Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Venezuela: o novo Secretario de Estado EUA faz o que os vizinhos nao fazem, dizer a verdade
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Venezuela: relacoes "carnais" com o governo lulopetista? - Valor (telegramas do Itamaraty)
Brasil pressionava Venezuela por dívida bilionária com a Odebrecht
SÃO PAULO - Em meio a dívidas bilionárias da Venezuela com a Odebrecht, o governo do Brasil pressionou autoridades do país vizinho a honrar os compromissos e quitar suas obrigações com a empresa. As informações constam em relatórios do Itamaraty produzidos durante o governo Dilma Rousseff, obtidos pela reportagem.
De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o grupo baiano pagou US$ 98 milhões em propina na Venezuela desde 2006 -o maior valor em um país depois dos pagos no Brasil. Os documentos afirmam que empresas brasileiras tinham vantagens de dispensa de licitação no regime chavista em casos envolvendo "nações amigas".
Um dos despachos dizia que o governo local buscava, em uma "diplomacia do petróleo", fortalecer o apoio externo ao bolivarianismo com alianças comerciais.
A embaixada ressalta a importância da aproximação política entre Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, que morreu em 2013, para a concretização desses negócios.
Mas relata o clima de "insegurança jurídica" para o comércio com o país e o medo das empresas brasileiras de estatização de operações pelo governo local, como ocorreu com multinacionais de outros países.
"Não obstante Chávez ter dito, diversas vezes, que as empresas brasileiras estariam a salvo de expropriações, casos como a estatização da Techint argentina reforçam a conveniência de manter sempre fortes os laços políticos entre os dois países", diz documento de 2011.
Criatividade
Também em 2011, em um relatório enviado a Dilma, com informações prévias para um encontro dela com Chávez, a embaixada reforça a necessidade de cobrar do venezuelano "atitude mais assertiva com relação a dívidas e interesses de empresas e investidores brasileiros". "A parte venezuelana tem sido, via de regra, evasiva sobre o pagamento de tais obrigações, o que recomendaria uma intervenção presidencial objetiva", diz o documento.
Semanas depois, um despacho que descreve detalhes da reunião de Dilma e Chávez não traz informações sobre a questão. Na transcrição dos principais trechos da conversa, há um pedido do venezuelano por um teto mais alto de financiamento Brasil pressionava Venezuela por dívida bilionária com a Odebrecht do BNDES em projetos em seu país. Ele fala em "acelerar o cronograma de obras".
Dilma, segundo o despacho, sugere ir a Caracas com uma delegação de empresários e diz que a Odebrecht "pode ajudar muito com habitação". Ainda de acordo com a transcrição, Chávez diz à então presidente que a Odebrecht aceitou adotar um outro "mecanismo de
remuneração". Ele se referia a uma solução encontrada pela empresa para ser paga no país vizinho, chamada de "criativa" em um despacho: compensaria créditos detidos na área de construção civil com compras de nafta da Venezuela pela Braskem, braço petroquímico do grupo. Com os atrasos, a Odebrecht acabou retirando funcionários e parando projetos, como a construção da hidrelétrica Tocoma, em 2014.
Outro documento do Itamaraty, de 2011, relata cobrança de dívidas em encontro da diplomacia com Maduro, que então chanceler da Venezuela. O relato da reunião cita que foi dito ao venezuelano que, para continuar com uma boa relação bilateral, seria preciso "não criar dificuldades", mencionando as dívidas com a Odebrecht e subsidiárias da Petrobras. Maduro disse, segundo o documento, que Chávez ordenara a quitação da dívida. O diplomata pede "discrição, sem alto-falantes" ao venezuelano na negociação.
Além da hidrelétrica, a Odebrecht mantinha projetos em diversas áreas, como o metrô de Caracas, um monotrilho chamado "Cabletren Bolivariano" e um polo agrícola de soja intitulado "projeto agrário socialista Abreu e Lima".
Procurada, a empreiteira disse apenas que mantém compromisso de colaborar com a Justiça e que está implantando práticas de controle internas.
(Folhapress)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Venezuela: mercado negro de alimentos controlado pelo Exercito
Como, quando, onde isso vai parar, não sabemos. O que se sabe é que a Venezuela deixou de existir como nação organizada: virou um caos total, um país sem lei, sem ordem, sem moral, sem respeito, sem futuro...
Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Venezuela fora do Mercosul (finalmente) - Mac Margolis (Bloomberg)
https://www.bloomberg.com/view/articles/2016-12-09/mercosur-turns-its-back-on-a-diminished-venezuela
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Venezuela suspensa do Mercosul: deveria ter entrado? - Carlos Malamud (InfoLatam) e Paulo Roberto de Almeida
Em 2005, quando Chávez anunciou sua decisão -- sim SUA, não do país, da burocracia técnica, dos empresários, do parlamento venezuelano -- de ingressar no Mercosul deixou MUITO CLARO que não queria o Mercosul neoliberal, como ele afirmava, e sim que iria destruir o Mercosul livre-cambista para colocar em seu lugar um Mercosul "de los pueblos", ou seja, conforme ao "socialismo do século XXI".
