Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Carta Capital e o Departamento de Propinas da Odebrecht - Alguma explicacao Mino Carta?
Uma outra categoria, revistas científicas, ou publicações acadêmicas, podem receber verbas públicas ou apoio de entidades de fomento, mas esse tipo de ajuda raramente se traduz em propaganda do ou para o apoiador, ou submissão a interesses que não a do conselho editorial do veículo, e de toda forma cada colaboração publicada submete-se à revisão crítica de pareceristas anônimos, que julgam e avaliam a qualidade do material.
Em qual categoria entrariam as matérias da Carta Capital, beneficiadas por essas "doações" do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ou seja, do Departamento de Propinas, como é vulgarmente conhecido esse "serviço" de boas intenções e de operações paralelas da companhia mais corrupta do Brasil? Como Mister Capital, aliás Mino Carta, explicaria que o seu jornal, manifesta e visivelmente empenhado na defesa e na promoção do governo companheiro se revela agora um recipiendário de dinheiro roubado do povo brasileiro, através de fraudes, fralcatruas, superfaturamento, desvios, roubos deliberados, enfim, ações criminosas?
Os editores, segundo a matéria do Globo, "negam a participação de Mantega na operação e dizem que não sabiam que o dinheiro havia saído do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht."
Ingênuos inocentes, trapalhões ignorantes, ou indivíduos de má-fé?
Paulo Roberto de Almeida
Odebrecht emprestou verba à ‘Carta Capital’ a pedido de Mantega
Financiamentos no valor de R$ 3,5 milhões foram feitos pelo departamento de propinas da empreiteira
por Guilherme Amado
O Globo, 13/12/2016
O jornalista Mino Carta no Sem Censura, da TV Brasil
BRASÍLIA — A Construtora Norberto Odebrecht fez dois empréstimos para a Editora Confiança, responsável pela revista “Carta Capital”, no valor total de R$ 3,5 milhões, entre 2007 e 2009, a pedido do então ministro da Fazenda, Guido Mantega. A operação foi feita pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamento da empreiteira que geria as propinas pagas. As informações constam de um dos anexos da delação premiada do executivo Paulo Cesena, que presidia até o mês passado a Odebrecht Transport, mas foi, antes disso, diretor financeiro da construtora.
Cerca de 85% do empréstimo já teriam sido quitados pela editora, de acordo com Cesena, por meio de eventos que tiveram o patrocínio da Odebrecht.
Cesena disse que recebeu a ordem de fazer um aporte de recursos para a Editora Confiança, em 2007, diretamente de Marcelo Odebrecht, então presidente da holding e atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e também delator da Lava-Jato
“Marcelo Odebrecht me chamou para uma reunião em sua sala, no escritório em São Paulo, e me informou que a companhia faria um aporte de recursos para apoiar financeiramente a revista ‘Carta Capital’, a qual passava por dificuldades financeiras. Marcelo me narrou que esse apoio era um pedido de Guido Mantega, então ministro da Fazenda”, afirmou Cesena à Lava-Jato.
Em seguida, o delator disse ter entendido que se tratava de algo de interesse do PT.
“Entendi que esse aporte financeiro tinha por finalidade atender a uma solicitação do governo federal/Partido dos Trabalhadores, pois essa revista era editada por pessoas ligadas ao partido”, afirmou.
Marcelo Odebrecht também pediu a Cesena que contribuísse com a revista para que eles organizassem suas finanças e concebessem um plano de negócios sustentável. Marcelo temia que pudessem vir novos pedidos de dinheiro.
O presidente da holding teria orientado Cesena a procurar o jornalista Mino Carta, diretor de redação da publicação, e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor editorial da “Carta”, para que fosse negociado o apoio financeiro.
A primeira reunião, no segundo semestre de 2007, ocorreu na sede da editora, na capital paulista. Cesena disse terem participado do encontro Mino Carta, Belluzzo e a diretora administrativa da editora, Manuela Carta. Nessa conversa, Cesena afirmou terem sido mencionados apenas pontos relacionados ao plano de negócios da revista e iniciativas para aumentar as vendas.
Nos encontros posteriores, apenas com Manuela, Cesena comunicou-lhe que o empréstimo seria de R$ 3 milhões, por meio de um mútuo (empréstimo feito entre duas pessoas jurídicas), a ser pago em três anos, e que seriam cobrados juros à taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acrescidos de 2% ao ano.
Cesena afirmou que a operação foi feita por meio do Setor de Operações Estruturadas, comandado por Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, também delator na Lava-Jato. Embora tenha afirmado que não saberia detalhar, Cesena disse ter a informação de que “a operação e o pagamento à ‘Carta Capital’ se deu na forma de mútuo oriundo do caixa dois da Construtora Norberto Odebrecht”.
O segundo empréstimo teria ocorrido em 2009, solicitado por Belluzzo, desta vez no valor de R$ 500 mil. Novamente, após receber autorização de Marcelo Odebrecht, o apoio financeiro foi feito por meio do departamento da propina.
A Editora Confiança já teria honrado R$ 3 milhões da dívida, por meio de patrocínios que a Odebrecht deu a eventos da “Carta Capital” de 2010 a 2012.
“Em uma das reuniões que tive com Manuela Carta, a mesma apresentou-me o planejamento de eventos que a editora iria promover e questionou-me acerca do interesse em patrociná-los e que usaria esses recursos para amortizar o mútuo”.
Entre as provas, Cesena entregou e-mails, planilhas demonstrando a alocação de recursos e notas fiscais mostrando o patrocínio aos eventos da “Carta”.
Manuela Carta diz que o delator se expressou mal e que não houve empréstimo, mas um acordo de publicidade que previa um adiantamento de verbas. Segundo ela, tudo já foi quitado, com páginas de publicidade e o patrocínio da Odebrecht a eventos. Ela citou o apoio da empreiteira aos encontros chamados “Diálogos Capitais” e “Fórum Brasil”, e a um encontro com a presença do economista Paul Krugman.
