O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador ecologistas antieconomicos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ecologistas antieconomicos. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de março de 2015

Energia: a Hora do Planeta dos ecologistas ingenuos - Joao Luiz Mauad

Ah, esses românticos que não sabem nada e pretendem salvat a humanidade dela mesma.
O João Luiz Mauad critica, com razão essa tal de Hora da Planeta, que é para todo mundo, carneiramente, apagar as luzes e ficar em silêncio, contemplando o escuro.
Eu sou lá de perder meu tempo com bobagem?
Vou ficar lendo e trabalhando, como sempre faço.
Eu sinceramente acho inócuo todos esses gestos. A humanidade pode poupar, pode produzir, pode mudar técnicas de produção e distribuição de energia, com base na criatividade humana, e nas necessidades econômicas. Estas são muito bem sinalizadas pelo sistema de preços. 
Quando alguma coisa é valiosa, e rara, não tenho nenhuma dúvida de que seu preço será alto. E alguém, que não pertence à tribo de ingênuos dos ecologistas românticos, inventará uma forma de ganhar dinheiro oferecendo energia mais barata. Simples assim. 
São os governos que impedem as melhores soluções, interferindo no mecanismo de preços. Esta noite, portanto, em lugar de ficar no escuro, use sua energia para se informar um pouco mais sobre as soluções de mercado que vão trazer energia mais barata, desde que burocratas governamentais e ecologistas românticos não atrapalhem..
Paulo Roberto de Almeida

A Hora do Planeta.  Ou: como iludir os incautos

Matéria extraída do website do Instituto Liberal
Via Libertatum, 28/03/2015

Vindo do trabalho, a caminho de casa, ouço no rádio a notícia de que, na noite deste sábado, 28 de março, a ONG WWF promoverá, ao redor do mundo, mais um “Earth Hour” (Hora do Planeta), pedindo que as pessoas apaguem as luzes durante uma hora (entre 8:30h e 9:30h) para despertar a conscientização sobre o problema do aquecimento global.
O objetivo da “Hora do Planeta”, de acordo com seus organizadores, é incentivar as pessoas a pensar sobre como elas podem reduzir seu consumo de energia. O evento em si tem pouco efeito sobre as emissões de carbono, mas o que importa, segundo os organizadores, é o seu significado simbólico, inspirando as pessoas a tomar ações concretas para reduzir as suas “pegadas de carbono”.
O que nunca é mencionado é o fato de que a redução dos gases de efeito estufa no volume pretendido pelos ativistas do aquecimento global seria, em si, uma catástrofe para a humanidade. Os políticos e os ambientalistas, incluindo aqueles por trás da “Hora do Planeta”, não estão pedindo que as pessoas simplesmente apaguem algumas lâmpadas, mas uma redução verdadeiramente maciça nas emissões de carbono: algo como 80% abaixo dos níveis de 1990. Como a energia consumida no mundo é predominantemente à base de carbono (os combustíveis fósseis representam perto de 85% da produção mundial de energia), isso significa necessariamente uma redução drástica em nosso consumo de energia.
Poucas pessoas têm uma noção clara do que isso significaria na prática. Nós, cidadãos do mundo industrializado, raramente nos damos conta do quanto nos beneficiamos do uso de combustíveis fósseis, em cada minuto dos nossos dias. Nós dirigimos nossos carros para o trabalho, temos nossas residências e escritórios refrigerados e iluminados, alimentamos nossos computadores e inúmeros outros aparelhos domésticos, e contamos com bens e serviços indispensáveis ​​que só a energia abundante, confiável e barata dos combustíveis fósseis torna possível: hospitais, supermercados, fábricas, fazendas, telecomunicações, etc.
É difícil para nós sequer imaginarmos o grau de sacrifício e de danos que as políticas de redução de emissões de CO2 requeridas pelos ativistas do aquecimento global nos causariam.  Se consumimos hidrocarbonetos, é porque eles nos garantem níveis de prosperidade, conforto e mobilidade como nenhum outro combustível.  A energia deles obtida melhora nossa saúde, reduz a pobreza, permite uma vida mais longa, segura e melhor.  Ademais, o petróleo não no fornece somente energia, mas também plásticos, fibras sintéticas, asfalto, lubrificantes, tintas e uma infinidade de outros produtos.
“O petróleo talvez seja a mais flexível substância jamais descoberta,” escreveu Robert Bryce em “Power Hungry”, um livro iconoclástico sobre energia. “O petróleo”, diz ele, “mais do que qualquer outra substância, ajudou a encurtar distâncias.  Graças à sua alta densidade energética, ele é o combustível quase perfeito para a utilização em todos os tipos de veículos, de barcos a aviões, de carros a motocicletas.  Não importa se medido por peso ou volume, o petróleo refinado produz mais energia do que praticamente qualquer outra substância comumente disponível na natureza.  Essa energia é, além de tudo, fácil de manusear, relativamente barata e limpa”.  Caso o petróleo não existisse, brinca Bryce, “teríamos que inventá-lo”.
Os participantes da “Hora do Planeta” passarão por agradáveis 60 minutos no escuro, mas ao mesmo tempo terão a certeza de que o conforto e outros benefícios da civilização industrial estarão apenas a um interruptor de distância. Em resumo, as pessoas permanecerão absolutamente ignorantes a respeito das conseqüências práticas das políticas draconianas de redução de emissões de carbono que os ativistas do aquecimento global exigem.
Aqueles que afirmam que é preciso reduzir em 80% as emissões de dióxido de carbono deveriam tentar passar não uma hora, mas um ano no escuro, sem aquecimento, sem refrigeração, sem eletricidade, sem utilizar quaisquer equipamentos úteis para economia de trabalho e de tempo, enfim, produtos de poupança de energia que só a civilização industrial tornou possível.
Minha sugestão é que mandemos todos esses ativistas passar alguns meses morando na Coréia do Norte, onde a “Hora do Planeta” dura o ano inteiro. Depois dessa experiência, se eles voltarem à civilização ainda com as mesmas idéias, a gente conversa.

