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terça-feira, 26 de março de 2024

Projeto Mejuruá: desenvolvimento sustentável, preservação da floresta amazônica - Rubens Barbosa O Estado de S. Paulo

Projeto Mejuruá 

Rubens Barbosa

O Estado de S. Paulo, 26/03/2024

Segundo alguns levantamentos há cerca de 60 projetos de preservação de florestas, dos quais18% localizados na região amazônica. A mudança da política brasileira em relação à Amazonia, combatendo os ilícitos nas queimadas, no desmatamento e no garimpo ilegal, de um lado e, de outro, procurando dar assistência às comunidades de povos originários, favorece iniciativas de bioeconomia para trazer o desenvolvimento econômico e social a toda região.  

Muito se tem discutido sobre a responsabilidade das empresas na sustentabilidade ambiental e na preservação do meio ambiente. Poucos são os projetos realmente inovadores. Ainda menor é o número de projetos importantes que combinam a conservação da floresta amazônica, com a preocupação social, ao levar em conta os interesses das comunidades da região.

Um dos projetos mais inovadores anunciados publicamente é o projeto Mejuruá de conservação florestal, localizado nos municípios de Carauari, Juruá e Jutaí, no coração da região centro oeste do Estado do Amazonas. A cidade de Carauari, com cerca de 30.000 habitantes é contígua a área conhecida como Fazenda Gleba Santa Rosa de Tenquê. A área é privada, estendendo-se por mais de 903.000 hectares de floresta tropical amazônica, riquíssima em biodiversidade. O manejo sustentável da floresta será efetivado em 160.000 hectares, cerca de 18% da propriedade, a ser operado ao longo dos próximos 30 anos. Concebido no contexto da iniciativa REDD+, o projeto, nestes 30 anos, deverá evitar a emissão de perto de 82 milhões de toneladas de COequivalente.

 A principal característica do projeto é a combinação entre a conservação da floresta, a preservação da biodiversidade e as iniciativas sociais em favor das comunidades locais, contribuindo para reduzir o desafio da mudança do clima, conter o aquecimento global reduzindo as emissões de gás de efeito estufa e apoiar atividades econômicas que possibilitem a melhoria do nível de vida na região.

O plano de ação que está sendo implementado apresenta três vertentes: proteção da natureza, apoio às comunidades locais, inclusive indígenas, e desenvolvimento socioeconômico, sempre respeitando a ecologia. A parceria com as comunidades locais será efetivada para melhorar a infraestrutura e o uso de tecnologia, ênfase na educação, na geração de emprego e no estímulo à vida comunitária. Estão previstos investimentos da ordem de algumas dezenas de milhões de dólares, apenas na área social.

            Assim, o fortalecimento da proteção e o monitoramento da área visam a manter a floresta em pé, promover a economia verde baseada em produtos da biodiversidade e do trabalho local tradicional. Com o desenvolvimento, a potencial parceria econômica com as comunidades locais e o valor ambiental da floresta amazônica, gerarão benefícios para os habitantes locais e serão aproveitados por todas as comunidades ribeirinhas e vizinhas nas áreas protegidas e seu entorno, com a criação de empregos, geração de energia verde e a proteção à biodiversidade na fauna e na flora. O plano social está sendo implementado com a construção ou melhoria das habitações, educação, água potável, assistência à saúde, energia elétrica e acesso à internet. A criação de empregos será decorrência do manejo florestal sustentável e do desenvolvimento industrial para beneficiamento da madeira e planta de energia de biomassa, além de  outras atividades econômicas (bens e serviços). Entre diretos e indiretos, serão criados de 2.000 a 3.000 novos empregos no local, com diferentes níveis de qualificação.

            O projeto deverá também contribuir com o Estado para a implementação de políticas de desenvolvimento econômico na região, por meio de convênios de colaboração firmados nas esferas estadual e municipal, apoiando a sua implementação e definindo atividades a serem tocadas a quatro mãos, entre governo e iniciativa privada. Não menos importante tem sido o engajamento com entidades não-governamentais, inclusive as locais.