— Temos tudo contabilizado — disse Manuela.
Belluzzo diz que procurou Marcelo Odebrecht e que foi firmado um acordo financeiro:
— Estávamos numa situação difícil e fizemos um mútuo que carregamos no nosso balanço por muito tempo, porque a revista estava precisando de financiamento. Está tudo no balanço da empresa, não tem nada escondido — disse ele.
Depois, segundo ele, foi negociado que o pagamento seria feito por meio de páginas de publicidade na revista. Manuela e Beluzzo negam a participação de Mantega na operação e dizem que não sabiam que o dinheiro havia saído do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
http://oglobo.globo.com/brasil/odebrecht-emprestou-verba-carta-capital-pedido-de-mantega-20635961#ixzz4SkYbo2dI
domingo, 18 de setembro de 2016
Eduardo Dutra Aydos pedia o impeachment de Lula desde 2006: livro disponivel
Não conhecia esse livro, que agora passo a ler, depois de ter percorrido a apresentação de Augusto de Franco e o prefácio de José Giusti Tavares, e que recomendo a todos os interessados na vida política do Brasil. Foram dez longos anos, desde o alerta inicial sobre os crimes perpetrados pela maior organização criminosa que já assaltou o Estado e a nação, período delongado pela ineficácia, covardia e inépcia dos partidos ditos de oposição (vergonhosamente auto-castrados), fase sombria na vida da nação, mas cujos elementos de corrupção e de impunidade, aliás presentes no título deste livro, foram pioneiramente desvendados, denunciados e até preparados, de modo claro e correto, para impeachment por este corajoso gaúcho democrata.
O fato de termos tido de suportar uma década inteira de desmandos, mais corrupção e inúmeros crimes da gangue de trapaceiros que se esconde sob a bandeira de um partido totalitário só agregou ao quadro de Grande Destruição perpetrados pelos celerados, tempo que lhes permitiu deformar ainda mais as instituições, infiltrar aliados e sabujos nas mais altas esferas da administração, e continuar roubando quase impunemente.
Além dos crimes comuns, a quadrilha procedeu ao desmantelamento da ética pública no país, provocando uma onda de corrupção jamais vista em todas as esferas e níveis da federação, já que o exemplo vinha de cima. Foram tempos muito tristes para o país, que teriam sido abreviados se as instituições públicas e os partidos políticos (meio) decentes tivessem lido estas páginas e tomado as providências que se impunham. Vamos terminar a obra de extirpação dos criminosos do poder, aposentando-os também da vida política e levando-os ao lugar que lhes pertence: a cadeia.
Leiam o livro neste link.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Uniceub (Brasilia) promove encontro e dialogos sobre corrupcao - 10/08/2016
Confira a lista dos palestrantes:
• Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do IDCON;
• Professora Susan Rose-Ackerman, da Universidade de Yale;
• Procurador Deltan Dallagnol, do Ministério Público Federal (MPF);
• Professor Oscar Vilhena, da Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP);
• Juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba;
• Ministro Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do CBEC - Centro Brasileiro de Estudos Constitucionais.
O evento, que ocorrerá no auditório Elza Moreira Lopes para convidados, será transmitido ao vivo, a partir das 9 horas. Você poderá acompanhar a transmissão simultânea das seguintes formas:
• Canal do UniCEUB no YouTube;
• Auditório do Bloco 1, campus da Asa Norte;
• Auditório do Bloco 2, campus da Asa Norte;
• Auditório da Biblioteca, campus da Asa Norte;
• Auditório do Bloco 8, campus da Asa Norte;
• Sala 3018, Bloco 3 do campus da Asa Norte;
• Auditório do campus II de Taguatinga.
Realização: Instituto de Diálogos Constitucionais - IDCON
Uniceub, Brasília, DF
domingo, 7 de agosto de 2016
Corrupcao: chanceler Serra aparece em denuncia de caixa 2 - Congresso em Foco, FSP
CONGRESSO EM FOCO | 07/08/2016 09:36
Durante negociações de acordo de delação premiada, executivos da empreiteira disseram que parte do dinheiro foi depositada no Brasil e outra parte em contas no exterior. Ministro nega e diz que sua campanha foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral
Esta é a primeira vez que o ministro aparece como parte do esquema de corrupção
O ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB), é um dos alvos das revelações feitas por executivos da Odebrecht no processo de negociação de acordo de delação premiada. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o senador licenciado recebeu R$ 23 milhões da construtora via caixa dois para a campanha de 2010, quando o tucano disputou a Presidência da República.
Segundo as informações fornecidas por funcionários da empresa aos procuradores da força-tarefa e da Procuradoria-Geral da República, os repasses foram depositados no Brasil e em contas no exterior. Para embasar a acusação, a Odebrecht promete apresentar extratos bancários de pagamentos realizados fora do país que tinham como destinatária final a campanha de Serra.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a construtora doou R$ 2,4 milhões para o Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República de Serra, em 2010. Portanto, se as acusações forem comprovadas, o ministro teria recebido ao todo R$ 25,4 milhões em doações de campanha Odebrecht, sendo R$ 23 milhões via caixa dois.
Esta é a primeira vez em que José Serra aparece como parte do esquema de corrupção. Fora isso, o nome do tucano apareceu na lista apreendida pela Polícia Federal na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, durante a Operação Acarajé. O documento menciona centenas de políticos que receberam doações da empresa.
Nesta etapa de negociação do acordo de delação premiada, os executivos da empreiteira informaram ainda que o ministro era tratado pelos apelidos de “careca” e “vizinho” nos documentos da Odebrecht.
