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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 17 de maio de 2014

Adolfo Sachsida: um homem de opinioes: aqui uma Grande Opiniao, com a qual concordo...

Adolfo Sachsida, um economista de Brasília, que conto entre meus amigos, é um homem de opiniões, tanto que seu blog tem exatamente esse nome: Adolfo Sachsida - Opiniões.
Dentre as frases do frontspício, esta de Edmund Burke, o pai dos conservadores:

"A única condição para o triunfo do mal é que os homens de bem não façam nada." (Edmund Burke).

E esta outra, logo em seguida, de um famoso liberal inglês:

"E, lembre-se, quando se tem uma concentração de poder em poucas mãos, freqüentemente homens com mentalidade de gangsters detêm o controle. A história provou isso. Todo o poder corrompe: o poder absoluto corrompe absolutamente.”
(Lord Acton).


Não me considero um conservador, sequer um liberal, pois sou absolutamente contrário a qualquer rótulo, classificações pré-estabelecidas, ou categorias estanques, dessas que se reúnem em clubes, tribos, partidos, agremiações, enfim, associações fechadas, pois não pretendo pertencer a nenhuma delas.
Mas tenho convicções explícitas, todas a favor das liberdades, da livre iniciativa, contra o Estado opressor, contra os gangsters que ocupam a política, agora e talvez no futuro, se não nos mobilizarmos contra a máfia que domina a política brasileira.
Por isso concordo inteiramente com ele, na opinião abaixo transcrita.
Não apenas concordo, como atuo de modo consequente. Nunca escondi de ninguém o que pensava, aliás desde o início deste governo celerado, amigo das ditaduras, fraudador da verdade histórica, mentiroso quanto a seus objetivos últimos, enganador da maioria dos brasileiros. Paguei um alto preço por isso. Mas estou em paz com minha consciência, algo inútil para certas pessoas.
Aqui segue uma GRANDE OPINIÃO.
Paulo Roberto de Almeida

SEXTA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2014

Papai, é verdade que se você ficasse quieto ganharia mais?

Blog do Adolfo Sachsida
Hoje minha filha me surpreendeu com essa pergunta "Papai, é verdade que se você ficasse quieto ganharia mais?".

Foi uma conversa importante, expliquei a minha filha que na vida existem valores inegociáveis. Expliquei a ela que todos temos obrigações morais, e quanto mais capazes somos maiores são tais responsabilidades. Mostrei a ela o desastre que foi o nazismo, e se ela iria querer que o papai se calasse caso vivesse naquela época. Menina inteligente, ela logo concluiu que no Brasil atual muitos estão deixando de trabalhar e de estudar para aderir ao puxa-saquismo, ao discurso fácil e que agrada os que estão no poder.

Sim minha filha, papai ganharia mais dinheiro se ficasse calado. Mas esse silêncio seria comprado a custa de um futuro pior para nosso país. Um futuro que reconheceria cada vez mais a filiação partidária, e não o mérito. Futuro esse que nenhum pai em sã consciência quer deixar a seu filho.

Não minha filha, papai não ganharia mais se ficasse calado. Dinheiro nenhum desse mundo pode pagar o sacrifício da próxima geração. Dinheiro nenhum desse mundo pode pagar a vergonha de deixar a você um pais pior do que recebi de meu pai. Dinheiro algum pode pagar um pai que vende sua alma para deixar de presente o inferno na terra para seu filho.

Sei que muitos colegas leem meu blog, e sei que vários de vocês tem filhos. Hoje minha filha me fez essa pergunta, e tivemos uma conversa agradável e honrosa. Sabe o que realmente me assusta? Me assustaria se minha filha tivesse perguntado "Papai, o que você fez para impedir que o mérito fosse substituído pelo partido? Onde você estava? Por que se calou? Você se calou frente a injustiça apenas para ganhar mais?".

