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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pragmatismo chines vs paranoias brasileiras, e o pessimo ambiente de negocios...

Brasileiros (não todos, só a maioria) estão preocupados com o fato de que chineses comprem muitas terras no Brasil  (oh!, que horror!), e que depois fujam com as terras embaixo dos braços, de volta para a China, já pensaram nisso?
Mais ainda: eles ficam horrorizados de pensar que esses chineses possam plantar soja e exportar tudo, 100%, para a China! Já pensaram no horror que seria? 100%!? 
Claro, no brilhante pensamento econômico desses luminares, iria faltar soja no mercado nacional. Oh, que horror de estupidez econômica!!!
Foi por essas paranoias e outras, que os brilhantes procuradores do brilhante MP fizeram uma portaria limirando a compra de terras por estrangeiros. Ufa! Ainda bem que temos patriotas como esses para zelar pelo nosso patrimônio! Já pensaram? Chineses trazendo dinheiro para cá, investindo em novas tecnologias, pagando impostos locais (extorsivos, claro, iguaizinhos aos que pagamos), exportando e trazendo divisas para o Brasil, tudo isso controlado por chineses, que horror! Tudo isso seria inaceitável para o Brasil, não é mesmo?
Estamos muito melhor com as estupidezes econômicas dos nossos preclaros dirigentes, não é mesmo?
Paulo Roberto de Almeida

Agronegócio

Chineses agora financiam e exportam soja brasileira

Eles chegaram ao país com planos de comprar terras e plantar para assegurar abastecimento, como fazem com minérios na África, mas mudaram o foco

Máquinas enfileiradas antes da colheita de soja em fazenda em Tangará da Serra, em Mato Grosso
Máquinas enfileiradas antes da colheita de soja em fazenda em Tangará da Serra, em Mato Grosso (Andre Penner/AP)


