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terça-feira, 1 de outubro de 2013

A piada da semana: Putin Premio Nobel da Paz

Sem comentários (e precisa?)

Public Figures Nominate Putin for 2014 Nobel Peace Prize


MOSCOW, October 1 (RIA Novosti) – Russian activists and lawmakers announced Tuesday that they plan to nominate Russian President Vladimir Putin for the Nobel Peace Prize.
Supporters of the initiative say they want to see the Russian leader recognized for his efforts in mediating the ongoing civil war in Syria.
Crooner-cum-State Duma deputy Iosif Kobzon said Putin was “more worthy” of the award than 2009 recipient US President Barack Obama, arguing that the US leader had initiated aggressive military action in Syria while his Russian counterpart had made efforts to prevent the war from escalating.
Speaking to journalists, Beslan Kobakhiya, vice president of the International Academy of Spiritual Unity and Cooperation, described Putin as the “person of the year,” saying that he had proven his commitment to global peace through personal example.
The academy said that its letter nominating Putin for the award was received by the Nobel Committee on September 20.
The nominating group said it had not consulted Putin on the idea, but Kobzon, a fervent Putin loyalist, explained the president probably wouldn’t comment “because of his humility.”
Russian media have been circulating rumors for several weeks about Putin’s possible Nobel nomination for his role in the Syrian conflict.
Presidential administration spokesman Dmitry Peskov refused to comment on the issue in a recent interview with Russia’s Izvestia daily, saying that tangible results in the Middle East should be reached before any “triumphant statements” could be made.
Putin has drawn much international praise for his government’s efforts to prevent a US-led punitive bombing campaign against Syria over the Middle Eastern nation’s alleged deployment of chemical weapons.
Critics of Russia have argued, however, that the Kremlin is primarily motivated by its desire to protect strategic interests in the region and that it has been supplying weapons to Bashar Assad’s regime.
The Nobel Committee formally does not comment on the names of nominees – or the people who nominated them – for 50 years after the prize is awarded.
Three other Russians have won the Nobel Peace Prize since the honor was founded in 1901. The most recent winner was Soviet leader Mikhail Gorbachev in 1991.
Former recipients are allowed to put forward and support new candidates, but the nominating group said it had no plans to consult Gorbachev about Putin’s suitability for the award.
The Nobel Committee’s deadline for 2014 submissions expires on February 1. The Peace Prize winner will be announced in October and presented with the award in a ceremony on December 10 in Oslo, Norway.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Teorias conspiratorias: ufa! Estava sentindo falta delas. Ainda bem que o presidente do Ipea nao me deixa carente...

Este blog, como se diz acima, é pelas ideias inteligentes. Mas de vez em quando são bem-vindas, também, algumas ideias idiotas, como forma de contraponto às primeiras, para fazer o contraste, e oferecer, como querem alguns puristas, aquilo que já foi chamado de "outro-ladismo".
Teorias conspiratorias, por exemplo, andavam fazendo falta.
Quando ainda existia o socialismo, era mais fácil: bastava culpar meia dúzia de capitalistas pelos problemas do socialismo -- que eram reais no socialismo real -- e dizer que eles se reuniam à noite, em algum hotel chic da Suíça, para conspirar com esse modo de produção sucessor do capitalismo, que acabou não sucedendo nada, fez tilt, deu dois suspiros e depois morreu, sozinho, triste e macambúzio, como se dizia nos romances de antigamente...
Vai ver que foram aqueles seis capitalistas hiper, super, megapoderosos, que complotaram de forma bem sucedida para criar todos aqueles problemas enfrentados pelos países do socialismo real.
Cuba, por exemplo: quão rica, poderosa, feliz e sobretudo livre ela não seria, se não fosse pelo embargo americano? Ianques desgraçados, vocês estão empobrecendo Cuba apenas para provar suas teorias sinistras e funestas, de que o socialismo não funciona. Só não funciona por causa de vocês, malditos capitalistas. Se vocês não existissem o mundo seria tão mais..., o quê mesmo?: feliz, rico, próspero? Enfim, menos capitalista, e portanto mais socialista. Pelo menos não haveria todos esses países neoliberais para se fazer comparação.

