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sábado, 9 de setembro de 2017

Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro - Rogerio S. Farias, Paulo R. Almeida (livro)

Rogerio de Souza Farias e eu estamos nos aproximando da etapa final da construção desta importante obra, em dois volumes, que pretende ser um “reader” relativamente completo dos textos mais importantes redigidos ou assinados por Oswaldo Aranha, com ênfase nos campos da diplomacia e da economia (sem considerar, portanto, suas atividades essencialmente regionais da primeira fase). 
Acreditamos que ele possa constituir uma obra de referência, inclusive no plano historiográfico. A capa será ilustrada com o famoso retrato de OA por Portinari e está reproduzida em sua versão preliminar (os organizadores são, na verdade, editores, e o subtítulo entre parênteses será suprimido). O Embaixador Ricupero se encarregará da quarta capa. 
Ele será publicado pela Funag, para lançamento conjunto em Brasília, no Palácio Itamaraty, em 20 de outubro, junto com a magnífica fotobiografia de Oswaldo Aranha por Pedro Corrêa do Lago (Editora Capivara), já lançada em SP e Rio. 
Este livro promete ser um dos grandes lançamentos editoriais da Funag, num ano em que se comemoram os 70 anos da sessão especial da AGNU, quando Oswaldo Aranha presidiu à partilha da Palestina. 
Creio, pessoalmente, que ele faz um bom “companion” à fotobiografia do Pedro, por trazer textos geralmente completos, organizados tematicamente, e devidamente introduzidos contextualmente e historicamente. Terá a vantagem de ficar livremente disponível para todos os interessados e estudiosos, na Biblioteca Digital da Funag.
Aguardem
Paulo Roberto de Almeida  
Brasília, 9 de setembro de 2017


Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro

Rogério de Souza Farias
Paulo Roberto de Almeida
(editores)
(Brasília: Funag, 2017; Coleção Memórias Diplomáticas)

Prefácio – Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima
Cronologia
Introdução: Oswaldo Aranha, um estadista brasileiro – Rogério de Souza Farias

Parte 1: Oswaldo Aranha diplomata (1934-1939)
Introdução – Rogério de Souza Farias

Entre a Europa e a América (1934)
A chegada nos Estados Unidos (1934)
Um elogio à civilização americana (1936)
Limite, fronteira e paz (1937)
Retorno da Embaixada em Washington (1937)
Posse no Ministério das Relações Exteriores (1938)
Paz para a América: assinatura da paz do Chaco (1938)
A vulnerabilidade das Américas (1939)
Panamericanismo (1939)
Retorno da Missão aos Estados Unidos (1939)
Avaliação da Missão Aranha (1939)
Reassumindo o Itamaraty (1939)

Parte 2: O chanceler no conflito global (1939-1945)
Introdução – Paulo Roberto de Almeida
Fronteiras e limites: a política do Brasil (1939)
A preparação para a guerra (1939)
Conferência sobre a história diplomática brasileira (1940)
Reunião de consulta dos chanceleres americanos (1942)
O papel do Itamaraty na política do Brasil (1942)
O torpedeamento de navios brasileiros (1942)
O Brasil e a comunidade britânica (1942)
A carta a Vargas: planejando o pós-guerra (1943)
A América no cenário internacional (1943)
Um ano da entrada do Brasil na guerra (1943)
A Sociedade dos Amigos da América (1945)
Comício das quatro liberdades (1945)
Liga da Defesa Nacional (1945)

Parte 3: Multilateralismo e pós-guerra (1947-1958)
Introdução – Rogério de Souza Farias

