O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

sexta-feira, 5 de março de 2010

1751) A suposta desindustrializacao brasileira

Não creio que seja o caso, mas os especialistas não se cansam de apontar para a commoditização das exportações brasileiras e as importações de bens manufaturados, insistindo, grande parte deles, no problema cambial.
Curioso que poucos falam que os empresários industriais brasileiros, como os de outros setores, são esmagados por uma carga brutal de impostos, o que torna seus produtos pouco competitivos lá fora e aqui dentro também.
Quando vão acordar para o óbvio?

Distorção na indústria do Brasil
Alberto Tamer*
O Estado de S. Paulo, 4.03.2010

Há algo estranho no comércio exterior brasileiro. Sabemos que estamos nos transformando cada vez mais em exportador de commodities - as exportações representam 36,4% da nossa balança -, mas não sabíamos ainda que a indústria está importando cada vez mais matérias-primas e bens duráveis. Isto é, estamos importando produtos de consumo que também produzimos no País.

Em outras palavras, lembra editorial no caderno de Economia do Estado de ontem, isso parece indicar que nossa indústria está se transformando cada vez numa atividade de montagem, importando mais bens e insumos para vender no País, sem chegar a ter uma produção competitiva nos bens de alta tecnologia.

Estamos em parte abastecendo o mercado interno não mais com produtos fabricados, mas montados com itens importados. Leia-se, produtos da China, entre outros.

Não é uma desindustrialização, como se poderia dizer, mas um empobrecimento relativo da indústria nacional. É o que revelam os números da balança comercial no primeiro bimestre do ano anunciados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e comércio exterior.

COMMODITIZAÇÃO
Há explicações para isso, mas não convincentes. Afirma-se que é um processo decorrente do excepcional aumento dos preços das commodities nos anos dourados da economia mundial que antecederam à crise. Houve um crescimento extraordinário nas exportações de produtos agrícolas e minerais, que desde então passaram a dominar a pauta do comércio exterior. As vendas industriais também cresceram, mas em ritmo bem menor. O setor de commodities era mais bem estruturado que o setor industrial.

Outro motivo: a crise atingiu mais duramente a demanda de produtos industriais do que o agrícolas.

São argumentos válidos, mas não explicam totalmente esse aumento das importações (vejam bem, importações e não exportações de bens industriais, neste momento em que a economia mundial começa a se recuperar).

CAMBIO, ETC.
Há ainda o argumento da desvalorização do dólar que favorece as importações, e até ajuda no controle da inflação. Mas esse é um fenômeno que afeta toda a pauta comercial, desde produtos como commodities a produtos industriais. Sei que é mais difícil exportar bens acabados, com alto valor agregado, que produtos primários, principalmente num mercado mundial ainda em recuperação. Isso, porém, não explica nem justifica o aumento das importações de bens intermediários do setor industrial.

No fundo, tudo indica estar havendo uma falta de política industrial integrada, difícil de se obter quando os ministérios não se entendem.

A manter esse clima, a tendência é de que não só a agricultura continuará superando a indústria na área do comércio exterior, como a própria indústria caminha para o que poderíamos chamar de terceirização. É um processo ainda incipiente, mas perigoso por ser indolor.

1 BILHÃO DE FAMINTOS
Jamil Chade, correspondente do Estado em Genebra, está lançando hoje, no Shopping Higienópolis, a partir das 19h30, o seu livro O Mundo não é Plano. A tragédia silenciosa de 1 bilhão da Famintos. Um livro-análise-reportagem bem documentado sobre o drama da fome no mundo. Destaque especial para suas viagens à África e à Itália, onde viu de perto o desespero dos imigrantes ilegais que tentam fugir da fome.

*Email: at@attglobal.net

========================

Corrigindo o que disse ao início. Sim, tem que preste atenção aos fatores reais de desindustrialização, como abaixo:

Reflexões sobre a desindustrialização
Editorial
O Estado de S. Paulo, Quinta-feira, 4 de março de 2010

Na entrevista concedida ao Estado, o ex-ministro colombiano Mauricio Cárdenas, da Brookings Institution, não hesitou em afirmar que o Brasil já se está desindustrializando e se commoditizando, enquanto países como Índia e China apresentam melhor equilíbrio entre a produção de manufaturados e de matérias-primas.

A opinião merece melhor exame, ainda que os industriais brasileiros reconheçam que é fundamentada. Para eles, três fatores levaram a essa situação: o excesso de carga tributária, a péssima infraestrutura do País e uma taxa cambial valorizada.

São fatores que realmente contribuem para inibir o desenvolvimento da indústria brasileira, embora pelo menos um seja irremediável. Mas existem outros freando o crescimento de nossa economia.

Sem dúvida, a carga tributária excessiva é um obstáculo a um maior crescimento. Caberia aos empresários comprovar que uma redução de impostos levaria a uma melhoria da situação. A desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros e produtos da linha branca permitiu o aumento das vendas domésticas de produtos com grande conteúdo de bens importados, porém não das exportações. Nem favoreceu uma melhoria da inovação desses bens.

Na realidade, falta à nossa indústria investimentos em pesquisa para oferecer inovações que reduzam o custo da produção e atraiam os consumidores estrangeiros, objetivos alcançáveis com melhoria da produtividade e do processo de produção, além dos gastos em pesquisa.

Não se pode negar que as empresas encontram, interna e externamente, sério obstáculo no custo do transporte terrestre e portuário. Mauricio Cárdenas reconhece essa dificuldade e sugere que o Brasil dê mais atenção aos mercados dos EUA e da Europa. Neste caso, caberia à iniciativa privada dar sua colaboração.

A valorização do real parece resultar da melhor situação do Brasil, e à indústria cabe conviver com ela, compensando-a com melhora da produtividade.

A comparação com a China e a Índia é oportuna: em 2009, pelas últimas previsões, o PIB brasileiro deve ficar em -0,8%, ante +7,8% na China e +5% na Índia. Os dados disponíveis do 1º trimestre de 2009 são de -14,8% na produção de manufaturados, ante +28,6% e +6,4%, respectivamente, nos dois outros países. E o conteúdo de manufaturados nas exportações, em 2008, foi, respectivamente, de 5,9%, 7,5% e 8,1%. São números que dão o que pensar.

1750) Obama Nuclear Policy

Obama's Nuclear Posture Review will set tone for U.S. weapons policy
By Mary Beth Sheridan and Walter Pincus
Washington Post Staff Writer
Friday, March 5, 2010; 1:30 PM

President Obama's top national security advisers within days will present him with an agonizing choice on how to guide U.S. nuclear weapons policy for the rest of his presidency.

Does he substantially advance his bold pledge to seek a world free of nuclear weapons by declaring that the "sole purpose" of the U.S. arsenal is to deter other nations from using them? Or does he embrace a more modest option, supported by some senior military officials, that deterrence is the "primary purpose"?

The difference may seem semantic, but such words, which will be contained in a document known as the Nuclear Posture Review, have deep meanings and could dramatically shift nuclear policy in the United States and around the world. The first option would scale back the arsenal's war-fighting role, potentially leading to a smaller U.S. stockpile and taking weapons off alert. The second option would be less of a change, holding out the nuclear threat but still permitting a reduction in weapons. The president was briefed on the document this week and requested additional intermediate options, officials say.

Senior administration officials have already indicated the review is likely to roll back some Bush policies, such as threatening the use of nuclear weapons to preempt or respond to chemical or biological attacks. The review will also point to new ways to cut the Pentagon's stockpile of roughly 5,000 active nuclear warheads, they say.

But, officials say, after lengthy debate, Obama's aides have rejected some of the boldest ideas on the table, such as forswearing the option to use nuclear arms first in a conflict, or dropping one leg of the "triad" of bombers, submarines and land-based missiles that carry the deadly weapons.

Obama's decision on the sensitive issue of U.S. "declaratory policy," U.S. officials and outside experts say, will help determine whether the document is regarded as a far-reaching shift from the Bush administration's version released in 2001. Lower-level officials trying to craft the language engaged in fierce discussions about how far and fast the administration could alter course without alarming allies.

The Nuclear Posture Review is done at the start of each administration, and influences budgets, treaties and weapons deployments and retirements for five to 10 years. Expectations for this one have been raised because of Obama's pledge last year to "put an end to Cold War thinking" and move toward global disarmament -- a vision that helped win him a Nobel Peace Prize.

The review, more than a month overdue, reflects the tension in seeking to advance the president's sweeping agenda without unnerving allies who depend on the U.S. nuclear "umbrella." The Pentagon is also wary of losing options in a world with emerging nuclear threats from North Korea and Iran, officials say.

Until recently, Obama generally has not intervened in the Pentagon-led process, which also involves officials from the State Department, the Energy Department and other agencies. That has raised concerns among arms-control advocates that the final product will be a cautious bureaucratic compromise.

"This NPR will be sort of the bell toll," said Stephen Young of the Union of Concerned Scientists. "It will signal the direction. Will the president try to push that agenda?"

U.S. diplomats hope the final document will establish the Obama administration's credibility before a nuclear security summit in April and a crucial meeting in May on the fraying global nuclear Non-Proliferation Treaty. That treaty is at the heart of Obama's strategy to combat the most urgent threat today: the spread of nuclear weapons to unstable states and to terrorists. The last such session in 2005 ended in failure, with many countries accusing the Bush administration of trying to scotch their nuclear programs while maintaining one of the world's most massive stockpiles.

"The United States can't go around and ask others to give up their nuclear weapons while we maintain a list of official purposes for our nuclear weapons" that necessitates a large arsenal, said Jan Lodal, a senior Defense Department official in the Clinton administration.

The review comes as the U.S. military's precision-guided, conventional weapons have gained such accuracy that they can handle many threats assigned to nuclear weapons in the past.

But U.S. allies are divided about Obama's vision. New governments in Germany and Japan have embraced it, but some nations are more skeptical. "A country like ours, with a very special experience with its own history, we are maybe more cautious than some other countries," said Petr Kolar, the Czech ambassador, referring to past Soviet domination.

Kolar said big policy changes -- like promising not to use nuclear weapons first in a crisis -- could embolden other nuclear-armed powers. "My personal perspective is . . . we shouldn't actually lose the instruments we so far have," he said. "What's the change that would be gained by that?"

Another European ambassador said the nuclear review broke ground in even contemplating such a pledge. But he said it was unlikely while NATO was engaged in a major study of its strategy, due out this fall.

Pentagon officials worry that allies like Japan or Turkey could decide to develop their own nuclear weapons if they believed U.S. protection wasn't assured. Skeptics -- both Democrats and Republicans -- also question whether pledges to limit the U.S. nuclear role would have the impact claimed by proponents , since foes probably wouldn't believe such assertions. "We're better off when we communicate that all options are on the table," said Thomas Mahnken, a senior Defense Department official in the Bush administration. "As a practical matter, they are."