Graves deficiências de infraestrutura e abundância de recursos naturais: a China se deparou no Brasil com a combinação que havia servido de base para a sua bem-sucedida inserção na África. Com sua exuberância de capital, experiência em logística e mão de obra treinada e barata, os chineses organizaram a produção e escoamento de minérios e alimentos na África na década passada de maneira a sustentar seu crescimento econômico, que já exauriu seus recursos naturais. Agora, estão tentando aplicar esse modelo no Brasil.
Em sua penosa curva de aprendizagem, "os chineses estão entendendo que aqui não é a África", observa Marcelo Duarte Monteiro, diretor executivo da Aprosoja, que reúne os produtores de soja e milho do Mato Grosso. Ele esteve quatro vezes na China e perdeu a conta de quantas delegações chinesas recebeu em Cuiabá. Inicialmente, eles chegaram com a mentalidade de comprar terras e plantar soja, de maneira a assegurar seu abastecimento. Visitaram o sul de Goiás e o Mato Grosso, mas resolveram fixar-se no Oeste da Bahia. O governo baiano abriu escritório em Pequim em 2011.
A compra de cerca de 20.000 hectares pela Universo Verde, filial brasileira da Chongqing Grãos, suscitou advertência da Advocacia-Geral da União, e uma portaria interministerial, em setembro de 2012, regulamentando a aquisição de terras por estrangeiros. Enquanto eram obrigados a recuar de seu plano de adquirir terras, os chineses perceberam que os produtores locais têm não só uma longa experiência com a adaptação da soja à região - muito diferente das altas latitudes chinesas, de onde o grão é originário -, mas também capacidade de atender um aumento de demanda.
Passaram então a firmar parcerias com agricultores da região de Barreiras, no Oeste da Bahia. Agora seu capital está sendo aplicado na compra de sementes, fertilizantes e implementos agrícolas, que entram como moeda na venda antecipada da produção. Depois de ouvir a Associação de Irrigantes e Produtores da Bahia (Aiba), a Universo Verde decidiu investir em uma planta de esmagamento de soja em Barreiras. A terraplanagem da área onde ela será erguida já está feita. Arredios, os chineses preferem não falar do assunto.
A China tem excedente de capacidade de esmagamento. Comercialmente, faz mais sentido importar a soja em grão do que em óleo ou farelo. O projeto da planta de esmagamento indica o interesse de fornecer parte desses derivados para os mercados do Brasil e de outros países. As americanas Bunge e Cargill já têm plantas de esmagamento na Bahia. A da Universo Verde criará mais concorrência para os produtores venderem sua soja, aumentará o valor agregado na economia local e gerará entre 500 e 800 empregos diretos, de acordo com Jairo Vaz, superintendente de Política de Agronegócios da Secretaria de Agricultura da Bahia. "Os chineses estão mapeando o Oeste da Bahia para instalar silos e armazéns para captação de grãos e suprimento da fábrica."
Atualmente, a produção do Oeste da Bahia segue em caminhões para os portos de Santos e Paranaguá, o que encarece muito o seu custo. Mas a expectativa é que daqui a alguns anos ela possa seguir no sentido contrário, por meio das novas ferrovias que interligarão o oeste e o leste aos portos do norte e nordeste, mais próximos dos mercados dos EUA, da Europa e da China. A Universo Verde prevê a construção de um "porto seco", que receberá os caminhões com os grãos, o óleo e o farelo.
A curva de aprendizagem na logística tem sido acentuada. Os chineses chegaram com a experiência da África, onde suas construtoras firmam contratos com os governos, trazem navios com seus operários, constroem rodovias, ferrovias e portos, vinculam esses investimentos com o fornecimento de minério de ferro, petróleo e outros recursos naturais. E pronto. No Brasil, encontraram um ambiente bem mais complexo: grandes construtoras com vasta experiência internacional, mão de obra local, decisões políticas descentralizadas em Estados e municípios, licenças ambientais e agências reguladoras.
"É muito difícil no Brasil", suspira Li Tan, do grupo chinês Hopeful, que planeja investir 400 milhões de reais em um terminal no porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. "Muito longo, muito complicado para aprovar. É muito mais fácil fazer isso na China." O projeto começou em 2007. Está na fase da licença ambiental. Depois de muitas revisões no prazo, a empresa espera que esteja pronto em dois anos. "É bom proteger o meio ambiente", diz. "A situação do meio ambiente na China é horrível. Pensar no meio ambiente no início é muito bom. Vocês devem fazer isso. Mas a papelada é muito difícil. Toma muito tempo para concluir o processo."
Li, que está baseado no Estado americano de Iowa, diz que "os Estados Unidos também têm essas regulações, mas o processo está se acelerando e é bem regulado". Em contrapartida: "Às vezes o mercado brasileiro não é bem regulado, você não consegue acompanhá-lo. Você prepara um documento, e dizem: não é esse, é aquele outro. Você faz o outro e dizem que também não é esse, mas um outro. Algumas coisas não são claras."
O negócio do grupo é esmagar soja importada dos EUA, Brasil e Argentina. Do Brasil, importa hoje 1,5 milhão de toneladas por ano. Seu terminal terá capacidade de 8 milhões de toneladas por ano. "Os chineses buscam o Brasil não mais para abastecer a China, mas como mercado consumidor importante, e plataforma de exportação para a região", diz Sergio Amaral, ex-ministro do Desenvolvimento e presidente do Conselho Empresarial Brasil-China.

sábado, 22 de junho de 2013

A paranoia normal de dirigentes eleitos: atinge qualquer um...

Dirigentes acuados, ou contestados, sempre tendem para a paranoia, e começam a falar bobagem, como o Erdogan, neste caso.
Interessante como pessoas que subiram pelo voto, uma vez no poder, tendem a se sentir autorizados a tudo, e desenvolvem não só comportamentos paranoicos, como também sentimentos autocráticos ou autoritários, quando não tendencialmente totalitários.
Já vimos isso no Brasil, também, basta olhar os candidatos a déspotas...
Paulo Roberto de Almeida 

PROTESTOS
Erdogan: Brasil e Turquia são alvo de conspiração internacional
Folha de S.Paulo, 22/06/2013 - 15h38 | Redação | São Paulo

Premiê turco afirmou que os dois países -- duas potências emergentes -- sofrem tentativa de desestabilização vinda de fora

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que enfrenta uma onda de manifestações em seu país, afirmou neste sábado (22/06) que os protestos registrados nos últimos dias no Brasil fazem parte uma conspiração para desestabilizar a presidente Dilma Rousseff, assim como estaria acontecendo com ele próprio.