Sobre o autor

Administrador de Empresas e Diretor do Instituto Liberal
João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

terça-feira, 20 de maio de 2014

China e sua preparacao para o espaco: um bom teste para "ecologistas sustentaveis"

Agora, cada vez que um ecologista vir com aquela conversa fiada de viver consumindo poucos recursos da Mãe Terra (como certa candidata a vegetal semi-presidencial), eu vou mandar ele se inscrever nesse programa chinês de preparação para viver na Mãe Lua.
Sempre que alguém vir com aquele papo chato de respeito ao meio ambiente, não consumismo, equilíbrio natural, já sei para onde tenho de mandar o sujeito.
Direto para a China: vegetais cultivados em sistema autossustentável, insetos, é tudo o que eles precisam para deixar a gente em paz...
Paulo Roberto de Almeida

105 days in ‘miniature Earth’ raising fruit, veg ... and bugs

THREE Chinese volunteers yesterday ended an experiment that saw them live for 105 days in an enclosed capsule, eating only laboratory-raised plants and insects.
This was China’s first manned test of Moon Palace 1 — Yuegong-1 — a 500-cubic-meter module that is China’s first and only the world’s third bioregenerative life support base.
In a closed lab on the campus of Beihang University, volunteers Xie Beizhen, Dong Chen and Wang Minjuan fed themselves by cultivating grain, vegetables, fruit and grubs.
Featuring a cabin and two plant growing labs, the system also produces water and fertilizer, processes waste and recycles air.
Liu Hong, chief designer of the system, described it as a miniature version of the Earth’s biosphere.
It can help make it possible for astronauts to live safely on space stations for long periods without deliveries of supplies, explained Liu.
The cabin includes living quarters, a room for socializing, a bathroom, a waste treatment room, plus a room for breeding insects for the dinner table.
Two plant cultivation rooms offer different temperatures and levels of humidity.
Liu said the research team cultivated five grains, 15 types of vegetables, one kind of fruit, plus yellow mealworm — providing protein for the volunteers.
The team of 26 scientists began investigating the system in 2004 and all facilities and techniques are domestically developed, said officials.
It is said to be one of the world’s most advanced systems of its kind, providing core technology for manned space exploration.
In the closed system, waste produced by the inhabitants is used to fertilize the soil.
Carbon dioxide produced by inhabitants and insects is used to facilitate photosynthesis, while oxygen from the process is returned to the human cabin.
Some distilled water is collected for drinking, with the remainder plus urine used to irrigate plants.
Last June, three Chinese astronauts spent 12 days in  Heavenly Palace 1 — Tiangong-1 —in the country’s longest manned space mission.
China’s manned space mission has entered its second decade with ambitious plans including building a permanent space station and launching a manned lunar probe.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Neomalthusianos idiotas do seculo XXI: os ecologistas anti-OGMs

Os ecologistas anti-científicos são os novos ludditas, os reacionários do nosso tempo, os idiotas que querem impedir o progresso científico e condenar a humanidade a viver uma vida bruta, famélica, estúpida.
Eles continuam sua obra nefasta.
No Brasil temos vários representantes dessa espécie de idiotas, entre eles os trogloditas do MST e até alguns estudantes de classe média que padecem de uma carência não de nutrientes e calorias, mas de uma séria deficiência de leitura, de estudos, de pesquisa.
Os wiki-ecologistas dos tempos modernos são os trogloditas universitários que estão fazendo o Brasil e o mundo recuar para o obscurantismo anticientífico de tempos obscuros do passado da humanidade.
Paulo Roberto de Almeida

Genetically modified crops: Fields of beaten gold
Greens say climate-change deniers are unscientific and dangerous. So are greens who oppose GM crops
The Economist, December 5, 2013

IN AUGUST environmentalists in the Philippines vandalised a field of Golden Rice, an experimental grain whose genes had been modified to carry beta-carotene, a chemical precursor of vitamin A. Golden Rice is not produced by a corporate behemoth but by the public sector. Its seeds will be handed out free to farmers. The aim is to improve the health of children in poor countries by reducing vitamin A deficiency, which contributes to hundreds of thousands of premature deaths and cases of blindness each year.

Environmentalists claim that these sorts of actions are justified because genetically modified (GM) crops pose health risks. Now the main ground for those claims has crumbled.

Last year a paper was published in a respected journal, Food and Chemical Toxicology. It found unusual rates of tumours and deaths in rats that had been fed upon a variety of maize resistant to a herbicide called Roundup, as a result of genetic modification by Monsanto, an American plant-science firm. Other studies found no such effects, but this one enabled campaigners to make a health-and-safety argument against GM crops—one persuasive enough to influence governments. After the study appeared, Russia suspended imports of the grain in question. Kenya banned all GM crops. And the French prime minister said that if the results were confirmed he would press for a Europe-wide ban on the GM maize.