Do ponto de vista econômico, o projeto gera recursos com a criação na área de instalações industriais para o processamento da madeira originária do manejo sustentável da floresta e do extrativismo explorado diretamente pelos ribeirinhos, principalmente a pesca, além do aproveitamento dos recursos da biodiversidade, como o açaí, cuja cadeia de valor será apoiada pelo projeto em benefício das famílias dedicadas à sua coleta e processamento. A preservação da floresta possibilitará a utilização de créditos de carbono gerados pela redução da emissão de gás de efeito estufa. No seu conjunto, o projeto apresenta um perfil econômico autossustentável.


Para alcançar a proteção ambiental e outros objetivos da agenda ESG, o projeto adotou padrões internacionais e está se qualificando para várias certificações, inclusive da VERRA e da PEFC.

            O projeto foi concebido e está sendo implementado pela BR ARBO Gestão Florestal, companhia brasileira especializada na gestão de sustentabilidade florestal, com presença e cooperação das comunidades locais. Conta com o apoio estratégico e econômico de um grupo investidor europeu, sob a liderança do empresário Gaetano Buglisi.

            Um paradigma a ser replicado na Amazônia e em outras regiões.


Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior (IRICE) e Membro da Academia Paulista de Letras.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

O passivo ambiental e diplomático do Brasil - Carlos Bocuhy (PROAM)

Tenho de agradecer ao autor deste artigo, Carlos Bocuhy, ainda que ele tenha exagerado um pouquinho quanto ao meu estado de "degredado"; não fui abandonado aos canibais numa praia deserta, nem condenado às galeras, apenas lotado no Arquivo, meu segundo lugar preferido no âmbito do Itamaraty, depois da Biblioteca: 

"O embaixador Paulo Roberto de Almeida, crítico do aparelhamento ideológico que vem tomando o Itamaraty, foi degredado aos arquivos no subsolo da chancelaria, após apontar que textos de Araújo são puro delírio, bem a gosto de Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro e seus comandados."

Mas, ficou simpático, ser colocado ao lado do embaixador Ricupero, como crítico do PIOR DESGOVERNO de nossa história, e da horrorosa política externa ANTINACIONAL e ESQUIZOFRÊNICA. 

 

Carlos Bocuhy
Carlos Bocuhy é presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam)

O passivo ambiental e diplomático do Brasil

Carlos Bocuhy
O ECO, segunda-feira, 1 fevereiro 2021 14:16
https://www.oeco.org.br/colunas/carlos-bocuhy/o-passivo-ambiental-e-diplomatico-do-brasil/
Foto: Alan Santos/PR.

O governo brasileiro tem agido de forma irresponsável na área internacional e vem acumulando perdas substanciais para a área ambiental. A começar pelo naufrágio do Fundo Amazônia, cujos recursos não são mais aportados pela Noruega e Alemanha, e cujo saldo em caixa está paralisado pela incompetência estatal.

A diplomacia brasileira encontra-se mais e mais desacreditada no cenário internacional. O Itamaraty tornou-se um pária entre seus pares na agenda global, diante da condução exótica do chanceler Ernesto Araújo, denunciada no estudo que aborda “A conspiração globalista de Jair Bolsonaro nas relações internacionais”, produzido pelo Instituto de Relações Internacionais da USP e da Fundação Getúlio Vargas. Foram analisados 480 pronunciamentos, vídeos e discursos do chanceler, que realizou em dois anos o maior número de manifestações entre outros personagens do 1º escalão e do próprio Jair Bolsonaro. Internamente, Araújo é considerado “descolado da realidade” por seus pares, devido à sua ideologia e fanatismo por teorias de conspiração.

O embaixador Paulo Roberto de Almeida, crítico do aparelhamento ideológico que vem tomando o Itamaraty, foi degredado aos arquivos no subsolo da chancelaria, após apontar que textos de Araújo são puro delírio, bem a gosto de Olavo de Carvalho, guru de Jair Bolsonaro e seus comandados.