Erdogan falava a centenas de milhares de simpatizantes na cidade de Samsun, uma das paradas de uma jornada de mobilizações em apoio a ele. Há três semanas, protestos contra a construção de um centro comercial da Praça Taksim de Istambul foram violentamente reprimidos pela polícia. A repressão impulsionou as manifestações, onde palavras de ordem contra Erdogan e pela sua saída do governo são frequentes.

Situação semelhante aconteceu no Brasil, quando a repressão da Polícia Militar do Estado de São Paulo nas quatro primeiras manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus (responsabilidade da prefeitura), metrô e trem (responsabilidade do governo do estado) – especialmente em 14 de junho, pela violência e agressão contra jornalistas – chocou o país.

Antes apoiada pelos principais jornais, a ação da polícia gerou uma onda de protestos, que acabaram absorvendo outras pautas, como corrupção, inflação, insegurança, algumas incluídas em um rechaço à realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

A violência registrada nas manifestações seguintes – quinta-feira (20/06) na cidade de São Paulo houve agressão contra militantes de partidos de esquerda – foi condenada nesta sexta-feira (21/06) por Dilma, que se dispôs a receber os manifestantes e propôs um pacto para buscar atingir as demandas dos que protestaram.

Assim como Dilma, que lidera um país com altos níveis de crescimento econômico e social, Erdogan tem alta aprovação após 10 anos de governo. Para ele, os protestos são alimentados por forças estrangeiras, banqueiros e a mídia turca. Em Samsun, o premiê disse que o Brasil – outra economia emergente – foi alvo da mesma tentativa de desestabilização.

“O mesmo jogo está sendo jogado no Brasil. Os símbolos são os mesmos, Twitter, Facebook, são os mesmos, a mídia internacional é a mesma. Os protestos estão sendo levados ao mesmo centro”, analisou Erdogan. “Eles estão fazendo o máximo possível para conseguir no Brasil o que não conseguiram aqui. É o mesmo jogo, a mesma armadilha, o mesmo objetivo”. 


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terça-feira, 11 de junho de 2013

Venezuela: a paranoia normal de todos os regimes surrealistas...

Maduro: Colombia “conspira” contra Venezuela
Infolatam/Efe
Caracas, 10 de junio de 2013

El presidente venezolano, Nicolás Maduro, ratificó su opinión de que desde Colombia “se conspira” contra Venezuela y se coordina que “grupos asesinos” se introduzcan en el país para “ejecutar el plan de la derecha fascista”.
“Ratifico desde Colombia se conspira contra nuestra Patria, la derecha ha coordinado nuevamente que grupos asesinos venga a nuestra Patria”, escribió Maduro en la red social Twitter.
Maduro publicó estas afirmaciones tras la rueda de prensa del ministro del Interior, Miguel Rodríguez Torres, en la que informó de la detención de nueve personas supuestamente vinculadas con dos grupos paramilitares colombianos que, no descartan, pudieran haber atentado contra el presidente.
“Estamos enfrentando un plan de la derecha fascista con apoyo desde Colombia de grupos violentos, para asaltar el poder político, seguiremos”, señaló en la red social el líder del Ejecutivo.
Maduro afirmó que el Gobierno “seguirá denunciando y enfrentando” a estos grupos con “la fuerza” de la Constitución. “Sigamos combatiendo y construyendo patria”, añadió.
Además, felicitó al Servicio Bolivariano de Inteligencia (Sebin) por la detención de los presuntos paramilitares y por “su trabajo por la paz”.
“Estos grupos violentos son el brazo armado que ejecuta el plan de la derecha fascista”, indicó, en alusión a la oposición venezolana.
El ministro del Interior informó de que, según señalaron los propios detenidos, “debe haber otro grupo en Caracas” y que el Sebin los “sigue rastreando” para dar con ellos.
Las relaciones entre Colombia y Venezuela se tensaron después de que el gobernante colombiano, Juan Manuel Santos, recibió el mes pasado al líder de la oposición venezolana Henrique Capriles, quien no reconoce a Maduro como presidente ni los resultados electorales del 14 de abril, que ha impugnado por considerarlos fraudulentos.
La relación se complicó aún más cuando Santos comentó la posibilidad de ingresar en la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN) -declaración luego matizada por el ministro de Defensa colombiano, Juan Carlos Pinzón-, lo que llevó a Maduro a acusarlo de imprimir un “giro negativo” en su política con la region.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Paranoia: se voce nao tem, passe a ter, pois este é o clima de Brasilia... - Jorge Serrão

