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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Artistas brasileiros nao tem vergonha de apoiar ditaduras assassinas, mas condenam Israel...

Seria interessante conhecer os nomes dos 55 "artistas" que assinaram a carta.
Devem ser medíocres, mas pelo menos, divulgando seus nomes, os verdadeiros amigos das liberdades democráticas e dos direitos humanos não correriam o risco de comprar alguma obra desses energúmenos algum dia...
Paulo Roberto de Almeida

Colunistas
A arte da fuga
 João Pereira Coutinho
Folha de S.Paulo, 2/09/2014

Quem leva a sério a opinião política dos artistas? Eu não. Deixei de o fazer com a ruína dos regimes totalitários.

Nas pinturas de Isaak Brodsky (sobre Lênin); nos filmes de Leni Riefenstahl (sobre Hitler); e nas telas de Alessandro Bruschetti (sobre Mussolini), a "arte política" deixou um testamento vergonhoso, que passou pela legitimação –melhor: pela exaltação das virtudes de psicopatas.

Exceções, sempre houve. Mas o casamento entre arte e política normalmente deu maus resultados. A "arte pela arte" não é apenas um bordão do século 19. É um conselho prudente para quem tem pretensões de se dedicar a ela.

Por isso ri alto com a carta aberta que 55 artistas enviaram à Fundação Bienal de São Paulo.

Ponto prévio: nenhuma pessoa adulta escreve cartas abertas em manada; quando falamos de artistas, ou pretensos artistas, a coisa ainda soa pior. Ou a arte vive da autonomia individual, ou não vive. Só covardes assinam em manada.

Mas os 55 revoltaram-se com o apoio financeiro que Israel concedeu à Bienal. Não querem dinheiro judeu porque acreditam que esse dinheiro, depois da guerra em Gaza, conspurca as suas integridades estéticas.

Se o dinheiro fosse da Autoridade Palestina, ou até do Hamas, talvez a conversa fosse outra. Não é. É de Israel.

Não vou regressar ao conflito entre Israel e o Hamas, que vive agora a sua trégua clássica antes do próximo confronto. Enquanto o mundo não entender direito a natureza islamita e jihadista do Hamas, não vale a pena gastar latim com o assunto.

Mas talvez não seja inútil fazer uma pergunta meramente teórica: de que vive a arte, afinal?

Arrisco uma resposta: a arte vive da liberdade. Um clichê sem grande importância?

Errado. Parafraseando Saul Bellow, eu gostaria de conhecer o Balzac dos zulus. Não conheço. Se Nova York, Londres ou Berlim são centros de excelência estética, isso deve-se à estabilidade política e à riqueza material de tais cidades.

E mesmo que a arte seja "engajada", o que já me parece uma corruptela da sua vocação, convém que o "engajamento" seja direcionado para os alvos certos.

Os 55 artistas da Bienal falham nos dois planos.

Começando pela liberdade, basta consultar os rankings da ONG Freedom House para 2014. Não vou cansar o leitor com números e mais números. Resumindo, digo apenas: Israel é o único país do Oriente Médio e do norte de África considerado "livre". O resto oscila entre "parcialmente livres" (Tunísia, Líbia, Kuait) e "não livres" (Iraque, Irã, Arábia Saudita).

E, para ficarmos na vizinhança de Israel, é a desgraça: Jordânia, Egito ou Síria continuam antros de repressão. Os 55 artistas, que deveriam defender a liberdade de expressão como quem defende o oxigênio, assinam uma carta contra o único país que respeita essa liberdade em todo o Oriente Médio.

E sobre os direitos humanos? Fato: Israel merece várias linhas de condenação nos relatórios anuais da Human Rights Watch, outra ONG independente. Mas nada que se compare ao comportamento dos mesmos países do Oriente Médio, para não falar da vizinhança em volta.

Um bom indicador do respeito pelos direitos humanos está no tema clássico da pena de morte. Israel aboliu-a para crimes civis. Do Egito à Jordânia, do Líbano à Autoridade Palestina, a execução judicial continua a verificar-se.

Digo "judicial" porque o Hamas, todos o sabemos, prefere fazer as coisas de forma "extrajudicial", fuzilando traidores no meio da rua.

De resto, será preciso dissertar sobre a diferença entre os "direitos" das mulheres ou dos homossexuais em Israel e nos países em volta? Será preciso recordar o histórico de amputações de membros e lapidações de adúlteras que existe por aquelas bandas?

E será preciso acrescentar alguma coisa à selvageria do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que pelo visto não incomoda os 55 artistas da Bienal de São Paulo?

Criticar Israel é legítimo. Nenhum governo está acima da crítica. Transformar Israel em pária internacional é uma forma de cegueira antissemita.