Para a área econômica, a atuação do Itamaraty não foi uma surpresa  e foi um desastre. A subserviência à figura do ex-presidente Donald Trump, objeto de impeachment e rejeição por lideranças americanas e internacionais; as sucessivas manifestações antagonizando a China, que consome grande parte das commodities brasileiras e detém poder na liberação de insumos e vacinas anti-Covid-19 para o Brasil, acabaram sendo motivo de chacota internacional e um tiro no pé dos brasileiros.

A antagonização da comunidade europeia afundou as tratativas de acordo com o Mercosul, uma distensão que se torna cada vez mais grave em função da degradação ambiental do cerrado e da Amazônia, em sua relação com os produtos agrícolas para exportação. Além disso, a OMC está apertando o cerco aos degradadores, ao sinalizar mecanismos de penalização a países que produzem às custas da destruição do meio ambiente. Com forte apelo ambiental, surge um novo regramento que visa evitar a concorrência desleal.

Agora, sem Trump no cenário, a política ambiental americana tende a apertar os acordos econômicos vinculando-os à regularidade ambiental, especialmente a climática. Joe Biden vem sendo fortemente pressionado por expressivos e articulados ativistas para tomar medidas que condicionem os acordos com o Brasil à conformidade de proteção da Floresta Amazônica.

Na área ambiental o Brasil perdeu liderança e protagonismo, desde que deixou de sediar a Conferência do Clima das Nações Unidas, em 2019. Passou por vexame nas reuniões posteriores, onde o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi de chapéu na mão pedir recursos, enquanto não fazia a lição de casa.

“Agora, sem Trump no cenário, a política ambiental americana tende a apertar os acordos econômicos vinculando-os à regularidade ambiental, especialmente a climática”

O isolamento e a perda de imagem do Brasil no cenário internacional tendem a aumentar, pois o exótico modelo ideológico de Bolsonaro e Araújo não apresenta condições para arrefecer, pelo fato de que a ação política populista de Bolsonaro, sem conteúdo construtivo e sem sensibilidade ambiental, tende a continuar a desmantelar mecanismos de proteção ambiental, antagonizar e buscar inimigos, estratégia única da qual se utiliza para se manter junto à sua base sectária.

Recentemente Araújo começou uma guinada para tentar sua sobrevivência política diante do desgaste que provocou para o Itamaraty nos últimos dois anos. Iniciou uma série de pronunciamentos de que haveria alinhamento com a política ambiental de Joe Biden. Mas recentemente o chanceler discursou na formatura de novos diplomatas no Instituto Rio Branco afirmando que era melhor ser um país pária do que se render aos interesses “globalistas”. Joga com a imagem do Brasil a seu bel-prazer, orientado aparentemente pelos fantasmas de sua obsessão. Ao mesmo tempo lideranças no Congresso Nacional elegeram Ernesto Araújo o pior ministro do governo, seguido por Ricardo Salles.

Os indicadores de credibilidade da política externa brasileira encontram-se profundamente abalados. O ex-embaixador Rubens Ricúpero afirmou que levaremos ao menos duas gerações para recuperar a credibilidade no cenário internacional. Não será diferente internamente. Centenas de normativas ambientais, os sistemas de gestão pública federais e os mecanismos de gestão participativa foram fortemente desfigurados.  Serão décadas para sua reconstrução, quando este momento de horror para a área ambiental brasileira passar. Há um ditado na área geológica que afirma que a história geológica vive grandes períodos de estabilidade e curtos períodos de horror.

Desde o início dos 40 anos de construção da Política Nacional de Meio Ambiente, estruturada em 1981, foram 39 anos de construção e agora dois de horror, onde foi gerado um elevado passivo externo e interno.