Pois bem, eu estava sentido falta de uma boa teoria conspiratoria, das boas, daquelas capazes de explicar tudo e um pouco mais. Explicar como, por exemplo, nosso planetinha redondo -- sim, se ele fosse quadrado não teríamos problemas de poluição capitalista, pelo menos não em direção ao Sul, que é todo subdesenvolvido e anticapitalista -- não estaria sendo poluído tanto assim, se não fosse por essas malditas companhias transnacionais, que dominam, literalmente, o planeta e a estratosfera. Basta 500 delas -- reunidas em assembleia na Batcaverna -- para decidirem sobre nossas vidas e sobretudo nossas mortes (de poeira, de fumaças tóxicas, de venenos capitalistas e defensivos multinacionais). Uma coisa horrível.
Enfim, nem sempre temos um gênio da economia como esse presidente do Ipea para restabelecer a verdade verdadeira sobre os problemas do planeta.
Estou louco para ouvi-lo na Rio+20... (para ele vão abrir uma exceção, e será Rio+1, o gênio da raça).
Paulo Roberto de Almeida


26/09/2011 10:39
Brasil Econômico (SP): Brasil enxerga a questão ambiental pelo ângulo social

Para Pochman,do Ipea,reduzir emissão de gases é insuficiente e não tem eficácia para emergentes.
A base industrial futura está em novos materiais
Um dos personagens mais ativos na articulação de propostas estruturais para a Rio+20, o economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), acredita que o poder desmedido das multinacionais tem contribuído enormemente para fragilizar os fóruns de governança global.
“Somos cada vez mais governados por 500 corporações, que respondem por 47% do PIB mundial e 4/5 dos investimentos em inovações tecnológicas.
Elas financiam campanhas, partidos, pesquisas e até Ongs e aniquilam o espaço público.
Fazem com que presidentes, governadores e prefeitos se transformem em seus caixeiros-viajantes”, afirma.
Na visão de Pochmann,essa correlação desigual de forças gera um desequilíbrio de poder, que acaba por privilegiar decisões favoráveis à manutenção do atual padrão de produção e consumo.
“As corporações decidem o quê, quando e onde tudo vai ser produzido e também o quê e quem vai ser taxado”, exemplifica.
Por outro lado, elas detêm conhecimento de ponta, materiais e recursos tecnológicos que as credenciam a liderar a transição para um novo modelo de desenvolvimento.
“Trabalham com inovação e não querem ser protagonistas do passado.
Vivem a dialética de mirar o futuro com o olhar focado no lucro, o principal objetivo desse modelo em crise”, analisa.
A questão mais relevante em jogo, no entender de Pochmann, é o esvaziamento de elementos de governabilidade que esse cenário gerou, reduzindo drasticamente o papel do Estado do ponto de vista supranacional: “O mundo atravessa a mais grave crise mundial desde 1929 e a ONU não foi capaz de fazer nenhuma conferência para discutir o assunto.
Estamos vivendo um movimento de decadência dos EUA e de ascensão chinesa, que contrapõe o esgotamento das velhas formas de regulação com a imaturidade das novas.
Não nos faltam modelos de desenvolvimento; faltam atores globais”.
Por isso, o grande desafio da diplomacia brasileira para a Rio+20, na opinião de Pochmann, é ajudar a construir uma governança transnacional, fortalecendo entidades como o G-20 e os Brics.
“Os países desenvolvidos sustentam70% da dinâmica econômica mundial e os 37 mais ricos concentram a maior parte da renda”, disse.
O economista lembra que há mais de três décadas se discutem alternativas a esse modelo responsável pela desigualdade entre as nações.
“Ele só é sustentável se quisermos incluir nele apenas um terço da população mundial”, frisa.
O presidente do Ipea diz que não existe um único caminho para a nova sociedade que buscamos e muito menos convergência em torno de uma das três vias em pauta nas agendas internacionais.
A primeira, que chama de pós-desenvolvimentista, é a mais crítica em relação ao modelo vigente.
Propõe o resgate de valores perdidos, acompanhado de um profundo respeito pela natureza, um retorno à mãe-Pátria.
“Apesar de ter muitos adeptos, esse modelo, rudimentar e agrário, não é viável nos dias de hoje", opina.
A segunda vem ancorada na implantação da economia verde, com a perspectiva de tornar sustentável economicamente um modelo ambiental insustentável.
“Essa alternativa não altera as coisas, apenas reorganiza a indústria para diminuir a emissão de gases e deter o aquecimento global”, avalia.
Bastante confortável para os países ricos, que não precisam mais crescer, a proposta é pouco atraente para a maioria da população.
A terceira via, nem pós-desenvolvimentista nem economicista, propõe uma base industrial e produtiva assentada em novos materiais.
“Essa é a melhor saída, mas sua implantação demanda pesados investimentos, o que parece pouco provável de ocorrer com as restrições impostas pela crise fiscal internacional e num cenário em que os bens financeiros são mais atrativos do que os bens produtivos”, diz, taxativo.
O lado bom é que o Brasil, ao ajudar a construir o conteúdo da Rio+20, está dando outro viés ao debate, garante Pochmann: “O país não está aceitando a visão de fora, que queria um debate sobre a economia verde.
Está defendendo a visão totalizante do desenvolvimento, que considera a questão ambiental, mas do ponto vista social”.
Ele não quis comentar o convite do PT para concorrer à Prefeitura de Campinas (São Paulo).