Segundo a reportagem, Serra também será envolvido em outra denúncia por parte dos funcionários da empresa, relacionada ao recebimento de propina no período em que foi governador de São Paulo (entre 2007 e 2010). Segundo os denunciantes, o dinheiro entregue a intermediários do tucano é referente à construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas.
Em nota, José Serra afirmou que sua campanha em 2010 foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral em vigor, e que as finanças de sua disputa pelo Palácio do Planalto eram de responsabilidade do partido, o PSDB. Sobre o suposto recebimento de propina enquanto estava à frente do governo de São Paulo, o ministro classificou como “absurda” a acusação. ”Até porque a empresa em questão já participava da obra quando assumi o governo do Estado”, completou.
Leia a reportagem completa no jornal Folha de S.Paulo
Mais sobre Operação Lava Jato
quinta-feira, 23 de junho de 2016
Modesto Carvalhosa dispara contra os aliados da corrupcao, os que querem parar a Lava Jato
A declaração de guerra contra a Lava Jato
Não é de hoje que os corruptos profissionais da política, que infestam este país, por força da longa dominação lulopetista, estão a conspirar contra a Operação Lava Jato. A partir de dezembro de 2014 as primeiras manifestações públicas apareceram, como aquela célebre declaração de Dilma Rousseff – ao diplomar-se perante o TSE – a favor das empreiteiras do cartel da Petrobrás, que, segunda ela, deveriam ser poupadas de qualquer sanção, sob o pretexto de manutenção de empregos. Típico crime de responsabilidade, por prevaricação e favorecimento (art. 85, VII da Constituição federal).
Essa declaração oficial da presidente ora afastada contrariou, ademais, o fundamental princípio constante do art. 5.º do Tratado da OCDE (do qual se origina a nossa Lei Anticorrupção, de 2013): os Estados signatários não podem invocar o argumento de danos à atividade econômica para deixar de punir as empresas corruptas.
E, com efeito, essa política de acobertamento dos crimes de corrupção praticados pelas empreiteiras foi sistematicamente implementada pelo governo petista, na medida em que manteve todos os contratos por elas firmados com a União, notadamente no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), certamente o maior antro de corrupção do planeta Terra.
E promoveu, ademais, o governo afastado uma insidiosa e firme legalização da corrupção empresarial, por meio da “regulamentação” da Lei Anticorrupção (Decreto n.º 8.420, de 2015) e de portarias da Controladoria-Geral da União (CGU), culminando com a hedionda Medida Provisória (MP) n.º 703, de 18/12/2015. Este mostrengo permitia às empreiteiras corruptas, mediante a adoção de um arremedo de “programa de compliance”, firmar um “acordo de leniência”, ou seja, de perdão, para, assim, continuarem contratando com a União, Estados, municípios e, óbvio, com as empresas estatais.
Além disso, a MP dilmista dispensava o ressarcimento dos danos causados ao Estado em virtude das práticas corruptivas, levantadas na Lava Jato, sendo, em consequência, extintos os (22) processos promovidos pelo Ministério Público contra as empreiteiras do cartel da Petrobrás.
Essa MP n.º 703 – verdadeiro corpo de delito – foi rejeitada pelo Congresso, por decurso de prazo, pois nenhum parlamentar ousou colocar suas mãos em tão escabrosa iniciativa do governo lulopetista.
Mas não é que agora – pasmem – o novo titular da CGU, ora denominado Ministério da Transparência, senhor Torquato Jardim, deseja ressuscitar essa malfadada iniciativa pro corrupcione, mediante nova medida provisória ou projeto de lei, com a conhecida fórmula acobertadora do crime: basta às empreiteiras corruptas adotarem internamente o milagroso “regime de compliance” (?!) para que voltem definitivamente ao mundo maravilhoso dos contratos fraudulentos com o governo, tendo, ainda, como prêmio do bom comportamento prometido, a extinção imediata de todos os processos judiciais promovidos pelo Ministério Público, visando à devolução integral das dezenas de bilhões que roubaram dos cofres do Estado.
O céu é o limite. Para tanto, o senhor Torquato reuniu altos funcionários de três ministérios para diluir, evidentemente, a sua responsabilidade funcional por tão explícito favorecimento às empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato. Ao assim agir, o titular da Transparência (?!) está cometendo crime de improbidade administrativa, ao ferir escancaradamente os princípios constitucionais da moralidade e da impessoalidade (art. 37 da Constituição federal).
Mas a coisa feia não para por aí. Agora, centenas de políticos, com mandatos e cargos administrativos, atuais ou passados, estão sendo apontados por seus comparsas do crime e, com isso, investigados, indiciados, denunciados e processados, o que é absolutamente inadmissível, na visão deles, como muito bem apontou o estupendo editorial do jornal O Estado de S. Paulo.
E não somente estão eles pessoalmente nas malhas da lei, mas também as suas beneméritas agremiações políticas ameaçadas de autodissolução – como ocorreu na Itália ao tempo da Operação Mani Pulite – ou de dissolução judicial, como preveem as nossas Leis Eleitorais e a Lei Anticorrupção (art. 19, III).
Daí o grito de guerra do indefectível Eliseu Padilha, dando materialidade à obstrução de Justiça cogitada nos edificantes diálogos entre o delator Sérgio Machado e os estadistas Sarney, Renan e Jucá.
Ou a Operação Lava Jato para, fica onde está e cessam a partir de agora os seus trabalhos, ou haverá uma medida drástica – uma lei (?!) – dissolvendo a força-tarefa e extinguindo os processos de investigação e judiciais em curso, sob o fundamento de “abuso de poder” da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça Federal alocada em Curitiba.