But the methodology of the study, by Gilles-Eric Séralini of the University of Caen and colleagues, was widely criticised and, on November 28th, the journal retracted the paper (see article). There is now no serious scientific evidence that GM crops do any harm to the health of human beings.

There is plenty of evidence, though, that they benefit the health of the planet. One of the biggest challenges facing mankind is to feed the 9 billion-10 billion people who will be alive and (hopefully) richer in 2050. This will require doubling food production on roughly the same area of land, using less water and fewer chemicals. It will also mean making food crops more resistant to the droughts and floods that seem likely if climate change is a bad as scientists fear.

Organic farming—the kind beloved of greens—cannot meet this challenge. It uses far too much land. If the Green revolution had never happened, and yields had stayed at 1960 levels, the world could not produce its current food output even if it ploughed up every last acre of cultivable land.

In contrast, GM crops boost yields, protecting wild habitat from the plough. They are more resistant to the vagaries of climate change, and to diseases and pests, reducing the need for agrochemicals. Genetic research holds out the possibility of breakthroughs that could vastly increase the productivity of farming, such as grains that fix their own nitrogen. Vandalising GM field trials is a bit like the campaign of some religious leaders to prevent smallpox inoculations: it causes misery, even death, in the name of obscurantism and unscientific belief.

Follow your principles
America takes little notice of this nonsense. But green groups in Europe, with the support of influential figures such as Prince Charles, have succeeded in shaping policy. Governments have hedged genetic research around with so many restrictions that much of the business has fled a continent that could be doing more than most to feed the world. Some developing countries—Kenya, India and others—have turned their backs on technologies that could literally save their peoples’ lives. And European governments spend taxpayers’ money financing groups encouraging them to do so. The group in the Philippines that trashed the rice trials, MASIPAG, gets money from the Swedish government. On moral, economic and environmental grounds, this must stop.


In the field of climate change, environmentalists insist that the scientific consensus should frame policy. They should follow that principle with GM crops, and abandon a campaign that impoverishes people and the rest of the planet.

domingo, 8 de setembro de 2013

Ambientalistas e economistas: um debate ainda em aberto - Paul Sabin(NYT)

Betting on the Apocalypse

Paul Sabin
Opinion - The New York Times, 8/09/2013

ONE day in October 1990, the iconoclastic economist Julian L. Simon walked out to get the mail at his house in the Washington suburb of Chevy Chase, Md. In a small envelope sent from Palo Alto, Calif., he found a sheet of metal prices, along with a check for $576.07 from the biologist Paul R. Ehrlich. There was no note.
Ten years earlier, Mr. Simon and Mr. Ehrlich, joined by two scientific colleagues, had made a wager on the future prices of five metals: chromium, copper, nickel, tin and tungsten. The bet — in which the loser would pay the change in price of a $1,000 bundle of the five metals — was a test of their competing theories of coming prosperity or doom.
For years Mr. Ehrlich, the author of the landmark 1968 book “The Population Bomb,” had warned that rising populations would cause resource scarcity, even famine, with apocalyptic consequences for humanity. Mr. Simon, who died in 1998, optimistically countered that human welfare would flourish thanks to flexible markets and our collective ingenuity.
Mr. Ehrlich believed the metal prices would rise over the decade; Mr. Simon thought the prices would stay stable or even drop. Mr. Simon won: the prices of the five metals in 1990 hovered at around 50 percent of their 1980 levels, even as the world population grew by 800 million.
Conservatives have celebrated Mr. Simon’s victory ever since, using it to denounce environmentalists for alarmism and to criticize environmental regulation. The columnist George Will recently used Mr. Simon’s triumph to illustrate how “ingenuity thwarts doomsday.” In a sign of the bet’s symbolic value, the Competitive Enterprise Institute created the Julian L. Simon Memorial Award in 2001 to celebrate his “vision of Man as the Ultimate Resource.” The award trophy: a statue of a leaf with its veins made from the five metals featured in the bet.
Environmentalists, in contrast, have tended to deny the significance of the Ehrlich-Simon bet, arguing that commodity prices illustrate little about real environmental threats. Also, they say, Mr. Simon just got lucky: indeed, when economists later ran simulations for every 10-year period between 1900 and 2008, they found that Mr. Ehrlich would have won the bet 63 percent of the time. These sweeping declarations of triumph and insignificance miss the point — and the true lessons of the bet for each side.
Environmentalists need to better understand the ways in which markets for natural resources function. There is rarely a simple linear path from abundance to scarcity.
Mr. Ehrlich’s view of looming scarcity was hardly radical in the years after the 1970s oil shocks. Many investors in the late 1970s shared his faith that rising metal prices reflected finite supply and impending shortages. The Hunt brothers, for example, famously gambled billions of their oil fortune on the rising price of silver, and then lost their shirts in 1980 when prices faltered and they failed to corner the market.
During the 1980s, macroeconomic factors, including falling oil prices and economic slowdowns, far outweighed new pressures from population growth and drove down the prices of many metals. Everyday market forces — technological change, price-driven competition and new sources of supply — also helped reduce prices. The international tin cartel collapsed under pressure from new Brazilian mines. Aluminum, plastic, fiber-optic cables and satellites began to replace copper, even as copper production soared in response to 1970s highs; by 1985, the copper industry struggled to create demand.
This dynamic relationship between scarcity and abundance matters for public policy. Exaggerated fears of resource scarcity can lead to stifling price controls, panicked efforts to limit production or consumption, and public investment strategies predicated on high prices that turn out to be ephemeral.
The same thing is true in business. Solyndra, the now-bankrupt solar-panel company, failed in part because its model depended on the price of polysilicon, used by its competitors, remaining high. When prices instead collapsed, so did its competitive strategy and the company.
YET if environmentalists need to better account for human creativity and adaptability, conservatives, in turn, should better understand the limited nature of Mr. Simon’s victory.
Setting aside the vagaries of market forces, can we continue to increase resource production and adapt to unprecedented environmental changes like global warming? Our past experience should give us some hope, but that hope should be greatly tempered by the realization that climate change is an unprecedented threat, and we really might not keep pace.
Mr. Simon liked to argue that new problems prompt solutions that ultimately leave people better off than before. But we cannot surmount our challenges if we simply deny that they exist.
Instead of using science as a resource for human betterment, conservatives who reject the evidence of human-caused global warming prevent the very creative problem-solving that Mr. Simon advocated. And if environmentalists like Mr. Ehrlich hadn’t urged action back in the 1970s, would all that creativity have been channeled into the cleaner air and water that we enjoy today?
We face choices about our future direction. As Mr. Ehrlich and many other environmental scientists have documented, by pouring carbon dioxide into the atmosphere, we put things we value and love in danger, from the coral reefs to the Jersey Shore, from homes threatened by wildfire to farms endangered by drought.
And even if Mr. Simon is right that humans can adapt and prosper on this rapidly changing planet, we have to ask ourselves whether the risks and inequalities of this change are desirable.
Ultimately, humanity’s course will be determined less by iron laws of nature or by unbounded market powers, Mr. Ehrlich and Mr. Simon’s dueling lodestars, and more by the social and political choices that we make. Neither biology nor economics can substitute for the deeper ethical question: what kind of world do we want to live in?