More than two dozen Democrats, led by Sen. Dianne Feinstein (Calif.), chairwoman of the Intelligence Committee, have pressed Obama to adopt language saying the "sole" or "only" purpose of U.S. nuclear weapons is deterrence. It would not prevent the U.S. government from using a weapon first but would de-emphasize that option in planning.

The Bush administration's 2001 Nuclear Posture Review pledged to reduce the Cold War role of nuclear weapons. But it discussed planning to build new types of "bunker-buster" warheads. It also proposed developing the U.S. nuclear stockpile based not on potential enemies' actual threat but their future capability to carry out nuclear, chemical or biological attacks.

As part of his "declaratory policy," Obama will have to consider whether to break with the Bush and Clinton administrations' studied ambiguity about whether the United States would use nuclear weapons to respond to chemical or biological attacks planned by non-nuclear countries.

The president is expected to adopt that change, but with an important caveat, officials said. The new policy would drop that threat only for countries in compliance with the Non-Proliferation Treaty, and thus not working on their own bomb.

The immediate effect of such a policy would be limited, since the potential aggressors that most concern the United States are nuclear powers or accused treaty violators like Iran. But the move could encourage other countries to stick to the rules of that pact, officials said.

"It would be a significant pulling back of the reach of the nuclear sword," said Hans Kristensen of the Federation of American Scientists.

One senior official said the review will "point to dramatic reductions in the stockpile" in coming years.

In particular, the review will push for beefing up America's deteriorating weapons complex and nuclear labs so that the Pentagon can be more certain of its weapons' effectiveness, officials said. That shift will allow the Defense Department to get rid of some of the roughly 2,000 nuclear warheads it keeps as backups, in addition to its nearly 3,000 deployed weapons, officials said. There are also more than 4,000 older, inactive warheads in the queue for dismantlement.

It is not yet clear whether such reductions would be part of a formal treaty with Russia, one official said, speaking on the condition of anonymity.

1749) Brazil and Iran at the UNSC - Matias Spektor

How to Read Brazil's Stance on Iran
Matias Spektor, Visiting Fellow
First Take, Council of Foreign Relations, March 4, 2010

The obstacles to U.S. efforts to tighten UN sanctions against Iran were apparent in Secretary of State Hillary Clinton's March 3 meetings in Brasilia. President Luiz Inacio Lula da Silva said, "It is not prudent to push Iran against the wall," and Foreign Minister Celso Amorim called sanctions potentially "counterproductive."
While Brazil is not a permanent member of the UN Security Council and cannot veto resolutions, as a holder of a temporary seat, it can either facilitate or complicate consensus. Equally important, Brazil will play a role in ensuring that sanctions, if passed, get implemented successfully due to its activism inside the UN, the International Atomic Energy Agency (IAEA), and in various informal groups.
There are three major factors behind Brazil's posture on Iran today. First, in the eyes of Brazilians, sanctions may well be a prelude to intervention. Amorim in the past few days has warned that the last time the Security Council voted on the basis of inconclusive evidence, the world ended up with a major illegitimate intervention in Iraq that undermined the principle of collective security.
Second, Brazil believes sanctions will only toughen the Iranian stance. Pressure and isolation, the argument has it, will create a major incentive for Tehran to seek a deterrent. Brazil is well acquainted with the rationale: in the face of U.S. opposition to its own civilian nuclear program back in the 1970s, Brazil set up secret nuclear activities that eventually succeeded in developing indigenous enrichment capacity. It took Brazil over a decade after that to sign up to the Nulcear Nonproliferation Treaty. As a high-ranking official in Brasilia recently said, "When Brazil looks at Iran it doesn't only see Iran, it sees Brazil too."
Third, Brazil sees debates over Iran's nuclear program as an opportunity to make a broader argument about the nonproliferation regime. In Brazilian eyes, the regime has become a politically driven tool in the hands of the United States to selectively "lay down the law" on weaker states. Why, Brazil argues, the fuss over Iran when Israel remains in a state of nuclear denial? And why does a member of the NPT like Iran get punished for allegedly seeking civilian enrichment technology, when India, which has chosen to remain outside the regime and challenge it overtly, gets a big reward from Washington instead? Furthermore, why expect compliance with Western preferences in the NPT if the major nuclear powers have been unable to honor their part of the deal and move decisively toward disarmament?
But while Brazil may try to blunt the sharper edges of what its officials see as U.S. hegemony, it will not undercut broader U.S. nonproliferation interests. On the contrary, it may well help advance them in consequential ways, such as helping build support in the developing world for a more efficient and legitimate regime.
And Brazil's attitude shouldn't be seen as a bout of anti-Americanism either. As a major beneficiary of collective security as we know it since 1945, Brazil is not a challenger of the American worldview. But as an emerging country with a long history of frailty and dependence, it seeks protection and hedging against great-power use of international norms to impose their will on weaker nations.
What can we expect then? Brazil's attitude is to wait for hard proof of a weapons programs underway in Iran--from a Brazilian perspective, existing evidence is not sufficient. If such fears were to be confirmed, though, there is no doubt that Brazil would move fast to condemn Iran.
Also, and significantly, officials in Brasilia on March 3 signaled their voting behavior in the Security Council is far from preordained. The door is open to negotiation, and it would be a mistake for Washington to dismiss Brazil's support at this stage.

1748) Estatisticas da semana, apenas registrando...

...sem tirar conclusões:
(http://www.sitemeter.com/)

Diplomatizzando

-- Site Summary ---
Visits
Total ....................... 12,147
Average per Day ................ 392
Average Visit Length .......... 2:08
This Week .................... 2,746

Page Views
Total ....................... 18,078
Average per Day ................ 562
Average per Visit .............. 1.4
This Week .................... 3,932


--- Visits this Week ---
Day
Hour 2/26 2/27 2/28 3/1 3/2 3/3 3/4 Total
---- ----- ------ ------ ------ ------ ------ ------ -------
1 15 16 20 16 18 20 10 115
2 12 12 14 8 8 9 16 79
3 10 3 9 14 4 4 1 45
4 2 8 4 8 5 5 4 36
5 1 6 5 2 4 0 0 18
6 2 1 1 3 0 1 3 11
7 4 2 4 0 0 4 3 17
8 2 2 2 3 1 3 2 15
9 12 3 2 4 10 5 6 42
10 13 14 6 23 12 12 20 100
11 20 7 10 23 24 23 17 124
12 27 11 24 27 27 26 39 181
13 22 19 13 23 29 32 19 157
14 23 16 24 16 13 19 15 126
15 16 15 20 17 26 21 26 141
16 23 13 11 28 27 31 37 170
17 31 18 16 37 41 22 28 193
18 21 18 20 15 28 29 31 162
19 29 22 25 33 30 30 26 195
20 25 15 25 28 18 25 32 168
21 16 28 19 17 32 32 28 172
22 17 23 26 25 32 30 28 181
23 22 13 19 32 24 26 23 159
24 17 16 20 17 27 29 13 139
------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ -------
382 301 339 419 440 438 427 2,746


--- Page Views this Week ---
Day
Hour 2/26 2/27 2/28 3/1 3/2 3/3 3/4 Total
---- ----- ------ ------ ------ ------ ------ ------ -------
1 20 24 42 28 27 26 20 187
2 21 21 22 17 9 13 21 124
3 16 6 17 24 11 8 13 95
4 6 10 6 10 11 7 10 60
5 3 12 9 5 5 0 0 34
6 2 1 1 7 0 2 4 17
7 9 2 12 2 0 6 6 37
8 3 2 5 3 1 5 2 21
9 16 3 4 9 12 9 7 60
10 17 21 7 30 16 14 25 130
11 28 7 14 26 29 27 23 154
12 32 30 31 29 38 27 44 231
13 31 28 19 31 38 39 24 210
14 30 21 32 24 22 20 32 181
15 26 19 28 23 34 35 30 195
16 36 23 17 36 34 48 54 248
17 56 19 25 52 66 28 39 285
18 31 45 45 21 38 42 46 268
19 42 38 34 40 40 51 42 287
20 30 22 29 34 26 50 49 240
21 19 33 21 22 47 44 40 226
22 21 26 34 32 40 40 33 226
23 31 18 20 50 33 51 29 232
24 24 18 24 20 41 39 18 184
------ ------ ------ ------ ------ ------ ------ -------
550 449 498 575 618 631 611 3,932

1747) Homens inteligentes traem menos...(e são liberais e ateus...)

Também acho que Darwin concordaria com isto; bem, seria contra um dos seus princípios, que é o de disseminar a espécie dos mais capazes (mas também concordo com Stephen Jay Gould em que a evolução, atualmente, é essencialmente cultural e guiada conscientemente pela espécie humana, talvez alguns nem tão concientes quanto seria desejável...).
Também concordo com isto aqui:
De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes.
No que me concerne, porém, eu não sou ateu; sou apenas irreligioso...
Paulo Roberto de Almeida (5.03.2010)

Recebido pela internet: acredite se quiser...
Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes, segundo um estudo publicado na revista especializada Social Psychology Quarterly.
De acordo com o autor do estudo, o especialista em psicologia evolutiva da London School of Economics, Satoshi Kanazawa, "homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes"

Kanazawa analisou duas grandes pesquisas americanas a National Longitudinal Study of Adolescent Health e a General Social Surveys, que mediam atitudes sociais e QI de milhares de adolescentes e adultos.
Ao cruzar os dados das duas pesquisas, o autor concluiu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade sexual para uma relação demonstraram QI mais alto.

De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes.

Evolução
Kanazawa foi mais longe e disse que outra conclusão do estudo é que o comportamento "fiel" do homem mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie.
Sua teoria é baseada no conceito de que, ao longo da história evolucionária, os homens sempre foram "relativamente polígamos", e que isso está mudando.
Para Kanazawa, assumir uma relação de exclusividade sexual teria se tornado então uma "novidade evolucionária" e pessoas mais inteligentes estariam mais inclinadas a adotar novas práticas em termos evolucionários - ou seja, a se tornar "mais evoluídas".
Para o autor, isso se deve ao fato de pessoas mais inteligentes serem mais "abertas" a novas ideias e questionarem mais os dogmas.
Mas segundo Kanazawa, a exclusividade sexual não significa maior QI entre as mulheres, já que elas sempre foram relativamente monogâmicas e isso não representaria uma evolução.

===========

(Parbleu: a monogamia não é uma evolução?! Onde vamos parar?...)

quinta-feira, 4 de março de 2010

1746) Le Bresil, a 11 euros...


Hoje uma livraria francesa me ofereceu um livro meu, em condições muito facilitadas. Quase me vi tentado a comprar:

Une histoire du Brésil. Pour comprendre le Brésil contemporain
Fiche produit:
Une histoire du Brésil. Pour comprendre le Brésil contempora..
Paulo-Roberto de Almeida

Le Brésil a fêté en 2000 ses cinq premiers siècles d'existence...