O desenrolar da história recente mostra que governos despreparados, com falta de empatia para com o ser humano e a cadeia da vida, mereceram apenas um curto voo de galinha ou o ostracismo. É natural que assim seja, dentro de um mundo em constante avanço civilizatório. As estruturas suprainstitucionais, como as Nações Unidas, foram criadas depois de períodos conflituosos e a era atual, frente à ameaça global das mudanças climáticas, trará transformações estruturais para a proteção ambiental como já apontam as Nações Unidas, a OMC, a Comunidade Europeia e o governo de Biden. As tendências apontam o início do fim da era do petróleo e da sobrevida do isolacionismo dos párias das mudanças climáticas.

Será necessário reconstruir o bom perfil do Itamaraty e retomar uma saudável e proativa política multilateral, que privilegie a solidariedade entre as nações. Os brasileiros terão que despender muito esforço para a reconstrução da imagem externa e reestruturação da gestão institucional e normativa, além de promover um intenso trabalho de recuperação ambiental do que foi destruído neste lapso antissustentabilidade da história do Brasil.

 

As opiniões e informações publicadas na área de colunas de ((o))eco são de responsabilidade de seus autores, e não do site. O espaço dos colunistas de ((o))eco busca garantir um debate diverso sobre conservação ambiental.

 


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Destaque IEDI: conciliação entre crescimento econômico e desenvolvimento sustentável

 

DESTAQUE IEDI
29/10/2020 
  
Economia sustentável e crescimento mundial 
  
Crescimento econômico e sustentabilidade ambiental não são objetivos opostos. É o que mostra estudo recente do FMI. Políticas econômicas apropriadas podem ajudar a enfrentar os desafios da mudança climática e, ao mesmo tempo, manter a economia mundial numa trajetória sustentável de crescimento. A combinação de imposto sobre a emisão de carbono e subsídios para produção de energia verde mais barata e abundante incentiva o setor privado a investir em adaptações verdes e na adoção de matriz energética sustentável. Como resultado, contribui diretamente para elevar o emprego e o PIB mundial. 
  
1% 
No curto prazo, uma economia mais sustentável aumentaria o PIB mundial em 1% na média de 2021-23, principalmente pelos investimentos em infraestrutura. 
  
  
Após 15 anos, os ganhos da transição energética continuariam importantes, mesmo com o imposto sobre carbono: +0,8% no PIB mundial na média do triênio de 2036-38.
  
0,8% 
  

terça-feira, 5 de maio de 2020

A Amazônia legal e os desafios da política externa brasileira - Paulo Roberto de Almeida

A Amazônia legal e os desafios da política externa brasileira

Paulo Roberto de Almeida
[Objetivo: nota de informação; finalidade: apresentação online, 7/05, FENERI]


A Amazônia Legal na história e nas relações exteriores do Brasil
O conceito de Amazônia Legal – que cobre uma área que compreende cerca de 60% do território brasileiro, mas apenas 12% de sua população (embora mais da metade dos povos indígenas), em nove estados da federação – é uma construção mais política do que geográfica, embora o bioma amazônico perpasse os nove estados englobados em sua definição: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, totalmente, e parte do estado do Maranhão. As preocupações com o desenvolvimento insuficiente da região datam de meados do século XX, mas a construção do conceito político de Amazônia legal foi mais recente, no último terço do século, progressivamente.
As interações da Amazônia com a política externa são bem mais antigas, obviamente, e têm a sua partida ainda na era colonial, mais exatamente durante a união dos dois reinos ibéricos, quando pela primeira vez portugueses e brasileiros ultrapassaram a linha traçada ainda antes da chegada dos navegadores à costa atlântica da América do Sul, aquela que tinha sido negociada em Tordesilhas, em 1494. Poucos observadores ou até mesmo historiadores se dão conta de que Tordesilhas representa uma inovação diplomática fundamental, nos albores da era moderna: pela primeira vez, dois reinos independentes prescindem de uma bula papal – a que tinha sido concedida um ano antes, por um papa espanhol tremendamente corrupto, pela Inter Coetera – e decidem fixar de modo soberano seus limites respectivos a todas as novas terras descobertas e a descobrir entre o Novo Mundo, a África e a Ásia. Ofereci algumas considerações sobre esse importante tratado em um capítulo, A diplomacia dos descobrimentos: Tordesilhas e o desenho do Brasil”, de um dos meus livros – Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998) –, que encontra-se disponível em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/42694780/A_diplomacia_dos_descobrimentos_Tordesilhas_e_o_desenho_do_Brasil_1998_).
(...)

