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domingo, 10 de agosto de 2014

Wikipedia do Planalto: imagine a CIA editando o perfil da soberana...

Caro leitor: você que é uma pessoa esclarecida já sabe que computadores do Estado brasileiro, alías do governo atual, por acaso hospedados no Palácio do Planalto -- que dizem que serve para administrar o país, mas nas horas vagas os companheiros se dedicam mesmo a demonizar seus adversários políticos, que eles veem como inimigos -- alteraram perfis biográficos de dois jornalistas brasileiros muito conhecidos por suas críticas às políticas econômicas esquizofrênicas desse mesmo governo de celerados, em tom bem mais ameno do que as que você pode encontrar por aqui.
Enfim, eu não preciso responder a um editor de jornal, para dizer o que penso dos atuais ocupantes do palácio presidencial.
Mas, imagine caro leitor, se fosse a CIA a ter alterado a biografia da nossa cara soberana, aquela mesma que já tinha sido fraudada anteriormente para mostrar um mestrado e um doutorado inexistentes, nunca antes (e depois) vistos nos registros daquela universidade que já abrigou outra tese fraudada, a de um ministro que precisava desesperadamente de um título de doutor, antes de assumir um cargo nesse mesmo governo esquizofrênico? Imagine isso.
Imaginou?
Já pensou o escarcéu que estariam fazendo os companheiros contra a CIA, o imperialismo, o governo estadunidense? Não poderiam declarar guerra, é verdade, mas seriam até capazes de retirar o embaixador, como já fizeram em ocasiões anteriores, para demonstrar contrariedade.
A soberana disse que lamenta o ocorrido, e que vai mandar investigar. Balela (eu ia escrever mentira, mas acho que posso esperar pela próxima balela), pois descobrir quem fez é a coisa mais fácil do mundo.
Está tudo explicado em artigo do jornal O Globo, que reproduzo a partir da coluna do jornalista Políbio Braga, que já foi objeto, ele também, de ataques dos mercenários a soldo do partido totalitário que nos governa.
Parece que ninguém mais se comove com o espetáculo de fraudes contínuas, de patifarias regulares que nos veem dos mais altos escalões da república. Será que os brasileiros estão anestesiados ante o espetáculo de crimes políticos cometidos de forma intensa pelos companheiros?
Eu não deixo de registrar, pois isso apenas me confirma o que venho dizendo há muito tempo: o Estado brasileiro foi tomado de assalto por uma máfia, que pretende se eternizar no poder. Vamos deixar?
Paulo Roberto de Almeida

Conheça o programa (software) que identifica os IPs do Palácio de Dilma usados para difamar adversários e caluniar jornalistas

Coluna do jornalista Políbio Braga, 10/08/2014
O programa que identifica o IP, o Protocolo de Internet,uma espécie de DNA do computador usado, chama-se  @brwikiedits. Ele divulga no Twitter quando um verbete na Wikipédia é alterado por um computador do governo. A inforemação é do jornal O Globo de hoje. 
. Isto significa que um governo não precisa de 90 dias para saber de que computador do Palácio do Planalto e quem o usou para difamar jornalistas e políticos.
. O @brwikieditrs não está sozinho na empreitada. O @parliamentedits, por exemplo, presta serviço semelhante, entregando as vezes em que um computador do Parlamento inglês faz alguma modificação. O mesmo faz o @congressedits, mas com o Congresso americano.
. Foi este que serviu de inspiração para o desenvolvedor Pedro Felipe Melo Menezes, de 18 anos, que criou a versão brasileira do serviço no início de agosto. Morador de Natal, ele explica que buscou o registro dos provedores do governo e, a partir daí, encontrou os IPs. Sempre que há uma alteração, é seu robô que publica no Twitter.
— O programa em si já existia, e seu código de programação é livre. Só precisei adaptar com os IPs brasileiros. Sou da área de TI, mas gosto muito de acompanhar a política — conta o estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal do Rio Grande do Norte.
. Segundo Menezes, todos os órgãos federais já são monitorados pela ferramenta.
. O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) informou que já foi aberta investigação para apurar a responsabilidade pela alteração do conteúdo, realizada por meio de um dos IPs administrados pelo Serpro.

sábado, 27 de julho de 2013

O gato subiu no telhado dos companheiros... - Editorial Estadao

Subiu, vai cair, mas eles não deixam de mentir.
Então ficamos: foi só nos últimos dez anos que a inflação esteve sob controle: antes, ela andava leve, livre, solta, fazendo o diabo, esperando a vinda dos companheiros no poder, com todas as suas mentiras e fraudes.
Incorrigíveis...
Paulo Roberto de Almeida