Palácio do Planalto é invadido por espiões que buscavam documentos contra Erenice, Rose, Lula e Dilma
Jorge Serrão
Edição do Alerta Total, 10 de abril de 2013

Exclusivo - Sede imperial do nada republicano governo capimunista do Brazil, o Palácio do Planalto foi alvo fácil de um inédito esquema de espionagem. Quatro ou cinco dias atrás, de madrugada, criminosos invasores vasculharam computadores e tiraram cópias de documentos sigilosos da Casa Civil e da Presidência da República. Há informações de que fotos pessoais de Dilma foram levadas.

Até uma agenda pessoal da Presidenta Dilma chegou a ser levada. Mas o livro foi encontrado na garagem do Palácio. Há o temor de que o Palácio da Alvorada – onde a Dilma mora com a mãe – também tenha sido invadido. Mas não havia evidências disto até ontem. O caso de espionagem é abafado pelo governo – que recomendou ao comando da mídia amestrada que nada publique sobre o que se suspeita ser um golpe de espionagem internacional.

O serviço foi de profissional. As câmeras de segurança não registraram a invasão. Foram detectados indícios de grampos telefônicos e hackeagem nos computadores – para desespero do pessoal do Gabinete de Segurança Institucional. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal e o GSI investigam o incidente que será providencialmente desmentido. O raro evento pode fazer cabeças rolarem dada a fragilidade na segurança palaciana.

Nos bastidores de inteligência, acredita-se que a intenção principal dos invasores do Palácio do Planalto, além de intimidar o governo, foi obter provas materiais que incriminem duas pessoas, pelo menos, atingindo também a Presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. O fato concreto é que o governo está sob ataque, em processo de desestabilização política, no momento em que Lula será investigado no Mensalão e a inflação volta a subir – com desgaste para a reeleição de Dilma.

O primeiro alvo da espionagem seria Erenice Guerra (amiga e ex-assessora de confiança da Presidenta Dilma). Depois de demitida por evidências de irregularidades, tendo um processo arquivado sobre tráfico de influência, Erenice foi recentemente denunciada pela revista Veja de usar seu escritório de advocacia em Brasília para oferecer serviços a quem precisa se aproximar do poder. Mexeu com Erenice, atingiu Dilma.

A segunda alvejada seria Rosemary Nóvoa Noronha (melhor amiga do ex-Presidente Lula e chefe de gabinete exonerada do escritório presidencial em São Paulo – investigada na Operação Porto Seguro da Polícia Federal. O caso anda em trâmite de cágado na 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo. Tudo no mais alto e injustificável “segredo judicial”. Rose é foi indiciada pela PF por tráfico de influência, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A queridinha de Lula e José Dirceu é suspeita de comandar o esquema que favorecia empresas e pessoas interessadas em obter vantagens ilícitas junto a órgãos federais e agências reguladoras. Mexeu com Rose, acertou o “Tio” Lula.

Lula, Dilma & cia que se cuidem, porque quando o ataque a eles atinge tamanho grau de espionagem é um sinal claro de que coisas piores estão programadas para acontecer. O certo é que a espionagem não foi um ato criminoso realizado a pedido da oposição política interna – que não coragem nem competência para um ato tão ousado. O mais provável é que o governo tenha sido vítima de um sofisticado sistema de espionagem contratado por grandes investidores transnacionais – profundamente descontentes com prejuízos que acumulam em estatais de economia mista, como a Petrobrás e Eletrobras.

Uma coisa parece bem objetiva: a patralhada está com os dias contados no poder até a eleição presidencial de 2014.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Aquecimento global: o debate continua entre paranoicos e climatericos...