* Livraison gratuite
* Sur commande
11,59 euros
(5% remise)

Le Brésil a fêté en 2000 ses cinq premiers siècles d'existence.
Il arrive à une certaine maturité économique : la puissance et la diversification de son industrie et la compétitivité de son agribusiness, en sont des signes manifestes.
La stabilité démocratique a été confirmée par l'éviction d'un président, en 1992, en conformité avec les règles constitutionnelles.
Le pays rencontre néanmoins des problèmes sociaux dont les origines plongent, pour certains, leurs racines dans le passé colonial et esclavagiste.
Ce livre présente l'itinéraire de 500 ans de formation et d'évolution de la société brésilienne.
Le contexte régional ainsi que la politique internationale du Brésil sont aussi mis en évidence dans ce texte fluide et vif, signé par deux des spécialistes connus de l'histoire et de la diplomatie brésiliennes.
Caractéristiques Une histoire du Brésil. Pour comprendre le Brésil contemporain

* ISBN : 2-7475-1453-6
* Collection : Horizons Amériques Latines
* Format : Broché
* Auteur : Paulo-Roberto de Almeida
* Editeur : L'Harmattan
* Etat : Neuf
* Date de parution : 2002-07-22
* Langue : Français

1745) O Estado brasileiro é o principal fora-da-lei...

Isso eu já sabia, tanto que comecei uma série, que parou por falta de tempo, mas que pretendo retomar, como indico ao final.
Quando se fala de Estado, na verdade, se está falando de governo, e de homens no governo, ou que são muito ignorantes (e não dispõem de assessoria adequada), ou agem de má-fé (o que é mais provável), na base do "se colar, colou": ou seja, "vamos fazer o que queremos, e se ninguém chiar ou protestar, a coisa passa..."
Por essa e ourtas o STF está abarrotado de casos contra o governo, ou contra o Estado, como preferirem.
Vejamos esta matéria da revista Exame:

DE CADA 100 LEIS, 41 SÃO INCONSTITUCIONAIS
Márcio Chaer
Revista Exame, 22/10/2004

Estudo mostra que, de cada 100 leis que chegam ao Supremo, 41 são inconstitucionais

(Extrato da matéria)
EXAME Desrespeitar a Constituição Federal virou moda no Brasil. Prefeitos, deputados, governadores, o Congresso e até o presidente da República -- todos têm seu quinhão de culpa nesse terreno. Eis as conclusões de um levantamento feito por EXAME para avaliar o índice de inconstitucionalidade das leis brasileiras. São números de assombrar. De cada 100 leis analisadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nada menos que 41 são consideradas inconstitucionais. Na Alemanha, apenas três entre 100 leis analisadas pela Corte Constitucional desrespeitam a Constituição.

Por que tantas leis inconstitucionais são criadas? Parte da explicação está na má-fé de alguns governantes. Ives Gandra Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, lembra que o governo edita leis mesmo quando sabe que elas são inconstitucionais -- hábito recorrente no campo tributário. Como apenas uma pequena parte das pessoas procura a Justiça e as demais continuam arrecadando, o governo ganha. "Até que o Supremo julgue a Ação de Inconstitucionalidade que beneficie a todos, o governo já terminou", diz. "O esqueleto fica para a gestão seguinte."

Outra explicação para um volume tão elevado de leis inconstitucionais é a ignorância em relação ao que pode ser feito sem ferir a norma jurídica. "Há uma enorme incompetência de quem tem o dever de conhecer a Constituição", diz o secretário-geral da ONG Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo. "Não há atenuantes para a enorme freqüência com que os erros acontecem." O maior de todos os problemas, no entanto, é ela, a própria Constituição Federal. Com 250 artigos que regulam quase todos os aspectos da vida nacional, a Carta brasileira é enorme segundo qualquer parâmetro. Cumpri-la à risca é um desafio e tanto, mesmo para governantes honestos, bem-intencionados e competentes. Além de detalhista, analítico e prolixo, o texto contém artigos que se confrontam com outros, de tal sorte que obedecer a um deles implica necessariamente afrontar o outro. Para complicar, a Constituição está sempre mudando. Desde 1988, já foram aprovadas 44 reformas na Carta -- média de uma mudança a cada quatro meses. "Com uma Constituição dessas, são muito grandes as chances de existir conflitos", diz Gandra Martins Filho. "Se ela se limitasse a definir princípios gerais, como a Carta americana, efetivamente haveria maior liberdade de ação do legislador", afirma.

Um Brasil inconstitucional
De cada 100 leis analisadas pelo Supremo Tribunal Federal, 41 ferem a Constituição. Foram considerados inconstitucionais pela Justiça:
82% das leis municipais criadas no estado de São Paulo
77% das leis municipais criadas no estado de Minas Gerais
56% dos atos dos Tribunais em todo o país
51% das leis feitas pelos estados brasileiros
19% das leis saídas do Congresso e da Presidência

Fonte: Consultor Jurídico

==========

Falando em meus trabalhos sobre a questão, eles estão incompletos, mas pretendo retomar:

1829. “Autobiografia de um fora-da-lei: uma história do Estado brasileiro”, Brasília, 27 outubro 2007, 4 p. Esquema do ensaio histórico-político sobre o Estado brasileiro, narrado na primeira pessoa, em 58 capítulos. A ser desenvolvido gradualmente, de preferência um capítulo por semana, para Via Política.

1826. “Autobiografia de um fora-da-lei, 1: uma história do Estado brasileiro”, Brasília, 19 outubro 2007, 3 p. Revisão: 27.10.07. Introdução, sob forma de “prefácio”, a um ensaio histórico-político, que pode tornar-se um livro verdadeiro, sobre o Estado brasileiro, narrado na primeira pessoa. Via Política (29.10.2007). Espaço Acadêmico (ano 7, nr. 78; novembro 2007).

1831. “Autobiografia de um fora-da-lei, 2 (uma história do Estado brasileiro); Uma questão de método: como o Estado pode escrever sua própria biografia?”, Brasília, 27 outubro 2007, 4 p. Segundo capítulo do ensaio histórico-político sobre o Estado brasileiro, sobre a natureza do discurso e a identidade de quem escreve. Via Política (4.11.2007).

À suivre (cobrem-me...)

quarta-feira, 3 de março de 2010

1744) Terrorismo islamico: onde estao os lideres religiosos???

Eu me pergunto o que os líderes religiosos teriam a dizer de pessoas ou movimentos que, após atacar inocentes ou funcionários públicos e militares em diferentes locais, ainda concebem a ideia viciosa de acabar de matar os feridos e o pessoal dos serviços médicos no próprio hospital de atendimento de feridos.
Eu nunca leio, ouço, constato líderes religiosos condenando, em nome do Islã, esse tipo de ataque particularmente covarde...

Bombings kill 30 in Iraq
3.03.2010

Top story: A triple suicide bombing hit the Iraqi city of Baquba today, killing at least 30 people and raising tensions ahead of this weekend's elections. Two bombings hit government buildings this morning, then a third bomber rode in a ambulance to the city hospital where he blew himself up as wounded began to arrive, causing most of the casualties. No group has claimed responsibility but it is reminiscent of attacks by al Qaeda in Iraq.

1743) Soviet penetration of Brazil (é o caso de se dizer...)

Na verdade, se trata do trabalho de inteligência dos serviços de espionagem soviéticos envolvendo o Brasil, tal como pode ser lido neste livro, que revela apenas uma parte, pequena provavelmente, desse mundo obscuro.
Limito-me a transcrever a informação pertinene ao Brasil contida no livro, sem comentários no momento.

ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI:
The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World
New York: Basic Books, 2005.

Brazil: 89, 96, 104-107; 477
Brasilia KGB Residence: 105-106

p. 96: (1976):
“Among the DGI operations in Angola carried out to assist the KGB was a penetration of the Brazilian Embassy to obtain intelligence on its cipher system. A technical specialist from the Sixteenth (SIGINT, intelligence derived from interception and analysis of signals) Directorate flew out from Moscow with equipment which enabled a DGI agent to photograph the wiring of the embassy’s Swiss-made TS-803 cipher machine.”(33)
(Note 33, p. 519: “k-22, 150. The DGI carried out a similar operation , at the request of the KGB, aginast the Venezuelan Embassy in Havana.”)
[k stands for “k series: handwritten notebooks containing notes on individual KGB files”, p. 595, on Bibliography, 1. Mitrokhin Archive]

p. 105:
“For most of its existence, the military regime which held power from 1964 to 1985 made Brazil a relatively hostile environment for KGB operations. There was little prospect during the 1970s either of acquiring confidential contacts within government, as in Argentina and Peru, or of finding contacts with direct access to the President, as in Mexico. The KGB’s best intelligence on Brazil probably came from its increasing ability to intercept Brazil’s diplomatic traffic. By 1979 the radio-intercept post (codenamed KLEN) in the Brasilia residency was able to intercept 19,000 coded cables sent and received by the Foreign Ministry as well as approximately 2,000 other classified official communications”(67)
(Note 67, p. 520: “k-22, 128. “Since Mitrokhin had no access to the KGB Sixteenth (SIGINT) Directorate, he was unable to note the contents of any decrypts.”)

“SIGINT enabled the Center to monitor some of the activities of probably its most important Brazilian agent, codenamed IZOT, who was recruited while serving as Brazilian ambassador in the Soviet bloc.(68)
(Note 68, p. 521: “IZOT is the highest-ranking Brazilian agent identified in the files noted by Mitrokhin. He provided recruitment leads on three fellow diplomats, including the ambassador of a NATO country in Prague. IZOT had himself been talent-spotted for the KGB by another Brazilian ambassador, an agent codenamed ALEKS; k-22, 235-7”)

“As well as providing intelligence and recruitment leads to three other diplomats, IZOT also on occasion included in his reports information (probably disinformation) provided by the KGB. Assessed by the KGB as ‘adhering to na Anti-American line and liberal views concerning the development of a bourgeois society’, IZOT was a paid agent. His remuneration, however, took a variety of forms, including in 1976 a silver service valued by the Centre at 513 rubles. The Centre has increasing doubts about IZOT’s reliability. On one occasion it believed that he was guilty of ‘outright deception’, claiming to have passed on information provided by the KGB to his Fioreign Ministry when his decrypted cables showed that he had not done so.” (69)”
(Note 69, p. 521: “k-22, 235-7; k-8, 551.)
(...)

p. 106:
“Despite hard-line opposition, Figueiredo issued an amnesty for most of Brazil’s remaining political exiles, including Prestes and other leading Communists.”(72)
(Note 72, p. 521: "In May 1980 Prestes was succeded as a leader of the Brazilian Communist Party by Giocondo Dias. In December Dias sent his thanks to Moscow, via the Brasilia residency, for allowing him, likek his predecessor, to nominate Party members for free visits to Soviet sanatoria and holiday homes; k-26, 339”)

p. 106:
“In the spring of 1980 a Soviet parliamentary delegation headed by Edwrd Shevardnadze, then a candidate (non-voting) member of the Politburo, visited Brasilia. Unknown to their hosts, the plane (Special Flight L-62) carried new radio interception equipment to improve the performance of the residency’s SIGINT station, and took the old equipment with it when it left. (...) (74)
(Note 74, p. 521: “k-22, 1, 3”)

[End of transcriptions related to Brazil]

ANDREW, CHRISTOPHER & MITROKHIN, VASILI. The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World (New York: Basic Books, 2005).