O Lula de sempre

27 de julho de 2013 | 2h 12
Editorial O Estado de S.Paulo
Enquanto o povo estava nas ruas cobrando gestão governamental competente e sem corrupção, Luiz Inácio Lula da Silva escondeu-se como se não tivesse nada a ver com o assunto. Bastou as manifestações populares refluírem - ao que tudo indica, momentaneamente - para ele voltar. E voltou para mostrar que continua exatamente o mesmo, que não aprendeu nada com o retumbante "chega!" que a voz das ruas bradou para os políticos que se julgam muito espertos e capazes de manipular eternamente os anseios populares.
Em dois eventos públicos em dias sucessivos, em Brasília e em Salvador, o ex-presidente lançou mão de todos os recursos de seu arsenal do mais demagógico populismo, na tentativa de reverter a queda livre do prestígio do governo petista em todos os segmentos da população brasileira e em todas as regiões do País. Na verdade, mais do que preservar a imagem do governo e de sua pupila Dilma Rousseff, Lula demonstra estar preocupado em salvar o ameaçado projeto de poder do partido que comanda. E para tanto usou, como de hábito, seu melhor argumento de defesa: o ataque.
Na arenga de mais de uma hora no Festival da Mulher Afro, Latino-Americana e Caribenha, na terça-feira em Brasília, os dotes palanqueiros de Lula revelaram, como única novidade, a admissão implícita do enorme desgaste de Dilma Rousseff com suas repetidas trapalhadas na tentativa de dar satisfação aos protestos populares.
O script não foi diferente no dia seguinte, na capital baiana, durante evento comemorativo dos 10 anos de poder do PT. Depois de um encontro reservado de três horas que certamente não foi dedicado a comemorações - tempo relativamente curto, aliás, levando em conta o tamanho do prejuízo a recuperar -, Lula e Dilma subiram ao palanque montado pelo governador Jaques Wagner para, como de hábito, lançar sobre os ombros das "elites" a responsabilidade de todos os males que afligem o País e gabar feitos sem precedentes na história deste país.
O tema principal dos discursos da dupla foi a inflação, que flerta com o descontrole e é uma das facetas mais visíveis da incompetência do governo aparelhado pelo PT. Para Dilma, "não é verdade" que a inflação seja um problema, porque "este será o décimo ano seguido em que a inflação está sob rigoroso controle". Não importa que o índice inflacionário se tenha mantido, nos últimos meses, no teto da meta, e não em seu centro, como ocorreria se estivesse efetivamente sob controle. E o argumento não estaria completo se, no melhor estilo lulopetista, algumas pedras não fossem lançadas sobre o passado: "E lembremos que nos últimos quatro anos anteriores ao governo Lula, em três a inflação ficou acima da meta".
Por sua vez, Lula deixou bem clara a relação paternalista que mantém com sua sucessora, ao dar-lhe conselhos em público, com uma frase cheia de significados nada misteriosos: "Você, Dilminha, pode começar a fazer oposição a você mesma. Porque a gente pode fazer muito mais". Manifestação típica da tática do morde-assopra que aparentemente o patrono do PT tem aplicado para "enquadrar" aquela cujas lambanças ameaçam comprometer seriamente a ambição da companheirada de se perpetuar no poder.
Lula anda tão obcecado com a ideia de corrigir os desacertos de Dilma que tem cometido gafes embaraçosas. No evento de Brasília declarou: "Dilma não é mais do que uma extensão da gente lá. Nós seremos responsáveis pelos acertos e pelos erros que ela cometer". Descartada a hipótese de ele ter usado um "nós" majestático, que transformaria a frase em pura afronta à dignidade presidencial, em nada colabora para melhorar a imagem de Dilma a tentativa de coletivizar a responsabilidade que a ela, e somente a ela, cabe como chefe de Estado e de governo. É o velho truque de socializar os erros e privatizar os acertos.
Falando aos jornalistas depois do evento em Salvador, Lula deixou no ar uma frase capciosa: "Hoje, eu descubro o quanto eu poderia ter feito mais".
Ressurge, assim, no proscênio político, para mostrar que o velho e ardiloso Lula continua sendo o que sempre foi.