A conception of world order (1947)
Homenagem nas Nações Unidas (1947)
A profile of Brazil (1947)
Sessão Especial da ONU: Partilha da Palestina (1947)
Abertura da II Assembleia Geral da ONU (1947)
A new order through the United Nations (1947)
A crise da consciência universal (1948)
Regional systems and the future of U.N. (1948)
A ONU e a nova ordem mundial (1948)
Entre a paz e a guerra (1949)
Formatura no Instituto Rio Branco (1950)
O Brasil e o pós-guerra (1950)
Estados Unidos e Brasil na Guerra Fria (1953)
A última missão na ONU (1957)
Um balanço da Assembleia Geral da ONU (1957)
Dez anos nas Nações Unidas (1957)
Reatamento das relações com a União Soviética (1958)
Discurso na ESG: o bloco soviético (1958)

Parte 4: Oswaldo Aranha: o estadista econômico (1931-34, 1953-54)
Introdução – Paulo Roberto de Almeida
Renegociação da dívida externa (1934)
Nacionalismo econômico na Constituinte (1934)
Comparando as economias do Brasil e dos Estados Unidos (1936)
Cada país deve buscar soluções nacionais para seus problemas (1937)
Tratado de integração econômica Brasil-Argentina (1941)
The rise of interdependence (1947)
De volta ao Ministério da Fazenda (1953)
A situação financeira e econômica do país (1953)
O parlamento e as finanças (1953)
Os fundamentos do Plano Aranha (1953)
O problema da dívida brasileira (1954)
O café e o Brasil (1954)

Parte 5. Oswaldo Aranha: o estadista político
Introdução – Rogério de Souza Farias, Paulo Roberto de Almeida
Oswaldo Aranha: o estadista nacional - Stanley Hilton
Oswaldo Aranha e os refugiados judeus - Fábio Koifman
Oswaldo Aranha e Franklin D. Roosevelt - Carlos Leopoldo Chagas Cruz
A Revolução (1930)
Despedida do Ministério da Justiça (1931)
Roosevelt: o único estadista mundial (1945)
A relevância de Rui Barbosa (1945)
Democracia, Estado Novo e Relações Internacionais (1945)
Os governos e o povo (1947)
Discurso no túmulo de Vargas (1954)
Compreendendo o suicídio de Vargas (1954)
A despedida do estadista (1959)

Bibliografia
[Índice preliminar: 9/09/2017]

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Oswaldo Aranha: discursos de posse no MRE, 1938; 1939 - CHDD-RJ

Textos constantes do site do CHDD, relativos aos ministros de Estado das Relações Exteriores na República:
URL: http://funag.gov.br/chdd/index.php?option=com_content&view=article&id=135%3Aoswaldo-aranha&catid=55%3Aministros&Itemid=92
Paulo Roberto de Almeida

