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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Livro: Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude - Paulo Roberto de Almeida

Compilei todos os artigos mais importantes que foram publicados em Meridiano 47, boletim editado pelo Prof. Antonio Carlos Lessa, do IRel-UnB, e organizei mais um volume digital de trabalhos meus:


Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude  
(Hartford: Edição do Autor, 2015). 
Hartford, 16 abril 2015, 380 p. 

Livro montado a partir de uma seleção de minhas colaborações ao Meridiano 47

Relação de Originais n. 2813. Publicados n. 1173.

Sumário da Publicação: 


Apresentação:
Freakdiplomacy, or the advantages of being an accidental diplomat , 11


Primeira Parte
Relações internacionais e política externa do Brasil
1. Relações Internacionais e política externa do Brasil: perspectiva histórica , 17
2. Ideologia da política externa: sete teses idealistas , 31
3. Relações Brasil-Estados Unidos em perspectiva histórica, 42
4. Um exercício comparativo de política externa: FHC e Lula em perspectiva , 48
5. Sucessos e fracassos da diplomacia brasileira: uma visão histórica , 53

Segunda Parte
Economia internacional, globalização
7. Debate sobre a globalização no Brasil: muita transpiração, pouca inspiração, 63
8. Interessa ao Brasil uma taxa sobre os movimentos de capitais?, 68
9. A distribuição mundial de renda: caminhando para a convergência?, 74
10. Contra a antiglobalização, 92
11. Perguntas impertinentes a um amigo antiglobalizador, 115
12. Fórum Social Mundial: nove objetivos gerais e alguns grandes equívocos, 119
13. Fórum Surreal Mundial: Pequena visita aos desvarios dos antiglobalizadores, 130
14. O Brasil e o G20 financeiro: alguns elementos analíticos, 147

Terceira Parte
Regionalismo, Integração
15. Mercosul e Alca na perspectiva brasileira: alternativas excludentes?, 153
16. O Mercosul não é para principiantes: sete teses na linha do bom senso, 172
17. Problemas da integração na América do Sul: a trajetória do Mercosul , 182
18. Acordos regionais e sistema multilateral de comércio: a América Latina , 190
19. Contexto geopolítico da América do Sul: visão estratégica da integração, 204
20. Mercosul: uma revisão histórica e uma visão de futuro , 216

Quarta Parte
Política internacional, Questões estratégicas
21. Camaradas, agora é oficial: acabou o socialismo , 237
22. A China e seus interesses nacionais: reflexões histórico-sociológicas , 253
23. Teses sobre o novo império e o cenário político-estratégico mundial, 257
24. O legado de Henry Kissinger, 274
25. Pequena lição de Realpolitik, 279
26. Estratégia Nacional de Defesa (END): comentários dissidentes , 284
27. A Arte de NÃO Fazer a Guerra: novos comentários à END , 292

Quinta Parte
Ideias, cultura, problemas
28. O Fim da História, de Fukuyama, vinte anos depois: o que ficou?, 313
29. Um Tocqueville avant la lettre: Hipólito da Costa como founding father do americanismo, 329
30. Reflexões a propósito do centenário do Barão, 334
31. Uma frase (in)feliz?: o que é bom para os EUA é bom para o Brasil?, 340
32. O IBRI e a RBPI: contribuição intelectual, de 1954 a 2014, 347


Apêndices
Relação cronológica dos ensaios publicados no boletim Meridiano 47, 367
Livros publicados pelo autor, 375
Nota sobre o autor, 379
 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Autoritarismo politico e dirigismo economico: dois grandes problemasbrasileiros

O Brasil atual tem dois grandes problemas, e eu até diria que são dois grandes obstáculos ao seu desenvolvimento político e ao seu progresso econômico: um é a evidente deriva totalitária da força política hegemônica, um partido neobolchevique que pretende monopolizar todas as alavancas do poder, não exatamente para construir o socialismo (já que os companheiros não são tão estúpidos quanto seus colegas bolivarianos para acreditar que isso seja possível), mas apenas para preservar seu rentismo de novos ricos do aparelhismo militante, a nova classe, ou a burguesia do capital alheio, como já se disse.
O outro problema é o ativismo governamental, que simplesmente redunda em despoupança pública, em paralisia dos investimentos privados e o insuportável crescimento dos dispêndios governamentais, contribuindo para o baixo crescimento e a exoansão da dívida pública.
A matéria abaixo apenas confirma o que disse.
Paulo Roberto de Almeida