O que segue abaixo é uma resposta a uma carta-artigo no Wall Street Journal -- que está claramente do lado dos "negacionistas" do aquecimento global, se assim lhe podemos chamar -- e que coloca um pouco mais de água quente na fervura fervente -- com perdão da redundância, mas necessária -- que aquece miolos, neurônios e as paixões dos envolvidos no debate esquizofrênico em torno da questão.
O material original pode ser encontrado neste meu post:


SEXTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2012

Paranoicos do aquecimento global: acalmai-vos...

É, em síntese, o que dizem estes cientistas que assinam um artigo de opinião, na verdade um verdadeiro manifesto de apelo à razão, publicada na edição de hoje do Wall Street Journal.

No Need to Panic About Global Warming

Seguimos, portanto, com o debate.


Paulo Roberto de Almeida


Bickmore on the WSJ response

Filed under:   — group @ 24 February 2012
Guest commentary from Barry Bickmore (repost)
Real Climate: climate science from climate scientists, February 24 ,2012

The Wall Street Journal posted yet another op-ed by 16 scientists and engineers, which even include a few climate scientists(!!!). Here is the editor’s note to explain the context.
Editor’s Note: The authors of the following letter, listed below, are also the signatories of“No Need to Panic About Global Warming,” an op-ed that appeared in the Journal on January 27. This letter responds to criticisms of the op-ed made by Kevin Trenberth and 37 others in a letter published Feb. 1, and by Robert Byer of the American Physical Society in a letter published Feb. 6.
A relative sent me the article, asking for my thoughts on it. Here’s what I said in response.
Hi [Name Removed],
I don’t have time to do a full reply, but I’ll take apart a few of their main points.
  1. The WSJ authors’ main point is that if the data doesn’t conform to predictions, the theory is “falsified”. They claim to show that global mean temperature data hasn’t conformed to climate model predictions, and so the models are falsified.
  2. But let’s look at the graph. They have a temperature plot, which wiggles all over the place, and then they have 4 straight lines that are supposed to represent the model predictions. The line for the IPCC First Assessment Report is clearly way off, but back in 1990 the climate models didn’t include important things like ocean circulation, so that’s hardly surprising. The lines for the next 3 IPCC reports are very similar to one another, though. What the authors don’t tell you is that the lines they plot are really just the average long-term slopes of a bunch of different models. The individual models actually predict that the temperature will go up and down for a few years at a time, but the long-term slope (30 years or more) will be about what those straight lines say. Given that these lines are supposed to be average, long-term slopes, take a look at the temperature data and try to estimate whether the overall slope of the data is similar to the slopes of those three lines (from the 1995, 2001, and 2007 IPCC reports). If you were to calculate the slope of the data WITH error bars, the model predictions would very likely be in that range.