Íntegra disponível neste link da plataforma Academia.edu: 


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Premio Samuel Benchimol de desenvolvimento sustentável da Amazonia

PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE


RESUMO DO REGULAMENTO DA EDIÇÃO 2018

MODALIDADES E CATEGORIAS
PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL
A Categoria Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica almeja contemplar projetos inovadores que resultam de estudos que consideram simultaneamente ou individualmente a conservação ambiental, a responsabilidade social e ou a viabilidade econômica.  
Categoria Personalidades dedicadas ao Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica tem como objetivo agraciar personalidades do meio empresarial e acadêmico, que se destacaram em prol do desenvolvimento sustentável na Região Amazônica.   
       
PRÊMIO BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE
A Categoria Iniciativa de Desenvolvimento Local (IDL) tem como objetivo premiar iniciativas na Região, que revelem através de sua prática o potencial de transformação da Região Amazônica em prol do seu desenvolvimento sustentável e almeja contemplar as que trazem em seu escopo conceitos e práticas de Economia Criativa, Economia Verde e/ou Agroecologia e Produção Orgânica.

A Categoria Empresa na Amazônia tem como objetivo premiar empresas na Região Amazônica que sejam importantes no fortalecimento de cadeias produtivas dos setores que conduzam ao desenvolvimento sustentável da Amazônia, bem como ao aproveitamento comercial sustentável da biodiversidade da Região.
A Categoria Micro empreendimento na Amazônia (Prêmio Florescer) homenageia 02 (dois) microempreendedores, valorizando o caráter empreendedor do pequeno negócio de sucesso na Amazônia, desenvolvidos nos meios urbano e rural.

PREMIAÇÃO
Para a Categoria Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica serão selecionados três projetos a serem agraciados sendo que o primeiro colocado receberá o valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais); o segundo colocado, R$ 15.000,00 (quinze mil reais); e o terceiro colocado, R$ 10.000,00 (dez mil reais). No caso de serem selecionados apenas dois projetos, caberá ao primeiro colocado R$ 45 mil, e ao segundo colocado R$ 15 mil. Havendo somente um vencedor, este receberá o valor total de R$ 60 mil.
Para a Categoria Iniciativa de Desenvolvimento Local (IDL) serão selecionadas três empresas a serem agraciadas sendo que a primeira colocada receberá o valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais); a segunda colocada, R$ 15.000,00 (quinze mil reais); e a terceira colocada, R$ 10.000,00 (dez mil reais). No caso de serem selecionadas apenas duas empresas, caberá a primeira colocada R$ 45 mil, e a segunda colocada R$ 15 mil. Havendo somente uma empresa vencedora, esta receberá o valor total de R$ 60 mil. 

CRONOGRAMA
Inscrições:          21.05.2018 até 10.08.2018
Julgamento:        18.10.2018
Outorga:              23.11.2018

Importante - Os autores das propostas encaminhadas aos Prêmios autorizam a publicação impressa e eletrônica das informações apresentadas no ato da inscrição, no Relatório Anual dos Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente.