Sabe amigos, alguns de vocês irão ouvir isso de seus filhos. Tem certeza de que vale a pena? Eu fiz a minha escolha.

sábado, 15 de março de 2014

Venezuela: milicias assassinas do chavismo delinquente -- como nos tempos do nazismo

Quem conhece a história da Europa, nos anos 1920 e 1930, sabe que no período de formação do partido nazista, e depois nos primeiros tempos do hitlerismo no poder, quando eles ainda não tinham consolidado inteiramente o seu controle sobre a sociedade, mediante forças totalmente organizadas, armadas e protegidas pelo Estado nazista, o partido hitlerista tinha à sua disposição pelotões de "exterminação" (literalmente) de comunistas, de sindicalistas, de socialistas, enfim, de todo e qualquer "inimigo" do partido e do regime.
Grupos de tamanho variado percorriam as ruas, batendo, pilhando, assaltando, queimando, até matando, em total impunidade, com especial violência quando se tratava de tudo isso, e judeus...
O fascismo italiano também praticou esse tipo de marginalidade criminosa, embora com menor intensidade, ou crueldade, do que os gangsters do partido nazista.
O chavismo caminhou para a mesma direção, e não apenas no que se refere a essas milícias de lumpen armados pelo regime, mas também em sua evolução institucional.
Tive o cuidado, uma vez, de comparar as medidas "legais", todas inconstitucionais, arbitrárias, ditatoriais, obviamente, tomadas por Hitler nos primeiros meses do seu governo de gangsters políticos, com medidas similares, semelhantes, análogas àquelas que Chavez tomou em diversas etapas de sua "revolução" socialista, todas elas arbitrárias, ditatoriais, inconstitucionais.
A diferença entre o nazismo e o chavismo não é de natureza, é apenas de grau, por enquanto...
Paulo Roberto de Almeida 

ESCUADRONES DE LA MUERTE: El brazo armado del chavismo


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ESCUADRONES DE LA MUERTE: El brazo armado del chavismo
Protesta por Tupamoro en el 23 de Enero. Caracas , 03-04-2008 (ALEX DELGADO / EL NACIONAL )
DolarToday / March 13, 2014 @ 5:00 pm
Los llamados “colectivos” o “Escuadrones de la Muerte”, son el brazo armado más radical del chavismo, operan con total apoyo y protección del poder Ejecutivo.
Estas bandas delictivas salen a patrullar las calles en sus motos, y se reconocen fervientes combatientes de la “revolución bolivariana”. Desde el primer día de protestas de estudiantes y opositores, han emprendido una cruenta represión, que ya se cobró la vida de 24 personas. Muchas de ellas han sido responsabilidad de estos grupos armados.
 Los “colectivos” tienen su origen en los grupos subversivos de izquierda, radicados en el movimiento 23 de Enero. En un principio eran conocidos como los Tupamaros, quienes hoy en día siguen activos, pero en los 80 comenzaron las divisiones y se formaron nuevos bastiones. Así nacieron otras agrupaciones como Carapaica, Alexis Vive y La Piedrita, entre otras.
Especialistas en la materia sostienen que el número de estas bandas delictivas en Venezuela puede ascender a nueve mil. Además, su presencia ha ido en aumento desde el fallido golpe de Estado a Hugo Chávez en 2002.
Muchos de estos grupos, como por ejemplo el Movimiento Revolucionario Tupac Amaru (MRTA), controlan diversas zonas carenciadas del país. Allí actúan como jueces y policías, ofreciendo “protección” ilegal contra delincuentes y narcotraficantes. Ellos mismos son los que determinan quiénes pasan a ser enemigos y quiénes no.
Incluso los propios Tupamaros han sido acusados en reiteradas ocasiones por ataques a comercios e importantes edificios, por considerarlos oligarcas y burgueses.
A su vez, muchas de estas bandas también cuentan en su poder con radios y canales de televisión, en las zonas que operan.
El vínculo que mantienen con la cúpula política es innegable. En las presentes manifestaciones reprimen a mansalva y su rol cada vez es más protagónico. La prensa local en más de una oportunidad ha vinculado a estas organizaciones con el presidente de la Asamblea Nacional, Diosdado Cabello.
Mientras el presidente Maduro sigue respaldando a estos “combatientes de la revolución”, los estudiantes y la oposición no cesan su reclamo, y semana tras semana la cantidad de muertos va en ascenso.

Con Información de: Infobae

terça-feira, 1 de maio de 2012

Um retrato da politica brasileira: nao parece Chicago da Lei Seca?