A advertência do portentoso Padilha é explícita: a Lava Jato deve ser encerrada, sob pena – pasmem, mais uma vez – de ocorrer um vácuo de poder. O raciocínio é típico dos malfeitores que dominam a nossa vida política. Se nós, corruptos – que formamos a maioria do Congresso –, formos condenados, não haverá mais República, pois nós somos a dita cuja! Somos insubstituíveis! A Operação Lava Jato, pois, quer destruir a República e assumir, ela própria, o poder.
Por isso os políticos corruptos clamam por uma medida de força que leve à substituição do poder da lei pelo poder do crime.
Essa campanha desabusada demanda uma reação urgente, uma mobilização ampla da cidadania brasileira para impedir que se perca o principal patrimônio institucional e moral que resultou da corrupção sistêmica do lulopetismo: a nossa Operação Lava Jato, reconhecida no mundo todo e que, diariamente, resgata a nossa dignidade de brasileiros. Pelo visto, precisamos voltar às ruas, e muito breve.
*Modesto Carvalhosa é jurista e autor, entre outros livros, de 'Considerações Sobre a Lei Anticorrupção das Pessoas Jurídicas' e 'O Livro Negro da Corrupção'
domingo, 29 de maio de 2016
Diplomacia corrompida: a face escondida do Quai d'Orsay - livro de Vincent Jauvert
Paulo Roberto de Almeida
Présentation
C’est le ministère le plus prestigieux de la République – le gardien de la « grandeur » de la France.
Pourtant, malgré les apparences, le Quai d’Orsay est aujourd’hui à la dérive. Quels sont les vrais privilèges de la nomenklatura diplomatique? Jusqu’où les petits arrangements entre amis gangrènent-ils l’institution ? Pourquoi le Quai vit-il désormais aux crochets de grands groupes privés ?
Comment Laurent Fabius en a-t-il fait une machine à sa propre gloire ?
Grâce à une centaine de témoignages et à de nombreux documents confidentiels, La Face cachée du Quai d’Orsay révèle les secrets inavouables de ce haut lieu de pouvoir qui traverse la plus grande crise de son histoire : l’impunité dont jouissent encore les ambassadeurs malgré les scandales qui s’accumulent; le montant de leurs revenus réels, que l’Administration s’emploie toujours à taire ; l’étendue des malversations qui règnent dans certains consulats ; la puissance d’un réseau de hauts diplomates, surnommé « la secte », qui dans l’ombre influence les choix de la France ; ou encore la présence de bases d’écoutes clandestines de la DGSE sur les toits de certaines ambassades… Après deux ans d’enquête, Vincent Jauvert lève le voile sur les coulisses du ministère des Affaires étrangères.
Table
La Face cachée du quai d’Orsay
Vincent Jauvert
Avant-propos
1 – Un scandale étouffé
Le compte personnel de l’ambassadeur
Les deux lettres de l’intendant
« Il est flamboyant, je suis gris »
Dîner d’État à l’Élysée
2 – Linge sale
Gratter sur tout
La tricherie continue
Un pédophile impuni
Allusions « malsaines »
Épouses tyranniques
3 – Les Mickey d’Orsay
Confondre Thaïlande et Taiwan...
Écrire deux SMS en même temps
Le cas Bernard K.
« Ministre à contretemps »
Un pacte secret avec la CFDT ?
Le désastre MAM
Son ami Ben Ali
« Ils sont nuls, archinuls »
Juppé, « statue du commandeur »
4 – 14-Juillet à Damas
Un « bébé Kouchner »
Le coup de main de Tlass
Les exigences des mécènes syriens
« Des balles en caoutchouc ! »...
5 – Sarkozy, Hollande et eux
Rébellions en série
La conjuration des socialistes
Aux bons soins de Hollande
6 – Fabius Imperator
La devise de Caligula
Une brune aux yeux d’acier
Le clan
La guerre contre Bercy
La COP21 et l’Histoire
7 – La question taboue
Indemnités secrètes
« Fouille-merde »
29 000 euros net par mois
8 – À vendre, bijoux de famille
Arrangement entre amis
« Sérieuses défaillances »
Une frénésie de vente
Opération Park Avenue
Encore le Qatar
Abel Lanzac fait de la résistance
Et Albertine apparut...
Places de ciné, cours de langue...
9 – Privatisation cachée
Sponsors pour garden-party
« Cracher du cash »
La culture sous l’emprise de Total
Le business des cours de français
10 – Gay d’Orsay
Un lobby ?
Le combat de Jacques Villemain
L’affaire Stefanini
11 – Trafics chez les Saoud
Biture contre culture
Scandales aux visas
12 – La panique des mâles
Ces rares féministes
Madame l’ambassadrice
La loi qui effraie les mâles
Aucune femme à New York
Machisme quand tu nous tiens
13 – Bourses vides et poches percées
Fabius contre Hidalgo
Unicef, HCR, PAM... une honte française
Le coût du siège au Conseil de sécurité
14 – Ambassadeurs à louer
Les « ripoux de la diplomatie »
Les offres du « parrain du capitalisme »
Le « dignitaire » contre-attaque
Les bonnes affaires de « Diplomator »
Retour à la case « Quai »
15 – Dans le couloir de la mort
« Ambassadeurs sur étagère »
Les recasés de la promotion Voltaire
Ambassadeurs « fanto-thématiques »
Mission impossible
Recaser les copains
Un nouveau concept fumeux
16 – La secte
« Néoconservateur » ?
« Très secret Rubis »
« Une famille, un clan, une église »
Thérèse, la pasionaria
Bombarder l’Iran
Hollande, Fabius et la secte
Le coup de gueule de Fabius
17 – Fausses barbes et grandes oreilles
Stations d’écoutes clandestines
Des mouchards secrets
Monsieur le deuxième conseiller
Les révélations du Bottin diplomatique
Couvertures « épaisses »
« Moustaches » contre diplos
L’Afrique toujours chasse gardée
Cousseran, l’homme clé
Rattacher la DGSE au Quai ?
