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domingo, 25 de maio de 2014

Altas e baixas na indefinida nova classe media - Gaudencio Torquato

A classe C, do paraíso ao inferno

25 de maio de 2014 | 2h 06
*Gaudêncio Torquato - O Estado de S.Paulo
Mais uma pista a indicar o andar da carruagem. Parcela da população brasileira é arrastada para cima e para baixo da pirâmide social pelas ondas de marés enchentes e marés vazantes. A primeira carrega as pessoas da classe C, a chamada nova classe média, para um passeio pelos territórios do grupo B, às vezes com direito a uma escapulida (rápida) ao topo, onde habita a categoria A. Quem propicia a subida é grana extra. A segunda empurra o contingente para as águas do fundo. Isso se dá quando a renda das famílias fica apenas no parco rendimento de aposentadoria, pensão ou bolsas, sem os ganhos com bicos e atividades paralelas. No sufoco do bolso apertado, quem foi induzido a consumir e se vê sem condição de ressarcir despesas passa a usar de maneira indiscriminada cartões de crédito e a resvalar pela inadimplência.
Tal radiografia, flagrada por pesquisa encomendada pelo Consultative Group to Assist the Poor, organismo ligado ao Banco Mundial, e exposta neste jornal (18/5), pode explicar fenômenos que estão a ocorrer no País a partir de manifestações de movimentos organizados e categorias profissionais.
Ponderável parcela da classe média que muda de condição, muitas vezes de um mês para outro, acaba ingressando no perigoso meio-fio da instabilidade, tornando-se ela própria um dos eixos a mover a engrenagem da insatisfação social. A expressão desolada de um microempreendedor sobre seus ganhos mensais arremata a situação que abriga milhões de brasileiros: "Ganho algo entre nada e R$ 5 mil; não dá para adivinhar quando e quanto vai entrar".
A insegurança que grassa por classes, espaços, setores e profissões tem-se avolumado nos últimos meses, apesar de a taxa de desemprego se manter estável (em torno de 5% em março nas cinco maiores regiões metropolitanas). A questão é a baixa qualidade do emprego, que leva muitos a buscar outros meios de sobrevivência. Ademais, o cobertor social tem sido curto para cobrir novas demandas. A precária estrutura de serviços não tem recebido do Estado alavancagem para oferecer bom atendimento ao povo. Portanto, por causa do estranho fenômeno que aqui se forma - uma classe C mutante que tateia na escuridão entre as portas do céu e do inferno, passando pelo limbo - as pessoas decidiram abrir a locução sob propícia temperatura ambiental.
As políticas sociais do governo, é oportuno lembrar, abriram buracos. A decisão de implantar gigantesco programa de distribuição de renda - elogiável, porquanto se vive, hoje, o menor nível de desigualdade de nossa História - não tem sido acompanhada de uma política educacional estruturante, capaz de elevar o grau civilizatório de milhões de pessoas que ascenderam na vida. Basta avaliar a estratégia de indução ao consumo, adotada pelo governo brasileiro para enfrentar a crise por que passaram as economias mundiais, a partir de 2008. Ouçam-se especialistas, dentre eles Celso Amâncio, ex-diretor da Casas Bahia (Estado, 18/5): "O governo incentivou o consumo, mas crédito é uma coisa e poder de compra é outro". Quer dizer, o banco até oferece crédito, mas os novos consumidores não dispõem de educação financeira. Acabam usando e abusando de cartões de crédito, um pagando o outro.