Sem comentários. (PRA)

OPERAÇÃO MORDAÇA - CAPÍTULO I
Quidnovi, 09/03/2012 - 20:17

Ainda estava escuro, quando às 6 horas da manhã, do dia 29 de fevereiro de 2012, a mansão de luxo, na Rua Cedroarana, Quadra G-3, Lote 11, no Residencial Alphaville Ipês, em Goiânia, de propriedade do governador de Goiás Marconi Pirillo até 2010, foi invadida pela “swat” da Polícia Federal. Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso numa ação cinematográfica. O arrombamento da porta da sala e a chegada dos agentes federais ao quarto de Carlos Cachoeira coroava a Operação Monte Carlo.

Cachoeira, como é chamado, acordou assustado. No corredor, a sua prisão era assistida pela fresta da porta por uma criança de 12 anos, sua enteada, e pela esposa, Andressa. O delegado que comandava a operação pediu que o contraventor abrisse o cofre, mas Cachoeira argumentou que não sabia o segredo. Só Andressa tinha a senha. A polícia entrou no quarto e exigiu que o cofre fosse aberto. Imediatamente a esposa de Cachoeira mostrou o que havia guardado em segredo: joias, inclusive de família, uma quantia em dinheiro de um imóvel vendido por Andressa, documentos e alguns DVDs de conteúdo ainda não revelado.

Governador de Goiás Marconi Perillo
O delegado espalhou sobre a cama todas as joias, a maioria herança de família, principalmente dos avós e do ex-marido de Andressa Wilder Morais, atual suplente do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A esposa do contraventor pediu ao delegado que deixasse as jóias e que não invadisse o quarto que sua filha dormia. O pedido foi atendido. Cachoeira foi levado pela polícia, enquanto a criança atônita tentou ir ao seu encontro, sem entender o que se passava. Até este momento, Andressa estava forte. Mas ao ver a filha, a esposa de Cachoeira desmontou.
A Polícia Federal acreditou ter fechado a Operação Monte Carlo naquele momento, mas não sabia que ali começava um dos maiores escândalos da política brasileira. Cachoeira foi para a carceragem da PF em Brasília e preferiu o silêncio.
Em fevereiro de 2004, Carlinhos foi protagonista do escândalo Waldomiro Diniz, onde o assessor do ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, foi denunciado por receber propina do esquema de jogo clandestino no país. Naquele momento, Cachoeira recebeu total apoio do PT comandado por Zé Dirceu, que rotulava o contraventor como “empresário do jogo”, e o Ministério Público como “aparelho repressor e conspiratório.”

José Dirceu
O ministro da Justiça era Márcio Tomaz Bastos. O advogado, era Antônio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay. Quem acusava era o mesmo Ministério Público, que agora também comanda a operação só que a serviço do PT .
As digitais do PT foram constatadas quando a Polícia Federal começou as investigações sob o comando da sede em Brasília. O Palácio do Planalto acompanhava tudo e aguardava o momento certo para contrapor o escândalo do Mensalão que será votado nos próximos meses pelo Supremo Tribunal Federal.
Cachoeira tinha um forte esquema de proteção na Polícia Federal de Goiás, onde contava com seu fiel escudeiro o chefe da inteligência da Polícia Federal. Cachoeira sempre foi um homem muito bem relacionado. Colaborador de todas as horas nas campanhas políticas, principalmente do PT. As investigações aconteciam e surpreendiam o comando da PF. Políticos de alto escalão se misturavam com empresários e contraventores.
Cachoeira foi transferido como preso comum para a Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Desembarcou na cidade sob um sol escaldante, de 42 graus, e foi levado para a cela 17 do presídio. Parecia que a situação tinha chegado ao fim, quando o contraventor foi chamado para raspar a cabeça e receber o tratamento de preso de alta periculosidade. Enquanto a máquina deixava à vista o couro cabeludo de Cachoeira, lágrimas de ódio rolavam pelo seu rosto. Naquele momento, revendo o filme da prisão de Fernandinho Beira Mar, o silêncio de Carlos Cachoeira se transformava em ira contra o PT. Somente no dia seguinte teve o direito de encontrar seu advogado Ricardo Sayeg.
Aí começava o desabafo de alguém que sabe muito e não vai evitar a vingança. Os responsáveis pela Operação Monte Carlo foram os petistas, o alvo; o líder de oposição Demóstenes Torres (DEM-GO) e a isca; o mesmo Cachoeira que no passado foi tão amigo do PT, e agora tão usado.