À la recherche des signaux faibles
18 – Après Charlie...
Hollande le Saoudien
Le pacte immoral
Vérités cachées sur les Saoud
L’été pourri du roi Salman
Trois nuances de vert
Épilogue
Remerciements
LA FACE CACHÉE DU QUAI D’ORSAY | |||||
Vincent JAUVERT | |||||
C'est
le ministère le plus prestigieux de la République – le gardien de la «
grandeur » de la France. Pourtant, malgré les apparences, le Quai
d'Orsay est aujourd'hui à la dérive. Quels sont les vrais privilèges de la nomenklatura diplomatique ? Jusqu'ou les petits arrangements entre amis gangrènent-ils l'institution ? Pourquoi le Quai vit-il désormais aux crochets de grands groupes privés ? Comment Laurent Fabius en a-t-il fait une machine à sa propre gloire ? Grâce à une centaine de témoignages et à de nombreux documents confidentiels, La Face cachée du Quai d'Orsay révèle les secrets inavouables de ce haut lieu de pouvoir qui traverse la plus grande crise de son histoire : l'impunité dont jouissent encore les ambassadeurs malgré les scandales qui s'accumulent ; le montant de leurs revenus réels, que l'Administration s'emploie toujours à taire ; l'étendue des malversations qui règnent dans certains consulats ; la puissance d'un réseau de hauts diplomates, surnommé « la secte », qui dans l'ombre influence les choix de la France ; ou encore la présence de bases d'écoutes clandestines de la DGSE sur les toits de certaines ambassades... Après deux ans d'enquête, Vincent Jauvert lève le voile sur les coulisses du ministère des Affaires étrangères. |
Grand reporter à L'Obs depuis 1995, Vincent Jauvert est réputé pour ses révélations sur la diplomatie et le l'espionnage français. | ||||||||||||||||||||||||||
© Éditions Robert Laffont, S.A., Paris, 2016 En couverture : © Eye Ubiquitous / UIG via Getty Images ISBN numérique : 9782221157312 | ||||||||||||||||||||||||||
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
PF quebra sigilo bancario de ‘Lula’ e revela operacoes milionarias com empreiteiras (Pensa Brasil)
Blog Pensa Brasil, 13/10/2015 (http://pensabrasil.com/caiu-o-primeiro-tombo-pf-quebra-sigilo-bancario-de-lula-e-revela-operacoes-milionarias-com-empreiteiras/)
PF quebra sigilo bancário de ‘Lula’ e revela operações milionárias com empreiteiras
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) enviou à Polícia Federal e aos integrantes da força-tarefa paranaense, dados estarrecedores sobre a movimentação financeira milionária da LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
BNDES: a mao invisivel da corrupcao na America Latina - Brio Watchdog
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Corrupcao no Brasil: sempre vencendo a "justica"; Petralhabras respira aliviada
A interpretação dos ministros do STF pendeu para o cumprimento estrito da lei. A decisão foi por 3 a 2. Apenas um voto de Minerva decidiu, o de Gilmar Mendes. Se a minoria da turma 2 do STF tomou posição contrária é porque entendeu que a gravidade política, social e econômica em que vive o país, imerso na corrupção petista, apresenta risco institucional, já que a "organização criminosa" age dentro do governo e de suas empresas. Bom juiz é aquele que sabe pesar os danos de sua decisão - e que, portanto, na interpretação da lei, nem sempre pode ser tão literal.
Importante lembrar, também, que a prisão preventiva dos réus, na esfera em que atua o juiz federal Sérgio Moro, tem sido fundamental para o aggiornamento que ele trouxe ao Direito brasileiro através da delação premiada - que desbaratou quadrilhas em vários países. Os corruptos, por certo, são radicalmente contra, dentro e fora do governo. Nada de "seguir o dinheiro".
Por último, cabe a pergunta: a quem aproveita tal decisão (Cui prodest, segundo o latim)? Obviamente, aos corruptos, começando pelos próprios empreiteiros presos e os políticos envolvidos, além de Lula, amigo do chefe do Clube do Bilhão, Ricardo Pessoa, que estava se dispondo à delação premiada.
Agora, com prisão domiciliar, é duvidoso que ele prossiga as negociações - sem contar que estará mais sujeito às pressões dos figurões que temem o petrolão: ele já bate às portas dos poderosos. Afinal, basta "seguir o dinheiro".
Diante disso tudo, a conclusão é óbvia: a decisão do STF foi, na verdade, um tiro no pé de Sérgio Moro e dos investigadores da Operação Lava Jato.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Brasil: corrupcao e desorganizacao, bem maiores do que o imaginado - Diogo Mainardi (O Antagonista)
Paulo Roberto de Almeida
A guerra suja da PF (1)
Diogo Mainardi / site O Antagonista
Brasil 21.04.15
A disputa entre a Procuradoria-Geral da República e os delegados da Polícia Federal, que resultou na suspensão temporária dos depoimentos dos políticos envolvidos na Operação Lava Jato, não é uma "guerra de vaidades", como escreveram jornalistas desinformados.
Assim como tantos outros neste país infeliz, é um embate entre o certo e o errado; entre o honesto e o desonesto; entre o Bem e o Mal, se quisermos ser épicos.
Quem primeiro soou o alerta foi o jornalista Claudio Tognolli, no seu blog. O Antagonista, que sempre esteve ao lado dos procuradores, leu com estupor o que Claudio Tognolli apurou e publicou. Fomos, então, ouvir nossas próprias fontes, não por desconfiança do jornalista -- um excelente repórter investigativo --, mas porque queríamos tentar ir um pouco além na verdade horripilante.
