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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: estudantes da UnB mandam candidata presidencial estudar mais...

Nunca vi tanto besteirol por centímetro quadrado quanto na entrevista dada por uma candidata a um programa de TV. Chega a ser constrangedor saber que uma pessoa tão despreparada, cheia de chavões mentirosos, consegue ser candidata a qualquer coisa, inclusive síndica de prédio. Eu não aceitaria uma coisa dessas.
Felizmente, estudantes atentos fizeram a devida correção, e apareceu no Huffington Post Brasil:
https://www.youtube.com/watch?v=at4FpH9PKyI&feature=youtu.be
Paulo Roberto de Almeida


Alunos da UnB lançam vídeo #EstudaLuciana para rebater argumentos de Luciana Genro pró-socialismo (VÍDEO)

Publicado: Atualizado: 


A entrevista da presidenciável Luciana Genro (PSOL) concedida a Danilo Gentilina semana passada continua repercutindo. Após ser aplaudida nas redes por mandar o apresentador 'estudar mais' sobre comunismo, agora ela é alvo de deboche de um grupo de estudantes da Universidade de Brasília (UnB).
Os alunos, que participam do Instituto Liberal do Centro-Oeste, gravaram o vídeo acima para rebater um a um os argumentos de Genro pró-socialismo, apresentados no programa The Noite, de Gentili.
Para quem quer um resumo do vídeo, seguem as principais defesas do grupo em prol do #EstudaLuciana:
Taxar as grandes fortunas é pior
Luciana Genro quer a taxação das grandes fortunas — acima de R$ 50 milhões.
Segundo os estudantes, essa medida não deu certo nos países em que foi adotada.
Eles explicam que essa tributação levou à fuga de dinheiro de países como França e Estados Unidos.
Como exemplo, citaram Eduardo Saverin, ex-Facebook, e o ator Gerard Depardieu, que abriram mão das respectivas cidadanias para que o Estado não mexesse em seus cofres.
"É uma ingenuidade achar que milionários vão ficar parados esperando o Estado tomar seu dinheiro", ironiza um estudante.
Com dinheiro saindo do País, há o risco de cair o nível de empregos.
Investir na Bolsa financia a produção
Os alunos afirmam que é uma falácia Genro dizer que o dinheiro hoje vai para o mercado de capitais, em vez de ir para a produção.
Enumeram uma série de empresas de alimentos e tecnologia que têm ações na Bolsa.
E explicam que investir na Bolsa é financiar a produção dessas companhias.
Também dizem que "não existe dinheiro certo" no mercado financeiro, como defende Luciana Genro.
Ainda alfinetam o pai dela, o governador Tarso Genro (PT-RS), candidato à reeleição, que tem grana em fundo de investimentos.
Países livres e capitalistas são mais tolerantes aos gays
Os jovens do Instituto Liberal do Centro-Oeste defendem que socialismo e liberdade, substantivos que figuram no nome do PSOL, são excludentes.
Lembram que países capitalistas e livres são mais tolerantes aos gays — minoria acolhida pelo PSOL em suas bandeiras fundamentais.
LEIA MAIS:
Renda dos pobres é maior em países capitalistas
Os estudantes usam o ranking mundial de liberdade econômica para comparar como está a renda das pessoas mais pobres em países capitalistas e socialistas.
Os dados mostram que, quanto mais empreendedorismo e comércio, os pobres de um país são mais ricos.
Portanto, segundo eles, a renda das famílias pobres é maior em países mais livres.
O socialismo não deu certo
Tratado como "utopia concreta" por Luciana Genro, o socialismo não logrou êxito — defendem os jovens do vídeo.
Para eles, é praxe os militantes socialistas se referirem a ditadores comunistas pelo nome do regime do ditador, na tentativa de mascarar uma experiência de socialismo que deu errado.
É o caso do "stalinismo", na União Soviética, "castrismo", em Cuba, e "chavismo", na Venezuela.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Eleicoes 2014: a politica externa de Aecio Neves - Oliver Stuenkel