Obs:
1-      Em caso de dúvidas favor utilizar o Fale Conosco
 Regulamento completo e modelos de apresentação de projetos e indicação de empresas e personalidades disponíveis para Download abaixo:


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Economia: a propriedade privada preserva recursos escassos - Patrick Barron (Mises Institute)

A contrario senso do que pensam a maioria dos ativistas ecológicos e ambientalistas pouco dotados de conhecimentos econômicos, a propriedade privada é mais propensa a preservar os recursos ambientais e garantir o tal de "desenvolvimento sustentável" -- um conceito totalmente enganoso -- do que a propriedade pública desses recursos e as políticas intervencionistas estatais no contexto dos chamados "bens comuns".
É o que argumenta esta nota do Mises Institute, como sempre partidário das soluções liberais e privatistas na regulação de TODA a atividade econômica. Vamos ler...
Paulo Roberto de Almeida 

Why We Need Private Property to Deal with Scarce Resources
Patrick Barron
Mises Daily, November 2, 2015

Scarcity of resources exists in many forms and is the problem in economics. If resources were not scarce, there would be no need to economize. The existence of scarcity is true of all resources (such as time, human energy, and natural resources). However, it is not necessarily intuitive that allowing scarce resources to be owned privately is the solution to this problem.

Consequently, socialism appears attractive to many and they turn to having all resources owned collectively for the “common good.” Unfortunately, a society which spurns private property — and hands resources over to government planners instead — often learns the terrible lessons of central planning and the tragedy of the commons (i.e., commonly held resources will be plundered to extinction).

If society spurns allowing private ownership of resources, it must find some other means to prevent the tragedy of the commons and to allocate goods. Historically, the means chosen is the use of force and central planning. Throughout history, most of mankind has been divided into a hierarchical system of masters and slaves with some gradations between the two extremes. The masters (pharaohs, emperors, kings, sultans, warlords, etc.) devised complex rules-based systems for resource distribution that were decided by a small number of people and not by markets. And ultimately, these plans depended upon pure terror for enforcement. But this so-called solution to the problem of scarcity — restricting the people’s liberty through the use of force — does not work.

Problem 1: We Can’t Economize Without Effectively Ordering Our Preferences First
The gradual growth in the understanding of what we now regard as basic economics eventually ended thousands of years of subsistence existence for the masses in the West. Modern economics explained that without private ownership of resources, there was no mechanism for observing or acting on ordinal preferences in which persons prioritize desires from highest to lowest. Without a way to allocate goods according to ordinal preferences, there is no rational means to economize for the betterment of society.

In other words, without markets and prices, there is no way to know what people really want or need, so the masters never really knew what to order the slaves to produce, what technical means to use, what alternative materials to use, the quality desired, or how much to produce. Thus, the commissars of the Soviet Union ordered the production of inefficiently produced, shoddy goods. The Soviet empire collapsed, despite the fact that Russia is blessed with vast natural resources and an industrious population.

Problem 2: Few Raw Materials Are Ready to Consume
A second fatal problem with common/government ownership of resources is that few readily available, consumable resources actually exist. There are no resources on the planet that do not require at least a minimum of effort to transform into a consumable product. Even edible berries growing in the wild must be harvested, meaning that someone must transport himself to the berries’ location and pull them from the bush at just the proper time. The cost of doing so is the value one places on forfeiting his leisure. Of course, other natural resources require much more effort to convert to consumable products, passing through many stages of production.

For example, timber and minerals must be extracted, harvested, etc. and then molded into something that can be consumed. Consider a hiker lost in the wild. It matters not at all to him that great stands of timber lie within easy reach or that valuable minerals lie under foot. These natural resources require great effort over very long time periods to be converted into something consumable, as is the case with converting timber into a shelter or crude oil into gasoline. A lost hiker does not have the knowledge, time, or previously produced means to convert these basic resources into consumable products to ensure his survival. All this is far beyond anyone's autarkic abilities.

Now let us assume that someone did harvest trees by felling them, transporting them to a lumber mill, milling them, storing them in a ventilated and dry place for many months before kiln-drying them (all processes that are required to turn trees into useable lumber), advertising their availability to contractors, keeping sales records, sending out bills, and collecting the bills, only to have a socialist call him a plunderer and confiscate his lumber for free distribution to whomever the masters deemed to be politically advantageous to their continued privileged position. No one other than the favored cronies of government would ever harvest another tree. In other words, production of usable lumber would be monopolized, and as with all cases of monopolies, prices would increase and quality would decline. Moreover, with no voluntary market at work in timber and forest land, there would be no means of knowing if these resources were being used in a way valued by those who valued them most.