Paul Sabin is an associate professor of American history at Yale and the author of “The Bet: Paul Ehrlich, Julian Simon, and Our Gamble Over Earth’s Future.”

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A Avaaz virou linha auxiliar do MST; pior: virou servical de alguns bestalhoes ecoloesquizofrenicos...

Antigamente, muito antigamente a Avaaz era uma iniciativa de almas cândidas interessadas nas boas causas da humanidade: direitos humanos, corrupção, justiça, igualdade, enfim, essas bondades que todo mundo quer e poucos conseguem implementar.
Depois de ter sido conquistada (assaltada seria o nome mais correto) por militantes das causas esquizofrênicas ela passou a ser mais uma organização "social" a serviço dos companheiros de ideias totalitárias, embora pretendidamente progressistas.
Tem uma coisa que faz muito mal à inteligência: ecologista ignorante, ou ideológico. Geralmente eles são antimercado, o que já é um sinal que algo não funciona bem entre as duas orelhas desses novos cruzados da vida pura.
Agora eles se juntaram ao MST e a um bando de trogloditas da agricultura de subsistência (geralmente a mais danosa ao meio ambiente) para demonizar uma empresa de engenharia genética, que trabalha, nesta ordem, para obter lucro, e para oferecer sementes mais produtivas aos produtores rurais. Se essas sementes são, ou não, danosas ao meio ambiente ou à saúde humana, cabe às autoridades, munidas de relatórios científicos, decidir.
Mas os reacionários da causa perdida não pretendem isso: eles querem simplesmente proibir a empresa de trabalhar, já tendo decidido, a priori, e ideologicamente, que seus produtos são nefastos.
Nefastas são suas posições, ideias (se eles têm alguma), movimentações.
A Avaaz é uma linha auxiliar do MST, apenas isto. Ela foi reduzida a isto...
Vejam abaixo sua campanha mentirosa, deformada, fraudulenta.
Paulo Roberto de Almeida 


Caros membros da Avaaz,

Uma mega empresa está gradualmente tomando conta do nosso estoque de comida e colocando o futuro dos alimentos do planeta em perigo. Mas nós podemos virar o jogo contra as empresas que, como a Monsanto, continuam a pressionar por políticas que priorizam seus lucros, ao invés do bem-estar das pessoas. Comprometa-se com uma doação no valor de R$4 agora a ajudar a parar esta perigosa dominação da nossa política e dos nossos alimentos: 

Uma mega empresa está gradualmente tomando conta do nosso estoque global de alimentos, envenenando nossa política e colocando o futuro da comida do planeta em perigo. Para impedir que isso aconteça, temos que desmascará-los e desarticular a rede de controle global da Monsanto.

Monsanto, a gigante química que nos deu venenos como o Agente Laranja e DDT, tem um esquema superlucrativo. Primeiro passo: desenvolver pesticidas e sementes geneticamente modificadas (GM) projetadas para resistir aos mesmos pesticidas, patentear as sementes, proibir os agricultores de replantar suas sementes ano após ano e, em seguida, enviar espiões para investigar e processar os agricultores que não cumprirem essas diretrizes. Segundo passo: gastar milhões em lobby com funcionários do governo e contribuir para campanhas políticas, colocar ex-figurões da Monsanto em altos cargos no governo, e, em seguida, trabalhar com eles para enfraquecer os regulamentos e colocar os produtos da Monsanto nos mercados mundiais.

Como a lei dos EUA permite que as empresas gastem quantias ilimitadas para influenciar a política, muitas vezes isso significa que elas podem comprar as leis que quiserem. No ano passado, a Monsanto e empresas gigantes de biotecnologia gastaram absurdos US$45 milhões para acabar com uma iniciativa que rotularia produtos GM na Califórnia, ainda que 82% dos estadunidenses queiram saber se estão comprando GM ou não. Neste mês, a empresa ajudou a forçar a aprovação da "Lei de Proteção da Monsanto", que impede os tribunais de proibirem a venda de um produto, mesmo que este produto tenha sido aprovado pelo governo por um equívoco.