Aécio Neves
Com a chegada do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Congresso, era esperado que naturalmente o neto de Tancredo Neves fosse o líder da oposição ao Governo Dilma. Aécio recebeu algum recado e se mantem apagado no cenário político. Com isso, o líder do Democratas se destacou nacionalmente como o homem que lidera a oposição. Com o destaque, o senador passou a ser o inimigo número um do Partido dos Trabalhadores, que começou a caçada. Aécio Neves, taxado por ter telhado de vidro, trabalhou como bom mineiro, no silêncio, e assiste o colega de oposição servindo de boi de piranha. Nos bastidores se comenta que Aécio só irá assumir a liderança da Oposição no último ano do Governo Dilma evitando o desgaste prematuro.

Apesar do PT ter pesado a mão sobre Demóstenes Torres não foram encontradas provas que possam calar a voz da oposição. A relação do senador com Carlos Cachoeira é meramente social, como as mantidas com outros empresários do estado de Goiás. É menos íntima, por exemplo, do que a mantida entre o ex-presidente Lula e o seu churrasqueiro Jorge Lorenzetti, envolvido num escândalo de repasse de R$ 18,5 milhões em verba pública para sua ONG. Tanto barulho por conta de um fogão e uma geladeira, presente de casamento da esposa de Carlinhos para a esposa de Desmóstenes, amigas de longa data? Com certeza, há mais fartura à mesa do PT.
O exército de Cachoeira também foi desestabilizado. Funcionários públicos, empresários, políticos, policiais, familiares e pessoas que emprestavam o próprio nome para manter a força e o poder de quem hoje detém um arsenal capaz de mudar a história política do país foram presos ou desarticulados com a Operação Monte Carlo.
Cachoeira sempre foi um homem prevenido. Na era dos escândalos detonados dentro e fora dos Governos, o contraventor documentava todos os encontros com seus “parceiros”, em vídeo, áudio, contratos de gaveta, e as transações bancárias no Brasil e no exterior. Monitorava seus “sócios” através de agentes de informações. Durante todos esses anos que transitou nas altas rodas políticas e sociais do país, Carlinhos Cachoeira produziu vários documentários, capazes de mudar o curso da vida, principalmente de quem será julgado ainda este ano pelo Supremo, com a chance de ter o ministro algoz do Mensalão do PT, Joaquim Barbosa, na presidência da maior instância jurídica do País.
No encontro com o seu advogado Ricardo Sayeg, em Mossoró, Cachoeira avisou que a família e amigos tem nas mãos “esse” material que será despejado na imprensa nos próximos dias. Nesta sexta-feira, o contraventor começou a cumprir sua promessa. A Revista Veja, divulgou on line, vídeo no qual Carlinhos tem uma conversa com o deputado federal Rubens Otoni (PT-GO), na qual oferece R$ 100 mil para ajudar o petista e insinua já ter contribuído com a mesma quantia para o candidato em outra campanha.
Só um detalhe: Otoni nunca declarou a quantia ao Tribunal Regional Eleitoral e não consegue explicar o porquê disso.

A TRAJETÓRIA DE CACHOEIRA
Carlinhos Cachoeira cresceu no meio da jogatina. Seu pai fez parte do grupo de Castor de Andrade e levou para Goiás o conhecido jogo do Bicho. Seus irmãos difundiram pelo Estado o jogo e a chegada das máquinas caça-níqueis. Cachoeira, no entanto, se aperfeiçoou com projetos oferecidos em vários Estados batizado de On Line Real Time. Trata-se de um software que permite ligar as caça-níqueis diretamente à Caixa Econômica, buscando, aos moldes das Loterias, a legalização do jogo.
Carlinhos montou várias empresas para gerenciar o jogo nos Estados. E começou sua fortuna. Procurava grupos coreanos, italianos, espanhóis e vendia à vista, a exploração do jogo pelo país. Assim passou a recrutar políticos que viabilizavam a exploração dos jogos de azar pelos Governos estaduais. Cachoeira sofisticou seus negócios a partir da implantação de seu novo sistema com o apoio do então governador de Goiás Maguito Vilella, padrinho do seu primeiro casamento. Carlinhos criou a empresa Gerplan no governo de Vilella.