See also, by the same authors: The Sword and the Shield: The Mitrokhin Archive and the Secret History of the KGB.

1742) Works by P.R. Almeida, in English, French and Spanish

A selection of works in English, in French, and Spanish
by Paulo Roberto de Almeida
Up to date: March 3rd, 2010

2060. “Brasil y su Política Exterior: una intervista periodistica”
Brasilia, 12 novembro 2009, 2 p. Respostas a questões da jornalista Carolina Pezoa Ascuí, La Nación, Chile - Sección Internacional. Postado no blog Diplomatizzando (03.03.2010).

2043. “Entretien sur le président Lula”
Brasília, 9 setembro 2009, 8 p. Respostas a questionário da revista de negócios francesa Décideurs. Versão completa colocada no Blog Textos PRA (17.09.2009; link: http://textospra.blogspot.com/2009/09/518-entrevista-revistda-francesa-sobre.html). Versão resumida publicada na revista Décideurs, reproduzida no Blog Diplomatizzando(17.09.2009). Entrevista publicada sob o título “Lula: orateur par excellence”, Décideurs: Stratégie Finance Droit (Paris: n. 109, octobre 2009, p. 13; ISSN: 1764-6774). Relação de Publicados n. 930.

2028. “The question of Ossetia and Russian intervention: a personal Brazilian view”
Brasília, July 23, 2009, 8 p. Answers to questions submitted by Yulia Netesova, European Bureau Chief of the Russian Journal. Divulgado no blog Diplomatizzando (22.11.2009).

2023. “Non-Intervention: a political concept, in a legal wrap: a historical and juridical appraisal of the Brazilian doctrine and practice”
Brasília, 8 Julho 2009, 17 p. (7.090 palavras). Ensaio sobre o conceito em causa, para informar escritório britânico de advocacia. Blog Textos PRA (03.03.2010).

2020. “Le Brésil à deux moments de la globalisation capitaliste et à un siècle de distance (1909-2009)”
Brasília, 30 junho 2009, 25 p. Trabalho apresentado para o International Symposium “Inequalities in the World System: Political Science, Philosophy, Law”; São Paulo, 3-6 de setembro de 2009; Cebrap. Blog Textos PRA (03.03.2010).

2008. “Financial Architecture of the Post-Crisis World: Efficiency of Solutions”
Brasília, 22 maio 2009, 7 p. Answers to questions presented by researcher from the Post-Crisis World Institute Foundation, Moscou (Michael Mizhinski). Blog Diplomatizzando (03.03.2010).

1999. “The share of the United States and Brazil in the modern civilization: A centennial homage to Joaquim Nabuco’s commencement speech of 1909”
Urbana, 23 abril 2009, 15 p. Paper presented at the Symposium: Nabuco and Madison: A Centennial Celebration (Madison, WI: University of Wisconsin, April 24-25, 2009); Available at link.

1996. “Brazil’s role in South America and in the global arena”
Urbana, Illinois, 13 abril 2009, 7 p. Answers to questions presented by a M.A. Candidate 2010 of the Latin American & Hemispheric Studies Elliott School of International Affairs - George Washington University. Blog Diplomatizzando (13.04.2009).

1983. “Mercosur-European Union Cooperation: A case study on the effects of EU activities and cooperation with Mercosur on regional democracy building”
Brasília, 2 fevereiro 2009, 26 p. Paper prepared for a Project of International IDEA to map out and analyze the perceptions on the European Union as an actor in democracy building, as seen from the EU's partner regions. Blog Textos PRA (03.03.2010).

1950. “Les Brics et l’économie brésilienne : Interview pour la Chaire des Amériques – Université Paris I”
Brasília, 11 novembro 2008, 6 p. Respostas a questionário colocado por Vincent Paes, assistente da Chaire Amériques-Université de Paris I, para divulgação online. Divulgado em 25.11.2008, nos seguintes links: (a) Brics; (b) Brésil.

1942. “La puissance américaine vue d'Amérique Latine”
Brasília, 21 outubro 2008, 2 p. Interview à Radio France Culture, journaliste Thierry Garcin (Paris: émission le 29.10.2008, à 7h15, 10 minutes).

1902. “Brazil in the world context, at the first decade of the 21th century: regional leadership and strategies for its integration into the world economy”
Rio de Janeiro, 26 junho 2008, 22 p. Essay for the volume edited by Joám Evans Pim (president IGESIP, Corunha; www.igesip.org; Editor Strategic Evaluation), on Brazilian Defense Policy: Current Trends and Regional Implications. In: Joam Evans (org.), Brazilian Defence Policies: Current Trends and Regional Implications (London: Dunkling Books, 2009, 251 p.; ISBN: 978-0-9563478-0-0; link to book), p. 11-26. Relação de Publicados n. 935.

1900. “Brazil: Mileposts to Responsible Stakeholdership”
Brasília-Tóquio, 24 junho 2008, 53 p. Joint text, written with Miguel Diaz, for the project “Mileposts to Responsible Stakeholdership” of the Stanley Foundation; presented by Miguel Diaz in a Washington meeting (July 8, 2008) and published at the website of the Project “Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World” (November 3rd, 2008), under the title: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, by Miguel Diaz and Paulo Roberto Almeida, with a reaction by Georges D. Landau (Muscatine, IA: The Stanley Foundation, Working Paper, November 2008, 24 p.; link). Published in book form as: “Brazil's Candidacy for Major Power Status”, with Miguel Diaz. In: Michael Schiffer and David Shorr (Eds.). Powers and Principles: International Leadership in a Shrinking World (Lanham, MD: Lexington Books, 2009, 328p.; Co-published with: The Stanley Foundation; ISBN Cloth: 978-0-7391-3543-3; $85.00; ISBN Paper: 978-0-7391-3544-0; $32.95; p. 225-250). Link. Relação de Publicados n. 897.

1890. “Brazil and the G8 Heiligendamm Process”
Brasília-Rio de Janeiro, 18 maio 2008, 31 p. Paper preparado em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do CEBRI para publicação do Centre for International Governance Innovation - CIGI, do Canadá. Publicado in Andrew F. Cooper and Agata Antkiewicz, Emerging Powers in Global Governance: Lessons from the Heiligendamm Process. Waterloo, Canada: Wilfrid Laurier University Press, Studies in International Governance Series, October 2008, p. 137-161; ISBN: 978-1-55458–057-6. © 2008 The Centre for International Governance Innovation (CIGI) and Wilfrid Laurier University Press; Available).

1871. “Convergence and divergence in historical perspective: Regions and countries and their differing paths and rhythms towards sustainable integration into the world economy”
Brasília, 15 março 2008, 15 p. Opening Lecture at the 8th World Congress of RSAI: Regional Science Association International. Feita na FEA-USP (São Paulo, 17 março 2008). Preparado PowerPoint com imagens.

1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 (plus) status”
Brasília, 9 março 2008, 29 p. Versão em inglês, ampliada, em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do Cebri. Draft paper prepared for the project Dialogue on Global Governance with the “Outreach” countries - Konrad Adenauer Stiftung, para apresentação em seminário no Cebri, Rio de Janeiro, em 4 de abril. Publicado, como “Brazil”, no volume: Growth and Responsibility: The positioning of emerging powers in the global governance system (Berlin: Konrad Adenauer Stiftung, 2009, 126 p.; ISBN: 978-3-940955-45-6; p. 11-30; link). Trabalhos publicados n. 887.

1859. “Questionnaire on the G8 Summit Reform Process”
Brasília, 12 fevereiro 2008, 3 p. Answers and comments to a questionnaire on the Heiligendam Process (expansion of G-8 countries to the outreach 5) and global governance reform, presented by Prof. Colin I. Bradford, Jr. (Brookings Institution, Washington, and Centre for International Governance Innovation (CIGI), Waterloo, Canada).

1856. “Brazil and Global Governance”
Brasília, 30 janeiro 2008, 17 p. Colaboração a trabalho a ser apresentado pelo CEBRI para centro de estudos do Canadá (Centre for International Governance Innovation - CIGI).

1811. “The Foreign Policy of Brazil under Lula: Regional and global diplomatic strategies”
Brasília, 30 setembro 2007, 25 p. Published as “Lula’s Foreign Policy: Regional and Global Strategies”, chap. 9, In Werner Baer and Joseph Love (eds.), Brazil under Lula (New York: Palgrave-Macmillan, 2009, 326 p.; ISBN: 970-0-230-60816-0; p. 167-183; link). Publicados n. 811.

1748. “Brazil as a regional player and as an emerging global power: Foreign policy strategies and the impact on the new international order”
Versão reduzida em inglês para publicação pela FES-SWP, dia 7.07.07; publicado sob a forma de Briefing Paper, series Dialogue on Globalization (Berlin: Friedrich Ebert Stiftung, July 2007; link). Publicados n. 780bis.

(not complete...)

1741) Financial Architecture of the Post-Crisis World: PRAlmeida

Financial Architecture of the Post-Crisis World: Efficiency of Solutions
Paulo Roberto de Almeida

Post-Crisis World Institute Foundation
(http://eng.postcrisisworld.org/)
Research Director - Tatyana Overina
Coordinator - Michael Mizhinski

QUESTIONS TO EXPERT

Personal Information:
Full Name
Paulo Roberto de Almeida
Country
Brazil
Organization
Ministry of Foreign Affairs and University Center of Brasilia (UniCeub)
Position
Diplomat and Professor


1. How would you assess the results of the G-20 Summit that took place in London on April 1-2?
1.1. Were there any decisions made at G-20 Summit that can get the world economy out of crisis? Please specify if any.

The Global Plan for Recovery and Reform, signed by the G20 (financial) leaders in London, April 2nd, 2009, offers no recovery, and no reform at all. It’s just a political piece of rhetoric and wishful thinking.
The only and sole measure with practical effects was the raise in IMF’s resources to tackle emergency financial needs from some countries, which is, in fact, a post-crisis remedy, not a recovery structured plan. So much for the photo op.

1.2. What decisions taken at G-20 Summit can serve the interests of the new developing economies?

The most needed decision was not taken: resume multilateral trade negotiations and finish the Doha Round with real market access, and effective trade liberalization. Instead, we just had a vague promise of not increasing the already growing protectionism.
IMF extended resources do not serve developing countries interests: it’s just a support for moral hazard.