DISCURSO DE POSSE
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES OSWALDO ARANHA
15 DE MARÇO DE 1938


A minha vida pública é de ontem, contemporânea de todos vós. Sabem, assim, Sr. Ministro, quantos nos honram com sua presença a esta solenidade, que eu não o vim substituir, mas continuar, mesmo porque neste departamento da vida do nosso país, a coerência fez-se continuidade e esta tradição, inviolável.
Somos, Vossa Excelência por uma longa e brilhante carreira e eu pela minha missão em Washington, funcionários desta casa.
Foi uma grande honra para mim entrar, após ter exercido as mais altas e responsáveis posições na vida política do meu país, há três anos, para o Itamaraty.
Considerei sempre, como devem considerar todos os brasileiros, uma nobre missão a de vir trabalhar à sombra desta casa, viver as suas tradições e compartilhar as suas responsabilidades.
Não tem o nosso país atalaia mais alta na sua história de benemerências, nem mais nobre lição de pacifismo, e de devoção à justiça de outro povo aos demais, do que aquela que se contém nos anais diplomáticos da formação do Brasil.
A diplomacia brasileira é a escola da paz, a organização da arbitragem, a política da harmonia, a prática da boa vizinhança, a igualdade dos povos, a proteção dos fracos, a defesa da justiça internacional, enfim, uma das glórias mais puras e altas da civilização jurídica universal.
A ela deve o nosso povo a parcela maior de suas grandezas, a configuração de suas fronteiras imensas, a conquista de sua unidade, a estrutura de suas soberania, a confiança dos demais povos, e, mais que tudo, o uso e gozo da paz em que temos vivido os brasileiros, mesmo em meio de lutas e de guerras.
Herança do Império desdobrada pela República, a nossa diplomacia é, hoje, uma instituição nacional, inviolável em sua coerência, sagrada em suas tradições, definida em seus fins, clara em seus meios, na qual podem e devem confiar todos os brasileiros como nela têm confiado e confiam os demais povos.
O povo brasileiro é um penhor de boa vontade, de conciliação, de harmonia e de paz.
A obra pacífica do Brasil, no continente e no mundo, não foi, nem é traçada por conveniências ou interesses.
É ideia, é sentimento, é educação e é moral – é atitude tradicional do povo e do Estado brasileiros.
Não houve nem haverá lugar entre nós, dada a nossa índole e formação, para outra política senão aquela – suaviter in modo et fortiter in re – que presidiu à nossa evolução e há de fortalecer e alargar a nossa grandeza.
Representando o nosso governo nos Estados Unidos da América do Norte, o maior centro de convergência das atenções e atividades universais, pude bem medir o respeito por essas nossas tradições e bem avaliar o prestígio da nossa conduta continental e internacional.
É que, meus senhores, a política internacional do Brasil foi sempre uma expressão da opinião nacional do Brasil. 
É só na vontade do povo, na consulta a sua opinião e aspirações, que a paz encontra a sua segurança.
Os governos e os homens nem sempre têm sido bons intérpretes dos seus povos.
Neste erro tiveram suas origens todas as guerras.
É na subordinação dos governos aos seus povos que as nações devem procurar a boa inspiração para os seus destinos, e a solução para os problemas da comunhão universal.
Esta prática, sempre seguida pelo Brasil, foi a base na qual assentou a obra da paz realizada exemplarmente pela civilização brasileira no decurso da sua história e no concerto das nações.
Acreditou-se, num dado momento, que a economia, tornada substância da política, acabaria por inaugurar uma era de cooperação pacífica entre os povos, favorecida por interesses comuns.
Outras soluções foram sugeridas e até adotadas, desde as da força até as do isolamento, como sendo as melhores para manter e desenvolver os meios e instrumentos apropriados à solução pacífica dos problemas e conflitos universais.
A verdade, porém, é que ao termo de tão longos esforços e atormentadas experiências, chegamos todos quantos procuramos o bem estar universal à conclusão de que a paz, a sua segurança e a sua manutenção, residem afinal na obediência dos governos à vontade popular e no respeito das nações à opinião dos seus próprios povos.
O Brasil, justamente porque conduziu sua política internacional consultando sempre a vontade, a aspiração e a opinião de seu povo, é um modelo de cooperação, de desambição e de paz no concerto das nações continentais e mundiais.
O governo atual, malgrado as falsas interpretações de quantos ignoram a sua origem e a sua razão de ser, fundou a sua política exterior nas fontes mesmas da tradição e da opinião do Brasil.
O eminente chefe da nação tem dado, na política internacional do seu governo, as demonstrações mais definitivas de sua fidelidade às nossas tradições diplomáticas, procurando alargá-las e consolidá-las pelo fortalecimento de uma política continental de boa vizinhança e de amizade com os demais povos.

