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sábado, 28 de novembro de 2015

Corrupcao-Punicao: Quebra de Paradigmas no Brasil - Jose Matias-Pereira (Estadao Noite)


Quebra dos paradigmas políticos e culturais no País
José Matias-Pereira
Estadão Noite – Sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A compreensão da dimensão da crise institucional que está ocorrendo no Brasil passa necessariamente pelo entendimento da forma como as variáveis econômica, política, social e policial estão se desenrolando. Essas variáveis, alimentadas por fatos novos que ocorrem diariamente, estão produzindo resultados sociais bastante desfavoráveis para a população brasileira. Deve-se reiterar que, a atual crise institucional, que paralisou o país, tem as suas origens na forma temerária de governar dos governos petistas Lula e Dilma, que adotaram decisões econômicas e políticas equivocadas, agravadas pela má gestão pública e o aparelhamento político do Estado. Assim, a soma desses erros que tiveram como fundamentos motivações ideológicas e eleitoreiras, patrimonialismo, populismo, demagogia, irresponsabilidade fiscal e a corrupção, transformaram a política e a economia do país num cenário de terra arrasada, contaminando de forma preocupante o ambiente social. A recessão na economia, o aumento do desemprego, a redução da renda dos trabalhadores, a queda na arrecadação, o aumento acelerado da dívida pública bruta, o descontrole da inflação, as taxas de juros elevados e o grave desajuste nas contas públicas, são os resultados mais visíveis desses desatinos.  

A eclosão de novas turbulências nesta semana, e de forma específica, a decretação pelo Supremo Tribunal Federal da prisão do Senador Delcidio do Amaral (PT-MS), que até então era o líder do governo Dilma no Senado Federal, impactou fortemente no Congresso Nacional e na sociedade. A denúncia feita pelo Ministério Público Federal assinala que o senador Delcídio, em conluio com o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, ofertaram vantagens pecuniárias significativas para que o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, não firmasse acordo de delação premiada na Lava-Jato, e caso viesse a firmar o acordo, não mencionasse os seus nomes nos depoimentos. Assim, para avaliar a profundidade dessa decisão do STF no sistema político do país, se faz necessário analisar os seus efeitos políticos, jurídicos e culturais.   

Coube ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão de decretar a prisão dos envolvidos, que foi referendada posteriormente, por unanimidade, pelos demais ministros da Segunda Turma daquela Corte. O colegiado considerou gravíssima a acusação do Ministério Público Federal de que o parlamentar tentava obstruir as investigações sobre o esquema de desvios de dinheiro da Petrobras. No seu voto, a ministra Cármen Lúcia ressaltou que, parece que o escárnio venceu o cinismo, mas “o crime não vencerá a Justiça". Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as juízas do Brasil”. O ministro Celso de Mello, por sua vez, declarou que ninguém está acima de lei. E que as leis também serão aplicadas no caso de qualquer autoridade que tenha cometido crimes. “Quem transgride tais mandamentos, não importando sua posição estamental, se patrícios ou plebeus, governantes ou governados, expõem-se à severidade das leis penais e, por tais atos, devem ser punidos exemplarmente na forma da lei”

É oportuno ressaltar que, a manutenção da prisão de Delcídio teve que ser votada pelo Senado Federal em função da imposição do artigo 53 da Constituição Federal, que prevê que os membros do Congresso Nacional só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável. Após a decisão, o processo no qual a prisão foi determinada deve ser remetido em 24 horas à Casa respectiva, de modo que a maioria dos parlamentares dê a decisão final. No Senado Federal, depois de um intenso debate, os senadores decidiram na noite da última quarta-feira (25/11), em voto aberto, manter a prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS), resultado de um placar de 59 votos a favor e 13 contras.

A postura da direção do PT, por meio de nota, se recusando a prestar solidariedade ao seu eminente membro preso causou um enorme desconforto no meio político, visto que ela destoa da histórica proteção do partido a seus próceres envolvidos em esquemas de corrupção. Os condenados no processo do Mensalão são ungidos pelos dirigentes do PT como "guerreiros do povo brasileiro", e os seus líderes alcançados pelas investigações da Operação Lava Jato vistos como "vítimas do sistema". 