O poder da Monsanto nos EUA serve de base para que a empresa exerça seu domínio ao redor do mundo. No entanto, corajosos agricultores e ativistas da UE, do Brasil, da Índia e do Canadá estão resistindo e começando a vencer.

Estamos em um ponto de inflexão global. Se quantidade suficiente de nós nos comprometer-se com uma doação no valor de R$4 agora, poderemos unir forças para romper o controle da Monsanto sobre nossa política e comida e ajudar a acabar com a apropriação dos nossos governos pelas grandes corporações. A Avaaz só irá processar sua doação se conseguirmos o suficiente para fazer uma diferença real:


A Monsanto está na linha de frente de uma verdadeira tomada da agricultura industrial - atropelando os pequenos agricultores e pequenas empresas, enquanto grandes fazendas de monocultura sugam os nutrientes da terra, diminuem a diversidade genética, e criam a dependência de fertilizantes, pesticidas e outros produtos químicos. A ironia é que não é claro que a dizimação da agricultura natural e sustentável tenha trazido qualquer aumento no rendimento das culturas. Apenas mais lucro para as empresas. Nossos governos deveriam intervir, mas o lobby da Monsanto impede que eles façam qualquer coisa.

O monopólio da Monsanto é de cair o queixo: eles possuem patentes sobre mais de 96% das sementes transgênicas plantadas nos EUA. E, além das preocupações sobre saúde e segurança, as mesmas patentes permitem que a Monsanto impeça qualquer agricultor ou cientista de testar suas próprias sementes! Ainda assim, alguns países conseguiram proibir ou restringir produtos da Monsanto.

Eles afirmam que seus produtos custam menos, mas muitas vezes os agricultores são atraídos para contratos plurianuais - os preços dos grãos sobem, são levados a comprar novas sementes a cada temporada e usar mais herbicidas para manter a plantação livre das "super ervas-daninhas". Na Índia, a situação é tão calamitosa que uma área de produção de algodão tem sido chamada de "o cinturão do suicídio", pois dezenas de milhares dos agricultores mais pobres tiraram suas vidas para escapar de uma dívida tenebrosa.

Mas os agricultores e cientistas também estão reagindo e vencendo. Um grupo na Índia ajudou alcançar a vitória de três batalhas em torno de patentes de produtos que não eram geneticamente modificados contra corporações e, no Brasil, cinco milhões de agricultores processaram a Monsanto pela coleta injusta de royalties, tendo recebido uma indenização de $2 bilhões! Cientistas estão fazendo campanha a favor dos modelos de agricultura sustentável e, só na semana passada, 1.5 milhão de nós aderiu à luta contra as patentes convencionais na UE.

Apenas um enorme protesto, global e unificado, pode enfrentar frente a frente a Monsanto e o controle dos nossos governos pelas grandes corporações. Vamos expor este poder de comando sobre nossas democracias, ajudar os agricultores a lutar, desafiar leis e patentes injustas, e enfrentar de igual para igual o lobby das corporações. Comprometa-se com uma doação no valor de R$4 e apoie um plano de ação agora:


Nosso tempo está se esgotando. Para enfrentarmos enormes crises ambientais, climáticas e alimentares, precisamos de uma agricultura sustentável e de inovação - mas isso é mais bem feito por diversos agricultores e cientistas que sabem o que funciona melhor em diferentes ecossistemas, ao invés de um bloco empresarial impulsionado por seu próprio lucro, que busca o controle do futuro de nossos alimentos.

Este Golias das corporações está aumentando seu poder em todo o mundo. Mas se nossa forte comunidade de 21 milhões de membros permanecer unida, teremos uma chance. Membros da Avaaz resistiram repetidas vezes contra os maiores vilões do mundo, e venceram. Agora é hora de crescer ainda mais e salvar nossas políticas da influência de interesses especiais, proteger nossa oferta de alimentos, e obter justiça para os agricultores pobres.

Com esperança e determinação,

Alice, Oli, Joseph, Ricken, Pascal, Chris, Michelle, Emily, e toda a equipe da Avaaz Mais informações:

Grãos do descontentamento (em inglês) (Texas Observer):

Monsanto processa pequeno agricultorpara proteger a patente das sementes (em inglês) (The Guardian):

Divulgadas as contribuições políticas (em inglês) (Monsanto):

A verdadeira Lei de Proteção da Monsanto: como gigantes da GMcorrompem reguladores e consolidam seus poderes (em inglês) (ThinkProgress):

Lei de Proteção da Monsanto coloca as empresas de comidas GM acima dos tribunais federais (em inglês) (The Guardian):

Biodiversidade para alimentos e agricultura (em inglês) (UN Food and Agriculture Organization):

A colheita do medo da Monsanto (em inglês) (Vanity Fair):

Wikileaks mostra como os EUA pressionam por produtos GM na UE (em inglês) (The Guardian):

USDA dá sinal verde para semente de milho GM inútil (em inglês) (Mother Jones):

Fontes adicionais (em inglês) (Avaaz):

A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 21 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 18 países de 6 continentes, operando em 17 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.

Você está recebendo essa mensagem porque assinou a campanha "Community Petitions Site" no dia 2012-09-28 usando o seguinte endereço de email: pralmeida@me.com.
Para garantir que as mensagens da Avaaz cheguem à sua caixa de entrada, por favor adicione avaaz@avaaz.org à sua lista de contatos. Para mudar o seu endereço de email, opções de idioma ou outras informações pessoais, entre em contato conosco, ou clique aqui para descadastrar-se.