DISCURSO DE POSSE
MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES OSWALDO ARANHA
27 DE MARÇO DE 1939


Senhor Ministro, meus Senhores,

Esta cerimônia, ainda quanto seja uma simples formalidade íntima do Itamaraty, tem uma grande significação.
Ela mostra que a continuidade e a coerência são as linhas mestras desta casa, da ação diplomática e da vida mesma de quantos se devotam ao serviço exterior do Brasil.
A fidelidade aos princípios básicos de nossa formação e evolução política foi e será existencial, na ordem interna do Itamaraty e na exterior do Brasil.
A defesa dessas normas no campo internacional e a sua conservação e aperfeiçoamento na vida diplomática e dos diplomatas brasileiros tornam-se cada dia mais necessárias.
As grandes crises econômicas e políticas universais vieram e virão da falta de continuidade e de coerência dos governos e da crescente infidelidade dos povos aos princípios e tradições, que lançam, através dos tempos, os alicerces mesmos da solidariedade e do aperfeiçoamento humanos.
O respeito ao passado, a devoção às ideias, o sentimento das tradições nunca transviaram os homens e sempre protegeram o destino dos povos.
A força moral do Brasil, no continente como no mundo, emana dessa política invariável de apego àquelas normas que traçaram as suas fronteiras geográficas e alargam todos os dias as de seu prestígio internacional.
Esta cerimônia demonstra como essa linha geral preside, igualmente, ao exercício de nossas funções e ao trato de uns com outros no desempenho das atribuições que nos são confiadas no serviço exterior de nosso país.
E nada, meus amigos, eleva mais uma corporação do que a segurança de que cada um de seus membros, nas suas divergentes atividades, obedece à lei geral, à harmonia do todo, ao supremo interesse do país.
A impessoalidade é a primeira condição para bem servir e melhor contribuir para a obra comum que nos cumpre realizar nesta casa.
A minha viagem aos Estados Unidos veio demonstrar que, lá como aqui, estivemos juntos e solidários, porque, ainda quando distanciados pelas atividades, nunca estivemos ausentes, mas mais reunidos pelo dever e pelo ideal.
O nosso trabalho foi comum, e a conjugação de nossos esforços tão perfeita que, quando se for apreciar a obra por nós realizada nos Estados Unidos, o historiador não a poderá atribuir a mim ou aos meus auxiliares, mas ao Itamaraty, ao governo, ao presidente da República, enfim, ao Brasil, aos que o serviram e aos que o estão agora servindo sob a inspiração desses antepassados.
É esta a significação desta cerimônia: um funcionário substitui outro, sem que a função, no que tem de essencial, sofra a menor solução de continuidade, porque aqui, nesta casa e neste serviço, os homens passam, maiores ou menores, como expressões efêmeras de uma devoção eterna, que as gerações de nossos diplomatas têm conservado, à defesa, à integridade, à grandeza e ao prestígio do Brasil.
Agradeço às generosas palavras do Ministro Freitas Valle, porém, mais ainda, aos relevantes serviços por ele prestados e por todos vós ao governo, durante minha estada nos Estados Unidos, facilitando-me e aos meus companheiros o desempenho de uma missão que, graças à direção do Presidente da República e assistência do Itamaraty, veio confirmar e ampliar a tradicional política de cooperação e de amizade de nossos dois povos, pela qual trabalharam, no Império e na República, sem exceção, todos quantos dirigiram os nossos grandes destinos políticos, nacionais e internacionais.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Pensamiento diplomatico brasileno: edicao em espanhol - capitulos Paulo Roberto de Almeida

Meus mais recentes trabalhos publicados, mas de 2013, agora na versão em espanhol:


1235. “Pensamiento diplomático brasileño: Introducción metodológica a las ideas y acciones de algunos de sus representantes”; In: Pensamiento diplomático brasileño : formuladores y agentes de la política exterior (1750-1964) / José Vicente de Sá Pimentel (organizador) ; Paola Citraro (traducción). Brasília: FUNAG, 2016; 3 v. – (História diplomática); Título original: Pensamento diplomático brasileiro: formuladores e agentes da política externa (1750-1964); ISBN: 978-85-7631-588-9; vol. I, 340 p., p. 19-42. Disponível no link: http://www.funag.gov.br/boletim-editorial/PDB-ES/livros/pdb_vol_1_es.pdf. Relação de Originais n. 2503.