A decisão do STF que resultou na prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), abriu a possibilidade de um "efeito dominó", em relação a novas prisões de políticos investigados. É oportuno lembrar que existem mais de seis dezenas de políticos estão envolvidos no escândalo da Petrobras, derivado da Operação Lava-Jato, entre parlamentares, ex-parlamentares, dirigentes de partido, ministros e governadores. Cerca de cinco dezenas desses políticos já estão sendo investigados. Entre os denunciados pelo Procurador-Geral, se destacam o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTB). Os políticos envolvidos na Lava-Jato são ou já foram filiados a sete partidos, dentre eles, o PT, PMDB e o PP. 

A análise dos fatos aqui debatidos me permite argumentar que os grandes perdedores neste caso, além do senador petista preso, foram: o Partidos dos Trabalhadores, que se enfraqueceu ainda mais perante a opinião pública, ao votar favoravelmente ao relaxamento da prisão de seu filiado; o presidente do Senado Renan Calheiros, que motivado por interesses pessoais, defendeu de forma enfática a votação da prisão por meio do voto secreto; o ex-presidente Lula e a presidente Dilma, que perderam um aliado importante no Congresso Nacional, que além dos esforços para blindá-los das investigações da Operação Lava Jato, estava colaborando ativamente nas negociações dos projetos de interesses do governo, em especial, com o ajuste fiscal.

Por fim, se pode concluir que os efeitos da decisão de mandar prender um senador da República no exercício de seu mandato, respaldada pelo Senado Federal, se apresenta como uma importante quebra dos paradigmas políticos e culturais no Brasil. Essa mudança irá contribuir para acelerar o fim do atual sistema político, que se esgotou há bastante tempo. Assim, além de demonstrar que as instituições de controle e da Justiça estão funcionando bem no Brasil, a decisão do STF sinaliza para os detentores de mandatos eletivos que, doravante, não mais poderão usar essa prerrogativa esdruxula para se escudar de responsabilidades criminais.  

José Matias-Pereira. Economista e advogado. Doutor em ciência política (área de governo e administração pública) pela Universidade Complutense de Madri, Espanha, e Pós-doutor em administração pela Universidade de São Paulo. Professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília. Autor, entre outras obras, do Curso de economia política (2015), publicado pela Atlas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Banco Central invadido pela policia! (calma pessoal, nao foi aqui); nao se respeita mais nada...

Ah, essa Argentina surpreendente: não existem mais instituições sagradas, se é verdade que algum dia existiram. Mas registre-se que quem invadiu o BC argentino foi a polícia de Buenos Aires, do prefeito opositor ao kirchnerismo e candidato (provavelmente vencedor) das eleições de domingo, em segundo turno.
Parece que, independentemente dessa invasão (que ela possa produzir outros efeitos em outros lugares), o novo presidente pretende introduzir mudanças significativas não apenas na política econômica esquizofrênica seguida nos últimos anos (não só lá, recordemos), mas também na política externa aloprada (ops, esse termo é suspeito) adotada pelos mesmos malucos do poder.
Parece que vem mais mudanças por ai, e o Brasil vai estar involucrado, como dizem por lá...
Paulo Roberto de Almeida

