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sábado, 17 de março de 2018

A resistivel decadencia do marxismo teorico e do socialismo pratico - Paulo Roberto de Almeida

Um texto de 2010, mas como no Brasil as ideias equivocadas nunca ficam velhas, talvez ainda sirva (e talvez tenha sido por isto que os editores da revista "Espaço Acadêmico" tenham julgado melhor terminar minha colaboração voluntária com esse pasquim universitário):

A resistível decadência do marxismo teórico e do socialismo prático: um balanço objetivo e algumas considerações subjetivas
  • Espaço Acadêmico, March 2010

    Resumo: Marxistas e socialistas, atualmente, sobrevivem apenas nas academias, já que os partidos comunistas, da tradição leninista são cada vez mais raros ou tem cada vez menos sucesso eleitoral. Com exceção de um grande Estado comunista, na Ásia, mas que possui uma economia quase totalmente capitalista (e reforçando esses traços), e dois pequenos países totalmente irrelevantes, o socialismo prático desapareceu dos supermercados da história, da mesma forma como marxismo teórico, que sobrevive apenas em faculdades de ciências sociais, geralmente de países pouco capitalistas. 
    O ensaio tece considerações sobre os últimos "moicanos" desse credo decadente. 
    Palavras-chave: Marxismo; socialismo; decadência. 
    Cercando o "animal" e mostrando a arma 
    Advertência inicial: não creio que os fieis cultores do credo e, menos ainda, os pouquíssimos praticantes da crença nas supostas virtudes do coletivismo econômico e do planejamento estatal centralizado (aliás, não se sabe bem aonde isso poderia ainda existir...), possam apreciar esta peça opinativa – mas que não deixa de ser analítica e de diagnóstico – sobre um dos mais notórios fracassos teóricos e práticos do século 20. Acredito que eles fariam bem em deixar de ler desde já este artigo, que trata, como já antecipa o seu título, do rotundo insucesso, tanto no plano filosófico como no material, de um dos mais prometedores movimentos transformistas – atenção: não confundir com operação de mudança de gênero – que nos tenha legado o século 19. Com quase tanto sucesso quanto o freudismo – a outra ideologia dominante em nossos tempos –, o marxismo dominou de tal maneira os corações e mentes de tantos homens no século 20 a ponto de quase confundir-se com ele, e de ainda deixar um rastro facilmente identificável, embora evanescente. É minha opinião que grande parte dos leitores deste espaço ainda se deixa seduzir por seu charme muito pouco discreto, e certamente não apreciarão o que vai escrito nos parágrafos abaixo.
    (...)
    Texto disponível no seguinte link: 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Cem anos da revolucao russa - Revista Espaço Acadêmico

Interessante este anúncio desta Revista Espaço Acadêmico tipicamente acadêmica, se me permitem a redundância (PRA):


Em 2017 a Revista Espaço Acadêmico publicará o DOSSIÊ: 100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA. As submissões devem ser feitas diretamente no site de acordo com as Diretrizes para autores e Condições para submissão. Os textos submetidos serão apreciados pelos organizadores.

Estamos abertos à contribuição, críticas e sugestões.
Muito obrigado.

Abraços e tudo de bom,
​________________________
Antonio Ozaí da Silva
FACEBOOK: https://www.facebook.com/prof.ozai.dcsuem
BLOG: http://antoniozai.wordpress.com


Retomo (PRA):
Os cem anos se referem a 1917, correto?
Ora, em 1917 houve uma revolução russa, mais exatamente russa, se me permitem outra redundância, que foi a de fevereiro, portanto, os cem anos exatos já estão passando ou já passaram.
Não acredito que os organizadores do dossiê estejam se referindo a essa, uma legítima revolução, que acabou com o czarismo, e criou uma situação transitória, um governo provisório, administrando uma democracia de fachada, mas preparando uma Constituinte para a instauração de uma República da Rússia, em moldes mais ou menos ocidentais.
Creio que eles se referem a um outro processo revolucionário, em outubro ou novembro (segundo o calendário, juliano ou gregoriano), e que na verdade constituiu um putsch, muitas vezes referido como revolução bolchevique, mas que pode, e deve, ser chamado de golpe de estado,ou seja, a tomada violenta do poder por uma minoria de revolucionários profissionais, que se aproveitaram das circunstâncias para afastar o governo provisório, dissolver a prometida Constituinte da Duma, e instaurar uma suposta ditadura do proletariado, que na verdade foi uma ditadura de um partido, que logo proibiu todos os outros partidos, prendeu seus representantes, e deslanchou uma repressão violenta contra todos os que não estavam de acordo com o slogan "todo poder aos sovietes", mas que na verdade era todo poder à clique dos bolcheviques dirigidos por Lênin.
Creio que é a esse processo que os organizadores do movimento se referem.
Interessante, não é?
Os bolcheviques criaram o maior, mais extenso -- não o mais mortal, pois nisso foram suplantados pelo tirano Mao -- regime escravocrata contemporâneo, a ditadura comunista mais longeva que existiu, responsável pela morte de milhões de inocentes.
Será que devo colaborar?
Por que não?
Paulo Roberto de Almeida