Governo lança crédito para móveis e eletrodomésticos pelo Minha Casa

O Estado de S.Paulo, 12/06/2013

Batizado de Minha Casa Melhor, programa vai oferecer até R$ 5 mil de crédito para famílias a taxa de 5% ao ano; até R$ 8 bi do Tesouro Nacional serão usados


O governo lançou nesta quarta-feira, 12, uma linha de financiamento de móveis e eletrodomésticos exclusiva para beneficiários do programa de compra da casa própria Minha Casa, Minha Vida. A expectativa é de que 3,7 milhões de famílias sejam beneficiadas, em um total de R$ 18,7 bilhões.
 - André Dusek/Estadão
André Dusek/Estadão
Batizado de Minha Casa Melhor, a linha dará crédito de até R$ 5 mil por beneficiário. A taxa de juros é de 5% ao ano e o prazo para pagamento, 48 meses. As famílias terão um cartão magnético do Minha Casa Melhor e até 12 meses para gastar o crédito.
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, destacou que a taxa de juros do programa é abaixo da média de mercado. Por isso, recursos do Tesouro Nacional serão usados para compensar a diferença entre as taxas de mercado e as que serão cobradas dos beneficiários. Segundo ele, medida não compromete a meta de superávit primário do governo.
Ribeiro ressaltou que o crédito vai permitir que as famílias melhorem "ainda mais o sonho da casa própria" e que vai injetar recursos que farão girar a engrenagem da economia e gerar emprego.
A presidente Dilma destacou a mudança de cenário desde 2009, após a criação do Minha Casa, Minha Vida. "Os resultados desse programa estão transformando a realidade do nosso País". Segundo ela, mais de 1 milhão de famílias receberam as chaves da casa própria desde então.
Varejo. A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, elogiou a iniciativa do governo federal que, segundo ela, dá "dignidade para o nosso povo".
De acordo com Luiza, o projeto foi discutido durante três meses com representantes do varejo, da Caixa Econômica Federal e técnicos do Ministério da Fazenda. Segundo ela, 50% da população das classes C e D não possuem máquina de lavar roupas automática.
Como funciona. O financiamento será oferecido para as pessoas que adquiriram imóveis, via Minha Casa, Minha Vida, pela Caixa Econômica Federal. A contratação do crédito será feita nas agências ou pelo telefone 0800-726-8068.
O beneficiário precisa estar em dia com as parcelas do financiamento do imóvel para ter direito ao Minha Casa Melhor.
Serão 13 mil lojas credenciadas em todo País para aquisição dos móveis e eletrodomésticos pelo programa, que também darão 5% de desconto nas compras. A lista dos estabelecimentos comerciais está disponível no site: www.minhacasamelhor.com.br

ProdutosO valor máximo dos produtos será de:Guarda-roupa: R$ 380Cama de casal com ou sem colchão: R$ 370Cama de solteiro com ou sem colchão: R$ 320Mesa com cadeiras: R$ 300Sofá: R$ 375Fogão: R$ 599Lavadora de roupas automática: R$ 850Refrigerador: R$ 1.090TV Digital: R$ 1.400Notebook ou computador com acesso à internet: R$ 1.150(Com informações da Agência Estado e da Agência Brasil)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pensamento Brasileiro em Política Internacional: um projeto de trabalho da Funag (MRE)

Estou em Fortaleza neste momento, participando da Conferência sobre Relações Exteriores (CORE), realizada pela Fundação Alexandre de Gusmão (Funag-MRE) em cooperação com a Unifor.
Devo coordenar os debates da mesa 6, esta tarde, a última, que vai ocupar-se de um projeto de pesquisa e de elaboração de textos sobre o tema acima, ou seja, o pensamento brasileiro em política internacional, que parte justamente da hipótese de que existe um pensamento brasileiro nessa área.
Sem entrar aqui em controvérsias conceituais ou práticas, transcrevo abaixo o documento de planejamento, mas aberto a sugestões e críticas, sobre como poderia desenvolver-se um projeto acadêmico-funcional nessa área.


Pensamento Brasileiro em Política Internacional
Proposta preliminar para um projeto de trabalho: primeira parte

Texto preparado para servir de base para discussão na
Mesa 6: Caminhos da Cooperação Academia-Diplomacia
na Conferência sobre Relações Exteriores (CORE);
Fortaleza, 30 de Novembro de 2012, 14:00-16:30hs.
Moderador: Ministro Paulo Roberto de Almeida;
Debatedores: Embaixador José Vicente Pimentel;
Embaixador João Clemente Baena Soares.