1236. “Oswaldo Aranha: en la continuidad del estadismo de Rio Branco”, com João Hermes Pereira de Araújo; In: Pensamiento diplomático brasileño : formuladores y agentes de la política exterior (1750-1964) / José Vicente de Sá Pimentel (organizador) ; Paola Citraro (traducción). Brasília: FUNAG, 2016; 3 v. – (História diplomática); Título original: Pensamento diplomático brasileiro: formuladores e agentes da política externa (1750-1964); ISBN: 978-85-7631-588-9; vol. III, 496 p. sequenciais; p. 663-707. Disponível no link: http://www.funag.gov.br/boletim-editorial/PDB-ES/livros/pdb_vol_3_es.pdf. Relação de Originais n. 2502.

Os três volumes estão disponíveis neste link da Funag:
http://funag.gov.br/boletim-editorial/PDB-ES/

Demoraram, mas sairam os livros.
Ainda faltam os três volumes em inglês. Vão ficar prontos, em algum momento deste segundo semestre...
Boa leitura.
Paulo Roberto de Almeida 

domingo, 29 de novembro de 2015

This Day in History: Palestina Partition, Oswaldo Aranha (NYT)

ON THIS DAY

On Nov. 29, 1947, the U.N. General Assembly passed a resolution calling for Palestine to be partitioned between Arabs and Jews.
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ASSEMBLY VOTES PALESTINE PARTITION; MARGIN IS 33 TO 13; ARABS WALK OUT; ARANHA HAILS WORK AS SESSION ENDS