    Comparison of the spread of actual IPCC projections (2007) with observations of annual mean temperatures
    That brings up another point. All climate models include parameters that aren’t known precisely, so the model projections have to include that uncertainty to be meaningful. And yet, the WSJ authors don’t provide any error bars of any kind! The fact is that if they did so,you would clearly see that the global mean temperature has wiggled around inside those error bars, just like it was supposed to.
    So before I go on, let me be blunt about these guys. They know about error bars. They know that it’s meaningless, in a “noisy” system like global climate, to compare projected long-term trends to just a few years of data. And yet, they did. Why? I’ll let you decide.
  3. The WSJ authors say that, although something like 97% of actively publishing climate scientists agree that humans are causing “significant” global warming, there really is a lot of disagreement about how much humans contribute to the total. The 97% figure comes from a 2009 study by Doran and Zimmerman.
  4. So they don’t like Doran and Zimmerman’s survey, and they would have liked more detailed questions. After all, D&Z asked respondents to say whether they thought humans were causing “significant” temperature change, and who’s to say what is “significant”? So is there no real consensus on the question of how much humans are contributing?
    First, every single national/international scientific organization with expertise in this area and every single national academy of science, has issued a statement saying that humans are causing significant global warming, and we ought to do something about it. So they are saying that the human contribution is “significant” enough that we need to worry about it and can/should do something about it. This could not happen unless there was a VERY strong majority of experts. Here is a nice graphic to illustrate this point (H/T Adam Siegel).
    But what if these statements are suppressing significant minority views–say 20%. We could do a literature survey and see what percentage of papers published question the consensus. Naomi Oreskes (a prominent science historian) did this in 2004 (see also herWaPo opinion column), surveying a random sample of 928 papers that showed up in a standard database with the search phrase “global climate change” during 1993-2003. Some of the papers didn’t really address the consensus, but many did explicitly or implicitly support it. She didn’t find a single one that went against the consensus. Now, obviously there were some contrarian papers published during that period, but I’ve done some of my own not-very-careful work on this question (using different search terms), and I estimate that during 1993-2003, less than 1% of the peer-reviewed scientific literature on climate change was contrarian.
    Another study, published in the Proceedings of the National Academy of Sciences in 2010 (Anderegg et al, 2010), looked at the consensus question from a different angle. I’ll let youread it if you want.
    Once again, the WSJ authors (at least the few that actually study climate for a living) know very well that they are a tiny minority. So why don’t they just admit that and try to convince people on the basis of evidence, rather than lack of consensus? Well, if their evidence is on par with the graph they produced, maybe their time is well spent trying to cloud the consensus issue.
  5. The WSJ authors further imply that the “scientific establishment” is out to quash any dissent. So even if almost all the papers about climate change go along with the consensus, maybe that’s because the Evil Empire is keeping out those droves of contrarian scientists that exist… somewhere.
  6. The WSJ authors give a couple examples, both of which are ridiculous, but I have personal experience with the Remote Sensing article by Spencer and Braswell, so I’ll address that one. The fact is that Spencer and Braswell published a paper in which they made statistical claims about the difference between some data sets without actually calculating error bars, which is a big no-no, and if they had done the statistics, it would have shown that their conclusions could not be statistically supported. They also said they analyzed certain data, but then left some of it out of the Results that just happened to completely undercut their main claims. This is serious, serious stuff, and it’s no wonder Wolfgang Wagner resigned from his editorship–not because of political pressure, but because he didn’t want his fledgling journal to get a reputation for publishing any nonsense anybody sends in.[Ed. Seethis discussion]
The level of deception by the WSJ authors and others like them is absolutely astonishing to me.
Barry
PS. Here is a recent post at RealClimate that puts the nonsense about climate models being “falsified” in perspective. The fact is that they aren’t doing too badly, except that they severely UNDERestimate the Arctic sea ice melt rate.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Paranoicos do aquecimento global: acalmai-vos...

É, em síntese, o que dizem estes cientistas que assinam um artigo de opinião, na verdade um verdadeiro manifesto de apelo à razão, publicada na edição de hoje do Wall Street Journal.



No Need to Panic About Global Warming

There's no compelling scientific argument for drastic action to 'decarbonize' the world's economy.