O presente texto, que está sendo distribuído previamente à sua apresentação e discussão em Fortaleza (em 30/11/2012), pretende servir de base para os debates que ocorrerão na mesa supracitada. Ele foi concebido como constituindo a primeira parte de um projeto de trabalho coletivo sobre a formação e o desenvolvimento das grandes linhas da diplomacia brasileira, nos planos conceitual e operacional. Nesta primeira etapa, o projeto tratará dos grandes formuladores e protagonistas principais da política internacional do Brasil desde a era constitutiva da diplomacia nacional até a passagem dos anos 1960, ao final da República de 1946, quando ocorre uma ruptura na história política brasileira. Uma segunda parte, a ser objeto de novo projeto de trabalho, mas seguindo basicamente as mesmas linhas metodológicas e editoriais, tem a pretensão de cobrir o pensamento brasileiro em política internacional na era contemporânea, ou seja, o período de meio século que se estende a partir do início dos anos 1960.
A responsabilidade operacional pelo desenvolvimento deste projeto de trabalho, relativamente ambicioso nos anais da cooperação interinstitucional entre a diplomacia profissional e entidades acadêmicas voltadas para a pesquisa e a produção de qualidade em temas de relações internacionais do Brasil, é assumida pela Fundação Alexandre de Gusmão, do Ministério das Relações Exteriores, mas sua concepção e encaminhamento prático se farão sob a égide de um conselho independente, formado por diplomatas e acadêmicos, sob a direção do presidente da Funag, Embaixador José Vicente Pimentel, que estabelecerá as regras de procedimento e os métodos de trabalho válidos para o conselho e para o projeto em seu conjunto.
Espera-se, que na sessão dedicada a este tema, no encontro de Fortaleza, de caráter puramente exploratório e destinada a recolher subsídios e sugestões para a implementação prática do projeto em apreço, a discussão possa ser ordenada em função das seguintes questões, cujas diretrizes são aqui oferecidas a título indicativo:

Esquema deste documento e sugestões tópicas para possível debate sistemático:
Objeto
Metodologia
Implementação
Desenvolvimento Cronológico
Objetivo Final
Responsabilidades
Possível esquema de trabalho coletivo e publicação