U.N. REJECTS DELAY
Proposal Driven Through by U.S. and Soviet Will Set Up Two Sates
COMMISSION IS APPOINTED
Britain Holds Out Hand to It - Arabs Fail in Last-Minute Resort to Federal Plan
By THOMAS J. HAMILTON
RELATED HEADLINES Arabs See U.N. 'Murdered,' Disavow Any Partition Role: Angry Delegates Stalk From Assembly Hall Before Formal Closing -- Silver Voices Gratification, Offers Friendship
Peace Gains Noted: Brazilian Says Contacts Inspired No Forecast of Imminent War: Cites Role of Minority: Lie Regrets That Economic Issues Were Sidetracked -- Others Hail Aranha
Zioninst Audience Joyful After Vote: Tears, Excited Laughter Mark Tension -- Aranha Commends Public's Good Behavior
OTHER HEADLINES Schuman Bars Discussion of French Labor Overture; Communist Papers Seized: Premier Adamant: Strikers Must Go Back on Regime's Terms -- Labor Curbs Urged: Assembly Split on Code: 324 Saboteurs Are Arrested -- Paris to Expel Aliens Who Help Ruin Economy
U.S. Troops to Stay in Italy Beyond Dec. 3 Sailing Date: Change in Plans Is Linked to Disturbances Led by Communists -- Milan Is Calm Following Compromise on Prefect
No Parking Area Is Created From City Hall to Canal St.
War Pay Racket Hunted by Truman: Gen. Vaughan Says President Wants Army, Navy, Air House-Cleaning on Disability Cases
Congress Action Lags on Aid Bill Despite Warnings Need Is Urgent
Vast G.I. Housing to Rise Near Site of World's Fair: 21 14-Story Apartment Units to Form Nation's Largest Veterans' Cooperative: Cost Put at $58,000,000: Occupancy on Tenant-Owner Basis -- Work Will Start Before End of Year
Molotov Insists on Regime Before Treaty on Germany
Company Asks Rise in Gas Rate From $1.15 to $2 Sliding Scale
The United Nations General Assembly approved yesterday a proposal to partition Palestine into two states, one Arab and the other Jewish, that are to become fully independent by Oct.1. The vote was 33 to 13 with two abstentions and one delegation, the Siamese, absent.
The decision was primarily a result of the fact that the delegations of the United States and the Soviet Union, which were at loggerheads on every other important issue before the Assembly, stood together on partition. Andrei A. Gromyko and Herschel V. Johnson both urged the Assembly yesterday not to agree to further delay but to vote for partition at once.
The Assembly disregarded last minute Arab efforts to effect a compromise. Although the votes of a dozen or more delegations see-sawed to the last, supporters of partition had two votes more than the required two-thirds majority, or a margin of three.
How Members Voted
The roll-call vote was as follows: For (33) - Australia, Belgium, Bolivia, Brazil, Canada, Costa Rica, Czechoslovakia, Denmark, Dominican Republic, Ecuador, France, Guatemala, Haiti, Iceland, Liberia, Luxembourg, the Netherlands, New Zealand, Nicaragua, Norway, Panama, Paraguay, Peru Philippines, Poland, Sweden, Ukraine, South Africa, Uruguay, the Soviet Union, the United States, Venezuela, White Russia.
Against (13) - Afghanistan, Cuba, Egypt, Greece, India, Iran, Iraq, Lebanon, Pakistan, Saudi Arabia, Syria, Turkey, Yemen.
Abstentions (10) - Argentina, Chile, China, Colombia, El Salvador, Ethiopia, Honduras, Mexico, United Kingdom, Yugoslavia.
Absent (1) - Siam.
All other questions before the Assembly were disposed of a week ago, and it ended its second regular session at 6:57 P.M. after farewell speeches by Dr. Oswaldo Aranha, its President, and Trygve Lie, the Secretary General. The Assembly's third regular session is to open in a European capital on Sept. 21.
The vote on partition was taken at 5:35 P. M. Representatives of Iraq, Saudi Arabia, Syria, and Yemen, four of the six Arab member states, announced that they would not be bound by the Assembly's decision and walked determinedly out of the Assembly Hall at Flushing Meadow. The Egyptian and Lebanese delegates were silent but walked out, too.
Briton Seeks Contact
Sir Alexander Cadogan, representative of Britain, which is to terminate the League of Nations mandate over Palestine and withdraw all British troops by Aug. 1, made a brief statement after the vote. He requested the United Nations Palestine Commission to establish contact with the British Government about the date of its arrival in Palestine and the coordination of its plans with the withdrawal of British troops.
The United Nations commission which will be responsible to the Security Council in the event that the Arabs carry out their threats to fight rather than agree to partition, will be composed of representatives of Bolivia, Czechoslovakia, Denmark, Panama and the Philippines.
This state, which is understood to have the backing of the United States, was proposed by Dr. Aranha and approved without opposition after the Arab delegates had walked out.
The commission, as proposed by the partition subcommittee, of the Assembly's Ad Hoc Committee on Palestine, was to have been composed of Denmark, Guatemala, Iceland, Poland, and Uruguay, but the question was left to the Assembly because of United States opposition.
The Assembly, without discussion, also approved an appropriation of $2,000,000 for the expenses of the commission, which will take over authority in Palestine after the British terminate the mandate and will then transfer it to the "shadow governments" of the two states.
The walkout of the Arab delegates was taken as a clear indication that the Palestinian Arabs would have nothing to do with the Assembly's decision. The British have emphasized repeatedly that British troops could not be used to impose a settlement not acceptable to both Jews and Arabs, and the partition plan does not provide outside military force to keep order.