O governo forjou, de um lado, o populismo econômico para abrir as portas do consumo aos grupos emergentes, mas, por outro, deixou de lhes oferecer ferramentas (e valores) que balizam comportamentos da classe média tradicional. A cesta de compra dos emergentes inchou: TV por assinatura, internet, plano de saúde, escola privada para os filhos, moto ou carro novo. A ignorância em matéria financeira acabou estourando o bolso de tantos quantos achavam ter encontrado o Eldorado.
Sob essa engenharia se pode compreender o movimento das "placas tectônicas" que causam sismos nas camadas do centro da pirâmide. Como se recorda, o losango tem sido apresentado como o formato do novo Brasil: de topo mais espaçado, alargamento do meio e estreitamento da base. Acontece que o saracoteio da classe C - que ora dança na pista do meio, ora na de baixo - não permite apostar na substituição definitiva da pirâmide pelo losango. O que se vê na configuração é um redemoinho nas camadas centrais, a denotar insatisfação e impactos que afetam a vida de milhões, principalmente os habitantes de grandes cidades, cuja rotina sofre com congestionamentos, mobilizações, greves e paralisações de frentes de serviços públicos.
É verdade que parte considerável da tensão urbana se deve ao momento especial do País: vésperas de Copa do Mundo e de campanha eleitoral. A estratégia de sensibilização do poder e de atores políticos ganha fôlego. Mas é inegável que há uma força centrípeta em ação, aqui mais forte e organizada, ali mais tênue e dispersa, dando a impressão de que o gigante "deitado eternamente em berço esplêndido" faz parte da retórica do passado. A dissonância forma-se em nossa mente quando somos levados a cantar (sem interpretar os versos) nosso belo Hino Nacional.
Remanesce a questão: para onde as altas e baixas marés carregarão a classe C (que soma 64 milhões de pessoas) e, ainda, que consequências serão sentidas em outros conjuntos? A hipótese mais provável é que, a continuar o vaivém dos grupos emergentes, os sismos continuarão a balançar o losango e este voltará a dar lugar à velha pirâmide. As conquistas obtidas com os avanços dos programas de distribuição de renda estariam comprometidas. Reflexos (pressões, contrapressões, conflitos, demandas) aparecerão na malha de toda a classe média (cerca de 100 milhões de brasileiros). As marolas geradas por impactos no meio da lagoa acabarão chegando às margens.
Em suma, enquanto as famílias de classe média se mantiverem "enforcadas", o nó apertará o gogó de outros habitantes da pirâmide. O Brasil terá de voltar a crescer, de maneira forte e sadia, sem usar o esparadrapo de paliativos sociais.
* JORNALISTA, PROFESSOR TITULAR DA USP, É CONSULTOR POLÍTICO E DE COMUNICAÇÃO TWITTER@GAUDTORQUATO