Para entrar em contato com a Avaaz, não responda este email, escreva para nós no link www.avaaz.org/po/contact.

==========

Eu escreveria a eles: dizendo que eles são linha auxiliar dos neandertais do MST...
Paulo Roberto de Almeida 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Malthusianos equivocados: por que se equivocam? Explicacoes economicas....

Na sequência deste meu post:

O fim dos ecologistas, como os conhecemos hoje: os novos malthusianos continuam errando


um leitor fiel, Eduardo Rodrigues, a quem agradeço, me envia esta simples aula de economia elementar:


Eduardo Rodrigues, Rio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O fim dos ecologistas, como os conhecemos hoje: os...": 

Steve Horwitz num curto e esclarecedor vídeo sobre o assunto.

-- Os recursos naturais estão acabando? --
Steve Horowitz, Ph.D., St. Lawrence University

Uploaded by  on Nov 24, 2011
O professor Steve Horwitz fala sobre a crença comum de que o mundo está ficando sem recursos naturais. Ao invés disso, existem razões econômicas que explicam porque nós nunca ficaremos sem muitos recursos. Em um sistema de livre mercado, preços sinalizam escassez. Então quando um recurso se torna mais escasso, ele se torna mais caro, o que incentiva as pessoas a usar menos desse recurso e desenvolver novas alternativas, ou procurar novas reservas desse recurso que eram anteriormente desconhecidas ou sem possibilidade de ser explorada com lucro. Nós temos visto através da história que a habilidade da mente humana de inovar, combinada com um sistema econômico de livre mercado , é um recurso ilimitado que pode superar as limitações que nós percebemos nos recursos naturais.

Transcrição e tradução de Henrique Vicente.
Revisão e legendas de Juliano Torres.
Portal Libertarianismo: "Evoluindo Ideias e Indivíduos."
www.libertarianismo.org

Category:

Tags:

License:


O fim dos ecologistas, como os conhecemos hoje: os novos malthusianos continuam errando

Nada, absolutamente nenhum dos argumentos desse ecologista britânico faz sentido econômico.
Os ecologistas são os malthusianos dos nossos dias, ou os profetas do apocalipse, vocês sabem, aqueles gajos meio malucos (ou inteiramente destrambelhados) que ficam gritando: 


"Arrependei dos vossos pecados consumistas, ó gente de pouca fé! O mundo vai acabar.
Vocês estão consumindo demais, parem com essa luxúria de gastança em coisas inúteis, não comprem mais iPads, mais iPhones, mais laptops, nada, vivam frugalmente, plantem para comer.
O planeta vai acabar, a água vai acabar, vamos morrer de poluição, cof, cof, cof..."


Bem, pode não ser exatamente assim, mas é um pouco assim.
O problema é que as pessoas não vão parar de consumir. Não dá para pedir a algumas centenas de milhões de chineses e indianos que eles não podem comprar carros, que eles não podem pensar em viajar, e ter uma casa maior, em dar presentes aos seus filhos, etc.
Ecologistas são, quando bonzinhos, apenas amigos das minhocas e das flores.
Mas quando eles são economicamente irracionais como este aqui, eles podem ser uma praga.
Enfim, a humanidade não vai segui-los claro, mas o problema é que aumenta a proporção de idiotas repetindo bobagens por aí. E eu tenho alergia à burrice...
Volto a dizer: NADA do do que diz esse ecologista faz sentido, nenhum dos seus argumentos se sustenta, seja pela lógica econômica, seja pelos comportamentos sociais, seja pelo simples bom senso.
Puro besteirol, tudo o que ele diz. Ecologismo irracionalista.
E por que estou postando aqui?
Bem, apenas para treinar os mais jovens, para fazê-los tentar desmentir, com argumentos econômicos racionais, cada uma das afirmações deste maluco. Eu consigo, mas não sei outros poderão fazer isso.
Fica o exercício...
Paulo Roberto de Almeida 



‘O fim da economia como a conhecemos’
Entrevista / Paul Gilding
Simone Barreto
O Globo, 5/02/2012

Para ambientalista, países emergentes podem criar um modelo de desenvolvimento sem sacrificar mais o planeta

Paul Gilding, o autor do livro “A Grande Ruptura”, provoca discussões em todo o mundo quando afirma que chegamos ao fim da trilha do crescimento econômico. No entanto, ele não se vê como um profeta do apocalipse. Muito pelo contrário, o ambientalista é um otimista que acredita no poder de reação da Humanidade: “Podemos ser lentos, mas não somos estúpidos”.  Gilding é um veterano ambientalista, que foi chefe do Greenpeace Internacional, e hoje é consultor de sustentabilidade e professor associado ao Programa de Sustentabilidade da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Aos 52 anos, Gilding vive numa fazenda, na Tasmânia, ilha ao sul da Austrália, com a mulher e dois de seus cinco filhos. Durante suas férias no verão australiano, Gilding falou ao GLOBO sobre

O GLOBO: O senhor diz em seu livro que a busca por lucro e crescimento econômico chegou ao limite. A que se refere a grande ruptura do título?
PAUL Gilding: A grande ruptura é o fim da economia como a conhecemos, do consumismo desenfreado, de um estilo de vida e de um crescimento econômico que não medem o impacto nos recursos finitos do planeta.