Instead, it provides for the establishment of armed militia by the two nascent states to keep internal order and that any threats to peace by the neighboring Arab states are to be referred to the Security Council.
The Assembly decided Friday to take a recess of twenty-four hours to give the Arabs time to submit a comprise proposal, but this turned out to be what Mr. Johnson called a mere resurrection of the proposal for a federal Palestine, which had been recommended by a minority of the United Nations Special Committee on Palestine.
The resolution to return the entire question to the Ad Hoc Committee on Palestine, introduced by Mostafa Adl, the representative of Iran, would furthermore have directed the committee to take into account the last-minute Arab proposal.
A simple procedural resolution returning the question to the committee would have had precedence over the partition proposal, but Dr. Aranha, after considerable reflection, ruled that the extraneous provisions barred it from being treated as a procedural motion and that it could not be voted on until after the Assembly's decision on partition.
Vote on Principles Sought
Camille Chamoun, the Lebanese representative, tried to meet Dr. Aranha's ruling by demanding that the committee vote first on the eleven principles on the future government of Palestine, which had been approved unanimously by the Special Committee on Palestine last summer.
Mr. Chamoun remarked that the resolution before the Assembly did not mention these principles, but Dr. Aranha replied that they were covered by the plan substituted by the Palestine committee, to which the Assembly's resolution will give effect, and rejected the final Arab attempt to postpone a decision.
Dr. Alfonso Lopez, the Colombian representative, who on Friday had submitted a complicated proposal that, among other things, would have returned the question to the committee, had arranged with another delegate to make a simple proposal to recommit. However, the delegate, sensing the mood of the Assembly, remained silent and Dr. Aranha called for the decisive vote.
U.S. Efforts Praised
The United States delegation played its part in persuading the delegate in question not to present the motion for recommittal, and supporters of partition agreed that, after long hesitation, it had sincerely done its best to obtain Assembly approval of partition.
It was still difficult to account for the fact that Greece, which otherwise followed United States leadership throughout the long Assembly, voted against partition and that some Latin American countries abstained.
Britain, which brought the Palestine question before the Assembly last March, abstained on all votes in the Palestine committee and in poling on the issue in the Assembly.
It was expected that had the Assembly failed to reach a decision the United States would have asked Britain to stay on in Palestine. Sir Alexander's statement after the decision was taken was welcomed as being more cooperative than previous ones. It was generally expected that the United States and Britain would now agree on a working arrangement to facilitate the commission's work.
The Arab delegates, particularly after the vote, referred bitterly to the "heavy pressure" exerted on other delegations. Other delegates interpreted these complaints as attacks on the United States.
The Syrian representatives led this attack. Faris el-Khoury, in a statement before the vote, charged that the proportion of Jews to the rest of the population in the United States was 1 to 30. Jews were trying to "intimidate the United Nations ... and hiss the speakers here," which, he said was "proof that they are dominating here."
This assertion drew hisses from the gallery, and Dr. Aranha pounded his gavel for order.
A few minutes before the Assembly convened Arab spokesmen announced that they had drawn up a new six-point program in twenty-four hours of conferences. The program involved this formula:
(1) A federal independent state of Palestine shall be created not later than Aug. 1, 1949.
(2) The Government of Palestine shall be constituted on a federal basis and shall include a federal government and governments for Arab and Jewish countries.
(3) Boundaries of the cantons will be fixed so as to include a federal basis and shall include a federal government and governments for Arab and Jewish countries.
(4) The population of Palestine shall elect by universal, direct suffrage a Constituent Assembly, which shall draft the Constitution of the future federated state of Palestine. The Constituent Assembly shall be composed of all elements of the population in proportion to the number of their respective citizens.
(5) The Constituent Assembly, in defining the attributes of the federated government of Palestine as well as of its legislative and judiciary organs and the attributes of the governments of the cantons and of the relation of the governments of these cantons with the federal government, shall draw its inspiration chiefly from the principles of the Constitution of the United States as well as from the organization of laws in the states of the United States.
(6) The Constitution will provide, among other things, for protection of the holy places, liberty of access to visit the holy places and freedom of religion as well as safeguarding of the rights of religious establishments of all nationalities in Palestine. >

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A frase da semana: Oswaldo Aranha, sobre as ideias

As ideias são mais poderosas do que as máquinas. É verdade que as resistências morais são maiores do que as materiais.

Oswaldo Aranha
Discurso em banquete do Clube do Comércio, Porto Alegre, 9 de agosto de 1947
In: FLORES, Moacyr. Oswaldo Aranha. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1991, p. 79.