sábado, 29 de setembro de 2012

Argentina: tambem tem uma prospera classe media...


A mágica de Cristina

Editorial O Estado de S.Paulo, 29 de setembro de 2012
No mundo da fantasia da presidente Cristina Kirchner, quem ganha 13 pesos por dia, o equivalente a R$ 5, já não é mais considerado pobre na Argentina. É o que mostra o mais recente cálculo do Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec), o órgão que desde 2007, na presidência de Néstor Kirchner, torce números para servir aos interesses populistas da Casa Rosada.
Para considerar verdadeira a última projeção publicada pelo Indec, seria preciso aceitar que uma família argentina típica, com quatro pessoas, conseguiria pagar suas contas, alimentar-se, vestir-se, manter a saúde, estudar e ainda divertir-se com 1.555 pesos (R$ 673) mensais, como mostra o Clarín (24/9). Esse critério sugere que seria possível fazer todas as refeições do dia com 6 pesos (R$ 2,50). Não parecem números razoáveis, sob qualquer ponto de vista, mas são justamente esses dados que o governo de Cristina usa para vangloriar-se de ter reduzido a pobreza para menos de 6,5% da população, tornando a miséria praticamente inexistente - mesmo num país que está em crise crônica.
A diferença entre os delírios oficialistas de Cristina e o mundo real impressiona. Tomando-se a inflação real, e não a oficial, uma família argentina precisaria de 3.600 pesos (R$ 1.560) mensais para deixar de ser pobre. Com isso, o porcentual de pobres na Argentina saltaria dos alegados 6,5% para 21,9%, segundo levantamento da Universidade Católica Argentina. Em números absolutos, significa que o governo argentino quer suprimir, numa canetada, 6 milhões de pobres das estatísticas, reduzindo o total para parcos 2,6 milhões. Em sua defesa, o Indec alega que a linha de pobreza que utiliza é meramente "teórica", mas o fato é que ela é explorada para respaldar o discurso sobre o alegado sucesso das políticas sociais de Cristina.
Tal manipulação dos índices econômicos já se tornou a marca da Argentina kirchnerista - a ponto de a revista The Economist ter anunciado, em fevereiro, que não publicaria mais a inflação oficial do país, num texto sob o sugestivo título Não minta para mim, Argentina. A distorção no cálculo da inflação, por exemplo, prejudica não somente a estimativa da linha de pobreza, mas também a projeção sobre o próprio crescimento do país. Ao considerar uma inflação de 10% anuais, o governo induziu ao cálculo de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,5% no primeiro semestre em relação a igual período de 2011. Mas analistas mostram que essa expansão provavelmente não superou 1%, porque é preciso levar em conta uma alta de preços muito mais acentuada - a média das consultorias independentes é de inflação de 23,4% neste ano.
A discrepância entre os números explica por que, desde 2009, o governo dos Kirchners acusa as empresas que tentam calcular a inflação real de especular no mercado usando o aumento do custo de vida. Mais de uma dezena delas teve seu funcionamento prejudicado em razão de processos judiciais movidos pela Casa Rosada. Periodicamente, porém, o governo argentino passa o vexame de ser admoestado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que divulga as estimativas de inflação do país com ressalvas. Há poucos dias, o FMI expressou "preocupação" com as estatísticas oficiais da Argentina e cobrou que elas fossem melhoradas "sem mais demora".
Não se pode menosprezar o esforço, ainda que por meio de assistencialismo, para tirar milhões de pessoas da miséria. A Universidade Católica Argentina - a mesma que verificou as distorções nos números de Cristina - atesta que o índice de pobreza recuou de 26,9% em 2007 para 21,9% em 2011, e o de indigência caiu de 8,1% para 5,4% no mesmo intervalo, o que é um grande avanço, considerando-se que o desastre econômico do início deste século fez a pobreza chegar a 45% no país. No entanto, na ânsia de supervalorizar seu governo na área social, Cristina abusa da prestidigitação estatística, que faz desaparecer os pobres. Algo semelhante ocorre no Brasil, onde, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, já é considerado de "classe média" quem ganha pouco menos de R$ 10 por dia, ou apenas R$ 291 por mês. A diferença é que, aqui, os números não são falsificados.

sábado, 22 de setembro de 2012

Ainda a questao da ENORME classe media brasileira

Depois de ter postado uma pequena coluna de Carlos Brickmann, que também se surpreendia, como eu, que o governo considere que qualquer pessoa que ganhe mais de 291 reais por mês já pertence à classe média, um Anônimo, provavelmente da SAE, escreve anonimamente -- como sempre acontece com quem tem vergonha de sustentar um debate pessoalmente, ou tem vergonha de trabalhar para esse governo que está aí -- para me mandar este pequeno trecho do que deve ser o perfeito manual da ascensão à classe média por obra e graça do governo.
Não tem problema, eu tiro da nota de rodapé e promovo a post por inteiro, e ainda faço um comentário inicial.
O porta-voz da nova e genial trouvaille governamental, ao anunciar, orgulhosamente, que a classe média agora era maioria no país, dizia que o governo continuaria trabalhando, desta vez em favor da classe média, e não apenas dos pobres e miseráveis.
Dizia esse economista, tecnicamente muito qualificado, mas atingido de governice incontida, que o governo iria desenvolver "políticas para a classe média".
Eu teria muita coisa a dizer sobre esse acesso de intervencionismo declarado e aberto, mas só vou ficar neste comentário: Por que não deixam a classe média tranquila, cuidando dos seus assuntos? Por que é que vão ainda descobrir como fazer outras bondades, desta vez políticas setoriais para a classe média? Por que é que vão arrancar mais algum dinheiro da classe média para beneficiar a classe média? Não seria melhor deixá-la quieta, no seu canto, consumindo por sua própria conta, sem que o governo se apoquente a lhe "provocar" mais felicidade?
Era isso...
Paulo Roberto de Almeida 

Anônimo disse...