Objeto
O objeto deste texto, no momento uma mera proposta preliminar de trabalho, é a realização de um projeto de pesquisas e de elaboração de textos acadêmicos em torno da temática coberta pelo seu título, doravante referido simplesmente como PBPI. O termo cobre, grosso modo, aspectos essenciais da formulação e da execução da política internacional do Brasil, o que compreende não apenas as suas relações exteriores (conduzidas pelo Executivo e pelo seu instrumento diplomático, o MRE), mas também concepções sobre as relações internacionais do Brasil, tanto pelo lado do pensamento de intelectuais e de diplomatas (tal como refletido em seus escritos), como também pelo lado daqueles executores que deixaram registro de alguma formulação sistemática em torno do que deveria, ou do que poderia, ser, idealmente, a política internacional do Brasil (implementada ou não pelo Executivo).
A Política Internacional do Brasil não se confunde com sua política externa, de caráter mais executivo, mas tampouco cobre o vasto campo das Relações Internacionais do país, que compreende não apenas o conjunto de interações mantidas pelos diferentes agentes nacionais (inclusive privados) com a comunidade internacional, mas também, na sua extensão acadêmica, a produção relevante, por parte de autores brasileiros, de trabalhos e análises de política externa (ou de relações exteriores), bem como de história diplomática (eventualmente feita, também, por diplomatas com vocação acadêmica). Embora mais raros, começam a despontar textos de relações internacionais, verdadeiramente conceituais, feitos no Brasil, mas este não será o enfoque privilegiado por este projeto. Optamos aqui pelo termo PI por ser, justamente, indicativo do que se pretende como objeto próprio do projeto, e por ser suficientemente abrangente para abrigar concepções, propostas e formulações de políticas, que foram e são os campos de trabalho dos pensadores e dos operadores brasileiros dessa área.
O período coberto pelo presente projeto é o do Brasil independente, desde a fase constitutiva da diplomacia nacional, ainda marcada pela herança portuguesa, mas já voltada para as questões regionais e de afirmação do Estado, até o período contemporâneo, este objeto de um segundo a projeto a ser ainda desenvolvido. A maior parte das contribuições acadêmicas tratando das relações internacionais do Brasil tende a se concentrar no período pós-Segunda Guerra Mundial, mas o presente projeto, nesta fase, cobrirá apenas o período imediatamente anterior à ruptura política de 1964, deixando para um segundo projeto o tratamento do pensamento brasileiro em política internacional na era contemporânea.
Pela sua natureza, de exercício de cooperação entre a diplomacia profissional e entidades acadêmicas, o projeto pretende suscitar o interesse e mobilizar os esforços e as atenções das instituições que poderão nele se inserir, por meio de participantes já engajados nesse tipo de pesquisa, ou de colaboradores independentes que possam ser selecionados para o trabalho de elaboração de textos. O projeto, no plano prático, se desenvolverá, idealmente, em duas fases, constantes, primeiro, da organização e realização de um seminário fechado, de caráter acadêmico-profissional, voltado para os fundamentos conceituais e as derivações operacionais do PBPI, com discussão e análise crítica dos textos preparados, seguido de uma conferência aberta na qual serão apresentados os resultados do projeto, etapa final prévia à publicação dos textos redigidos em seu formato definitivo.
O “pensamento” brasileiro de que trata o presente projeto é aquele expresso pela voz, escritos, memórias e registros de formuladores conceituais da política internacional do Brasil, bem como pela ação de executores que marcaram época pelo papel renovador e definidor dessa política durante suas respectivas gestões ou participação na formulação e execução da política externa brasileira. Em outros termos, a análise do PBPI seria feita pela via de seus propositores individuais e de alguns operadores da política externa brasileira, numa perspectiva relativamente linear, isto é, cronologicamente alinhada e vertical.
A exposição e análise dos fundamentos conceituais da diplomacia brasileira seria feita, portanto, pelo exame dos escritos dos que influenciaram a política externa brasileira, desde a independência, representativos, nesse sentido, do PBPI: estadistas, diplomatas (profissionais ou não), políticos que atuaram na política externa, militares que abordaram aspectos políticos de estratégia e de segurança, e vários acadêmicos (universitários ou intelectuais autônomos) que possam ter influenciado o PBPI.

Metodologia
Após uma definição inicial, e ideal, dos objetivos do presente projeto, se pensa partir para uma seleção criteriosa dos objetos próprios que devem integrar o projeto,  nesta primeira fase, ou seja, dos “representantes” do PBPI; em função dessa seleção serão escolhidos, em seguida, colaboradores possíveis, convidados a escrever textos-síntese – sob estrita direção editorial dos organizadores, que lhes ditarão os termos de referência – sobre os personagens selecionados; se procederá igualmente a uma escolha adicional quanto a possíveis debatedores ou comentaristas dos textos, que serão apresentados no seminário fechado. Tal seminário fechado poderá, se necessário, ser realizado em duas etapas: uma de apresentação preliminar e de debate inicial; uma segunda etapa dedicada ao exame dos trabalhos revistos. Eventualmente, cada expositor poderia se beneficiar da leitura crítica de pelo menos dois debatedores, talvez de perspectivas metodológicas diversas, para comentar e oferecer contrapontos e sugestões aos textos.

Implementação
Após a elaboração de um documento-guia e de planejamento de trabalho, que deverá orientar e dirigir todo o processo, serão expedidos convites para participação no projeto, com prazos para redação e ulterior apresentação dos trabalhos designados num seminário fechado de exame e discussão do PBPI. O debate em torno dos trabalhos apresentados deverá ser pautado pelo rigor acadêmico e, tanto quanto possível, desprovido de vieses políticos. Um segundo seminário, já com os textos revistos, será aberto ao público externo, sob a forma de nova conferência nacional.
Como base nesse documento de planejamento serão previstos os meios e adotados os procedimentos para a convocação de autores-colaboradores, o convite a debatedores-comentaristas, e dada a partida à realização dos seminários. O objetivo último, se o projeto e o processo forem exitosos, seria a publicação de um volume de referência, organizado e editado pela Funag, sob a direção de seu presidente.