Eu só respeitarei a "coragem" dos 55 artistas no dia em que eles viajarem para Bagdá, Riad ou Gaza e escreverem uma carta contra os governos locais. Em defesa da liberdade e dos "direitos humanos".

Isso, claro, se ainda tiverem mãos para escrever.

João Pereira Coutinho, escritor português, é doutor em Ciência Política. É colunista do 'Correio da Manhã', o maior diário português. Reuniu seus artigos para o Brasil no livro 'Avenida Paulista' (Record) e é também autor do ensaio 'As Ideias Conservadoras Explicadas a Revolucionários e Reacionários' (3 Estrelas). Escreve às terças na versão impressa e a cada duas semanas, às segundas, no sit

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pseudo-artistas e subintelequituais saem em defesa de mensaleiros, fraudadores, quadrilheiros...

Os soi-disant artistas e os pseudo-inteliquituais abaixo relacionados, e muitos outros claro -- pois eles sempre são a favor de certas causas, menos das certas -- sairam em defesa de quadrilheiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal.
Eles são livres, obviamente, de apoiar os bandidos que desejam apoiar, e se congratular com o espetáculo de malversações, de falcatruas, de mentiras e de roubo declarado praticado pelos mensaleiros em questão.
O gesto apenas nos confirma quão baixo desceram esses indivíduos no terreno da moral pública e da ética individual, o que para eles não deve valer muita coisa, desde que possam mamar, como milhares, ou milhões de outros, nas tetas gordas do Estado companheiro, alimentado com o nosso dinheiro.
Eu me pergunto se nenhum deles tem vergonha, ao se olhar no espelho pela manhã e se perguntar se deveriam mesmo ter seguido os outros babacas nessas assinaturas mecânicas em favor de péssimas causas...
O gesto em si não significa muito, pois se supõe que os quadrilheiros vão mesmo pagar pelos seus crimes (bem menos do que deveriam, muito menos do que espera certamente a maior parte dos brasileiros honestos), mas isso nos permite identificar as pessoas normais, e distingui-las dos calhordas que assinam esse tipo de manifesto.
Paulo Roberto de Almeida
PS.: A fonte da notícia é a conhecida como o jornal particular do chefe da quadrilha, o mafioso-mor...

Artistas e intelectuais brasileiros saem em apoio a José Genoino

Correio do Brasil, 9/9/2013 15:05
Por Redação, com ABr - de São Paulo e Brasília

Cerca de mil pessoas subscreveram, até agora, um abaixo-assinado em defesa do deputado JoséGenoino, ex-presidente nacional do PT, condenado a 6 anos e 11 meses de prisão por envolvimento no processo que gerou a Ação Penal 470, no Supremo Tribunal Federal, e terminou no julgamento do caso que ficou conhecido como ‘mensalão’. A lista de personalidades inclui desde o crítico literário Antonio Candido, à filósofa Marilena Chaui, e o escritor Fernando Morais. O músico Jorge Mautner, o economista Ladislau Dowbor, os cineastas Lucy e Luiz Carlos Barreto, a psicanalista Maria Rita Kehl, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o jornalista Ricardo Kotscho, o prefeito de Sao Bernardo, Luiz Marinho, o estudante de direito Frederico Haddad, filho do prefeito Fernando Haddad, e o ex-sindicalista Frei Chico, irmão mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também assinam o documento.
Abalado com o julgamento e enfrentando problemas de saúde, Genoino pediu aposentaria por invalidez. O abaixo-assinado foi uma iniciativa de amigos de Genoino e foi disponibilizado em uma página de moradores do Butantã, bairro onde vive o deputado. O texto não faz nenhuma reivindicação específica, apenas uma defesa da reputação de Genoino.
“Estamos aqui para dizer em alto e bom som que José Genoino é um homem honesto, digno, no qual confiamos. Estamos aqui porque José Genoino traduz a história de toda uma geração que ousa sonhar com liberdade, justiça e pão. Estamos aqui, mostrando nossa cara, porque nos orgulhamos de pessoas como ele, que dedicam sua vida para construir a democracia. Genoino personifica um sonho. O sonho de que um dia teremos uma sociedade em que haja fraternidade e todos sejam, de fato, iguais perante a lei”, diz o documento.
Embora não tenha a pretensão de alterar o resultado do julgamento no Supremo Tribunal Federal, o abaixo-assinado é visto por pessoas próximas a Genoino como uma peça importante na estratégia de sobrevivência política do petista após o julgamento. Segundo amigos, o deputado que passou três anos preso na década de 70 por participar da guerrilha do Araguaia está abalado emocionalmente com o resultado do julgamento. Além disso, ele se recupera de uma operação cardíaca delicada. Por orientação médica ele tem evitado ler jornais e noticiários sobre o mensalão. Isso não impediu que um grupo de amigos fosse à casa dele na quinta-feira prestar solidariedade durante a sessão do STF que decidiria sobre os embargos declaratórios.