"Crescimento da classe média não é igual à redução na pobreza
Muitas vezes se associa o crescimento da classe média à redução na pobreza. Embora exista uma relação próxima entre esses dois eventos, eles não são necessariamente um o reflexo do outro. Existem essencialmente duas razões para isso. Em primeiro lugar, existe uma classe intermediária entre os pobres e a classe média. Trata-se do grupo que denominamos vulneráveis. São aqueles que vivem em famílias com renda acima da linha oficial de pobreza (R$162 per capita4), porém abaixo do limite inferior para ingressar na classe média (R$291 per capita). Dessa forma, reduções na pobreza que se limitem a expandir o grupo de vulneráveis não terão impacto algum sobre o tamanho da classe média. Em segundo lugar, deve-se lembrar que o tamanho da classe média também é influenciado pela desejável ascensão de parte de seus membros à classe alta.
Assim, deve-se reconhecer que a evolução do tamanho da classe média é o resultado líquido da diferença entre o número de pessoas que ascenderam da classe baixa (pobres e vulneráveis) para a média e o número de pessoas que ascenderam da classe média para a alta."

*in:"VOZES DA CLASSE MÉDIA"; Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Documento disponível no link: http://www.sae.gov.br/site/wp-content/uploads/Vozes-Classe-Media_20SETFinal.pdf

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Classe media: o governo parece viver num mundo a parte...

O governo é engraçado. Ou melhor, seria engraçado, se as pessoas enquadradas nessas faixas de renda que eles proclamam, com tanta sabedoria, se sentissem realmente da "baixa classe média", ou da "classe alta".
Eu me pergunto, como uma pessoa de classe média, com renda mensal de 291 reais, faz para pagar habitação, transporte e comida (estou retirando todo o resto dessa classe média, pois não cabe...)???
Paulo Roberto de Almeida


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Classe média: renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 (Fonte: Reprodução/Exame)
TRÊS SUBCLASSES

A classe média segundo o governo Dilma

De acordo com critérios do governo, classe média representa atualmente 54% da população brasileira

fonte | A A A
Novos critérios do governo federal divulgados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) dividiu a classe média brasileira em três subclasses, que são definidas pela renda familiar mensal per capita.
O governo Dilma determinou que, a partir de agora, a classe média tem renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019, sendo formada pela baixa classe média, com renda entre R$ 291 e R$ 441, média classe média, com renda per capita de R$ 442 a R$ 641, e alta classe média, com renda entre R$ 642 e R$ 1.019.

Baixa classe alta e alta classe alta

Desta forma, a classe média representa hoje 54% da população brasileira, bem acima dos 37% registrados em 2001.
O governo também dividiu a classe alta em duas categorias: baixa classe alta, com renda per capita entre R$ 1.020 e R$ 2.480, e alta classe alta, com renda superior a esse valor.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Marcelo Nery: emergencia da classe media no Brasil


Marcelo Neri
do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas – CPS e EPGE/FGV  lança o livro
“A Nova Classe Média”
312 páginas
Confira a capa completa e o índice do livro  
Visite a página de venda do livro no site da Saraiva

Dia 7 de março de 2012, quarta-feira, a partir das 19h.
Bolsa de Valores
Rua XV de Novembro, 275, 1º andar, Centro - São Paulo - SP