1.3. Would the decisions taken at G-20 Summit make the world financial system more transparent?

Not exactly: the promise to work on financial re-regulation has to be achieved through technical discussion at the appropriate forum or level: Financial Stability Forum and proper work by BIS committees.
Transparency is surely needed, but most probable is the creation of new bureaucratic regulations that will constrain the financial industry, diminishing opportunities for ‘good speculation’, so reducing prospects for growth and investment.

1.4 Would the decisions taken at G-20 Summit give the financial system a common clear set of rules?

No yet. Perhaps, this would come as a result from work in the appropriate fora, as stated above, but it’s unlikely that multilateral financial rules should emerge from that. Most probably, there will be only recommendations at international level, and implementation at national level by willing countries. In short, there will be no real progress on that chapter.

1.5. Are there any other results of the London Summit you would like to comment on?

The communiqué, in itself, is what the French would call a “voeux pieux”, that is, an ineffective wishful thinking. The tangible reality is the process of de-concentration of the world economy, with a consequent redistribution of power from the center towards emerging economies, but that is a reality that was already gaining ground without any crisis in perspective. Perhaps, the crisis will accelerate the trend, moving more financial muscles in the direction of the new actors. Already, among the top ten banks, are four big Chinese banks, which is new in the scenario.


2. How effective are the existing world institutions?
2.1. Today the world institutions evaluate various approaches in order to get the economy out of crisis. How would you assess the effectiveness of international institutions and discussion platforms where it concerns developing new approaches and ideas that may help to overcome the crisis and form a new world financial architecture (on the scale from 1 to 5):
UN 1
Davos Forum 2
G8 3
G20 3
EU 2
Other: OECD 2

2.2 How would you assess the possible contributions to overcoming the crisis and designing the future world system by some of the following institutions (on the scale from 1 to 5):

IMF 3
World Bank 2
Financial Stability Forum (FSF) 4
Bank for International Settlements (BIS) 4
Organization for Economic Co-operation and Development (OECD) 4
Other: Independent economic thin tanks in US and Europe 2

2.3. Can the IMF effectively dispose of the resources made available by G-20 (around USD 750 billions)?

Yes, she can, but that is a unwanted contribution to moral hazard. Even if she can’t, the central question is not availability of resources, but correction of unbalances and disequilibria, which should be assessed and tackled on market basis.

3. Please describe the current decision-making mechanism in the world financial system?
3.1. What [sic] countries have real means to promote their initiatives to change the global financial system?

Of course, the biggest economies, but the question, nowadays, is that small economies – let us say, like Belgium or Netherlands – have disproportionate decision making powers in IMF and World bank, and larger economies, emerging countries, have little. It is of course difficult to devise a new, more balanced approach to this matter, as world economy is a very dynamic system, with rapid changes in a five years time.


3.2. Please make a rating of three countries that have come up with interesting financial solutions? Are there any post Soviet countries that offer such solutions?

More flexible systems are desirable, and even if the USA has caused all this mess, I think that the American and British financial systems are most adapted to a modern economy. Crises are inevitable, and banks should be allowed to go bankrupt sometimes, to clear the mess and prepare the way for new entrants, more dynamic and innovative.
I don’t know enough about post Soviet countries to express an opinion on that.


3.3. Do you think that it is possible to come to breakthrough decisions in the world economy within G-20 format or such decisions will be developed and taken in some other formats?

Not really. Of course, G20 countries made up 80 per cent, or more, of the world economy, but it is unlikely that event those 20 countries could agree on a common platform to reform the current state of affairs, as this endeavor involves redistribution of power, and none of the leading countries would agree to their own rabaissement. Most probable, facts themselves should force the changes upon them.


3.4. Is there any need (by analogy with Breton-Wood where 45 countries have participated) to convene a new multi-state international conference that will have the authority to make key decisions?

No. Big conferences like Bretton Woods are only possible in moments of real and grave crises, with total disruption of existing mechanisms, like the depression of the 1930s and the WWII. There are no such events today, as the system continues to perform almost ‘normally’, with only a bigger crisis than the ‘usual’ crises of the system.


3.5. Please suggest some formats for designing a new financial architecture?

An ‘architecture’ is only possible if all players live and work under the same rules and patterns of financial activity, which is unlikely today. Multilateral financial institutions should only propose common standards for voluntary and gradual adherence by participants, like freedom for capital flows, absence of aggressive devaluations, fiscal responsibility and sound monetary policies. That will only be possible with growing integration of national economies. So the most reasonable recommendation should be an active promotion of globalization, in every sector of the world economy, but that is of course impossible, due to the huge unbalances and differing income levels among countries.
So, again, most developed partner should contribute to the elevation of standards of life of poor countries, not through development assistance as usual, but by trade liberalization, technical cooperation for educational investments, and some sanitation and health improvements in those countries. Of course, good governance is needed, and dictatorships and corrupt governments should be isolated and punished.


4. How do you see the world financial architecture of the future?
4.1. Is there a chance for the rise of the new financial centers in the world? What would be their scale? What are their regional, country and other niche specifics?

Of course, new financial center will emerge, of all kinds and geographical scopes. Some would be huge, as for instance in Sao Paulo, Brazil, in the future, some others will remain small in scope and trade, as in most African countries, but with the integration of the world economy, new centers will emerge to serve new peripheries, as the lore about the concentration in only a few markets is not tenable and realistic.


4.2. In your opinion, can the Russian Federation become one of those new financial centers? What is the potential for the Ruble’s international influence?

Perhaps, but it depends on the development of capitalism in Russia, as Lenin would say sometime ago. Nowadays, there is only a restricted and corrupted form of capitalism, with a strong, dirigiste, State, tending to autocratic or cesaristic leadership, which is of course a return to very old times. Russia has still to develop real capitalism and a proper functioning democratic system, not a façade of them. Ruble depends on a sound financial system, which is still wanting.

4.3. What other post soviet countries along with the Russian Federation can aspire to the financial center of the future status?

I’m not able to respond this question.


4.4. Please make a rating of three developing non-BRIC (Brazil, Russia, India, and China) countries that will have a bigger role in the world financial system. Are there any post soviet countries among them?

Perhaps Ukraine, but that will depend on its further integration into Europe and the world economy. Most probable Mexico, if it reforms itself, South Africa, and Indonesia, again with huge reforms in its financial and monetary policies. Among small countries, with limited impact on world economy, some of them already developed, I would count on Chile, Singapore, Taiwan and Abu Dabhi. South Korea is already a developed country.


5. Will there be any cardinal changes in the world currency system?
5.1. What are the perspectives of USD as the world reserve currency?

USD should continue to have an important role in the foreseeable future, but will have to share some role whit euro, yuan (already pound and yen), and perhaps the real, from Brazil. But that will take decades to unfold, more than fifty years…


5.2. What do you think would be the consequences of Yuan currency expansion in the world trade as China makes a move towards it?

Yuan will surely grow in strength and value itself vis-à-vis the USD, euro and other currencies. It will probably gain more value than the ruble, the rupie and the real, many times more. That is inevitable. With more power come more responsibilities: it should be made convertible, and China will be a lender to other countries, which it is already in a moderate way.


5.3. Kazakhstan, China, Russia and South Korea have called for the establishment of the new world currency. What do you think about such an idea?

Not easy, or simpler said than done. A new world currency has to respond to the traditional roles of a national currency – measure of value, exchange and reserve functions – and enjoy trust and credibility. That is not easy for any national currency to perform, it depends on the success of a responsible economy, and none of current players are capable of that nowadays, not even the US (well, we act on the basis of the USD more for custom and inexistence of an alternative, than for the fact that US policies are responsible, which they are not).
A world currency – let us say, a SDR reformed – depends on the credibility of its issuer. The IMF has no real power to enforce a real currency, so the bigger countries should act with converging policies and objectives, which is very difficult to attain. Even the current financial G20 is not appropriate: it has to many countries, and some of them are not really monetary responsible. Perhaps a new G10 or G12 (at maximum) should embark on the future issuance of a new liquidity, but the precondition of this is total financial liberalization among them, convergent macroeconomic policies, and total trade liberalization (short of people free flows) among them and towards third countries. That is really difficult to attain, but it should a desirable outcome of a new financial architecture.


5.4. You forecast which course of development the world currency system will embark on:
• USD dominance;
• Emergence of regional currencies on the base of euro, Yuan and others;
• Emergence of a new type world reserve currency;
• Other scenarios (which ones)

A diminishing USD dominance (in the long run), a growing role for alternate reserve currencies (and Yuan is not yet of the club, but should embark in this adventure), a reformed SDR but with very limited functions (in redressing imbalances, for instance) and, of course, greater financial globalization, with free flow of capitals, and absence of restrictions in current transactions. As regards total freedom for capital flows, this will depend on the correction of the huge disparities in the world economy, and that will take some decades, if not more than a century to be achieved. Gradually, bigger economies should move towards greater macroeconomic convergence, but this, also, will take long to be attained (perhaps a half a century more).


6. Do you think that there is a need for renewal of the elites in the light of the world crisis?

Surely, current leaders are very mediocre, to say the least, with some notable exceptions.

Will there be any new names with the serious potential to become the world elite? Please name some candidates in the field of:
6.1. Economics

Some innovative economists, but I cannot name a single one, not the old Keynesians for sure. Perhaps some new ‘Austrian’ economists, who should combine humanities and philosophy with theoretical economics.


6.2. Politics (Prime-Ministers and Ministers level)

I cannot think about one single distinguished politician, who should combine a brilliant mind and a good technical preparation: perhaps Mr Obama grows in the role, but he has to learn a lot yet. As for the Europeans, we are in a real short supply. The Chinese are a special bunch of apparatchik technocrats, disposing of the Communist monopoly of power, and they cannot count as examples, even some are very capable on technical grounds. But China is a world in itself, and cannot offer any viable solution for the lack of leadership at world level nowadays. Some small countries could have very capable people, but they have no clout to play a bigger role on world stage. In Latin America, for instance, perhaps Chile could offer some positive examples on how running a country in a responsible manner, but for the rest of Latin America the scenario is very poor in capabilities and human resources, at least at political level. In fact, this continent is reversing course, going towards populist leaders who are destroying the possibility of having modern economies in the region: think about Bolivarian leaders, who area dismantling a market system in their own countries…

6.3. Other

Scientists, working on health and environmental issues, with political sensibilities, could offer new possibilities, but it is difficult to name some.
(...)