The Wall Street Journal, January 27, 2012
Editor's Note: The following has been signed by the 16 scientists listed at the end of the article: 
A candidate for public office in any contemporary democracy may have to consider what, if anything, to do about "global warming." Candidates should understand that the oft-repeated claim that nearly all scientists demand that something dramatic be done to stop global warming is not true. In fact, a large and growing number of distinguished scientists and engineers do not agree that drastic actions on global warming are needed.
In September, Nobel Prize-winning physicist Ivar Giaever, a supporter of President Obama in the last election, publicly resigned from the American Physical Society (APS) with a letter that begins: "I did not renew [my membership] because I cannot live with the [APS policy] statement: 'The evidence is incontrovertible: Global warming is occurring. If no mitigating actions are taken, significant disruptions in the Earth's physical and ecological systems, social systems, security and human health are likely to occur. We must reduce emissions of greenhouse gases beginning now.' In the APS it is OK to discuss whether the mass of the proton changes over time and how a multi-universe behaves, but the evidence of global warming is incontrovertible?"
In spite of a multidecade international campaign to enforce the message that increasing amounts of the "pollutant" carbon dioxide will destroy civilization, large numbers of scientists, many very prominent, share the opinions of Dr. Giaever. And the number of scientific "heretics" is growing with each passing year. The reason is a collection of stubborn scientific facts.
Perhaps the most inconvenient fact is the lack of global warming for well over 10 years now. This is known to the warming establishment, as one can see from the 2009 "Climategate" email of climate scientist Kevin Trenberth: "The fact is that we can't account for the lack of warming at the moment and it is a travesty that we can't." But the warming is only missing if one believes computer models where so-called feedbacks involving water vapor and clouds greatly amplify the small effect of CO2.
The lack of warming for more than a decade—indeed, the smaller-than-predicted warming over the 22 years since the U.N.'s Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) began issuing projections—suggests that computer models have greatly exaggerated how much warming additional CO2 can cause. Faced with this embarrassment, those promoting alarm have shifted their drumbeat from warming to weather extremes, to enable anything unusual that happens in our chaotic climate to be ascribed to CO2.
The fact is that CO2 is not a pollutant. CO2 is a colorless and odorless gas, exhaled at high concentrations by each of us, and a key component of the biosphere's life cycle. Plants do so much better with more CO2 that greenhouse operators often increase the CO2 concentrations by factors of three or four to get better growth. This is no surprise since plants and animals evolved when CO2 concentrations were about 10 times larger than they are today. Better plant varieties, chemical fertilizers and agricultural management contributed to the great increase in agricultural yields of the past century, but part of the increase almost certainly came from additional CO2 in the atmosphere.
Lindzen
Corbis
Although the number of publicly dissenting scientists is growing, many young scientists furtively say that while they also have serious doubts about the global-warming message, they are afraid to speak up for fear of not being promoted—or worse. They have good reason to worry. In 2003, Dr. Chris de Freitas, the editor of the journal Climate Research, dared to publish a peer-reviewed article with the politically incorrect (but factually correct) conclusion that the recent warming is not unusual in the context of climate changes over the past thousand years. The international warming establishment quickly mounted a determined campaign to have Dr. de Freitas removed from his editorial job and fired from his university position. Fortunately, Dr. de Freitas was able to keep his university job.
This is not the way science is supposed to work, but we have seen it before—for example, in the frightening period when Trofim Lysenko hijacked biology in the Soviet Union. Soviet biologists who revealed that they believed in genes, which Lysenko maintained were a bourgeois fiction, were fired from their jobs. Many were sent to the gulag and some were condemned to death.
Why is there so much passion about global warming, and why has the issue become so vexing that the American Physical Society, from which Dr. Giaever resigned a few months ago, refused the seemingly reasonable request by many of its members to remove the word "incontrovertible" from its description of a scientific issue? There are several reasons, but a good place to start is the old question "cui bono?" Or the modern update, "Follow the money."
Alarmism over climate is of great benefit to many, providing government funding for academic research and a reason for government bureaucracies to grow. Alarmism also offers an excuse for governments to raise taxes, taxpayer-funded subsidies for businesses that understand how to work the political system, and a lure for big donations to charitable foundations promising to save the planet. Lysenko and his team lived very well, and they fiercely defended their dogma and the privileges it brought them.
Speaking for many scientists and engineers who have looked carefully and independently at the science of climate, we have a message to any candidate for public office: There is no compelling scientific argument for drastic action to "decarbonize" the world's economy. Even if one accepts the inflated climate forecasts of the IPCC, aggressive greenhouse-gas control policies are not justified economically.
A recent study of a wide variety of policy options by Yale economist William Nordhaus showed that nearly the highest benefit-to-cost ratio is achieved for a policy that allows 50 more years of economic growth unimpeded by greenhouse gas controls. This would be especially beneficial to the less-developed parts of the world that would like to share some of the same advantages of material well-being, health and life expectancy that the fully developed parts of the world enjoy now. Many other policy responses would have a negative return on investment. And it is likely that more CO2 and the modest warming that may come with it will be an overall benefit to the planet.
If elected officials feel compelled to "do something" about climate, we recommend supporting the excellent scientists who are increasing our understanding of climate with well-designed instruments on satellites, in the oceans and on land, and in the analysis of observational data. The better we understand climate, the better we can cope with its ever-changing nature, which has complicated human life throughout history. However, much of the huge private and government investment in climate is badly in need of critical review.
Every candidate should support rational measures to protect and improve our environment, but it makes no sense at all to back expensive programs that divert resources from real needs and are based on alarming but untenable claims of "incontrovertible" evidence.
Claude Allegre, former director of the Institute for the Study of the Earth, University of Paris; J. Scott Armstrong, cofounder of the Journal of Forecasting and the International Journal of Forecasting; Jan Breslow, head of the Laboratory of Biochemical Genetics and Metabolism, Rockefeller University; Roger Cohen, fellow, American Physical Society; Edward David, member, National Academy of Engineering and National Academy of Sciences; William Happer, professor of physics, Princeton; Michael Kelly, professor of technology, University of Cambridge, U.K.; William Kininmonth, former head of climate research at the Australian Bureau of Meteorology; Richard Lindzen, professor of atmospheric sciences, MIT; James McGrath, professor of chemistry, Virginia Technical University; Rodney Nichols, former president and CEO of the New York Academy of Sciences; Burt Rutan, aerospace engineer, designer of Voyager and SpaceShipOne; Harrison H. Schmitt, Apollo 17 astronaut and former U.S. senator; Nir Shaviv, professor of astrophysics, Hebrew University, Jerusalem; Henk Tennekes, former director, Royal Dutch Meteorological Service; Antonio Zichichi, president of the World Federation of Scientists, Geneva.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Teorias conspiratorias: a confirmacao que faltava...