Desenvolvimento Cronológico
Novembro e dezembro de 2012: Etapa preparatória, por meio de consultas, questionamentos, conversas informais, subsídios e exame das alternativas possíveis quanto à escolha dos “personagens” do PBRI; fixação de um esquema preliminar, possivelmente com base no que vem oferecido in fine a este documento.
Janeiro de 2013: Fixação do documento de trabalho, ou de planejamento, com o orçamento pertinente e o cronograma (quase definitivo) da implementação do projeto e do processo, e expedição dos convites aos colaboradores principais; essa etapa implica uma definição precisa quanto aos termos de referência, bem como das diretrizes de trabalho pelas quais deverão se pautar os autores convidados.
Julho de 2013: realização do primeiro seminário, fechado, para apresentação da primeira versão dos trabalhos e discussão obrigatória da coerência metodológica, adequação intrínseca dos trabalho às diretrizes propostas pelo diretor do projeto.
Agosto-setembro de 2013: revisão dos trabalhos pelos autores e novo envio aos comentários e debatedores do primeiro seminário, eventualmente também a consultores externos e outros especialistas do assunto; eventualmente se poderá efetuar novo seminário fechado para discussão final.
Novembro-dezembro de 2013: Apresentação dos trabalhos em evento aberto ao público; definição da estrutura final de possível publicação.
Janeiro-março de 2014: revisão, edição, editoração de livro, se tal resultar factível, em função da implementação do projeto.

Objetivo Final
Idealmente, um livro de referência na área, a ser editado exclusivamente pela Funag, ou em regime de coedição com editora comercial. Registre-se que, na presente concepção do projeto, não se trata, especificamente, de uma história da diplomacia brasileira, que poderia ser objeto de um outro projeto, ou de um outro livro, de caráter institucional, ou seja, sobre como o Itamaraty conduziu a diplomacia brasileira. O presente projeto trata do pensamento, ou seja, as elaborações conceituais que fundamentaram a diplomacia brasileira ao longo do tempo, não exclusivamente restritas ao ambiente profissional diplomático.

Responsabilidades
Todo o projeto e o seu processo de implementação, tanto do ponto de vista executivo, quanto operacional, estarão sob a responsabilidade exclusiva do presidente da Funag. Ele constituirá dois grupos de trabalho: um conselho, de tipo organizador, encarregado das grandes definições substantivas do ponto de vista intelectual; um outro, executivo, que tratará da implementação prática do projeto. O orçamento do projeto estará a cargo da Funag.

[Segue possível esquema, exemplificativo, da primeira parte da publicação planejada]

Evolução do Pensamento Brasileiro em Política Internacional:
a contribuição dos principais formuladores e dos grandes atores (primeira parte)

00. Apresentação geral do Projeto (Embaixador José Vicente Pimentel – Pres. Funag)
01. Introdução metodológica e de conteúdo (Paulo Roberto de Almeida)

Parte I – Concepções iniciais do pensamento diplomático
02. José Bonifácio e a inserção do Brasil no mundo na era das independências ibéricas
03. Paulino Soares de Souza e a construção do instrumento diplomático
04. Duarte da Ponte Ribeiro e a concepção geográfica do território nacional

Parte II – Consolidação de uma diplomacia nacional
05. O Visconde do Rio Branco e a defesa da soberania do Império
06. Joaquim Nabuco e a consciência do atraso nacional
07. O Barão do Rio Branco e a fixação das fronteiras da pátria
08. Ruy Barbosa e a igualdade soberana das nações
09. Manoel de Oliveira Lima e a reforma da diplomacia brasileira

Parte III – A política internacional da Velha República
10. Euclides da Cunha e os desafios do Brasil na América do Sul
11. O episódio da Liga das Nações e seus atores políticos e diplomáticos
12. Pandiá Calógeras e a primeira síntese da história diplomática
13. Octávio Mangabeira e a reforma do instrumento diplomático

Parte IV – A reforma do Estado e a modernização da diplomacia
14. Oswaldo Aranha e a busca de uma relação especial com os Estados Unidos
15. Presentes na criação: diplomatas e estadistas na construção da ordem internacional
16. As bases da política externa independente: o IBRI, a RBPI e os desalinhamentos
17. Afonso Arinos e San Tiago Dantas: mudanças numa fase de transição

Apêndices:
18. Cronologia da diplomacia brasileira, 1808-1964
19. Ministros das relações exteriores no período
20. Fontes primárias e documentos fundacionais da diplomacia brasileira
21. Bibliografia geral sobre as relações internacionais do Brasil

