O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Rodolfo Stavenhagen, Siete Tesis Equivocadas sobre AL, fazendo sucesso - Paulo R. Almeida

Apenas registrando os cumprimentos:

Paulo Roberto, 

Congratulations! You uploaded your paper 2 days ago and it is already gaining traction. 

Total views since upload: 

You got 33 views from Brazil, Mexico, Italy, Romania, the United States, Uruguay, and Argentina on "Siete tesis equivocadas sobre Brasil en el contexto latinoamericano: una relectura de las tesis de Stavenhagen aplicadas a Brasil (2015)". 


Acho que vou grudar em grandes nomes e fazer minhas avaliações: sucesso garantido...
Paulo Roberto de Almeida 

EUA: vistos para estudantes: informacao no Uniceub



A Agência de Mobilidade Estudantil do UniCEUB, em parceria com o Consulado dos Estados Unidos, realiza a palestra Visto de estudante para os Estados Unidos, que tratará de diferentes tipos de visto, de como solicitar o visto estudantil e das principais dúvidas relacionadas ao tema. O evento ocorrerá no dia 26 de agosto, no auditório do bloco 1, às 10 horas e no auditório Elza Moreira Lopes, bloco 3, às 19h15, no campus da Asa Norte.
A palestra será ministrada por Luís Linhares, vice-cônsul da Embaixada, Karine Barbosa e Hugo Schmidt, analistas da Seção Consular, e Guilherme Medeiros Viana, representante da Education USA.
A participação ao evento está sujeita à lotação do auditório. O UniCEUB reserva-se o direito de alterar a programação sem prévio aviso.


Google Alerts: politica externa: continua o massacre contra a diplomacia atual ("golpista")

Os companheiros e seus aliados, mercenários ou não, ou seja, voluntários na defesa da causa companheira, continuam o massacre contra a atual política externa, dominando completamente meu sistema de alertas sobre temas da área, como se pode perceber abaixo.
Quando é que a situação vai se equilibrar ou se inverter?
Não sei, os aliados dos "golpistas" são lentos a reagir...
Paulo Roberto de Almeida

Google Alert
    politica externa do Brasil
Atualização semanal ⋅ 22 de agosto de 2016
 
NOTÍCIAS   
Copa, Olimpíadas e a inserção internacional do Brasil
CartaCapital
Em meio ao Fla-Flu ideológico vivido pelo Brasil nas competições pelo ... Um desses casos é a chamada política externa altiva e ativa, ícone de ...
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Aécio defende trapalhadas de Serra no Mercosul
Brasil 247
O Brasil, como um todo, é que ganha com isso", afirmou Aécio. ... Ao submetermos a uma orientação bolivariana, o que fez a política externa ...
Serra tentou comprar o voto do Uruguai para prejudicar a Venezuela - Carta Maior
Acusação do Uruguai contra Serra causa bate-boca no Congresso - Jornal O Globo

Com Serra no Itamaraty, Brasil se torna um 'anão diplomático', diz Igor Fuser - Rede Brasil Atual
Cobertura completa
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Argentina, um Brasil que fala espanhol
CartaCapital
A política externa “ativa e altiva” iniciada com Lula da Silva e levada, a rigor, em banho-maria por Dilma, e que – apesar de rusgas bilaterais ...
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Serra transforma Itamaraty em bunker golpista
Brasil 247
... na relação com Estados estrangeiros e na execução da política externa. ... O governo golpista do Brasil patifa as regras do MERCOSUL e viola o ...
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Kennedy: com Serra, Itamaraty passou de bombeiro a incendiário
Brasil 247
"É um erro o Brasil adotar a diplomacia do porrete com a Venezuela. ... O governo interino não chegou ao poder para mudar a política externa.
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Governo interino quer exportar o golpe para o Mercosul
Brasil 247
Do ponto de vista do Brasil a união aduaneira, ainda que incompleta, ... A política externa brasileira está entregue a quem quer entregar o Brasil.
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Brasil busca seu retorno ao mundo através do comércio
Jornal Correio do Povo de Alagoas
Além disso, o otimismo levou a política externa a ser questionável. O Brasil bloqueou uma iniciativa liderada pelos EUA para abrir ainda mais o ...
 Google Plus     Facebook     Twitter    Sinalizar como irrelevante