Antes de mais nada, elas confirmaram o que Claudio Tognolli publicou:
a) Os delegados federais da Lava Jato estão empenhados, muito além do que seria razoável, na aprovação de um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dá autonomia funcional, administrativa e financeira à PF. Uma vez aprovada a PEC, os delegados seriam os máximos dirigentes de um "Quarto Poder" na República, completamente independente da Justiça.
b) Para a aprovação dessa PEC, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia Federal, Marcos Leôncio estava no gabinete do senador petista Humberto Costa, investigado pela Lava Jato, quando o ministro Teori Zavascki atendeu o pedido de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, para que os depoimentos dos políticos fossem suspensos.
c) Marcos Leôncio também fez lobby com dois investigados pela Lava Jato: os deputados Eduardo Cunha, do PMDB, presidente da Câmara, e Arthur Lira, do PP, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, encarregada de levar adiante ou não a PEC que interessa aos delegados da PF. Cunha e Lira também são investigados pela Lava Jato.
O que foi prometido a esses políticos? Mais no próximo post.
A guerra suja da PF (2)
Brasil 21.04.15
O jornalista Claudio Tognolli publicou que os delegados federais da Lava Jato ofereceram ao senador petista Humberto Costa ouvi-lo sem a presença de procuradores e com perguntas entregues antecipadamente.
Pois bem, O Antagonista apurou que a mesma maracutaia foi oferecida aos deputados Eduardo Cunha, do PMDB, e Arthur Lira, do PP.
Diante dessas informações, Rodrigo Janot, acertadamente, pediu a suspensão temporária dos depoimentos.
A guerra suja da PF (3)
Brasil 21.04.15 17:17
O jornalista Claudio Tognolli publicou que os delegados da Lava Jato seguraram as informações sobre o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, durante a campanha eleitoral. Em troca do silêncio, arrancaram de Dilma Rousseff a assinatura da medida provisória que lhes garante privilégios nas promoções de carreira, em detrimento dos agentes e peritos da própria corporação.
Dilma Rousseff vendeu a ideia de que, assim, o seu governo fortalecia a PF, mas na verdade ela foi chantageada.
O Antagonista apurou que Dilma Rousseff não foi a primeira ocupante do Palácio do Planalto a sofrer achaque.
Ao balcanizar a PF desde o escândalo do mensalão, o PT criou um monstro. E esse monstro perdeu o freio. De acordo com um dos relatos ouvidos pelo Antagonista, delegados federais têm em seu poder diálogos de Lula, obtidos por meio de escutas telefônicas, que mostram sem nenhuma sombra de dúvida o papel do ex-presidente no esquema do mensalão.
A guerra suja da PF (4)
Brasil 21.04.15 18:16
Delegados da PF e representantes da associação que defende os interesses desse pessoal aproveitam-se da má fama de Rodrigo Janot, criada por jornalistas, para dizer que a interrupção dos depoimentos dos políticos da Lava Jato foi uma manobra do procurador-geral da República para atrapalhar as investigações. Que os delegados da Lava Jato que tentaram ouvir os políticos envolvidos, sem o conhecimento dos procuradores, queriam apenas acelerar o processo.
Balela.
O que Rodrigo Janot impediu foi que se replicasse na Lava Jato um modelo adotado sob o desgoverno do PT: o achaque sistemático de políticos, não importa o partido. O modelo pode ser resumido da seguinte forma, segundo as fontes do Antagonista: a prova aparece, negocia-se com o interessado, extrai-se a prova do inquérito, a prova é destruída.
"A coisa atingiu tal ponto ao longo dos últimos anos, que foi criada na PF um Departamento de Inquéritos Especiais, ao qual só alguns poucos têm acesso. Ali são guardados os inquéritos usados para achaque. O Departamento de Inquéritos Especiais é uma central do achaque", disse uma respeitada autoridade ao Antagonista.
A guerra suja da PF (5)
Brasil 21.04.15 18:53
No final da década passada, a Polícia Federal adquiriu maletas que, se localizadas próximas do alvo a ser investigado, podem realizar interceptações telefônicas. Isso elimina a necessidade de fazer escutas ambientais ou solicitar a operadoras que grampeiem telefones.
Agentes da PF relatam que, oficialmente, cinco maletas foram importadas. No entanto, vieram mais duas "de brinde" -- que nunca foram tombadas. Por quê?
A Polícia Federal do Brasil conta com uma maioria de profissionais abnegados e honestos, entre os quais os agentes que atuam na Operação Lava Jato, fazendo o trabalho de campo. A série que termina aqui não tem como objetivo miná-la. Pelo contrário, deveria servir para fortalecê-la. Mas, como voltamos a ouvir algumas histórias já descritas por Romeu Tuma Jr., no seu "Assassinato de Reputações", a situação está longe de melhorar desde a publicação do livro, em 2013.
Que a PF extirpe dos seus quadros quem mancha a sua reputação, tirando vantagem do conturbado quadro político-institucional vivido pelo país.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Estadao: tres editorais, todos constrangedores
Por isso mesmo vamos sair todos no dia 12 de abril.
Paulo Roberto de Almeida
Eis os editoriais do velho jornal reacionário:
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A Eletrobrás, outra vítima
Se fossem governos com inclinação neoliberal, seria possível suspeitar de um plano perverso para desmoralizar e arrasar as maiores estatais do País, a Petrobrás e a Eletrobrás. A primeira, aparelhada e saqueada...Segunda 06/04/2015 -
Desapreço à democracia
Pesquisa realizada pelo Projeto de Opinião Pública da América Latina (Lapop, na sigla em inglês) indica que 47,6% dos brasileiros se dizem favoráveis a um golpe militar num quadro de corrupção generalizada...Segunda 06/04/2015 -
O dinheiro dos partidos
O fato de as empresas investigadas pela Operação Lava Jato - que desvendou o bilionário esquema de corrupção montado na Petrobrás - serem responsáveis por 40% dos recursos privados doados...Segunda 06/04/2015
domingo, 5 de abril de 2015
Corrupcao: dicionario de linguas do PT, e Editorial do Estadao
Duas postagens numa só cajadada: a palavra corrupto ou corrupção, em várias línguas, e o PT não escapa dessa, nem querendo, e um editorial desse jornal reacionário, da mídia golpista, o nefando órgão da direita não envergonhada, que tanto irrita os companheiros corruptos e totalitários.