NINGUÉM, na época, do governo brasileiro ou de qualquer outro governo, protestou CONTRA essa afirmação absurda do caudilho bolivariano, NENHUM representante do Brasil levantou-se para condenar essa atitude absolutamente contrária, negativa, prejudicial ao Mercosul, contrariando todos os seus valores, princípios, objetivos e mecanismos de funcionamento.
Todos continuaram como se fosse normal um "futuro sócio" afirmar com todas as letras que, ao ingressar no "clube", pretendia mudar todas as suas regras, num sentido claramente contrário a tudo o que tinha sido feito até então.
Passaram-se os quatro anos acordados para a concretização do acesso da Venezuela (ou do Chávez?) no Mercosul, e absolutamente NADA ocorreu, ou seja, a Venezuela JAMAIS cumpriu os objetivos mínimos da união aduaneira.
Em 2010, constatando que NADA tinha sido feito pelo país pretensamente interessado em ingressar no bloco, sequer protestaram, e concederam mais QUATRO anos para que a Venezuela se movimentasse de alguma forma.
Em 2012, quando aproveitando (ILEGALMENTE) o impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo (aquele bispo reprodutor) pelo parlamente do país, estritamente dentro das regras constitucionais, os três sócios SUSPENDERAM (ILEGALMENTE, pelas regras do Protocolo de Ushuaia) o Paraguai, e colocaram a Venezuela para dentro, também ILEGALMENTE, pois o país andino SEQUER tinha RATIFICADO o seu próprio Protocolo de acesso ao Mercosul, ou seja, não cumpria regras mínimas para ingressar na união aduaneira.
A Venezuela sequer ratificou o ACE-18, ou seja, o Tratado de Assunção, tal como registrado na ALADI, e portanto NÃO PODERIA ser considerada membro do Mercosul, e os demais membros agiram mais uma vez ILEGALMENTE ao sancionar tal decisão.
Grande parte da responsabilidade incumbe ao Brasil dos companheiros, à estupefaciente diplomacia lulopetista, a maior fraude que já ocorreu em nossa política externa.
Como isso pôde (sim, gosto deste circunflexo) ocorrer, durante tanto tempo, sem qualquer protesto por parte dos servidores e envolvidos nessas ilegalidades, é ainda algo estranho para mim, mas como estive fora do Itamaraty (ou pelo menos sem cargo nenhum durante toda a gestão companheira) não sei explicar como tantos absurdos ocorreram. É o que vou agora investigar.
Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, 6 de dezembro de 2016
Carlos Malamud: Mercosur Venezuela
Mercosur suspende a Venezuela
Madrid, 4 diciembre 2016
Por CARLOS MALAMUD
Tras el conflicto creado por la pretensión de Argentina, Brasil y Paraguay de que Venezuela no ejerciera la presidencia pro tempore de Mercosur, los cuatro países fundadores decidieron darle al gobierno de Caracas un plazo relativamente breve, hasta el 1 de diciembre, para adecuar su legislación al acervo comunitario. Pese a que Maduro afirmó haber cumplido con el 95% de lo requerido, el punto de vista mayoritario es exactamente el contrario. Incluso el viceministro de Exteriores de Uruguay José Luis Cancela señaló que Venezuela aún debe incorporar 228 normas a su legislación, siendo las dos más relevantes las referidas al protocolo de derechos humanos del Mercosur y al Acuerdo de Complementación Económica Nº18 (ACE18). Este último “es el corazón… del propio Mercosur”, al regular “la arquitectura comercial de la vinculación entre los socios”.
Se da la circunstancia de que Uruguay ha sido hasta ahora el país menos proclive a sancionar a Venezuela o a apartarlo de Mercosur, pese a que hace ya más de cinco años que se exige completar la adecuación normativa. Incluso el propio Cancela ha dicho que el gobierno de Caracas debía seguir participando en las distintas estructuras del bloque con voz pero sin voto. Debida a esta circunstancia Maduro se mostró dispuesto a viajar a Montevideo para entrevistarse con el presidente Tabaré Vázquez para solucionar las cosas, tras pedirle: “No le haga eso a Venezuela”.
Pese a la consideración mostrada con Uruguay, la norma ha sido la opuesta. Para comenzar habría que recordar el uso indiscriminado y peyorativo del concepto “Triple Alianza” para descalificar a Argentina, Brasil y Paraguay. La ministra Rodríguez insistió en un tuit que “Venezuela no reconoce este acto írrito sustentado en la ley de la selva de unos funcionarios que están destruyendo el Mercosur” y acusó a sus “burócratas intolerantes” de secuestrar los mecanismos de la integración para expulsarlos del bloque.
No sólo eso. En un acto de clara injerencia en los asuntos de los demás países le pidió a sus ciudadanos que se manifestaran delante de las instituciones comunitarias para impedir la expulsión de Venezuela. Si alguno de los gobiernos acusados hubiera tenido una reacción de ese estilo la respuesta venezolana hubiera sido estentórea y clamorosa, sumando incluso, como en el pasado, las acostumbradas muestras de solidaridad de Rafael Correay Evo Morales.