Dia 9 de março de 2012 - sexta-feira, a partir das 19h.
Livraria da Travessa do Shopping Leblon
Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon  - Rio de Janeiro – RJ

Comentários escritos por Lula, Armínio Fraga e Gustavo Franco especialmente para a obra
O livro “A Nova Classe Média: o lado brilhante da base da pirâmide”, de Marcelo Neri, é uma leitura indispensável para entender as profundas mudanças sociais ocorridas no Brasil nos últimos anos. O livro de Neri mostra que os grupos que conquistaram os maiores aumentos de renda a partir de 2003 foram exatamente os que antes foram mais marginalizados: as mulheres, os negros, os analfabetos e os nordestinos. Além de revelar o que mudou na vida das pessoas, com a ascensão de milhões para a classe média, Neri revela, através do Índice de Felicidade Futura, que o povo brasileiro é o que mais acredita num futuro brilhante.  - Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil – 2003 a 2010
Marcelo Neri é um incansável, rigoroso e criativo estudioso dos temas sociais no Brasil. Este livro sobre o surgimento de uma nova classe média será referência obrigatória para qualquer pessoa interessada em entender o que vem ocorrendo nos últimos 18 anos. Rico em detalhes, escrito de maneira agradável e repleto de exemplos e dados interessantes, o texto ilumina a discussão e ajuda a pensar o futuro. Os ganhos obtidos são impressionantes, mas o trabalho pela frente ainda é enorme. Leia este livro e dê uma cópia para seu deputado e senador, ajudará muito! - Armínio Fraga - Presidente do Banco Central do Brasil - 1999 a 2003

Marcelo Neri criou agenda de pesquisa fascinante e central. Seu trabalho captura as várias dimensões das mudanças na sociedade brasileira decorrentes tanto da boa gestão econômica e da globalização, quanto da demografia e da dinâmica social de um país entusiasmado com suas próprias possibilidades. O retrato desta sociedade feliz com suas perspectivas é composto neste livro com verve e rigor. É uma obra indispensável para o bom entendimento das sempre complexas interações entre a economia e o social. - Gustavo Franco – Presidente do Banco Central do Brasil - 1997 a 1999

“..estudo da Fundação Getulio Vargas do professor Marcelo Neri, mostra que, de 2003 até maio deste ano, aproximadamente 40 milhões de brasileiros chegaram à classe média...é como se elevássemos para a classe média toda a Argentina.”  - Presidente Dilma Rousseff no Rio, no sorteio da Copa do Mundo e na ONU

“...com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo até atingir 18% em 2008, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas.”... “Existe toda uma gama de classes médias às quais se soma o que vem sendo chamado sem muita precisão de “classe C” ou de nova classe média.” - Fernando Henrique Cardoso - Presidente do Brasil – 1995 a 2002

“Na última década, o progresso alcançado pelo povo brasileiro inspirou o mundo. Mais da metade desta nação é hoje considerada de classe média. Milhões saíram da pobreza... , a esperança está voltando aos lugares onde o medo prevaleceu.” - Presidente dos EUA Barack Obama em discurso no Teatro Municipal do Rio.

Citações da mídia  sobre o trabalho apresentado no livro

De acordo com a Fundação Getulio Vargas… O Brasil, conhecido por sua desigualdade, agora é um país de classe média. Professor Neri fala do “retorno à carteira de trabalho” The Economist – Matéria Half a Nation Strong sobre a pesquisa da FGV

“Isso é como a fábula de La Fontaine, sobre a formiga trabalhadora e a cigarra cantora. Brasil é mais um país de formigas do que de cigarras”  Newsweek – Weathering the Storm

“Nós estamos respeitando as regras de Mercado.. e fazendo uma política social bastante ativa” - Washington Post – matéria capa  In Brazil, the `middle path´ helps to expand the middle class

“Bolsa Familia tem sido muito mais eficiente que aumento de salário mínimo” New York Times – matéria de capa “Amid global gloom Brazil brims with hope