Argentina corrupción

Allanan Banco Central de Argentina por denuncia contra su titular por fraude

BUENOS AIRES (ARGENTINA) 17/11/2015. EFE/David Fernández
Vista de la sede del Banco Central de Argentina en Buenos Aires, donde la policía metropolitana allanó la sede por una denuncia contra el presidente de la autoridad monetaria, Alejandro Vanoli, por presunto fraude.
Infolatam/Efe
Buenos Aires, 17 de noviembre de 2015
Las claves
  • Bonadío investiga una denuncia presentada contra Vanoli y el resto del directorio del Banco Central por presunta defraudación pública en la venta del denominado "dólar futuro".
La policía metropolitana de Buenos Aires allanó la sede del Banco Central de Argentina por una denuncia contra el presidente de la autoridad monetaria, Alejandro Vanoli, por presunto fraude, confirmaron fuentes judiciales.La orden de allanamiento fue librada por el juez Claudio Bonadío, quien dispuso que el procedimiento sea realizado por la policía metropolitana, cuerpo de seguridad de la capital, que depende del gobierno encabezado por el candidato presidencial opositor, Mauricio Macri. Bonadío investiga una denuncia presentada contra Vanoli y el resto del directorio del Banco Central por presunta defraudación pública en la venta del denominado “dólar futuro”.
La investigación se inició por una denuncia presentada el pasado 30 de octubre por los diputados opositores Federico Pinedo, de Propuesta Republicana (Pro) y Mario Negri, de la Unión Cívica Radical.
El miércoles pasado, el fiscal que interviene en la causa, Eduardo Taiano, solicitó la imputación de Vanoli, acusado por los parlamentarios opositores de vaciar las arcas del Banco Central a través de la firma de contratos de dólar a futuro pendientes de ejecución.
Según los denunciantes, mediante estas operaciones la autoridad monetaria habría vendido los dólares a un precio que ronda los 10,65 pesos por unidad, por debajo del precio establecido en la Bolsa de Nueva York para este tipo de contratos (alrededor de 14 pesos por unidad).
Mediante estos contratos a futuro, el Banco Central se compromete a entregar dólares a 10,65 pesos por unidad al 31 de marzo próximo, frente a una cotización oficial actual de 9,64 pesos.
Si para marzo la cotización oficial está por encima del precio establecido en los contratos, el Banco Central debe entregarlos a ese valor pactado, con una millonaria pérdida para la entidad en caso de que el valor de la divisa en el mercado oficial alcance para entonces en torno a los 14 pesos por unidad.
El fiscal había pedido además al juez recoger pruebas, como informes al Banco Central, con el fin de averiguar desde cuándo se están operando estas ventas y con qué condiciones, entre otros documentos que podrían aportar información necesaria para la instrucción.
Bonadío dijo a una emisora local que el Banco Central, este martes, en horas de la mañana, hizo una presentación ante su juzgado por esta causa, cuando el magistrado ya había librado la orden de allanamiento.
El juez precisó a radio La Red que el jueves y el viernes pasado tomó declaración testimonial a Martín Redrado y Alfonso Prat Gay, expresidentes del Banco Central y actualmente dirigentes de oposición.
Redrado y Prat Gay “expusieron las razones técnicas que sostenían, según ellos, esta denuncia e indicaron determinados sectores del organigrama del Banco Central donde se encontraría documentación que era necesario analizar para determinar los extremos de la denuncia”, sostuvo el juez.
“Si se planteara que en realidad se vendió contratos de manera indiscriminada en un dólar que en realidad se sabía no podía resistir la ecuación económico, podría haber una defraudación a la administración pública”, sostuvo Bonadío, quien subrayó que para ese tipo de delito se prevé una pena de “mínimo de 6 años” de prisión.
El magistrado dijo que requirió a las autoridades del Mercado de Futuros de la ciudad argentina de Rosario, donde se operan los contratos de dólar futuro, para que presten declaración testimonial y aporten documentación.
El juez dijo que no tiene previsto citar a declarar a Vanoli hasta que no concluya con el análisis pericial de la documentación del caso.
La investigación al Banco Central coincide con la campaña en Argentina para la segunda vuelta presidencial del próximo domingo y en la que uno de los principales temas de discusión es qué hará el próximo Gobierno con el complejo mercado cambiario local, en momentos en que las reservas monetarias han tocado su mínimo en nueve años.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Eleicoes 2014 (e todas as outras): construtoras sao empresas inerentemente CORRUPTAS

Sempre foram, sempre vão ser, pois essa é a natureza delas.
O que faz uma construtora doar quase 9 milhões de reais para um partido cujo candidato tem chances de chegar a presidente da República?
Isso é corrupção na veia, preventiva, sistemática, organizada, permanente, sempre suja.
Se trata de uma espécie de seguro para o futuro, pois o candidato eleito JAMAIS vai adotar uma atitude que prejudique essas empresas corruptas, como por exemplo abrir o mercado da construção civil no Brasil a concorrentes estrangeiros, para baixar os preços, aumentar a competição, disciplinar esses corruptos da construção civil.
E o que faz um político aceitar esse tipo de corrupção declarada?
Será que ninguém ousa dizer o nome da patifaria?
Paulo Roberto de Almeida