Paulo Roberto de Almeida
O jornalista Claudio Tognolli* construiu a frase mais inteligente do ano:
“É IMPOSSÍVEL ESCREVER CORRUPTO SEM PT”
...E não apenas em Português! Vejamos:
Albanês - korruPTuar
Alemão - korruPT
Catalão - corruPTe
Dinamarquês - korruPTe
Espanhol - corruPTo
Esperanto - koruPTi
Galês - corruPTo
Haitiano Creole - corruPT
Holandês - corruPT
Húngaro - korruPT
Inglês - corruPT
Islandês - sPillT
Latim - corruPT
Norueguês - corruPT
Romeno - coruPT
Sueco - corruPT
O PT colaborando para a correta composição de 'CORRUPTO' em 17 ou mais idiomas, um recorde!
* http://en.wikipedia.org/wiki/Claudio_Tognolli
Consequências da corrupção
Em relação às indústrias de extração, que são o principal motor do desenvolvimento de muitos países, o estudo enumera alguns fatores que deixam o setor especialmente vulnerável à corrupção: alto grau de discricionariedade política; frequente confusão entre o interesse público, o dos acionistas e os interesses pessoais; cenário de competição limitada a algumas poucas empresas, ocasionando comportamentos cúmplices; e estruturas financeiras complexas, que dificultam o controle. Segundo o estudo, a corrupção ocorre a partir de negociações enviesadas entre agentes públicos e privados, implicando decisões equivocadas na seleção de empresas e no planejamento de investimentos.
No setor de serviços públicos e infraestrutura, a OCDE considera que a frequente situação de monopólio e a necessidade de regulamentação estatal propiciam muitas ocasiões para abuso de poder e pedidos de suborno. O estudo descobriu falhas similares e constantes em todas as regiões do mundo, que são um convite à corrupção: deficiências de planejamento, descontrole nos gastos e estimativas de demanda inflacionadas.
No setor de saúde, o estudo elencou os seis tipos de abuso mais frequentes: suborno na prestação de serviços médicos, corrupção nos contratos, relações de marketing antiéticas, abuso de poder em cargos de alto escalão, pedidos de reembolso indevidos, além de fraudes e desvios de medicamentos e serviços médicos. Na saúde, a OCDE conclui que a corrupção distorce especialmente as decisões sobre a alocação de recursos públicos.
Ainda que reconheça a existência de estudos macroeconômicos demonstrando uma relação positiva entre investimentos públicos na educação e crescimento econômico, a OCDE não titubeia em afirmar que esse potencial de crescimento é muitas vezes anulado pela corrupção. De acordo com o estudo, a corrupção no setor educacional gera distorções tanto nas grandes decisões de investimento e de orçamento público como nas decisões pontuais (por exemplo, localização das escolas, gestão de recursos humanos, compra e distribuição de material). Para a OCDE, as consequências dos desvios no setor educacional são evidentes: menos professores capacitados, menores níveis de qualificação dos alunos, diminuição da produtividade dos trabalhadores, aumento da desigualdade social, bem como uma diminuição da capacidade de um país desenvolver indústrias competitivas.
De acordo com o estudo, a corrupção pode ser vista como um preço extra informal. Nos quatro setores é evidente o aumento dos custos provocado pela corrupção. A OCDE ressalva, no entanto, que essa visão pode ocultar outra face da corrupção - os efeitos indiretos adicionais, que provocam consequências graves tanto no crescimento econômico quanto no desenvolvimento social, como a redução da pobreza. Não é apenas que os remédios fiquem mais caros, por exemplo. Por causa da corrupção, uma parcela significativa da população pode ficar sem remédio. Nesse sentido, a OCDE vê a corrupção como causa de escassez, além de outros perniciosos efeitos sistêmicos.
O estudo da OCDE é global, mas joga luzes sobre a situação brasileira. Ter uma noção mais nítida das consequências econômicas e sociais da corrupção pode ajudar a anular um discurso que coloca o combate à corrupção praticada por grandes empresas como algo prejudicial à economia nacional, e não como uma necessidade do País e uma exigência da Nação.
sábado, 4 de abril de 2015
Corrupcao: a mais gigantesca escala desde Cabral
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
E por falar em petroliferas: PDVSA se afunda na lama, tambem, e na incompetencia, tambem...
A PDVSA já chegou a ser a segunda maior empresa do mundo, em termos de reservas petrolífera, e em princípio as da Venezuela superam, ou chegam muito perto das da Arábia Saudita.
Os companheiros bolivarianos conseguiram afundar a companhia, tanto quanto os daqui com a Petrobras.
Impressionante como corruptos, ladrões, incompetentes conseguem estrangular uma fonte de riquezas naturais.
Como se poderia dizer, são reis Midas ao contrário: no que tocaram, transformaram em....
Abaixo, uma pequena nota sobre a situação da PDVSA. Cliquem para aumentar.
Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Petrobras: companheiros roubaram 1,2 BILHAO de dolares; acha pouco? Deve ser mais, certamente...
Como é que as pessoas vão olhar nos olhos dos companheiros?
Peergunto: dá para deixar essa quadrilha de mafiosos no poder?
Paulo Roberto de Almeida
Brasil corrupción
Desvíos en Petrobras suman 1.171 millones dólares según Tribunal de Cuentas
Brasilia, 11 de noviembre de 2014
- Nardes calificó las irregularidades como "el mayor escándalo investigado" por el Tribunal de Cuentas (TCU) de este país.