Esquema preliminar [PRA]:
23 de Novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Independencias latino-americanas: Espanha e Brasil - capitulo PRAlmeida

Um trabalho feito ainda no ano de 2010, para comemorar (não sei se para a Espanha, também) as independências latino-americanas, sobre o delongado reconhecimento da independência do Brasil pela Espanha, obtido, finalmente apenas depois do falecimento dos respectivos soberanos e do início de novos regimes nos dois países: 


Brasil
In: Lucena, Manuel; Malamud, Carlos (eds.). 
Ruptura y Reconciliación: España y el reconocimiento de las independencias latinoamericanas 
(Madrid: Ed. Taurus y Fundación Mapfre, 2012, 402 p.; Serie Recorridos n. 1; América Latina en la Historia Contemporánea; p. 199-212; ISBN: 978-84-306-0940-6 (Taurus); 978-84-9844-392-9 (Mapfre); 
Relação de Originais n. 2112; Publicados n. 1708.

Informação da Editora Taurus: 

Ruptura y reconciliación

España y el reconocimiento de las independencias latinoamericanas. Serie Recorridos_1
El reconocimiento español de la independencia de las nuevas repúblicas latinoamericanas, todas sus excolonias más Brasil, fue un proceso largo y complicado que duró buena parte del siglo XIX. Al empeño inicial de España en no admitir la pérdida de buena parte de su imperio ultramarino se unían los numerosos intereses en juego, tanto públicos como privados. Por el lado americano, estos tratados perseguían reforzar sus reivindicaciones territoriales y fronterizas con los vecinos. Cada caso presenta sus particulares circunstancias con las que, de manera oficial, se daba comienzo a las relaciones diplomáticas entre las naciones iberoamericanas y España.

Recorridos se propone destacar los ejes comunes a la historia de América Latina en una perspectiva global, libre de visiones nostálgicas y exóticas. La serie analiza desde la independencia hasta la actualidad temas y horizontes que trascienden lo nacional, tanto en el espacio como en el tiempo. Mediante una narrativa accesible y con un enfoque novedoso, identifica elementos de originalidad social y cultural. También reflexiona sobre la potencia y la presencia de América Latina en tiempos de globalización, en los que se ha convertido en destacada protagonista.

Ficha técnica

Colección:
 
América Latina en la Historia Contemporánea 
Páginas:
408
 
Publicación:
 
22/11/2012
 
Formato:
 
15 x 24
Encuadernación:
 
Rústica 
Precio:
 
17,00 €

ISBN:
 
9788430609406
 
EAN:
 
9788430609406

Otros formatos

Ebook

Precio:
 
8,99 €
 
E-ISBN:
 
9788430602575


INDICE:

15  El reconocimiento español de las repúblicas latinoamericanas: el fin del «estado de incomunicación» entre las partes
Carlos Malamud
19  Las principales razones del reconocimiento tardío y prolongado
 26  Los primeros tratados
31  La cuestión centroamericana
34  Brasil y otros casos especiales: Cuba, Panamá y República Dominicana

 37  MÉXICO
Agustín Sánchez Andrés
37  El fracaso de los intentos para conseguir una independencia consensuada
39  Fernando VII y la política de confrontación (1824-1833)
43  Hacia la reconciliación (1834-1836)
48  Tratado definitivo de Paz y Amistad
51  Artículo secreto adicional

 53  ECUADOR
Agustín Sánchez Andrés y Marco Antonio Landavazo Arias
53  La regencia y el reconocimiento de las nuevas repúblicas americanas
55  El fracaso del primer intento de acercamiento (1836-1838)
57  La misión de Gual y el tratado de 1840
a65  Tratado de Paz y Amistad

 75  CHILE
María José Henríquez Uzal
75  Una tímida aproximación
78  El advenimiento de Portales y la sucesión de Fernando VII
84  La misión Borgoño
88  Tratado de Paz y Amistad

 93  VENEZUELA
María Teresa Romero
96  Un proceso de negociación largo, complejo y tardío
98  La misión Montilla
99  La misión Soublette
100  La misión a distancia
101  La misión Fortique
103  Más allá del reconocimiento

105  BOLIVIA
Eugenia Bridikhina
105  Bolivia después de la independencia
 108  El proceso de acercamiento a España
 112  La firma del Tratado de Reconocimiento
 117  Tratado de Paz y Amistad