1740) Politica Exterior de Brasil: respuestas a periodista de La Nacion (Chile

Brasil y su Política Exterior: una entrevista periodística
Paulo Roberto de Almeida

1) No son pocos los países que le exigen a Brasil que tome, de una vez por todas, el liderazgo que le corresponde en Latinoamérica. ¿Es el mejor tiempo para hacerlo, teniendo en cuenta que se acercan las elecciones y Lula debe dejar el poder?
PRA: Uno no se presenta como líder con base en su propia voluntad. Hay que ser reconocido como líder por los demás países sobre la base de ciertos elementos objectivos y otro conjunto de percepciones externas. La primera condición es tener suficiente peso económico, ser abierto comercialmente para atraer otros países a sus mercados, prestar ayuda y cooperación unilateralmente, sin que sea necesario a otros pedir que se lo haga, y también asumir ciertos encargos multilaterales o regionales (incluso en materia de seguridad). O sea, hay que tener dos cosas muy sencillas: plata y soldados. Brasil tiene muy poco de los dos.
Pero las percepciones son muy importantes, en varios sentidos. Es necesario que los otros lo perciban como líder para que un país sea así reconocido. En la región, Argentina dificilmente acceptaría a Brasil como líder, igual que Colombia o Venezuela, o sea, los mas grandes, pero sobretodo Argentina (que ha sido por gran parte del siglo 20 mucho mas desarrollada que Brasil). Un líder también tiene que ser neutral, objectivo frente a los problemas de los otros países: Brasil actual ha tenido una política externa muy marcadamente partidaria, hecha de simpatias por los gobiernos progresistas o izquierdistas, con base a su partido (PT) de carácter socialista y antiimperialista. La actitud dura con respecto al gobierno de Colombia y el interino de Honduras es un ejemplo, frente a la actitud complaciente con respecto a Chávez, que representa una seria menaza a la democracia y a la estabilidad en la región.
Por ultimo, el Itamaraty, o sea, el cuerpo profesional de diplomáticos, no ha jamás proclamado una actitud de liderazgo, pues tiene consciencia que nuestros vecinos hispanos lo aceptarían. La voluntad de ser líder emana no mas que del presidente y de su partido y consejeros, no de los diplomáticos.

2) ¿Por qué el Presidente Lula habría decidido involucrarse en el conflicto de Medio Oriente y qué ha llevado a Israel a pedir su participación, independientemente de que el Mandatario iraní viaje próximamente a Brasil? ¿Se trata de mero formalismo o en verdad Lula tiene algo que podría ayudar a calmar la situación, aún cuando líderes internacionales con más renombre y poder no han podido?
PRA: No creo, personalmente, que Brasil tenga atributos capaces de influenciar decisivamente la resolución de los conflictos en Oriente Medio, basicamente la cuestión palestina, y la del Irán. Falta conocimiento preciso de las condiciones locales -- que se adquiere con extensa presencia diplomática, think tanks, centros universitarios dedicados a la región, etc., que Brasil no tiene -- y faltan los elementos "brutos" del poder: recursos financieros, presencia militar, capacidad real de influencia o presión. Brasil tiene al máximo la retórica del entendimiento, su ejemplo de sociedad integrada con base en muchos pueblos diferentes, sin conflictos internos de naturaleza étnica o religiosa. Todo esto puede ser motivo de orgullo nacional, pero no resuelve los problemas concretos del Medio Oriente. Así, su tentativa representa esta voluntad protagónica del presidente de se presentar como un gran líder mundial, de una manera mas bien voluntarista.

3) ¿Qué continuidad hay en la política exterior del Presidente Lula con los anteriores gobiernos brasileño?
La continuidad esta en el multilateralismo, la integración regional, el énfasis en el Mercosur, y varias otras tradiciones de nuestra diplomacia profesional. Las rupturas están en el excesivo tercer-mundismo, la partidarización de la política externa.
También es continuidad afirmar la voluntad de integrar el Consejo de Seguridad de las NU, pero ahora con verdadero ardor militante en esta causa. La conformación de un espacio económico integrado en America del Sur representa una otra continuidad, pero antes esto era visto como medio para alcanzar otros objetivos relevantes -- como el desarrollo material y la influencia regional e internacional -- ahora quizás sea un objectivo en si mismo.

Brasilia, 12.11.2009

1739) Jose Mindlin: minha homenagem

Conheci o Dr. José Mindlin em Washington, quando eu era ministro-conselheiro na Embaixada e ele foi fazer uma palestra na Library of Congress.
Eu já conhecia, então o livro dele, Entre Livros, e presenteei-o com o meu livro, editado em Paris, Vivendo com Livros, uma coletânea de escritos meus falando de livros e contendo diversas resenhas minhas.
Eu estava naquele momento engajado na tarefa de identificar, catalogar e se possível copiar os arquivos americanos sobre o Brasil: o Itamaraty nunca se manifestou, sequer respondeu aos meus telegramas pedindo alguma verba para pesquisas em arquivos dos EUA, sobretudo National Archives.
Foi Mindlin quem me concedeu, um subsídio de 20 mil dólares, atraves da Fundação Vitae, com o qual pude mobilizar algum auxilio, comprar um pequeno computador, e preparar o "Guia dos Arquivos Americanos sobre o Brasil".
Esse Guia aguarda até hoje edição pela Funag-MRE.

Mindlin era simplesmente cativante, de muito bom humor, como todos já disseram.
Sem duvida um grande homem.
Um amigo dos livros, e isso diz tudo.

terça-feira, 2 de março de 2010

1738) Ditaduras passam, mas o sofrimento de quem perde um ente querido é eterno

El costo del asesinato de Zapata Tamayo
por Carlos Alberto Montaner
1 de marzo de 2010

Carlos Alberto Montaner es periodista cubano residenciado en Madrid.

“Hoy, 25 de febrero, lo enterramos''. Lo gritaba Reyna, la madre desesperada. La cadena SER de Cataluña la entrevistaba. Era como una fiera herida. “Fue un asesinato premeditado'', gemía y denunciaba. Ella era una mujer negra y humilde, como su hijo, un simple albañil que quería ser libre. Reyna quiso llevar a su hijo en brazos hasta el cementerio, acompañada por unos cuantos amigos consternados, todos demócratas de la oposición. No pudo. La policía política lo impidió. Siempre la policía política intimidando, castigando, escarmentando a la sociedad para que obedezca en silencio. Son los perros que cuidan al rebaño.

¡Pobres madres! Hace unas semanas había muerto en Cuba otra como ella, pero más vieja y blanca, Gloria Amaya. Tuvo tres hijos presos. A uno de ellos, Ariel Sigler Amaya, lo están matando por rebelde, como le sucedió a Orlando Zapata Tamayo. Entró en la cárcel pesando 90 kilos. Hoy pesa 50 y está en una silla de ruedas. Me dice su hermano que le queda poco. A doña Gloria, que era una ancianita frágil y diminuta, la policía política le rompió dos costillas de una patada en el pecho. Había protestado porque maltrataban a su hijo, preso político, y casi la matan a ella. Desde el suelo, retorcida de dolor, siguió pidiendo por su hijo. Y dice Raúl Castro que en Cuba no se tortura. ¡Mentiroso!

La muerte de Zapata Tamayo tiene tres consecuencias internas graves para la dictadura de los hermanos Castro. Para los demócratas de la oposición, dentro del país, ese sacrificio refuerza el compromiso de lucha. Tal vez es un rasgo de nuestra cultura: la lealtad a los que dieron la vida no se traiciona nunca. Pero la sangre de Orlando tiene otro efecto interno. Avergüenza a los comunistas. Los desmoraliza y debilita. Los coloca en el bando de los asesinos. Hace unos años, cuando la policía política exterminó, ahogándolas, a 32 personas que intentaban huir del país a bordo de un barco llamado "13 de marzo", la mayor parte mujeres y niños, hubo muchos militantes que abandonaron el Partido llenos de asco. Eso era demasiado.

Fuera del país, este nuevo crimen galvaniza a los exiliados tras una causa justa. El día en que murió Orlando, la noticia de mayor divulgación en Twitter fue esa. Una ola de cólera y solidaridad recorrió a una comunidad dispersa que, descendientes incluidos, se acerca a los tres millones. Los periódicos del mundo entero le dieron las primeras páginas a la triste información llegada de La Habana. Muchos telediarios comenzaron sus transmisiones contando, consternados, lo que había sucedido. La imagen de la dictadura cayó por los suelos estrepitosamente y ese estruendo, claro, tuvo una honda repercusión política: se espera que el canciller español Miguel Angel Moratinos le ponga fin a su absurda campaña dedicada a tratar de demoler la posición común de la Unión Europea frente a la dictadura cubana. Jamás se ha visto mayor terquedad en la defensa de una causa innoble que la de Moratinos por beneficiar a la tiranía de los Castro.

El aparato cubano de difamación, por supuesto, ya prepara su contraataque. Uno de sus peones menores comenzó por decir que quienes condenaban esta muerte horrenda vertían lágrimas de cocodrilo. Otros dirán que Zapata Tamayo era un delincuente o un terrorista al servicio de la CIA. Carecen del menor vestigio de decencia. Dicen cualquier cosa. Pero la verdad inocultable es otra: como gritó, llorando, su madre Reyna, a Orlando lo asesinaron premeditadamente por pedir libertad para él y para su pueblo. Su ejemplo gravitará mucho tiempo en la historia de Cuba.

Artículo de Firmas Press
© Todos los derechos reservados. Para mayor información dirigirse a: www.firmaspress.com

1737) Meus pesames antecipados: Cidade Administrativa Tancredo Neves, BH-MG

O governador de Minas, Aécio Neves está inaugurando, nesta quinta-feira, 4 de março, o novo centro administrativo do estado de Minas Gerais em Belo Horizonte, a chamada Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, projeto concebido e desenhado pelo arquiteto Oscar Niemayer.

Bem, não querendo ser ave de mau agouro, mas sendo, desejo, desde já, formular meus votos de mais sentida condolência, profundos pêsames, a todos aqueles que terão o dissabor, eu diria até a desgraça, de serem obrigados a trabalhar, ou até a frequentar, uma obra que, sem ver, sem conhecer, eu já reputo como desumana, horrivel esteticamente e funcionalmente desastrosa.
Sinto muito, isso é azar demais...

Paulo Roberto de Almeida (2.03.2010)

1736) Amigo é para essas coisas...

Caso Zapata
Fidel elogia silêncio de Lula

Agencias, 2/03/2010

Postura de Lula no caso do prisioneiro político Orlando Zapata, que morreu após 85 dias de greve de fome, é defendida pelo ex-presidente de Cuba.

Fidel Castro afirmou que o presidente brasileiro, que vem sendo acusado de ignorar o episódio durante sua recente visita a Havana, “sabe há muitos anos que em nosso país [Cuba] jamais houve tortura, jamais houve ordens para assassinatos de adversários, jamais mentimos ao povo. Sabe que a verdade é companheira inseparável de seus amigos cubanos”.

Lula afirmou que “um cidadão que entra em greve de fome está fazendo uma opção. Na minha opinião, uma opção equivocada”, ressaltando ainda que já recorreu a esse tipo de protesto no passado, mas que jamais o faria de novo. Os elogios de Fidel a Lula foram divulgados em um artigo publicado pela imprensa oficial de Cuba.