- No obstante, exculpó de responsabilidad a la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, que en la época de los hechos era miembro del Consejo de Administración de Petrobras en condición de ministra de Minas y Energía.
Ese cálculo incluye el aumento del precio de forma supuestamente irregular en obras en el Complejo Petroquímico de Río de Janeiro (Comperj) y en las refinerías de Abreu e Lima, en Pernambuco (noreste), Duque de Caxias (Río de Janeiro) y Getulio Vargas (Paraná, sur), además de la compra de una refinería en la ciudad estadounidense de Pasadena (Texas).
En un almuerzo con periodistas brasileños, Nardes calificó las irregularidades como “el mayor escándalo investigado” por el Tribunal de Cuentas (TCU) de este país.
El responsable del TCU dijo que hay “indicios” de que las supuestas irregularidades lleguen a la cifra indicada, aunque matizó que los cálculos todavía tienen que ser estudiados por los magistrados que integran el organismo.
Estas supuestas irregularidades están siendo investigadas en diferentes procesos por la Fiscalía de Río de Janeiro y también por una comisión parlamentaria.
Cerca de la mitad del capital, unos 1.600 millones de reales (cerca de 585 millones de dólares), corresponde a las pérdidas sufridas por la compra de la refinería de Pasadena en 2006, en un proceso que el TCU considera que ya está “comprobado” el sobreprecio pagado por la petrolera.
Petrobras compró la mitad del capital de la refinería de Pasadena por 360 millones de dólares a la empresa belga Astra Oil, que un año antes había pagado 42,5 millones de dólares por la totalidad de la planta.
Debido a una cláusula en el contrato, Petrobras fue forzada a desembolsar otros 820 millones de dólares por la otra mitad del capital.
El pasado julio, el TCU determinó el bloqueo de los bienes de once exdirectores de Petrobras considerados responsables de la compra de la refinería.
No obstante, exculpó de responsabilidad a la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, que en la época de los hechos era miembro del Consejo de Administración de Petrobras en condición de ministra de Minas y Energía.
terça-feira, 5 de agosto de 2014
A republiqueta dos companheiros afunda na lama: Petrobras, CPI da Petrobras, Sesi, o que mais?
Basta que os funcionários, concursados ou não, que ostentem um pouco de dignidade, ou que estejam horrorizados com o quadro abominável de corrupção, de malversações, de atentados aos bons costumes ou à simples moralidade cidadã, se disponham a denunciar todos os companheiros que estão encostados e que não trabalham, todos os parentes, amigos do rei, protegidos do partido corrupto, todos os sindicalistas mafiosos que se locupletam com dinheiro sem controle.
Aliás, basta que qualquer cidadão, todo brasileiro honrado se conscientize que o reinado da máfia acabou, e que agora queremos construir um país melhor do que essa cloaca que está sendo erigida pelo partido totalitário.
Transcrevo apenas um trecho da matéria reproduzida na íntegra mais abaixo:
Já o repórter Murilo Ramos mostrou que uma das noras de Lula (R$ 13,5 mil por mês), a mulher do mensaleiro João Paulo Cunha (R$ 22 mil) e três outros petistas de carteirinha (mais de R$ 30 mil cada um) foram contratados pelo Sesi depois de 2003, já no governo Lula, não necessariamente para trabalhar. Aliás, nem mesmo para dar expediente como os meros mortais.
Pois é, brasileiros, o seu dinheiro está sendo surripiado em tenebrosas transações.
Quando é que vocês vão reagir?
Eu já estou fazendo a minha parte...
Paulo Roberto de Almeida
Tudo embolado
Eliane Cantanhêde
Folha de S. Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 2014
Difícil dizer o que é pior: assessores do governo e das lideranças do governo e do PT no Senado redigindo "gabarito" para fazer da CPI da Petrobras uma farsa, ou o governo Lula transformando o Sesi num antro de pelegos ricos de fazer inveja à ditadura militar.
Uma fita amadora obtida pelo repórter Hugo Marques deixa a CPI, a Petrobras e o governo federal numa posição delicada. Foi Dilma quem acusou a Petrobras de fazer um negócio danoso com a compra da refinaria de Pasadena. Agora é a equipe de Dilma no Congresso e no Planalto que prepara a defesa de Graça Foster, José Sérgio Gabrielli e Nestor Cerveró, providenciando as perguntas da CPI e até as respostas que dariam?!
Se for assim, os servidores, sobretudo o do Planalto, fizeram um serviço de ética questionável, os senadores se prestaram a um papel lamentável, e o que dizer de Foster, Gabrielli e Cerveró? Eles não tinham respostas autônomas? Papagaiaram mentiras?
O mais grave é Cerveró, que assumiu dois papéis nesse teatro: foi acusado por Dilma de fazer um parecer falho e incompleto que a induziu a a erro; e agora é defendido pelo próprio governo de Dilma, que lhe teria enviado um script pronto para... rebater o que a própria presidente da República disse publicamente.
Dedução lógica: os escândalos da Petrobras estão associados aos governos Lula e Dilma e é preciso amenizar seus efeitos na campanha. Só isso explica ligar a máquina do Planalto para salvar até mesmo Cerveró.
Já o repórter Murilo Ramos mostrou que uma das noras de Lula (R$ 13,5 mil por mês), a mulher do mensaleiro João Paulo Cunha (R$ 22 mil) e três outros petistas de carteirinha (mais de R$ 30 mil cada um) foram contratados pelo Sesi depois de 2003, já no governo Lula, não necessariamente para trabalhar. Aliás, nem mesmo para dar expediente como os meros mortais.
O bom da história é que a denúncia partiu de funcionários que levam o Sesi a sério. Se a moda pega...