terça-feira, 28 de maio de 2013

A mentira e a fraude como formas de governo - Dora Kramer


DORA KRAMER
O Estado de S.Paulo, 28/05/2013

Tipo da brincadeira de mau gosto ─ ou manobra malsucedida ─ essa história do boato sobre o fim do programa Bolsa Família, que levou à aflição milhares de brasileiros, provocando corre-corre às agências da Caixa Econômica Federal, gritaria e muita confusão na semana passada.
Sabe-se que na guerra ─ e aqui em jogo esteve a batalha pela sobrevivência ─ a primeira vítima é a verdade. A origem do falatório ainda não está esclarecida, mas a capacidade de uma falsidade repetida tornar-se verdade, se manipuladas as emoções “certas”, é amplamente conhecida embora seja lição ainda não devidamente aprendida por ouvidos sensíveis à armadilha.
A balela correu e por algum tempo convenceu os que se viram no risco do prejuízo. Normalizados os pagamentos que haviam sido adiantados sem maiores explicações pela Caixa, sobram suspeições.
Fala-se de um possível interesse do governo em reafirmar a importância do programa para as famílias que contam com esse dinheiro e da demonstração do potencial de reação à insinuação de que só o PT no poder garantiria a continuidade.
Desconfiança merecedora de pouco crédito, dada sua pouquíssima lógica. Com os instrumentos de propaganda à disposição, o governo teria meios menos traumáticos (e mais seguros) de renovar o “contrato” da identificação do Bolsa Família com Lula e companhia.
É verdade que a arte de fazer uso da versão como substituição do fato não é estranha a esse grupo. Assim como é verdade que a Caixa tem tropeçado na divergência de justificativas sobre as mudanças feitas no sistema de pagamentos aos beneficiários do programa. De onde é bom confiar nos bons propósitos desconfiando sempre das reais intenções.
A ministra Maria do Rosário precipitou-se ao atribuir à oposição a orquestração da boataria. Foi repreendida, mas na realidade seguira a regra que espalha a brasa antes de confirmada a veracidade do incêndio.
Talvez tenha errado na forma: primária, explícita. Haveria outras maneiras mais sutis de criar a desconfiança sobre os adversários do governo. De mentiras bem pregadas há exemplos variados.
Recentemente o ex-presidente Lula admitiu que a Carta aos Brasileiros era, na visão dele, uma peça de ficção na qual não acreditava quando foi convencido de que sua vitória em 2002 dependia da assinatura de um compromisso que só depois viria a perceber que, se não cumprisse, não governaria.
A obra-prima no quesito, no entanto, foi a versão da “herança maldita” legada pelos antecessores. Boato de força incomensurável e o efeito deletério de inscrever uma falsidade na História do Brasil.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O Governo FRAUDA os seus proprios dados: assistencialismo populista (e mentiroso)

Sempre fui contra o assistencialismo governamental, em qualquer época, de qualquer governo, sob qualquer circunstância.
Sob o lulopetismo, o assistencialismo governamental expandiu-se exagerada e deliberadamente e converteu-se num imenso curral eleitoral. Foi feito expressamente para isso mesmo: faz parte do projeto de dominação permanente, monopólica e totalitária de seus autores.
Agora se descobre que é tambem mais um foco de fraude e de mentiras oficiais.
Eles sempre foram assim, se voces querem saber...
Como conviver com essa nova vergonha governamental?
Paulo Roberto de Almeida

Miséria publicitária
Editorial da Folha de S. Paulo de 10/2/2013

Ao distorcer dados da emancipação de miseráveis, governo solapa a seriedade necessária para discutir os rumos da política social

A área econômica do governo Dilma Rousseff faz escola. O malabarismo estatístico, ou "contabilidade criativa", difunde-se também para outros setores da administração federal.

O Planalto alardeia ter tirado da miséria quase 20 milhões de pessoas. São 10% da população brasileira, e isso em apenas dois anos.

O segredo da prestidigitação, no caso, está em manipular os dois aspectos cruciais da contabilidade: a definição do que vem a ser pobreza extrema (ou miséria), de um lado, e o cadastro das famílias declaradas miseráveis, do outro.

Desde 2009 está fixado em R$ 70 o teto da renda mensal familiar per capita que define a miséria para fins do Bolsa Família e de outros programas federais de assistência.

Já o rendimento dos mais pobres no mercado de trabalho veio aumentando, nesse período, mais depressa que a inflação.

Trata-se de uma emancipação social independente da ação do governo. Mas ela seria menor que a alegada na propaganda oficial superlativa, e mais corretamente medida, se o Planalto reajustasse a linha da indigência pelos índices de preço.

Corrigidos pelo IPCA, os R$ 70 de 2009 correspondem a quase R$ 90 hoje.

A alquimia para simular tamanha progressão social instantânea envolve outro sortilégio. Em 2010, o Censo do IBGE apontava cerca de 16 milhões de brasileiros com rendimento inferior a R$ 70 mensais.

Abaixo, portanto, dos 19,5 milhões que o governo anuncia terem saído da miséria nos dois anos seguintes.

Em vez de fiar-se no IBGE, o governo passou a contabilizar os indigentes de acordo com seu próprio cadastro, realizado em parceria com os mais de 5.500 municípios brasileiros. Daí surgiu o milagre da multiplicação dos miseráveis, dois anos atrás.

Não é preciso muita reflexão para atribuir ao cadastro dos beneficiários do governo um grau de vulnerabilidade técnica - para não falar das brechas a fraudes- bem mais elevado que o do Censo do IBGE.

A discussão sobre a pobreza e as formas de enfrentá-la está pronta para subir de patamar. Sabe-se hoje, por exemplo, que as condições de moradia e instrução dos mais pobres evoluíram bem mais lentamente que a renda.
Deveriam ganhar mais destaque na política social e originar novos indicadores.

Os reiterados lances de pirotecnia estatística do governo federal, porém, chamuscam sua seriedade e sua credibilidade nesse debate.