O que podemos fazer individualmente para ajudar a retardar esse processo?
Gilding: O mais importante a fazer é aprender como podemos melhorar a qualidade de nossas vidas. No mundo moderno, estamos focados em fazer mais dinheiro, consumir mais bens materiais, ter casas maiores e por aí afora. Significa que temos mais custos, que temos de trabalhar mais para pagar um custo cada vez maior e definitivamente não é assim que melhoramos nossa qualidade de vida... Precisamos aprender a viver com menos, para termos mais tempo de fazer o que nos deixa realmente felizes. Coisas simples como viver em comunidade, ficar com a família e os amigos.
O mundo está passando por uma mudança bastante importante: enquanto os países ricos estão afundados numa enorme crise financeira, os emergentes estão indo às compras. Mas precisam zerar uma dívida social enorme, o que significa mais gente consumindo, mais gente comendo, mais gente gastando dinheiro. 

Como fechar essa conta? 
Gilding: Eu acho que temos diferentes abordagens para diferentes países. Os ricos terão de fazer uma dramática redução nos gastos e no consumo. Primeiro, porque está muito claro que nosso planeta não sustenta esse ritmo de crescimento econômico; e segundo, porque também está claro que dessa forma não vamos melhorar a qualidade de vida dos cidadãos desses países. Mas é diferente quando falamos de pessoas vivendo em países em desenvolvimento. É como se o mundo tivesse de abrir espaço para o crescimento. E, na verdade, os países em desenvolvimento estão presos numa armadilha dos ricos, que resolvem tudo com o crescimento econômico. A verdade é que movimentos como Ocupem Wall Street nos mostram que o crescimento econômico não entrega sempre uma integridade social; ao contrário, pode criar mais conflitos e divisões na sociedade. Nós temos de criar um novo modelo de progresso, que permita o desenvolvimento sem sacrificar os processos e o planeta. E países como o Brasil, por exemplo, têm neste momento uma grande oportunidade de fazer diferente, de tentar novos meios de governar uma sociedade em equilíbrio com o mercado.

De quantos planetas Terra precisaríamos para sustentar a taxa de crescimento atual?
PAUL Gilding: Precisaríamos de dois planetas Terra em 2030 para sustentar o crescimento de hoje. Três ou quatro em 2050. É impossível manter este ritmo porque temos uma só. Estamos destruindo a infraestrutura sobre a qual a economia foi construída. Quanto mais danificamos a terra, os oceanos, menos o planeta poderá suportar.

O senhor já disse que acredita numa mobilização da sociedade para as mudanças que estão por vir. Estamos acelerando o passo dessa mobilização? 
Gilding: Em geral, não estamos realmente mobilizados. Ainda. Mas vejo que, desde que comecei a palestrar sobre a grande ruptura de que falo no livro, há uma aceitação maior ao fato de que precisamos discutir uma nova abordagem. Tanto que hoje muitos experts adotaram a ideia e falam sobre o equilíbrio que deve haver entre o crescimento econômico e o balanço social.

O senhor é um otimista?
Gilding: Sim! Eu sou um otimista incomum. Acho que o mundo vai ficar muito instável, que vai sofrer uma crise complexa, com muitos conflitos e um grande rompimento econômico. Mas nossa sociedade reage bem às crises. Então, apesar de muitas pessoas me acharem um pessimista quando digo que essa crise é inevitável, eu discordo. Sou otimista sobre o potencial de resposta da Humanidade a momentos como este, e a sua capacidade de fazer mudanças, e muito rápidas. Basta olhar o exemplo da Segunda Guerra Mundial e de como os ingleses reagiram numa situação limite. Nós somos realmente bons, extraordinários numa crise, temos grande capacidade de transformação e mobilização. Essa reação é universal.

Quando o senhor espera que deva acontecer essa grande parada da economia?
Gilding: Nesta década. Não estamos mais falando de longo prazo, para os filhos de nossos filhos. Vai acontecer logo, pois, quando algo é insustentável, eventualmente para. Também acredito que durará bastante, porque teremos exaustão de recursos e vejo o fornecimento de comida como uma das questões de maior importância.

Segundo as projeções atuais, vamos chegar a 2050 com nove bilhões de pessoas no planeta que precisarão de comida.
Gilding: Não é com a quantidade de pessoas vivendo, mas com o estilo de vida delas que temos que nos preocupar. É possível termos nove bilhões de pessoas e alimentá-las. Na Índia, as emissões de carbono estão em duas toneladas per capita, enquanto nos Estados Unidos vemos 26 toneladas per capita. Só não será possível se vivermos como hoje nos países ricos, sem pensarmos no desperdício e em como conduzimos nosso consumo.

O que o senhor ensina para seus filhos sobre o futuro do planeta?
Gilding: Você não quer que as crianças fiquem preocupadas com o futuro. Mas eu procuro ensinar as coisas em que acredito. Eu tenho cinco filhos, quero que eles sejam felizes. Eu tento ensinar como viver bem sem precisar de muito. Quero que eles saibam como é possível ter uma boa vida num mundo de nove bilhões de pessoas.n “Precisaríamos de dois planetas Terra em 2030 para sustentar o crescimento de hoje.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

E agora, ecologistas: reclamar com quem, cobrar de quem?

Tempestade destruiu o equivalente a três anos de desmatamento
iG São Paulo, 13/07/2010

Os pesquisadores americanos e brasileiros divulgaram hoje um estudo que mostra que uma única tempestade em 2005 derrubou meio bilhão de árvores em toda a Floresta Amazônica. O estrago causado pelos três dias de chuvas e ventos fortes em janeiro daquele ano equivaleu ao desmatamento dos últimos três anos na região da Amazônia Legal.