Você ainda estava em dúvida sobre se as multinacionais -- especialmente as do setor financeiro, o mais cruel de todos -- realmente dominam o mundo, determinam a sua vida (e até dão uma espiada em seus segredos sem o seu consentimento) e conspiram para que você sempre fique prisioneiro de seus tentáculos malévolos e pague sempre para maior lucro e glória delas mesmas?
Não tenha mais dúvidas, aqui está a comprovação: a rede capitalista que a tudo açambarca, a tudo abraça, tudo embarca nos seus porões secretos, e nos emborca no abismo infinito das perdições consumistas, devidamente comprovada por pesquisadores sérios, cientistas do mais alto gabarito, que confirmam, enfim, as piores suspeitas dos paranoicos de sempre.
Fique tranquilo, o mundo não vai acabar: outras multinacionais surgirão...
Paulo Roberto de Almeida


Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo
Da New Scientist - 22/10/2011
Visão crítica: Revelada a rede capitalista que domina o mundo
Este gráfico mostra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma.[Imagem: Vitali et al.]
Além das ideologias
Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos.
Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.
A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça.
Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.
"A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."
Rede de controle econômico mundial
A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente.
O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.
Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.
O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores.
A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.
Poder econômico mundial
Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas.
Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chipsnos mercados de ações.
Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo.
E isso não é tudo.
Super-entidade econômica
Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas.
"Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder.
E a maioria delas são bancos.
Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser.
Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.
Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer.
A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente.
Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.
As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas
  1. Barclays plc
  2. Capital Group Companies Inc
  3. FMR Corporation
  4. AXA
  5. State Street Corporation
  6. JP Morgan Chase & Co
  7. Legal & General Group plc
  8. Vanguard Group Inc
  9. UBS AG
  10. Merrill Lynch & Co Inc
  11. Wellington Management Co LLP
  12. Deutsche Bank AG
  13. Franklin Resources Inc
  14. Credit Suisse Group
  15. Walton Enterprises LLC
  16. Bank of New York Mellon Corp
  17. Natixis
  18. Goldman Sachs Group Inc
  19. T Rowe Price Group Inc
  20. Legg Mason Inc
  21. Morgan Stanley
  22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
  23. Northern Trust Corporation
  24. Société Générale
  25. Bank of America Corporation
  26. Lloyds TSB Group plc
  27. Invesco plc
  28. Allianz SE 29. TIAA
  29. Old Mutual Public Limited Company
  30. Aviva plc
  31. Schroders plc
  32. Dodge & Cox
  33. Lehman Brothers Holdings Inc*
  34. Sun Life Financial Inc
  35. Standard Life plc
  36. CNCE
  37. Nomura Holdings Inc
  38. The Depository Trust Company
  39. Massachusetts Mutual Life Insurance
  40. ING Groep NV
  41. Brandes Investment Partners LP
  42. Unicredito Italiano SPA
  43. Deposit Insurance Corporation of Japan
  44. Vereniging Aegon
  45. BNP Paribas
  46. Affiliated Managers Group Inc
  47. Resona Holdings Inc
  48. Capital Group International Inc
  49. China Petrochemical Group Company