Este reciente apego bolivariano por las normas y las instituciones contrasta con el desprecio de 2005, cuando los entonces presidentes de Mercosur (Néstor Kirchner, Luis Inácio Lula da Silva, Nicanor Duarte y Tabaré Vázquez) accedieron al pedido de Hugo Chávez de integrarse como miembro de pleno derecho tras su salida de la CAN (Comunidad Andina). Esto ocurrió sin ningún tipo de discusión, ningún estudio previo sobre el impacto de dicha medida ni ninguna política de convergencia con la realidad económica institucional, del bloque. Eran otros tiempos, los tiempos en que los deseos de Chávez debía satisfacerse sin discusión, pese a estar vigente la cláusula democrática.
Hoy las cosas han cambiado. La actitud beligerante de Paraguay contra Venezuela, producto de su suspensión de Mercosur en 2012, tras el juicio político que destituyó a Fernando Lugo, ha sido acompañada por la postura crítica de Argentina y Brasil. En aquel entonces se dio la circunstancia de que prácticamente el mismo acto también permitió el ingreso definitivo del gobierno bolivariano en Mercosur. Claro está que para que esto pudiera producirse hubo que doblegar las normas, o como reconoció el entonces presidente uruguayo José Mujica, los elementos políticos prevalecieron sobre los jurídicos. Pero entonces nadie protestó, ni se quejó de un “golpe de estado”, como hizo en esta oportunidad la ministra Rodríguez.
En relación con otros golpes imaginarios, la ex presidente brasileña Dilma Rousseff se solidarizó con la posición bolivariana al afirmar tajante que la medida atenta contra la soberanía venezolana y que la acción estuvo guiada por intereses imperiales: “La suspensión es un recurso extremo e inadecuado. Sin embargo, no se puede esperar mucho de un Gobierno ilegítimo que ha usurpado mi mandato por medio de un golpe parlamentario disfrazado de impeachment. La medida muestra la pequeñez del Gobierno de Brasil a las demandas de América Latina”. Su incomprensión del nuevo clima que empieza a vivirse en la región se confirma con su afirmación de que se trata de un acto peligroso e irresponsable que compromete la convivencia entre las naciones de América del Sur.
Lo que es indudable, más allá de las declaraciones más o menos altisonantes de las autoridades bolivarianas, es que su influencia regional ha mermado considerablemente. Poco antes de la muerte deFidel Castro, el presidente argentino Mauricio Macri señalaba en relación al triunfo de Donald Trump que: “La nueva corriente de líderes latinoamericanos no está pendiente de Cuba”. Esta misma frase se podría perfectamente hacer extensiva a Venezuela. Sin embargo, por otras razones, especialmente por los efectos desestabilizadores que su crisis podría tener sobre el conjunto de América Latina, los presidentes regionales deberían estar mucho más pendientes de lo que allí ocurre. Pero no para acatar ciegamente las órdenes o deseos del mandatario de turno, sino para evitar una desgracia de incalculables consecuencias, tanto para Venezuela como para el conjunto de la región.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Venezuela: o que vai se passar depois do fracasso do dialogo mediado pelo Vaticano? Ninguem sabe...
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Venezuela: paises latino-americanos (menos os bolivarianos) expressam preocupacao (mais uma vez...)
Miércoles 26 de Octubre de 2016
Los gobiernos de Argentina, Brasil, Colombia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguay, Perú y Uruguay:
Observamos con preocupación la aguda polarización por la que atraviesa Venezuela y reiteran su llamado para que las partes tengan voluntad política y establezcan un diálogo constructivo con soluciones que respeten el estado de derecho y las garantías constitucionales y permitan a todos los venezolanos ejercer sus derechos fundamentales.
Esperamos que las marchas del día de hoy se desarrollen en total tranquilidad y se garanticen los derechos de todos los ciudadanos venezolanos a manifestarse respetando las prácticas democráticas de nuestras sociedades.
Damos la más enfática bienvenida al acompañamiento por parte del Vaticano de tal modo a dar una mayor agilidad, con sentido de urgencia, a las gestiones para buscar, con el gobierno y la oposición, soluciones efectivas y duraderas para el pueblo venezolano.
Santo Domingo, Octubre 26 de 2016
http://www.cancilleria.gob.ar/comunicado-de-los-gobiernos-de-argentina-brasil-colombia-costa-rica-chile-guatemala-honduras-mexico
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
Crude Nation: a destruicao da Venezuela pelo petroleo - Raul Gallegos (Nebraska UPress)
No caso da Venezuela, o desastre foi muito maior, e o roubo em escala ainda mais gigantesca. A Alba só existiu em função dos petrodólares chavistas, e deve deixar de existir dentro em breve. Enfim, o petróleo na Venezuela foi a maldição absoluta, e o livro de Raúl Gallegos deve trazer promenores a esse respeito.
Dá para ler um excerto, mas está ainda muito caro para comprar. Em seis meses dá para comprar na Abebooks por poucos dólares.
Paulo Roberto de Almeida
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quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Mercosul: Venezuela suspensa de fato, em dezembro de direito - Nota MRE
Nota 337, Ministério das Relações Exteriores