At the same time, the central planners could not let just anyone harvest the trees or access the land. If the trees had no owners, great forests would be denuded in short order because there would be no social mechanism to prevent what would amount to a tragedy of the commons by order of the state.

Problem 3: We Need Private Property to Build Capital
Without the ability to profit from privately owned property, there would be no incentive to provide or withhold capital for any endeavor. Also, a system of private ownership is necessary to determine if that capital is being used in a way the consumers value. The consequences of ignoring this fact of economic science is most evident today in China's ghost cities, where resources, both natural and human, have been expended for no observable benefit except to advance the careers of politicians who can claim to have met the requirements of the latest Five Year Plan. Timber and other resources were provided to build ghost cities, not because the owners of the resources sought to be economical with their resources, but because government edicts required that timber, concrete, gasoline, and more be used to produce what are now empty cities.

The opposite case of resource waste comes from special interest groups who capture the political apparatus of the state and prohibit exploitation of resources by private individuals. In the name of protecting Mother Gaia from being plundered, modern environmentalists have convinced the political class that most progress is unsustainable, dangerous to our health, or any number of other specious claims. Society is prevented from benefiting from their conversion to consumable products. The poor suffer the most from these policies as the prices of raw materials — and thus finished consumer goods — are driven up.

Private ownership insures that valuable resources will never be plundered to extinction, because their value will have been capitalized. Instead, private owners will seek to make resources as widely available as possible without endangering the long-term prospects for future harvesting of resources. The process of determining a resource’s capitalized value is impossible absent free-market capitalism with strict defenses of property rights.

Despite both the theoretical and empirical evidence to the contrary, socialists tell us the opposite; i.e., that state ownership of all resources will prevent their plunder and ensure prosperity for all. As Ludwig von Mises explained, though, socialism is not an alternative economic system of production. It is a system of consumption only, and a system of economic ignorance and economic plunder.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Teses sobre desenvolvimento sustentavel - USP

Parece que o tal de conceito de desenvolvimento sustentável se tornou o mantra dos últimos anos: ninguém faz nada se não for sustentável.
Não sei esses trabalhos acadêmicos se sustentam, mas eles devem ser úteis a quem pesquisa a área.
Paulo Roberto de Almeida 



A Universidade de São Paulo (USP) está lançando um portal com cerca de 1.300 teses e dissertações de doutorado e mestrado sobre temas que serão tratados durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20.

O material, produzido entre junho de 1992 e setembro de 2011, pode ser consultado no site


que permite realizar buscas por autor, resumo e palavras-chave, além do download das pesquisas completas.. O portal está disponível também em inglês. 

“É a primeira experiência [da USP] nesse sentido. Uma forma de fazer a USP estar presente no debate da Rio + 20. São trabalhos científicos de várias ordens que foram articulados, reunidos e disponibilizados para a sociedade e para os tomadores de opinião. Vai auxiliar organizações não governamentais [ONGs], políticos e a sociedade civil. Essa foi a nossa intenção principal”, destacou um dos coordenadores do projeto, o professor titular de geografia da USP, Wagner Costa Ribeiro.

Segundo dados do novo portal, a temática mudanças climáticas só foi percebida pelos programas de pós-graduação da universidade a partir de 1996, como um possível reflexo das discussões realizadas na Rio-92 (a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio em 1992).

“Nós identificamos alguns momentos de pico na produção científica. A gente acredita que há relação direta com as discussões que estavam ocorrendo na época. Dá para associar claramente a discussão dos temas das grandes conferências com a produção nossa aqui”, acrescentou o professor.

De acordo com informações do portal, o primeiro pico de produção de teses e dissertações sobre mudanças climáticas ocorreu em 1998, seis anos após a Rio 92. Depois, houve um ligeiro declínio até 2001. Em 2002 ocorreu o segundo pico de produção. Depois desse ano, houve uma redução até 2006, quando um novo ciclo de crescimento foi observado, até o terceiro pico, alcançado em 2009.

