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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Seminário Merquior: programação do dia 10/12

 10 de dezembro, 10h, Merquior, pensador (II)

Crise da cultura – Kaio Felipe (IESP-UERJ)

Lírica moderna – Adriano Lima Drummond (UESPI) 

Formalismo – José Luís Jobim (UFF / UERJ)

 

10 de dezembro 12h

Merquior e o universo hispano-americano

Merquior e Octavio Paz – Christopher Domínguez Michael (Letras Libres / Colegio Nacional de México)

O outro Ocidente: o caso brasileiro – Cláudio Ribeiro (UFG)

 

10 de dezembro, 14h

Merquior e a literatura brasileira

História da Literatura – Regina Lúcia de Faria (UFRRJ)

Poesia – Antonio Carlos Secchin (UFRJ / Academia Brasileira de Letras)

Crítica – Peron Rios (Colégio de Aplicação da UFPE)

 

16h

Inéditos de José Guilherme Merquior

Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago / Universidade de São Paulo)

Paulo Roberto de Almeida (IHG-DF / Ibmec-DF)

 

18h

Mesa de encerramento: Depoimentos

Edson Filho (É Realizações)

Manuela Carneiro da Cunha (Universidade de Chicago / Universidade de São Paulo)

Christopher Domínguez Michael (Letras Libres / Colegio Nacional de México)

Heloisa Vilhena de Araujo (Itamaraty)

Julia Merquior 

domingo, 31 de agosto de 2014

Across the Empire (2) Second day: only the road, no more than the road..


Across the Empire (2) Second day: only the road, no more than the road..
Davenport, 30-31 de agosto de 2014
           
 Segundo o Google Maps, de Milesburg, PA, onde dormimos num Quality Inn (uma cadeia típicas dos trevos de estradas, com instalações muito confortáveis, quartos com camas King size, ou duas Queen beds, com minifrigo, micro-ondas, TV completa e internet excelente), até Davenport, Iowa, onde paramos num outro Quality Inn, são 720 milhas, sempre pela I-80W. Desde Hartford, com as 329 milhas de ontem, o primeiro dia, já acumulamos mais de 1.000 milhas, como ilustrado abaixo.

            Atrações? Absolutamente nenhuma, e nenhuma estava prevista, pois esta seria apenas uma etapa de viagem, calculada para cobrir 600 milhas. Como sempre, acabamos fazendo bem mais, com paradas para descanso, restauração, mas sem nenhuma visita, o que nos obrigaria a sair do trajeto planejado. No caminho tivemos Cleveland, que já conhecemos, Toledo, onde ainda precisamos entrar, e um pouco acima (mas com um acesso sempre complicado pelo trânsito intenso para acesso), Chicago, que conhecemos muito bem.
            De uma ponta a outra o que mais tivemos foi milharais, e os “barns” típicos dos estabelecimentos agrícolas americanos. Carmen Lícia fez várias fotos desses celeiros, geralmente pintados de vermelho ocre. De minha parte só fiz duas fotos do hotel onde ficamos, pois ele provavelmente será o mesmo de outras etapas de estrada, sempre quando possível. 


Gostamos bastante também do Holiday Inn, que oferece as mesmas comodidades por um preço razoável. Alimentação? Nada além do café da manhã, e um wrap de crispy chiken num McDonalds em algum lugar entre o Ohio e Indiana.
           

Por falar nisso, nesta etapa de 720 milhas, saímos do coração da Pensilvânia, cruzamos todo o Ohio e Indiana, deixamos Illinois para trás e paramos justo na primeira cidade do Iowa, Davenport, às margens do Mississipi, um rio famoso na história e na economia dos Estados Unidos. Amanhã, por sinal, vamos passar pela velha capital do Iowa, Iowa City, e depois ir à nova capital, Des Moines, ou seja Dos Monges, pois toda essa região do Mississipi-Missouri pertencia aos franceses, até que Napoleão, precisando de dinheiro para financiar suas guerras contra os britânicos, resolveu vender o imenso território à jovem república americana. Deve ter sido um dos maiores negócios da história política mundial, à margem das guerras de conquista que costumam caracterizar as ampliações de espaços territoriais nas relações conflituosas entre Estados. Na verdade, os americanos recorreram uma vez mais à compra de um território, e este foi o Alaska, comprado do Império czarista, outra barganha. O resto veio das costelas do México, que foi expropriado de terras imensas, numa fase de anarquia política naquele país, e de ampliação de territórios conquistados pelos brancos contra índios e mexicanos.

Esta região que estamos percorrendo faz parte do Oregon Trail, ou seja, a conquista do Oeste americano pelos imigrantes e americanos do leste, um imenso movimento populacional, primeiro em carretas de bois, depois por vias férreas quando estas foram construídas. Esta é a terra de William Frederick Cody, mais conhecido como Buffalo Bill, sobre quem vou falar mais nas próximas etapas.
Amanhã, ou hoje, domingo, vamos percorrer mais uma etapa, mas provavelmente não chegaremos a Denver. Pretendemos entrar em Des Moines, o que vai implicar algumas horas de visitas ao museu local e à cidade, de forma geral. Além do Iowa State Capitol e do Iowa Historical Building, a principal atração da cidade é o  Des Moines Arts Center, um edifício desenhado pelo arquiteto finlandês Eliel Saarinen, com uma moderna galleria de esculturas desenhada pelo famos arquiteto chinês I.M. Pei; o museu tem quadros de Matisse, Jasper Johns, Andy Warhol, e Georgia O’Keeffe; para os interessados: www.desmoinesartscenter.org.
Ainda não decidimos se vamos ao condado de Madison, 35 milhas ao sul de Des Moines, onde estão cinco pontes cobertas imortalizadas num famosos filme com a Meryl Streep cujo nome agora esqueci, mas pode ser simplesmente The bridges of Madison. Mais uma longa jornada.

Provavelmente vamos parar uma ou duas centenas de milhas antes de Denver, mas isso só amanhã saberemos onde exatamente.
Dormir, por já são mais de 1h da manhã, na verdade, mais de duas, pois atrasamos o relógio de uma hora, para estar de acordo com o fuso da zona central.

Paulo Roberto de Almeida
Davenport, 31 de agosto de 2014