Marconi Perillo
Com a entrada do governador tucano Marconi Pirillo, o empresário do jogo expandiu seus negócios para vários Estados, até bater de frente com os interesses do então ministro chefe da Casa Civil, o petista Zé Dirceu.
Waldomiro Diniz, assessor de Zé Dirceu na Casa Civil, trabalhava para a família Ortiz, forte concorrente de Carlinhos Cachoeira. Os Ortiz lutavam pela permanência do jogo clandestino, pois reconheciam que o negócio era mais rentável. Carlos Cachoeira queria a legalização porque detinha toda uma estrutura profissional com tecnologia de hardware e software para a arrecadação do jogo pelo governo em tempo real e com a garantia de desconto dos impostos.

Waldomiro Diniz
Cachoeira então gravou Waldomiro pedindo propina para a campanha do PT em 2002. Com isso, o empresário do jogo usava o flagrante para combater a propina paga pela família Ortiz ao assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, responsável também pelo pagamento do mensalão do PT dentro do Congresso Nacional.
Waldomiro era tido como uma águia, mas foi abatido pelo Ministério Público em pleno voo. O escândalo fragilizou José Dirceu permitindo o ataque de Roberto Jefferson, que culminou com a cassação do mandato de deputado e a demissão da Casa Civil.
Cachoeira foi cercado de atenções pelo PT durante todos esses anos para
evitar um escândalo maior em torno do financiamento de campanhas em vários Estados. Este roteiro, com conteúdo explosivo, desta vez virá à tona, pois Carlinhos planeja em sua solidão na cela 17 do Presidio de Segurança Máxima de Mossoró, como se vingar do PT que o abandonou e o colocou nesta situação.

Nesse arsenal explosivo tem várias empresas: Construtoras, Laboratórios, Bancos no Brasil e no Exterior. Na próxima edição, o Quidnovi vai mostrar, com documentos, como a máfia do jogo atua com o braço político nos cofres públicos.
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Complemento informativo: 
Todo mundo menos eu, Coluna Carlos Brickmann
(*) Coluna exclusiva para a edição dos jornais de Quarta-feira, 2 de maio


Anthony Garotinho, principal adversário político do governador fluminense Sérgio Cabral, divulgou fotos devastadoras (www.gabeira.com.br): Cabral e o dono da Delta, Fernando Cavendish, até agora personagem principal da CPI do Cachoeira, dançando juntos em Paris, enquanto suas companheiras exibiam ao fotógrafo as solas vermelhas dos caríssimos sapatos Louboutin. Num lugar chiquérrimo, a mais cafona das celebrações - sabe-se lá o que celebravam. 
Mas Garotinho não está a salvo: quem pagou a postagem de cartas pedindo votos a seus candidatos, nas eleições de 2004, foi, em grande parte, a Delta, de Cavendish. Nas cartas, Garotinho, evangélico, dizia estar orando pelos eleitores. Sua fatia da Delta, parece, não foi tão apetitosa; mas também comeu por lá.
Neste caso Delta-Cachoeira, não há quem escape: amigos, inimigos, antigos amigos hoje inimigos, antigos inimigos hoje amigos, ferozes defensores da moralidade dos outros, gente mais tolerante com a moralidade dos outros (e também com a própria). Há o tucano Perillo, governador de Goiás, há Demóstenes Torres, do DEM goiano, há Agnelo Queiroz, do PT de Brasília, há o peemedebista Sérgio Cabral, há Garotinho do PR (o mesmo do ex-ministro Alfredo Nascimento, aquele que caiu do Ministério mas manda muito no Senado e no partido). A CPI teme ligar a metralhadora, porque a arma pode girar.
Tanta gente! Daqui a pouco teremos de lembrar um velho sucesso de Carlos Galhardo (e também de Silvio Caldas): "Todo mundo, menos eu".
Velhos versos
Certos antigos poemas são irretocáveis. Desta mesma composição, uma única quadrinha: "Entre as luzes fatais da cidade/ A orgia cruel te envolveu/ Todo mundo chorou de piedade/ Todo mundo, menos eu".
Outros comentários já estão ficando fora de moda. O jornalista Ennio Pesce, sempre brilhante, costumava dizer que o mal do mar de lama é que as praias não davam para todo mundo. Pois não é que, neste caso, as praias cresceram muito?