Brazil Post (Huffington Post), 
AECIO


A próxima campanha presidencial no Brasil deverá incluir uma discussão sobre como cada candidato pretende defender os interesses do Brasil no exterior. A atuação internacional do Brasil é muito maior hoje do que em qualquer momento de sua história, tornando o tema um elemento-chave da estratégia global de qualquer governo. As tropas brasileiras estão no Haiti, o Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil (BNDES) empresta dinheiro a nível internacional, o Brasil aumentou o número de suas embaixadas na África e participou da criação dos grupos BRICS e UNASUL.
Esta forte presença internacional levanta questões importantes. Por exemplo, o que o foco direcionado do Brasil na África tem realmente alcançado na última década? Fazer parte do grupo BRICS pode aumentar a influência global do Brasil? Como podemos convencer os nossos vizinhos de que a ascensão do Brasil é boa para eles também? Qual é a visão a longo prazo do Brasil para a região? Qual é a função da ajuda brasileira ao desenvolvimento, da UNASUL e do Mercosul nesta visão regional? Como o Brasil pode melhor promover a estabilidade política e econômica na América Latina? Como o Brasil deveria lidar com a instabilidade na Venezuela e as violações de direitos humanos em Cuba?
Diante disso, todos os candidatos devem ser capazes de criticar a política externa do Brasil durante a presidência de Dilma Rousseff. Em comparação com FHC e Lula, que deixaram suas marcas no compromisso internacional do Brasil, a política externa da presidente tem sido uma política sem brilho. Diplomatas estrangeiros lamentam privadamente que ela não parece se importar muito com questões internacionais. Enquanto os Ministros das Relações Exteriores de FHC e Lula prosperavam, o Itamaraty foi rebaixado por Rousseff, e foi dado pouco espaço para o Ministro Patriota tomar iniciativa. O atual Ministro das Relações Exteriores, Figueiredo, parece ter maior acesso à Presidente, mas ele dificilmente é um de seus principais assessores. Os discursos de Dilma na Assembleia Geral da ONU, grandes oportunidades de articular a visão do Brasil, não foram inspiradores.
O que Aécio Neves, candidato do Partido da Social Democracia do Brasil (PSDB) faria se ele fosse eleito presidente? De todos os candidatos, é o ex-governador de Minas Gerais que articulou a crítica mais forte à atual política externa dos últimos governos. Sob as presidências tanto de Lula quanto Rousseff, Aécio argumenta que o Brasil tem mantido laços excessivamente cordiais com regimes autoritários como Cuba e Irã e tem feito muito pouco para promover os direitos humanos e a democracia. Da mesma forma, ele argumenta que convidar Chávez da Venezuela para participar do Mercosul foi um erro. Finalmente, segundo Aécio, o Brasil errou ao aceitar expropriações de refinarias da Petrobras na Bolívia - dando a entender que a resposta do Brasil foi, em grande parte, determinada por simpatias ideológicas do governo com o esquerdista Evo Morales da Bolívia.
Em questões internacionais, ele parece acreditar que a ênfase do Brasil em fortalecer os laços com outras potências emergentes e África foi mal concebida, com tendências ideológicas e não necessariamente a serviço do interesse nacional brasileiro.
Aécio Neves, portanto, não apenas critica a política externa do governo, mas também oferece alternativas relativamente claras: o Brasil deve deixar de cultivar laços estreitos com Cuba, Venezuela e outros governos de esquerda na região e adotar um tom mais crítico a esses países. Deve também condenar abertamente as violações de direitos humanos em Cuba e pedir a libertação de todos os presos políticos do governo Castro. O Brasil pode ainda gastar menos tempo estreitando os laços com o Sul Global e buscar consolidar sua relação com os Estados Unidos.
No entanto, mesmo sendo de alguma maneira construtiva, sua crítica é baseada no pressuposto maior que toda a política externa do Brasil baseia-se em fundamentos ideológicos puramente de esquerda - uma reivindicação questionável considerando que a política externa mudou relativamente pouco quando o presidente Lula assumiu, em 2002, em comparação com o governo anterior. Nem o presidente Itamar Franco, nem Fernando Henrique Cardoso criticaram Fidel Castro abertamente (mesmo que Luiz Felipe Lampreia tenha uma vez insistido em conhecer uma figura da oposição durante uma viagem a Cuba). Na mesma linha, o primeiro presidente a propor a participação da Venezuela no Mercosul foi FHC. As estreitas relações do Brasil com a Venezuela durante a última década podem ser explicadas por interesses econômicos do Brasil, não por uma forte ligação ideológica. Dilma Rousseff desprezou o estilo abrasivo de Hugo Chávez e critica a gestão econômica do presidente Maduro.