Again: mais uma palestra do Prof. James Herschberg sobre Crise de 1962 - Uniceub, 22/08, 19h30

O Professor James Hershberg, da George Washington University, sabe mais sobre a diplomacia brasileira no grande face-a-face nuclear da Guerra Fria, a crise dos mísseis soviéticos em Cuba (outubro de 1962), do que nós mesmos, diplomatas brasileiros.
Se você perdeu a palestra no Itamaraty desta manhã, venha à noite no Auditório 1 do Uniceub, para ouvir segredos da diplomacia secreta (sem querer ser redundante) levada a cabo simultaneamente entre Washington, Moscou, Havana, Rio de Janeiro e Brasília, naquelas semanas febris de 1962, quando o mundo chegou muito perto de uma confrontação atômica.
Abaixo o banner do Uniceub.
Haverá tradução nesta palestra.
Paulo Roberto de Almeida


Bandidos políticos e bandidos empresariais, roubando eu e você caro leitor...

A despeito das denegações dos implicados, não duvido um só segundo que a coisa era essa mesma.
Cadeia para todos eles...
Paulo Roberto de Almeida 
undefined
As propinas da empreiteira Odebrecht ao PT foram intermediadas por Guido Mantega, então ministro da Fazenda. Definitivamente, esse partido não é assunto de política, mas caso de polícia:

Executivos da Odebrecht disseram em tentativa de delação premiada que a empresa pagou pelo menos R$ 100 milhões em propina para o PT em negociações intermediadas pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Os repasses teriam sido realizados por meio do Setor de Operações Estruturadas da holding, chamado pelo Ministério Público Federal (MPF) de “escritório de lavagem e pagamento de propina”. De acordo com o relato dos executivos, a maior parte dos pagamentos teria sido feita em troca de benefícios obtidos nos últimos anos graças a projetos como a desoneração da folha de pagamentos e a redução de imposto de renda sobre o lucro de empresas brasileiras no exterior.

Na negociação de delação, os funcionários detalharam os valores astronômicos que abasteceram o Setor de Operações Estruturadas, comandado pelo diretor Hilberto Silva no 16º andar da sede da Odebrecht em São Paulo, o mesmo onde funciona a presidência da empresa. O superior hierárquico de Silva era Marcelo Odebrecht, preso há um ano e uma das delações mais esperadas da Lava-Jato. As contas usadas para ocultar e viabilizar pagamentos no Brasil e no exterior eram abastecidas pelas diversas firmas do grupo. Apenas a Braskem teria bancado entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões para o setor no período em que o departamento funcionou, segundo levantamento prévio da empresa.

E-MAILS REVELAM ATUAÇÃO DA EMPRESA

E-mails que já estavam em poder dos investigadores da Lava-Jato mostram que a Odebrecht atuava fortemente junto ao governo pela aprovação de medidas que, de fato, favoreceram seus negócios, principalmente junto a Guido Mantega. Um exemplo foi o debate sobre a Medida Provisória 647/2013, convertida em lei em maio de 2014. Em março de 2014, Odebrecht encaminhou a um dos assessores de Mantega, Sérgio Eugênio de Risios Bath, as ponderações da empresa sobre o projeto que tratava das regras para redução da alíquota do imposto de renda sobre lucros no exterior de empresas brasileiras. “Acho que conseguimos trazer praticamente todas as empresas para um acordo”, escreveu Odebrecht ao assessor do ministro.

