o Fim da Justiça no Brasil !


Porto Alegre, 12 de setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A mistificacao da Historia pelos companheiros "istoriadores" - Milton Simon Pires

A LEI DA HISTÓRIA

Milton Simon Pires

Dias atrás escrevi que não sabia o que era a História. Afirmei também que chegava a ver, nas Teorias de Conspiração, uma oportunidade (talvez a única) de oposição à ideia de entender a História como um “gigantesco mecanismo”, uma máquina com leis e regras a serem descobertas. Nesse sentido, imagino que historiadores seriam uma espécie de relojoeiros do tempo...pessoas com a habilidade (ausente em todas as outras) de definir o que é e o que não é História...
Pois bem, meus amigos -  nosso problema acabou. O Projeto de Lei 4699/2012 (denominação atual), do Senador Paulo Paim (PT), que propõe regular o exercício da profissão de historiador no Brasil, entrou em tramitação de urgência em Brasília em junho recente, o que fez com que o debate a seu respeito ganhasse novo fôlego nos últimos dois meses. Agora, no Brasil, ninguém mais vai “especular” sobre o que é a história. Chega de imaginar a história como luta de classes, repressão ou vontade de poder. Os professores de história, para que tenham esse título, hão de sujeitar-se a lei. Vejam que não é muito importante, para o partido do autor da lei, uma regulamentação específica para definir quem pode atender pessoas doentes, mas não há dúvida nenhuma de que “contar oficialmente como a pessoa foi atendida; tem sim!” Nesse sentido, imagino que o PT vai conseguir o que nenhum partido comunista do mundo conseguiu – criar uma lei específica para definir quem pode ou não ensinar a todo um país aquilo que é ou não é (na sua opinião) a verdade histórica. Teria isso alguma relação com a “Comissão da Verdade”?? Haveria no Brasil algum historiador criando problema para a  companheirada?? Imagino que não! Isso, afinal de contas, só poderia ser delírio de gente conservadora e da direita como eu, não é meus amigos?
"Those who cannot remember the past, are condemned to repeat it". Quando George Santayana disse isso eu tenho certeza que ele não imaginava que alguém escreveria uma lei definindo a exclusividade para que somente alguns pudessem dizer o que é – exatamente – o passado a ser lembrado. Caso a lei existisse no tempo de Santayana, sua frase seria desnecessária pois ficaria evidente  a característica mais específica, mais definidora, mais covarde e nojenta de um regime totalitário como é o petista no Brasil - a apropriação da noção de tempo e de História. O Partido-Religião, nascido em 1980, veio para encantar a todos com a sua noção daquilo que poderia ser o futuro. Essa etapa já terminou; agora a história nacional vai ser recontada pois o PT vai reescrever o passado aparelhando todo o ensino de História no país com seus malditos militantes. Tenho certeza que nessa altura do artigo alguns estão pensando - “Mas Milton, isso já não era assim há muito tempo?” - Resposta – claro que era! A diferença é que não havia ainda uma lei definindo essa barbaridade como parece que vai haver agora. Dizer que em 1964 houve uma contrarrevolução ao movimento comunista no Brasil ainda seria uma possibilidade à medida que dentre os professores das escolas e das universidades pudesse haver a chance de alguém dizer isso e ser reconhecido, oficialmente, como historiador. Agora essa chance vai ser nula! Só vai receber essa titulação quem o Partido-religião quer! Será, meu Deus, que ninguém consegue ver isso?
Meus amigos, o PT é composto da ralé da escória da sociedade e principalmente da intelectualidade brasileira, mas por favor não o subestimem. Essa gente sabe que nem o Olavo de Carvalho nem a Marilena Chauí nem ninguém nesse mundo pode dizer exatamente o que é a História... que esse é  um tema aberto uma questão cuja indefinição define a própria beleza, a honestidade e o compromisso com a verdade da profissão de historiador. Desse compromisso resulta uma luta constante por saber  mais sobre aquilo que aconteceu e que pode nos oferecer uma vida mais plena  e rica em liberdade.
É mudando a verdade sobre o passado que o PT quer construir seu futuro diabólico! É tornando-se senhor da verdade e proprietário privado do tempo que ele vai fazer isso pois há de dizer quem no Brasil pode pensar,  falar e escrever sobre o assunto.
Sem ter a mínima noção daquilo que venha a ser a História, os malditos petistas resolveram criar uma lei que determina quem pode falar sobre ela – inventaram a Lei da História!


Porto Alegre, 4 de setembro de 2013.