Por fim, diversificar parcerias e construir uma presença diplomática mais forte no mundo em desenvolvimento - que gerou muitos benefícios para o Brasil - também foi uma iniciativa de Fernando Henrique Cardoso. Lula, de maneira muito habilidosa, continuou e intensificou a estratégia. A participação brasileira no grupo do BRICS é uma estratégia pragmática e, contrário ao que argumentam alguns comentaristas conservadores, não motivada por questões ideológicas ("Os benefícios do grupo BRICS para o Brasil"). A política externa atual do Brasil pode ser menos ideológica do que algumas das críticas de Aécio Neves sugerem. A decisão de Lula de negociar com o Irã em 2010 foi muito mais uma tentativa (correta, ao meu ver) de fortalecer a projeção global do Brasil do que uma prova de alinhamento com Mahmoud Ahmadinejad - embora os radiantes sorrisos de Lula com o presidente do Irã, fazendo manchetes em todo o mundo, podem, de fato, ter enviado uma mensagem errada para o público global.
Tudo isso não significa que toda a crítica de Aécio seja equivocada. Por exemplo, ele tem razão em apontar que os laços com os Estados Unidos chegaram a um ponto baixo no final do segundo mandato de Lula, mesmo que o Ministro Patriota, no governo Dilma tenha conseguido normalizar boa parte das relações antes do escândalo de espionagem desfazer a sua obra. Aécio Neves criticou a decisão de Dilma de cancelar a visita de Estado, dizendo que não ter ido à Casa Branca pode ter feridos interesses comerciais. Diante do contexto político do escândalo de espionagem, porém, a decisão da Presidente cancelar sua viagem foi razoável, e parece pouco provável que interesses comerciais sofreram como consequência.
Quanto à abordagem regional da Aécio, duas questões se destacam. Primeiro de tudo, uma postura mais assertiva pró-direitos humanos e pró-democracia poderia conduzir Estados menores a ver o Brasil como um hegemon regional? Como Aécio teria certeza de que criticar o governo venezuelano não afetaria os interesses comerciais sólidos do Brasil lá? Afinal, mesmo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) apoiou a entrada da Venezuela no Mercosul, e os laços estreitos de Lula com Chávez protegeram os investimentos brasileiros contra a interferência política na Venezuela até o momento. Por outro lado, isso parece impedir que o Brasil desempenhe um papel construtivo como mediador-chave, uma vez que a Venezuela enfrenta um conflito interno profundo. Mais importante ainda, ele não só criticaria abusos de direitos humanos cometidos por governos de esquerda (como Venezuela e Cuba), mas também por governos conservadores, como do ex-presidente Uribe?
Em segundo lugar, como exatamente ele pretenderia influenciar a política de Cuba? Considerando que um embargo dos EUA não desestabilizou o regime cubano, nem o tornou mais liberal, isolar Cuba é a estratégia correta para o Brasil? Como defenderia os interesses econômicos brasileiros na ilha? Isso remete a uma das questões mais complexas nas relações internacionais: Como os países democráticos liberais devem lidar com os países não democráticos? Devemos procurar mudá-los através envolvimento com eles (como as diferentes vertentes de pensamento liberal sugerem) ou do isolamento? Ou devemos nos abster de influenciar assuntos internos de outros países (o que reflete uma abordagem mais realista)?
Ainda assim, não é claro em que medida Aécio prevê uma "política externa pragmática" (termo que ele usa frequentemente) baseada em interesses estratégicos e econômicos do Brasil ou uma política externa mais orientada por valores que promovem a democracia e os direitos humanos (mesmo que arrisque ferir interesses empresariais brasileiros). Se for o último, o termo "pragmático" parece estar fora do lugar. Nesse caso, ele teria que explicar como ele lidaria com crescentes laços econômicos do Brasil com cleptocracias como Angola ou a Guiné Equatorial, ou com ditaduras como a China.
Como a atuação internacional do Brasil aumentará na próxima década, e como o bem-estar dos cidadãos brasileiros será cada vez mais afetado pela estratégia de política externa do Brasil, discutir profundamente estas questões é fundamental - independentemente do apoio ou não à linha de argumentação de Aécio Neves, é preciso fortalecer o debate sobre a política externa e obrigar cada candidato a defender a sua estratégia.
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quarta-feira, 5 de março de 2014