 125  NICARAGUA
  Ligia Madrigal Mendieta
 126  Los sucesos en Nicaragua en vísperas del tratado
 129  Nicaragua frente a Inglaterra
 130  La diplomacia inglesa. Sus intereses en Nicaragua
 133  Las contradicciones con Costa Rica
 135  Las consecuencias del tratado
 137  Tratado de Paz y Reconocimiento

 145  COSTA RICA
  Jorge Francisco Sáenz Carbonell
 145  Los antecedentes. La separación de Costa Rica de Españay los años siguientes
 149  Los antecedentes inmediatos. La misión Molina y la importancia del reconocimiento español
 152  La negociación y la firma del Tratado Molina-Pidal
 155  Después del tratado: las últimas actuaciones de Molina en Madrid y el canje de ratificaciones
 159  Un epílogo de indiferencia: relaciones formales y distantes
 160  Tratado de Reconocimiento, Paz y Amistad

 169  REPÚBLICA DOMINICANA
Francisco Javier Alonso Vázquez
169  Consideraciones relativas a la especificidad de la historia e independencia de República Dominicana hasta 1844
172  La historia nacional dominicana entre 1844 y 1855
175  El tratado hispano-dominicano de 1855
180  Tratado de Reconocimiento, Paz, Amistad, Comercio, Navegación y Extradición

 199  BRASIL
Paulo Roberto de Almeida
199  El caso especial de Brasil en el marco de las independencias americanas
200  El marco formal de las relaciones España-Portugal-Brasil en la era de las independencias
203  La independencia de Brasil y las relaciones entre Portugal y España
208  El reconocimiento de la independencia de Brasil por España
213  El primer tratado firmado: el Convenio Consular (1863)
215  La trayectoria de las primeras relaciones entre España y Brasil durante el siglo XIX

 219  ARGENTINA
Beatriz Figallo
219  La revolución en el Río de la Plata
221  La incomunicación con España
222  La Confederación Argentina y España, entre lo regional y lo internacional
224  Las misiones de Alberdi a España y los primeros tratados
227  La cuestión de la nacionalidad
229  Buenos Aires y el Tratado de Reconocimiento definitivo con España en 1863
232  Conclusiones
233  Tratado de Reconocimiento, Paz y Amistad

 239  GUATEMALA
José Edgardo Cal Montoya
239   El tratado de 1863 entre España y Guatemala: inconvenientes y controversias de unas negociaciones amistosas
247   Tratado de Reconocimiento, Paz y Amistad

253   EL SALVADOR
Carlos Wilfredo Moreno
255  La firma definitiva del tratado
261  Tratado de Paz y Amistad

 269  URUGUAY
Juan Oribe Stemmer
271  Los tratados de amistad, comercio y navegación
273  El Tratado
275  El contenido del tratado
279  Conclusiones
280  Tratado de Reconocimiento, Paz y Amistad

 287  PERÚ
Cristóbal Aljovín de Losada y Francis Natalíe Chávez Aco
287   Las relaciones entre España y Perú
294   Tratado de Paz y Amistad

297  PARAGUAY
Liliana M. Brezzo
298  La independencia de Paraguay y su reconocimiento internacional
301  España, Brasil y el reconocimiento de la independencia de Paraguay
307  La primera misión diplomática de Paraguay en Europa: las negociaciones de Francisco Solano López en España
310  El tratado
313  Tratado de Paz y Amistad

 315  COLOMBIA
Gloria Inés Ospina Sánchez
315  Antecedentes
317  La presidencia de Julián Trujillo y el inicio de las negociaciones
320  Problemas con Venezuela y consultas a París
326  El tratado
327  Consecuencias
329  Tratado de Paz y Amistad

 331  HONDURAS
Olga Joya
332  El marco político
335  Las condiciones del texto
336  Centroamérica y sus fronteras
337  El marco económico
338  La política exterior a finales del siglo XIX
339  Repercusiones del tratado
342  Tratado de Paz y Amistad

 345  PANAMÁ
Aristides Royo
345  Vocación y destino intermarino del istmo de Panamá

 353  CUBA
Alejandro García Álvarez
353  Los antecedentes
356  La independencia, Estados Unidos y la autonomía
357  La separación de España: un paso intermedio
359  Las relaciones entre España y Cuba en el nuevo contexto
361  España reconoce a Cuba como Estado independiente
365  Un punto final a la cuestión

 367  Bibliografía
 389  Índice onomástico
399  Los autores