Segundo cálculos do professor Edson Vidal, da Esalq-USP, a média de árvores na Amazônia é de 180 por hectare. De acordo com a taxa de desmatamento anual calculada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 2009 e 2007 foram desmatados 32.026 quilômetros quadrados, o que equivaleria à 576.468.000 árvores derrubadas no período.

Mas os ambientalistas não calculam o valor da devastação, seja pelo homem ou natureza, apenas pelo número de árvores caídas -- para eles, a perda maior está na biodiversidade da floresta. Segundo John Kricher, autor de “A Neotropical Companion”, em um hectare de floresta tropical no Brasil existem 200 espécies de árvores, 600 espécies de plantas e 60.000 espécies de animais e microrganismos.

===========

Comentário PRA: eu sempre me pergunto o que devem pensar disso os ecologistas, que parecem ter uma idéia idílica da natureza, dos equilíbrios naturais, só perturbados pela mão do homem, ser perverso, que destrói a natureza, polui os rios, extingue espécies e pratica toda sorte de maldades contra essa natureza tão boazinha...
Espécies desapareceram aos milhões, antes da aparição do homem sobre a Terra, tanto pela ação das forças naturais, quanto pela ação de outras espécies, predadoras, que não deixam de ser forças "naturais". Bem, o homem também é uma espécie predadora, muito poouco sensível a essas pregações ecologistas.
Quando ele resolver ser bonzinho, aí vem a natureza e "crek", pau nela mesma: tsunamis, inundações, terremotos, tempestades, etc.
Que planeta mais doido...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sindicatos e ecologistas sao a favor do desemprego

Sim, eu já escrevi aqui que sindicatos são máquinas de criar desemprego -- ao contrário do que muitos crêem -- e também são máquinas de afundar empresas, criando desemprego no mesmo movimento.
No Brasil, como em outros países -- nem preciso falar da França, especialista nesse tipo de bobagem sindical -- eles estão ativos tentando nos fazer acreditar que a redução das horas de trabalho vai criar mais emprego e tornar a vida de todos melhor. Estão errados, obviamente, e o que vai ocorrer é o contrário.
Mas, eles não estão sozinhos. Os verdes, esses românticos especialistas em salvar minhocas (deles mesmos), também partilham algumas das monumentais bobagens econômicas dos sindicalistas.
Nosso jovem economista de Chicago desmantela esses mitos, com a ajuda de algumas simples ilustrações...


Simple pictures against bad ideas
Tino Sanandaji *
Super-Economy
Kurdish-Swedish perspectives on the American Economy.
Monday, May 17, 2010

The Green Party is doing exceptionally well in Sweden right now. Educated voters, especially women, like their mix of environmentalism, social liberalism and perceived economic centrism.

Unfortunately and despite their rhetoric, the Green Party has a lot of bad economic ideas. One in particular is work sharing, a government regulation that forces everyone to work as standard no more than 35-hours per week. Their idea is that if you force people to work fewer hours, there will be more job for others.

The consensus belief among academic economists is that work sharing does not work.
Unemployment does not arise because there are too many people. It is because there is some imperfection in the market (either policy induces or due to market failure) that causes the market to generally not be able to match jobs to people.

We have to remember that normally in functioning economies, there are very strong forces that create jobs for everyone who wants to work. To illustrate this for non-economists, please allow me to put up a graph with a high "duh" factor (but which really is quite important).

This is the relationship between number of working age adults in 2007 and number of jobs in 2007, for the OECD countries. Source is as usual OECD.

The correlation between potential workers and jobs in the OECD is 0.99!
I have also done the same plot without the U.S and Japan so you can see the individual countries better.

To an economist this is trivial, and just says that there is no connection between employment rate and country size among the OECD countries. But savor the pictures for a moment. They have a profound implication. It means that there are extremely powerful forces in market economies that create jobs for ordinary people, no matter how many people we have, and regardless of if we can perfectly understand these forces.

It is not easy to describe this magic when people demand "where will jobs come from?". You may even sound naive if you say that "the market will take care of it", and refer to history or to the graph above. But in this case what sounds naive is in fact the most profound answer. Empirically, we can observe that the market does seem to take care of creating jobs.

The problems that cause unemployment is never the number of people, it is things like the skill composition combined with wage rigidity, cyclical demand conditions, search friction, taxes and regulations, and market imperfections. None of the core economic forces that create unemployment is affected by permanent work sharing for all workers.

Let me also look at this a little more directly. Here is average hours worked for workers and the unemployment rate, again for OECD, and again for 2007.

There is no statistically significant relationship between the typical workday and unemployment rate (p value 0.52). Countries that have reduces the average hours worked have not been able to achieve lower unemployment rate. Now, correlation is not always causation. Maybe the unemployment rate in France would have been even higher if they worked more hours. But I strongly doubt it.

Work sharing is guaranteed to harm the economy, by making everyone earn less and by dramatically lowering tax revenue for health care etc. Meanwhile there is no evidence that it reduces the unemployment rate, and strong suggestive evidence that indicates that it has no effect.

If people choice to work less, great! But legislation to shorten the workweek like the Greens in Sweden propose to do is very bad economic policy.

* Tino Sanandaji is a 29 year old PhD student in Public Policy at the University of Chicago, and the Chief Economist of the free-market think tank Captus.