Com Aécio, PSDB arrecada 460% mais em ano pré-eleitoral
AGUIRRE TALENTO DE BRASÍLIA 
17/05/2014 02h00 

Com a definição antecipada da pré-candidatura presidencial do senador tucano Aécio Neves (MG), o PSDB conseguiu aumentar em cerca de 460% as doações para a legenda em 2013, véspera das eleições, em relação a 2009, que também antecedeu a eleição para presidente. 
Em 2009, o candidato tucano ainda estava indefinido –acabou sendo José Serra. Naquele ano, o PSDB recebeu R$ 3,9 milhões em doações, valor corrigido pela inflação. 
Em 2011, as doações foram ainda menores: R$ 2,6 milhões, em valores corrigidos. Em 2013, as contribuições saltaram para R$ 22 milhões. 
Essa comparação é feita com os anos em que não houve eleições, porque normalmente as doações aos partidos crescem em anos eleitorais, já que podem ser redirecionadas para o pleito. 
Os dados constam das prestações de contas da legenda entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 
As empresas do ramo da construção civil foram as principais doadoras ao PSDB, contribuindo com cerca de R$ 19 milhões, ou 86% do total angariado. A construtora Queiroz Galvão lidera o ranking, com R$ 8,7 milhões. 
Houve também algumas poucas doações de pessoas físicas ao partido, mas todos empresários. O principal deles foi Cixares Libero Vargas, um dos fundadores do grupo paranaense Positivo, que atua nas áreas de educação e informática. Ele contribuiu com R$ 800 mil. 
Apesar do salto nas doações, os tucanos obtiveram apenas 27% do que o PT recebeu em 2013, R$ 79,8 milhões, também bancado principalmente por construtoras. 

No total, a receita do PSDB em 2013 foi de R$ 62 milhões, sendo a maior parte proveniente do fundo partidário (R$ 39 milhões). 
O diretor de gestão da executiva nacional do partido, João Almeida, atribui o crescimento nas doações a Aécio, que assumiu a presidência da sigla no ano passado e aumentou a mobilização nos Estados com a realização de eventos e viagens pelo país. 
As doações de empresas privadas são, ao lado dos recursos do Fundo Partidário, as principais fontes de financiamento dos partidos e, de modo geral, cresceram em 2013 em relação aos anos pré-eleitorais anteriores. 
Atualmente, o STF (Supremo Tribunal Federal) decide se proíbe ou libera doações de empresas a campanhas eleitorais. Já há maioria favorável na corte para acabar com a prática –seis ministros votaram pelo fim dessas doações–, mas um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes adiou o julgamento. 

DÍVIDAS 
O PSDB conseguiu reduzir em cerca de R$ 3 milhões as dívidas da campanha de 2010, mas ainda tem cerca de R$ 4 milhões pendentes. A principal credora dos tucanos é a Campanhas Comunicação, empresa do jornalista Luiz González, que foi à Justiça para obter o pagamento do débito de R$ 4,2 milhões. 
Outras dívidas menores, com empresas de outros ramos, como gráficas e transportadoras, foram quitadas. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Mais Republica Mafiosa: certas noticias chegam a ser ridiculas...

Em vista do que já sabemos, do volume monumental de recursos desviados, do enorme Everest de corrupção companheira, certas notícias chegam a ser simplesmente ridículas, pela sua "desimportância" financeira, como esta aqui, por exemplo:


Cleide Carvalho, O Globo
As obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que ligam o doleiro Alberto Youssef ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, registraram superfaturamento de R$ 69,597 milhões só na primeira fase, a de terraplanagem....

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O que são 70 milhões para os companheiros?
Nada, gorjeta no volume desviado, uma simples gota num oceano de falcatruas, desvios, roubalheiras consolidadas, experimentadas, provadas, testadas, confirmadas, continuadas (e que continuarão...).
Paulo Roberto de Almeida