Dias depois, o diretor jurídico da Odebrecht, Maurício Ferro, reforçaria, em e-mail a Marcelo Odebrecht, a importância de ele atuar para que o projeto saísse como desejavam. “Será importante você ter a reunião com GM (Guido Mantega) amanhã depois da PR (presidente Dilma Rousseff). Receita continua criando dificuldades e Dyogo precisará do apoio do ministro”, escreveu. Mensagens no celular do ex-presidente do grupo Andrade Gutierrez Otávio Azevedo mostram que, de fato, a Odebrecht falava em nome do setor junto ao governo. “Otávio, CNO (Construtora Noberto Odebrecht) vai trabalhar via CNI o destaque do parágrafo 2 do art. 83 no plenário. Segundo eles a ação será alinhada com o relator”, escreveu um diretor da Andrade ao executivo.

Em mensagens no celular de Azevedo, o relator do projeto, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negocia diretamente pontos da medida com o executivo. O debate sobre o projeto foi acompanhado de perto pelo líder do PMDB no Senado, Eduardo Braga (AM), pelo então vice-presidente Michel Temer (PMDB) e por Guido Mantega, o mais longevo ministro da Fazenda da história (2006-2015). Com operação em 27 países, a Odebrecht foi uma das principais beneficiadas pelo projeto, que resultou em redução de 34% para 25% da alíquota de imposto de renda a ser pago sobre lucros obtidos fora do país.

SUPERFATURAMENTO IA PARA OFFSHORES

A declaração dos executivos da Odebrecht sobre os R$ 100 milhões repassados ao PT com a intermediação de Mantega complementa informação prestada por Monica Moura, mulher do ex-marqueteiro petista João Santana, em tentativa de delação premiada. Como O GLOBO mostrou em abril deste ano, ela disse ter sido orientada a procurar o então ministro da Fazenda para receber a indicação de executivos dispostos a dar contribuições em dinheiro, que não passaram por contas oficiais do PT e, por isso, não foram declaradas à Justiça Eleitoral. O que não se sabia, na época, era o motivo dos pagamentos feitos pela Odebrecht, agora revelado pelos executivos na tentativa de delação.

Para enviar recursos de suas empresas a contas geridas pelo Setor de Operações Estruturadas, a Odebrecht usava diferentes mecanismos envolvendo fornecedores, que também deverão ser investigados pela Lava-Jato, se as informações forem aceitas pela força tarefa. De acordo com o relato, empresas especializadas em importação e exportação de produtos ajudavam a Odebrecht a “superfaturar” a avaliação em laudo e para fins de tributação de itens adquiridos fora do Brasil. Com isso, a empresa enviava ao exterior mais recursos do que efetivamente pagava pelos produtos. A diferença dessa conta era transferida para offshores ligadas à empresa, geridas pelo Setor de Operações Estruturadas, de onde saiu a maior parte dos R$ 100 milhões intermediados por Mantega.

Depois de apresentar por escrito os temas que estariam dispostos a detalhar à força-tarefa, os executivos passaram nos últimos dias pelos chamados “testes de sinceridade”, nos quais foram questionados sobre os documentos apresentados.

Para organizar a delação, a empresa separa as menções a políticos em duas categorias: aqueles a quem a empresa considera ter pago caixa 2 para campanha e os que receberam propina referente a obras públicas. A força tarefa tem rejeitado versões em que a empresa trata pagamentos como caixa 2 — crime para o qual a legislação prevê punição mais branda. Ainda assim, o lugar de cada um nas listas da Odebrecht deixa em suspense políticos e advogados que acompanham as negociações.

Ao GLOBO, o advogado de Mantega, José Roberto Batochio, disse que ele “repele e rechaça com veemência a imputação” feita a seu cliente. Para ele, “delatores de plantão que buscam trazer pessoas de visibilidade para o centro da investigação, quando não há motivo justo, estarão implicados em outras obrigações”:

— Eles vão ter que explicar de que forma, como, onde, quem entregou, quem recebeu, com quem tratou e que documentos provam o que estão dizendo. Se não fazem isso, perdem a delação e vão para a cadeia — afirmou.

Batochio argumentou que o debate sobre desoneração tributária dentro do governo passava por diversos setores, como a Procuradoria da Fazenda Nacional, o Ministério do Planejamento e a Advocacia Geral da União.

— Essa é uma decisão multidisciplinar de governo, não é assim uma decisão de um ministro.