“Depois de anos de aumento da desigualdade e da miséria, floresce uma nova classe média, que compra carros e celulares”, EL PAÍS 

Uma década atrás, Marcelo Neri pensava que era risível o Brasil ser incluso no grupo BRIC de economias emergentes: “BRICs soava melhor que RICs”- CNN

Brasil X China: Somos uma democracia, não destruímos tanto nosso meio-ambiente, estamos nos tornando menos desiguais. Nossa qualidade do crescimento é melhor do que da China.  - BBC News

“O Pelé, o maior jogador de nossa economia, é o cidadão de baixa renda; onde se espera pobreza, se acha pessoas subindo, vivendo um sonho americano, ou sul americano”  CNBC

“Efeitos do salário mínimo, programas de redução de pobreza, informalidade..enfim não há relevante temática social nos últimos 20 anos que não tenha sido abordada por Marcelo.” - Revista Época - Os 100 Brasileiros mais influentes de 2010

“Dois anos depois de implantado o Plano Real,  Marcelo Neri foi o primeiro a comprovar o impacto da estabilidade na redução da pobreza no Brasil... “Embaixador da Classe C” ... Não há como dissociar Marcelo Neri dessa camada....O primeiro pesquisador a mostrar que o estrato se tornou predominante na sociedade brasileira... à medida que a classe C ganha corpo cresce o prestigio de seu “descobridor””.
Veja - “Doutor Demografia”. Marcelo Neri Eleito um dos 50 cariocas mais influentes de 2003.

“Marcelo Neri faz questão de avisar que não é tucano nem petista.. atribui o momento promissor da economia brasileira tanto a herança de Fernando Henrique Cardoso quanto à fé propalada por Lula”  - Estado de São Paulo em 2010

“Miséria Cresceu no 1º ano de Lula” - Manchete de O Globo em 2004 -Flávia de Oliveira

“A desigualdade brasileira em queda desde o início da década mudou de trajetória com o agravamento dos efeitos da crise econômica global.” Folha de São Paulo em 2009

“Marcelo Neri da FGV criador do termo e maior estudioso da “nova classe média” explica que a designação reflete o sentido positivo e prospectivo daquele que realizou o sonho de subir na vida - Merval Pereira – O Globo e Imortal da Academia Brasileira de Letras

Sobre o autor: Marcelo Neri
Marcelo Côrtes Neri é PhD em Economia pela Universidade de Princeton, Mestre e Bacharel em Economia pela PUC-Rio. É economista-chefe do Centro de Políticas Sociais (CPS) da Fundação Getúlio Vargas. Ministra aulas no doutorado, mestrado e graduação da EPGE/FGV. Suas principais áreas de pesquisa são bem-estar e políticas sociais.
Avaliou políticas públicas em mais de duas dezenas de países e desenhou programas nos três níveis de governo e na sociedade civil. Autor dos livros Microcrédito, o Mistério do Nordeste e o Grameen Brasileiro, Cobertura Previdenciária: Diagnóstico e Propostas, Ensaios Sociais, Diversidade, e Inflação e Consumo. Publica com freqüência em revistas especializadas nacionais e internacionais.
Foi escolhido como um dos 100 brasileiros mais influentes em 2010 pela revista Época e um dos 50 cariocas mais influentes em 2003 pela revista Veja. A Veja em 2011 o intitulou de Dr. Demografia em função da descoberta de novas tendências da sociedade como o impacto do plano Real sobre a pobreza, a queda de desigualdade e a ascensão da nova classe média brasileira entre outras.
Fala com freqüência a governos, empresas e universidades estrangeiras. È colunista fixo do Valor Econômico, Conjuntura Econômica e Folha de São Paulo.

RSVP
Marcelo Neri - Centro de Políticas Sociais/FGV
Tel: (21) 3799-6887/6885 ou (21)9868-1211