Leia mais:
Agrava-se a repressão em Cuba no enterro de Zapata

1735) Manual de diplomacia pratica: continuidade do exercicio

Manual de diplomacia prática, 6: prioridades
Por Paulo Roberto de Almeida
Via Política, 1/03/2010

Prioridades, normalmente, estão no topo da atuação diplomática dos Estados que possuem uma visão clara de seus objetivos nacionais, com respeito aos benefícios que se espera retirar de uma determinada relação bilateral ou de um empreendimento qualquer no plano regional ou multilateral. Uma velha regra de senso comum pretende que quando existem muitas prioridades, não existe nenhuma prioridade bem estabelecida. Isso justifica a conveniência de que a lista de prioridades seja relativamente reduzida, de forma a se atribuir a importância devida ao que é realmente importante, não multiplicar as frentes de trabalho ao sabor das viagens diplomáticas de alto nível.

Prioridades nas relações exteriores
É da natureza humana, ou da ordem natural das coisas que pessoas e sociedades desejem sempre retirar bem mais de uma relação do que o investimento realizado em contrapartida. Por isso mesmo, o que se busca, normalmente, é elevar ao máximo a qualidade da interação, de maneira a ter uma alta taxa de retorno. Em outros termos, e de modo bem direto, quanto mais assimétrica for a relação, melhor para a parte supostamente “atrasada”, uma vez que a transferência direta e indireta terá um grau máximo de aproveitamento, nas duas direções, aliás, já que sempre haverá “compensações” comensuráveis que a parte reconhecidamente avançada pode retirar de seu parceiro “inferior”, mesmo que seja o menor custo de bens, serviços e mão-de-obra. Inversamente, uma prioridade colocada numa relação pretensamente “simétrica” pode redundar em ganhos marginais para ambas as partes, já que o potencial de transferências será necessariamente menor.

Mesmo numa situação “multilateral”, sem a possibilidade da barganha direta que ocorre no relacionamento dito “assimétrico”, as apostas devem sempre ser colocadas no plano de maior desafio no desempenho comportamental, uma vez que todo país, desejoso de elevar-se na escala do desenvolvimento econômico-tecnológico, deve sempre visar mais alto do que o seu benchmark aferido. O critério de escolha das prioridades nacionais, necessariamente seletivas e restritas, deve, portanto, obedecer aos princípios da maior eficiência e do maior retorno, o que recomenda um número limitado de “apostas”, uma vez que estas demandarão concentração de recursos que são, por definição, escassos.

Por isso, “simpatias” em virtude de afinidades – de quaisquer tipos – não são, via de regra, as melhores escolhas a serem feitas. Em conclusão, as prioridades, em número limitado, são mais o resultado de um estudo detalhado das complementaridades recíprocas que podem ser estabelecidas com algum parceiro verdadeiramente estratégico – e este sempre será, por definição, mais capaz do que o próprio país no terreno visado para a cooperação – do que o resultado de algum impulso subjetivo com base em suposta afinidade de interesses. Esses interesses não precisam ser absolutamente simétricos para que o caráter estratégico da relação possa ser concretizado – ao contrário: eles podem ser relativamente assimétricos – desde que o objetivo principal visado pelo propositor da relação estratégica esteja contemplado na gama reduzida de prioridades nacionais realmente “prioritárias” e que o foco da relação se situe mais no atingimento de fins do que na definição de meios. Com efeito, pode-se eventualmente extrair mais de uma relação construída com base nas diferenças do que nas semelhanças, já que complementaridades e vantagens comparativas têm esse exato suporte na realidade.

27/2/2010
Fonte: ViaPolítica/O autor

Avançando na publicação do “Manual de diplomacia prática”, esta é o sexto capítulo do artigo dividido pelo autor em 10 edições. Leia a primeira parte aqui, a segunda aqui, a terceira parte aqui, a quarta aqui e a quinta aqui.

http://diplomatizzando.blogspot.com/
www.pralmeida.org
Paulo Roberto de Almeida é Doutor em Ciências Sociais e diplomata de carreira.
Mais sobre Paulo Roberto de Almeida

1734) A cooperacao internacional para... o terrorismo

Juez español: cooperacíon de Venezuela a la alianza FARC-ETA
Yoldi
El País, 2.03.2010

La Audiencia Nacional tiene indicios de que hubo una “cooperación gubernamental venezolana en la ilícita colaboración entre las FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia) y ETA”, especialmente por medio del etarra Arturo Cubillas Fontán, responsable del colectivo de ETA en esa zona de América y que en 2005 fue nombrado director adscrito a la Oficina de Administración y Servicios del Ministerio de Agricultura y Tierras de Venezuela. Así consta en el auto del juez Eloy Velasco, que ha procesado por tenencia de explosivos, colaboración con banda terrorista y conspiración para cometer homicidios terroristas a seis presuntos miembros de ETA y siete de las FARC.

ETA se comprometió a localizar objetivos terroristas para las FARC en España

El magistrado ha remitido su resolución a los ministerios de Asuntos Exteriores y de Interior españoles para que realicen gestiones ante las autoridades cubanas y, especialmente, ante las venezolanas, para que éstas cooperen y procedan a la extradición de algunos de los procesados, en especial Cubillas, “pues obran diligencias en este procedimiento que ponen de manifiesto la cooperación gubernamental venezolana en la ilícita colaboración entre las FARC y ETA”.

Ayer mismo, el ministro Miguel Ángel Moratinos llamó a Chávez para pedir explicaciones sobre esta cuestión.

Cubillas, responsable del colectivo de ETA en Venezuela, participó de forma decisiva, según el auto, en la intensificación de contactos entre ETA y las FARC. Por un lado, varios miembros de ETA recibieron cursos de adiestramiento militar en campamentos de las FARC en la selva colombiana y, como contrapartida, ETA se comprometió a la localización en España de objetivos de acción terrorista por parte de los colombianos. Así, entre los citados objetivos figuraban el ex presidente colombiano Andrés Pastrana; la ex embajadora en España Noemí Sanín Posada; el ex candidato presidencial y dos veces alcalde de Bogotá Antanas Mockus; el vicepresidente Francisco Santos y otros cargos políticos y militares colombianos contra los que iban a atentar durante su estancia en España. Más adelante, a la lista añadieron el periodista y ex guerrillero del Ejército Popular de Liberación ya fallecido Bernardo Gutiérrez; el senador Carlos Ardile e incluso en la última etapa, al propio presidente colombiano, Álvaro Uribe.

Entre marzo y septiembre de 2000, el miembro de las FARC Victor Ramón Vargas Salazar, Chato, siguiendo instrucciones del dirigente de la organización terrorista Edgar Gustavo Navarro Morales, El Mocho, viajó a España en dos ocasiones para realizar vigilancias de la Embajada colombiana en Madrid y para controlar los itinerarios de Pastrana.

El auto del juez Eloy Velasco destaca que dos etarras, Ignacio Domínguez Achalandabaso, Txomin, y otro apodado Martín Capa, impartieron un cursillo terrorista en la selva venezolana, en una finca cercana a Guadalito, en el Estado de Apure. Fueron unos 20 días en jornadas de dos horas a 13 miembros de las FARC y a otros siete del FLB, todo bajo la dirección del comandante Pizarro, sobre técnicas avanzadas de manejo del explosivo C4, un plástico de mayor capacidad destructiva que la dinamita, pero de menor volumen, de fácil adquisición en Venezuela. Domínguez se encargó del adiestramiento de la iniciación de los explosivos por medio de teléfonos móviles.

El curso fue repetido a miembros del denominado Bloque Caribe de las FARC y al mismo, según la resolución del juez Velasco, “acudieron viajando por tierra vía Maracaibo, con el conocimiento y la compañía de una persona que vestía chaleco con escudo de la DIM (Dirección de Inteligencia Militar, de Venezuela) y de un vehículo escolta con militares venezolanos”. El curso fue gestionado y organizado por Arturo Cubillas, por parte de ETA, y Remedios García Albert, La Médica, miembro de la comisión de las FARC que despachaba con el comandante Luciano Martín Arango, Iván Márquez, y Omar Arturo Zabala, Lucas Gualdrón.

Los etarras Carlos, identificado como José María Zaldúa Corta, Aitona, y otro apodado Schumacher, cuya identidad no ha sido establecida todavía, también impartieron cursos a miembros de las FARC sobre la aplicación de técnicas de guerrilla urbana, uso de explosivos y la confección de artefactos activados por movimiento o mediante móviles.

En 2003, los cursos fueron impartidos por guerrilleros de las FARC a cuatro integrantes de ETA sobre fabricación y utilización de morteros tipo JOTAKE.

Gran parte de la información se ha obtenido de los documentos intervenidos al jefe de las FARC Raúl Reyes, muerto en enfrentamiento con el ejército colombiano el 1 de marzo de 2008 en un campamento en la frontera con Ecuador.

Los procesados, para los que se ha ordenado la prisión y busca y captura internacional, son: Arturo Cubillas Fontán, José Ignacio Echarte Urbieta, José Ángel Urtiaga Martínez, José Miguel Arrugaeta San Emeterio, Ignacio Domínguez Achalandabaso y José María Zaldúa Corta, por parte de ETA; y Emiro del Carmen Ropero Suárez, Rodrigo Granda Escobar, Víctor Ramón Vargas Salazar, Edgar Gustavo Navarro Morales, Luciano Martín Arango y Omar Arturo Zabala Padilla, por parte de las FARC. Remedios García Albert, que reside en España, ha sido citada a declarar el próximo 24 de marzo.

1733) Meu proximo celular sera um iPhone...

Com desculpas pela propaganda indevida...

Valor lança aplicativo para iPhone
Valor Econômico, 01/03/2010

SÃO PAULO - O Valor Econômico lança nesta segunda-feira seu aplicativo para iPhone. Com ele, o leitor poderá acompanhar no celular da Apple os principais acontecimentos do dia, preços de ações, cotações de moedas e indicadores econômicos, além de acompanhar sua carteira e salvar as notícias de seu interesse em uma pasta de favoritas.

O dispositivo, criado em parceria com a empresa de soluções para aparelhos móveis Mobimarket, nasce como o primeiro aplicativo brasileiro especializado em conteúdo de economia, finanças e negócios. Também é o primeiro aplicativo nacional de notícias integrado com o Twitter. É possível compartilhar o link da notícia e um comentário, e a publicação na rede de microblogs é feita diretamente da ferramenta.

Na tela inicial, o leitor já encontra as informações mais relevantes do momento - as notícias de destaque e cotações rápidas do dólar e do Ibovespa. O noticiário indispensável do dia está no canal Notícias, cujo conteúdo é organizado por editorias semelhantes às do jornal e do website do Valor. O leitor tem acesso ao texto integral e pode guardar as matérias preferidas em uma área de favoritos. Para compartilhá-las, basta escolher entre publicar no Twitter ou encaminhar o texto para um amigo, por email.