Um desafio interessante: ler um livro por semana, durante um ano inteiro - Julien Smith

Vale a pena tentar: se tirarmos a TV, a preguiça e meia hora de sono suplementar, acho que dá para fazer, mesmo cumprindo todas as demais rotinas habituais...
Eu já não vejo TV, ou quase; não sei se sou preguiçoso, e já durmo muito pouco.
Em todo caso, vou começar a fazer agora...
Paulo Roberto de Almeida


How to Read a Book a Week

Huffington Books,: Updated: 
Print Article
Yep, I finally did it. I read over a book a week all of the past year.
More than that -- I never fell behind or stopped. I was always ahead of schedule for the entire year. So now, this coming year, guess what? I'd like you to do the same. Here's how.
Why in God's Name You Would Want To Do This?
It feels awesome. It gives you an amazing number of ideas. It helps you think more thoroughly. It's better than TV and even the Internet. It makes you understand the world more. It is a building block towards a habit of completion. Did I mention it feels awesome?
... whatever, just do it already.
Why One a Week?
First of all, why so many, why not just "read more books"? I'd argue that setting a massive goal, something crazy like one a week, actually helps. To make a comparison, the body reacts strongly to large wounds, expending significant energy to heal them. Small wounds, it doesn't think much of, which means they can sometimes take longer to heal. So setting a massive goal will make you take it seriously.
So, that's first. Make your goal massive and unreasonable so that you freak out a little.
One Day at a Time
The average book I read was maybe 250-300 pages. Some were larger, some were smaller. I broke this down to 40 pages a day, which I read early on so I can get it over with. It's an easy, manageable goal, which doesn't seem nearly so daunting as 52 books in a year. This is critical to managing your emotional state, making it feel like it's totally reasonable.
Make It a Routine and Stack It
I have a habit right now of getting up, showering, etc., and then going out for breakfast every morning, sitting at counter at the same restaurant, and drinking coffee until I've read my 40 pages.
Why do I do it like this? Because I know that I'm kind of weak-willed. I'm betting you can admit this about yourself too, and doing so will help you set everything into its proper place.
Oh, and a #protip: Set it up early in the day, as early as possible. Like The Artist's Way's morning pages and Twyla Tharp's exercise regimen (in The Creative Habit: Learn It and Use It for Life), it must occur early or we will put it off. This is the same with every habit -- you must chain them together for them to work.
Use Every Moment
If you have a commute, use it. If you have a lunch break, use that. This is something I'm just figuring out, but the ability to whip out your book quickly and read two pages will help you out significantly, especially in getting ahead, which will be your biggest asset and give you a rewarding feeling. Further, getting ahead will help you take your time with the hard books that are really dense and worth taking time on.
It's OK to Give Up... Kind Of
If something sucks (or feels tough), it's OK give up on it -- for now. You can do this when you're ahead of schedule and it won't screw with you too badly, and then you can go back to that book every little while until you finish it.
I did this a number of times this year, which means the number of books I started was probably in the 60-65 range (I finished 54.)
It's OK to Cheat
Is your deadline closing on you, and you feel you may fall behind? Holy crap! Ok, it's time to cheat. Choose a quick book and read it, something you may have read before, enjoy a lot, and can breeze through.
"This is cheating," you may say. I would agree. But the short term cheating to help yourself succeed in the long run on this goal is more important than hard-headed idea that every book you read has to be frikkin War and Peace. It doesn't. This is to enrich your life, not to make you feel like crap.
By the way, even small books can be incredible. This year, I read the following books that were small but awesome: The Dip, The Little Red Book of Selling, The Five Secrets You Must Discover Before You Die, Man's Search For Meaning, Vagabonding, and Of the Dawn of Freedom.
Never Fall Behind
Never "owe yourself one" or deduct from the bank account, saying you'll get back to it later. Your weekly deadline will help you stay on track, but falling behind may make you feel helpless and make you consider giving up. You have to control your emotional state from dropping to this level, where you feel it's hopeless, etc., and you do that by always being ahead of schedule.
In Conclusion
Reading has made me a much better, more complete, and happier person. All the world's wisdom is contained in books- most of it is not on the Internet or known by people in your social group, so this can really help you expand, if you let it. So start today.
All the best in the coming year to you.
Julien Smith is the CEO of Breather and a New York Times bestselling author of The Flinch and Trust Agents. Visit his blog for more entries like this one:inoveryourhead.net
Follow Julien Smith on Twitter: www.twitter.com/julien

terça-feira, 11 de junho de 2013

1984, versao 2013; patrocinio: Governo Obama - The Huffington Post

George Orwell's '1984' Book Sales Skyrocket In Wake Of NSA Surveillance Scandal

The Huffington Post  |  By  Posted:   |  Updated: 06/11/2013 5:29 pm EDT
On June 8, 1949, George Orwell published a novel describing a fictitious world gripped in the vise of constant war and a society held captive by the ever-watchful gaze of a shadowy totalitarian dictator known as "Big Brother." The book has since found relevance again and again in our modern world.
This week, in the wake of the ongoing National Security Administration surveillance scandal, dystopian classic 1984 is again experiencing a resurgence in popularity.
Sales of at least three editions of 1984 have skyrocketed in recent days, according toAmazon's Movers & Shakers page, which tracks items with the biggest positive sales change over the past 24 hours. Sales of the Centennial Edition of the book, for instance, had increased by more than 4,000 percent as of Tuesday afternoon. The book was ranked fifth on the Movers & Shakers list at press time.
(Orwell's Animal Farm, another dystopian classic, has also seen an increase in popularity of more than 250 percent.)
As the Los Angeles Times points out, President Obama even referenced 1984 last week as he defended the NSA's broad and controversial Internet surveillance program, details of which recently leaked to the public.
"In the abstract, you can complain about Big Brother and how this is a potential program run amok, but when you actually look at the details, then I think we've struck the right balance," Obama said.
Google searches for the novel, oft cited as one of the 20th century's best works of fiction, have also increased in recent days, notes Andrew Kaczynski of Buzzfeed