“Interessante apontar que 2002 foi o ano da Conferência Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, reunião realizada em Johanesburgo, que teve como meta avaliar os avanços da Rio-92. Em 2009 ocorreu a reunião de Copenhague sobre mudança climática, que teve ampla repercussão na época, o que pode ter influenciado os trabalhos dos anos seguintes”, analisou Ribeiro.

domingo, 8 de abril de 2012

Sustentabilidade: um livro da Unisul

Mais um livro publicado pela Unisul, que traz matérias interessantes sobre o tema:


Sustentabilidade e gestão estratégica: debate e experiências interdisciplinares
Organizadores: Nilzo Ivo Ladwig; Rogério Santos da Costa
Palhoça: Ed. Unisul, 2010. 359 p.: il. ; 21 cm
ISBN 978-85-8019-004-5

Seções e Artigos que compõem o Livro:

I - Desenvolvimento sustentável

1 - Abrindo a porta verde da indústria catarinense: internacionalização e sustentabilidade
Maria Teresa Bustamante
2 - Conhecer para sustentar: Vale do Itajaí - do compartilhamento do conhecimento à evolução do pensamento e da prática sustentáveis
Cláudia Buzette Calais
3 - Planejamento turístico voltado ao desenvolvimento sustentável do turismo em comunidades autóctones
Nilzo Ivo Ladwig; Fernanda Moro Cechinel; Heloísa Maria Jacinto
4- Considerações sobre planejamento e segmentação: desafios da sustentabilidade na indústria turística contemporânea e a inserção do produto golfe nesse contexto
Leia Deiques Nunes Pacheco

II – Gestão Estratégica
5 - A abrangência da gestão de responsabilidade social organizacional para a busca da sustentabilidade do planeta
Rafael Dall Agnol; Marcos Guilherme da Silveira
6 - Análise de investimentos em p&d: o caso da Rio Grande Energia.
Adriana Locatelli Bertolini; Alyne Sehnem; Maria Carolina Abreu Lima da Rosa Homrich
7 - Estratégias de internacionalização da Eletromotores WEG SA
Bárbara Caçador B. Silva; Djali Avelino Valois; Dóris Ghiel Dávi; Eduardo Sartori; Ettyenne Guimarães; Manuela Jorge

III – Política Externa brasileira
8 - A política externa brasileira do governo Lula e a atuação da Petrobrás na Bolívia (2003-2008)
Márcio Roberto Voigt; Daniel da Cunha Corrêa da Silva
9 - A política externa brasileira e a agenda de segurança internacional na prevenção e no combate ao terrorismo
Kelly Cristina Schäfer Batistella
10 - A cooperação fronteiriça entre Dionísio Cerqueira e Bernardo de Irigoyen por meio da criação de um comitê de fronteira
Kamila Soraia Brandl

IV – Integração e Instituições Internacionais
11 - A compatibilidade entre instituições em processos de integração e o discurso transformador dos governos de esquerda na América Latina: limites e possibilidades a partir de uma abordagem marxista das instituições internacionais
Rogério Santos da Costa; Felipe Fernandez
12 - Integração na América do Sul: análise comparada das políticas externas dos recentes governos de esquerda em suas perspectivas para a criação da União de Nações Sul-Americanas
Cleverson Pinotti
13 - Instituições na integração da América do Sul: a iniciativa IIRSA (Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana) na estratégia da política externa brasileira do governo Lula
Thais da Rocha
Ana Paula Andriolli
15 - Institucionalidade, eficácia e a questão da sustentabilidade ambiental nas organizações internacionais: um estudo comparado da União Africana, da Liga dos Estados Árabes, da Asean e da OSCE
Paulo Roberto Ferreira
16 - A mídia nacional e internacional na conferência das nações unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento – eco 92 ou rio 92
Luiza Roberta de S. Pimentel; Gizelli Alini da Cruz; Rafael Gustavo de Lima