Outro canal é o Ações, que traz cotações dos papéis negociados na BM & FBovespa. O usuário pode acompanhar as oscilações de preço, pesquisar os ativos pelo nome ou pela sigla correspondente e, ainda, montar e salvar sua carteira de ações. As informações sobre os papéis são completas: preço, variação, volume negociado, cotações máximas e mínimas do dia, e a evolução do ativo em gráfico que pode abranger 1 dia, 5 dias ou 1 mês, conforme a escolha.

Para completar o pacote de informações indispensáveis ao usuário interessado em economia e investimentos, o aplicativo tem uma área de índices. Nele estão disponíveis cotações de moedas estrangeiras e indicadores macroeconômicos (como inflação e taxas de juros), com a mesma frequência de atualização do website.

Apesar de a campanha de lançamento começar nesta segunda, o programa já está disponível para download gratuito na loja da Apple. Mesmo antes do início da divulgação, o Valor já ocupa os primeiros lugares na lista de aplicativos de notícias disponíveis na App Store Brasil. O link para baixar o programa encontra-se em http://www.valoronline.com.br/Mobile/Default.aspx .

O aplicativo para iPhone é mais uma alternativa para acompanhar o Valor em dispositivos móveis. Os donos de smartphones podem acessar o site móvel do jornal pelo link m.valor.com.br e receber, além das últimas notícias e cotações, as principais reportagens e resumos das colunas do jornal impresso. Ao mesmo tempo em que trabalhou no lançamento do aplicativo para iPhone, o Valor remodelou seu site móvel, tornando a navegação mais amigável e o layout, mais atraente. Cotações e indicadores também passaram a fazer parte do conteúdo do site para smartphones.

A mobilidade vem se juntar às iniciativas da plataforma digital do Valor, que já oferece ao leitor as oportunidades de acompanhar as notícias no Twitter, em sua página personalizada no iGoogle, em newsletters e em dois formatos na web - em texto e no jornal digital - uma cópia eletrônica fiel das páginas impressas, que podem ser " folheadas " como se faz com o papel. O aplicativo também faz parte das novidades planejadas pela empresa para 2010, quando o jornal completa dez anos de existência.

Leia mais: http://www.valoronline.com.br/?online/geral/228/6130139/valor-lanca-aplicativo-para-iphone&utm_source=newsletter&utm_medium=tarde_01032010&utm_campaign=informativo#ixzz0gzabCpSM

1732) O racismo em construção (vamos inverter a coisa...)

Recebo, em minha caixa de correspondência da UnB, a seguinte mensagem-convite:

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA O CURSO
PENSAMENTO NEGRO CONTEMPORÂNEO

O Decanato de Extensão (DEX) informa que estarão abertas de 3 a 12 de março, as inscrições para o Curso Pensamento Negro Contemporâneo - 1/2010, promovido pelo Núcleo de Promoção da Igualdade Racial (NPIR/DEX).

(...)
O conteúdo programático abrange temas como racismo, representação social, resistência negra no Brasil, cultura e identidade negra, políticas de ações afirmativas, entre outros temas de reflexão sobre as relações étnico-raciais brasileiras.
Com início previsto a partir de 8 de março, o curso é gratuito e tem carga horária de 60 horas-aula.

(...)
Local de Inscrição e Informações:
Núcleo de Promoção da Igualdade Racial (NPIR/DEX) –Decanato de Extensão - Prédio da Reitoria - Telefone: 3307-2610 r/ 24 , com Fabiana Gomes e Gardênia Nogueira, de 3/3 (quarta-feira ) a 12/03/10 (sexta-feira), das 8h30 às 11h40 e das 14h30 às 17h30
Saiba mais
O curso nasceu de um pedido feito por representantes do movimento EnegreSer, que vinha discutindo essa estratégia de curso para fortalecimento da temática e sentia a necessidade de institucionalizá-la, o que foi acatado pelo Decanato de Extensão (DEX), em seu compromisso de ampliar o trabalho de ação afirmativa desenvolvido pela universidade nos últimos anos,...


Transcrevi seletivamente, as partes que me pareceram mais significativas.
Não vou escrever nada contra essa manifestação de racismo explícito.
Vou apenas inverter os termos do problema, à la Ionesco, teatro do absurdo...

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA O CURSO
PENSAMENTO BRANCO CONTEMPORÂNEO
O Decanato de Extensão (DEX) informa que estarão abertas de 3 a 12 de março, as inscrições para o Curso Pensamento Branco Contemporâneo - 1/2010, promovido pelo Núcleo de Promoção da Desigualdade Racial
(...)
O conteúdo programático abrange temas como inferioridade racial e desigualdades natas entre raças, representação social da elite majoritária, resistência branca no Brasil contra a mistura de raças, cultura e identidade ariana, políticas de ações defensivas contra a miscigenação racial, entre outros temas de reflexão sobre as relações étnico-raciais brasileiras.
Com início previsto a partir de 8 de março, o curso é exclusivo para a raça branca...
(...)
O curso nasceu de um pedido feito por representantes do movimento Supremacia Branca, que vinha discutindo essa estratégia de curso para fortalecimento da temática da separação racial e do Apartheid no Brasil e sentia a necessidade de institucionalizá-la, o que foi acatado pelo Decanato de Extensão (DEX), em seu compromisso de ampliar o trabalho de ação defensiva desenvolvida pela universidade nos últimos anos em prol da separação de raças,...

It's crazy, n'est-ce-pas?

segunda-feira, 1 de março de 2010

1731) Ainda o Conselho de Politica Externa para o MRE

Como o barão enfrentará a turba?
Alexandre Barros
O Estado de S. Paulo, 01/03/2010

O governo Lula ensaiou criar um poder paralelo ao Itamaraty na política externa. Nomeou um "quadro partidário" para a Assessoria Especial da Presidência da República para Relações Internacionais. O PT gostou da experiência e vai propor um Conselho Nacional de Política Externa, oficial, para pressionar e fiscalizar a política externa.

Burocracias são regidas pela inércia: difíceis de pôr em movimento, de parar e de mudar de rumo. Os mais marcantes mastodontes burocráticos na administração pública brasileira são os militares e os diplomatas.

Os militares entraram em movimento em 1922 e não pararam até 1964. Davam-se o direito de aprovar ou mudar os governos. Em 64 tomaram o poder e de lá só saíram em 1985. Desde então tentamos resolver os problemas da supremacia civil no Brasil. Não tem sido fácil. Não ajudou nem a sequência de ministros da Defesa desprestigiados, até o que acha que a melhor maneira de controlar os militares é se fantasiar de milico.

O Itamaraty nunca dominou o Brasil - mas é o Ministério que tem maior capilaridade no governo, mantendo diplomatas em todos os Ministérios e outros órgãos acessórios. Porém sempre fez o possível, sem tanques nem canhões, para manter sua autonomia e fazer mais ou menos o que bem entendia, independentemente do governo da hora.

De vez em quando era preciso dar os anéis para não perder os dedos. Deu os anéis durante o regime militar, mas conseguiu não ter nenhum coronel "lá dentro", nem na Divisão de Segurança e Informações. Preferiu sacrificar diplomatas para fazerem as coisas de que ninguém gostava a deixar entrar um militar. Expulsou Vinicius de Moraes e cortou a carreira de um estudante aprovado no concurso do Instituto Rio Branco antes mesmo de ele começar o curso.

Presidentes podiam nomear o ministro que quisessem, diplomata ou não, mas se era "de fora" a burocracia "da casa" sempre tratava de lhe impor limites com punhos de renda. Quando o ministro não era "da carreira", sapecavam-lhe um secretário-geral cuja principal tarefa era não deixar que "saísse da linha". Os oficiais de gabinete que cercavam o ministro cuidavam de tornar sua estada agradável, prazerosa e quase sempre inócua. Quando o ministro era "da casa", não era necessário gente forte nos cargos de baixo. Linhagens familiares perpetuavam-se no Itamaraty: filhos, netos, bisnetos.

O governo Lula trouxe uma mudança curiosa: a combinação de um ministro da casa que gostava de fazer as mesmas coisas que o presidente, dando a impressão de que havia uma grande discrepância entre a política do Ministério e a do governo. Não havia. A maioria dos diplomatas apoiava a política porque em burocracias fechadas (a única porta de entrada é o concurso de admissão, sem entrada lateral) a primeira regra que os novos aprendem é que manda quem pode e obedece quem tem juízo.

O PT gostou dessa festa da coincidência entre os gostos do ministro e os desejos do presidente e resolveu tentar institucionalizar esse esquema, criando um Conselho Nacional de Política Externa (oficial, repita-se) para assessorar e pressionar o Itamaraty.

Se você gosta da política externa, pode tirar o cavalo da chuva. Se esse conselho for criado, ela vai piorar muito. Se você não gosta, aí, então, nem se fala.

Política externa, mal ou bem, tem de ter alguma continuidade e alguma previsibilidade. No momento em que se coloca a possibilidade da turba mandando em política externa, estamos em maus lençóis. Pode ser que agora apareça uma coisa que eu pensei que tivesse desaparecido durante o governo Lula: a militância externa.

Achei que Lula tinha acabado com a máquina petista, mas não. Ela estava só dormente porque não conseguia competir com o carisma e a liderança pessoal de Lula. No momento em que Lula não mais poderá continuar, sentado que está na cadeira terminal de presidente em segundo mandato, a máquina partidária começa suas tentativas de se apoderar do poder - e o tal conselho é um caminho perigoso para isso.

Numa democracia liberal (e ainda estamos nela) é perfeitamente legítimo os governantes presumirem que, se alguém não expressa o seu interesse, esse alguém não tem interesse. E um dos fatos mais marcantes da política externa brasileira foi que o quase-monopólio que o Itamaraty manobrou com muita competência (às vezes maior, às vezes menor) conseguiu impedir a criação de grupos fortes interessados em política externa. Era muito difícil influenciar o Itamaraty no sentido de defender interesses particulares, mesmo quando estes coincidiam com os interesses do País.

Em outras palavras: o empresariado brasileiro acomodou-se, indo sempre a reboque da política do Itamaraty. Nunca tentou seriamente criar mecanismos de influenciação para que uma parte da política externa pudesse ser feita profissionalmente e outra pudesse ser feita a partir de interesses legítimos de grupos que exportam, investem e atuam internacionalmente.

Nunca tivemos no Brasil uma instituição como o Council on Foreign Relations, que expressa, com toda a cortesia que se espera, é claro, os interesses da elite norte-americana em matéria de política externa.

Ainda não é tarde demais. O conselho do PT ainda não foi criado, mas ou quem tem interesses faz alguma coisa ou esta rodada será perdida, e com grandes prejuízos.

Será que o barão vai ter de enfrentar a turba sozinho?

P. S.: Se você quiser se aprofundar mais sobre o assunto, pode ler o meu artigo Política exterior brasileña y el mito del barón, na revista Foro Internacional, 93 (vol. XXIV, número 1, Julio-Septiembre 1983, pp. 1-20): México, DF, México.