Por meio de nota, a Braskem informou que desde quando foram tornadas públicas alegações de “supostos pagamentos indevidos citando a Braskem”, a empresa “contratou escritórios de advocacia com experiência em casos similares nos Estados Unidos e no Brasil para a realização de uma investigação independente”.

“A Braskem segue empenhada em elucidar eventuais fatos ilícitos e continuará cooperando com as autoridades”. informou a empresa. A Odebrecht não comentou o assunto. (O Globo).

domingo, 21 de agosto de 2016

Venezuela: Maduro corta os salarios dos deputados; Parlamento brasileiro vai se manifestar?

De um caudilho só se pode esperar coisas assim. Portanto, nem adianta discutir os gestos arbitrários do ditador chavista.
Precisamos apenas saber o que o Parlamento brasileiro vai fazer.
Vai se solidarizar, vai protestar?
Vai obrigar a chancelaria a se manifestar, mesmo arriscando a imisção nos assuntos internos de outros países?
Aliás, a cláusula democrática do Mercosul está aí justamente para esse tipo de atitude.
Ainda que ela possa provocar mais sofrimento para a população venezuelana, pelo menos temporariamente, mas algo precisa ser feito para sinalizar que atitudes como essas são inaceitáveis.
Paulo Roberto de Almeida


O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cortou os salários dos parlamentares
A oposição ao presidente venezuelano detém atualmente a maioria no parlamento
21/08/2016

O presidente do parlamento venezuelano, onde a oposição detém a maioria, Henry Ramos Allup, disse hoje que o Governo do Presidente Nicolás Maduro suspendeu o envio de recursos para pagamento aos deputados.

"O Governo não enviou os recursos para a Assembleia Nacional (AN), para o pagamento aos deputados", afirmou Allup aos jornalistas, recordando que o Presidente Nicolás Maduro anunciou recentemente que pretendia suspender o envio de recursos económicos para o parlamento.

Henry Ramos Allup referiu também que os recursos chegam de maneira irregular e que do Escritório Nacional de Orçamento informaram que "só remeterão o dinheiro para o pagamento dos salários dos empregados e pessoal técnico".
"Ninguém nos deterá. O parlamento é a voz do povo venezuelano, no meio da crise do país", afirmou o vice-presidente do parlamento Simón Calzadilla, que sublinhou que mesmo que "os parlamentares tenham que sair à rua, com um pote para recolher dinheiro, a AN não deixará de funcionar".
No dia 3 de agosto, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que pediu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para analisar a pertinência da suspensão das transferências de recursos económicos para a Assembleia Nacional.
À época, Maduro disse não poder "utilizar os recursos públicos em instituições que desacatam e apelam ao desacato das leis".
O Presidente da Venezuela questionou a decisão da direção do parlamento de incorporar, em julho, três deputados da oposição que tinham sido suspensos pelo STJ por alegadas irregularidades no processo eleitoral.
"Ramos Allup [presidente do parlamento] pôs-se à margem da lei e da Constituição (...). O que fez é muito grave, desrespeitar uma sentença do STJ, desrespeitar a letra da Constituição e as leis e dizer que não acatará nenhuma sentença", disse Nicolás Maduro à televisão estatal venezuelana.
A aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) obteve em dezembro a primeira vitória da oposição venezuelana em 16 anos, conseguindo eleger 112 dos 167 lugares que compõem o parlamento, uma maioria de dois terços que lhe conferiu amplos poderes.
No entanto, no dia 31 de dezembro de 2015, o STJ ordenou a suspensão da proclamação de três parlamentares da oposição e um do Governo, por alegadas irregularidades na campanha eleitoral, levando a que apenas 109 deputados da oposição e 54 do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) tenham iniciado funções a dia 05 de janeiro.
Desde que a oposição passou a ser maioria a MUD tem estado a tentar realizar um referendo para revogar o mandato de Nicolás Maduro.

Conhecem o cara mais desafinado do mundo? - PRA

Pois é, não tenho certeza de que eu seja o mais absolutamente desafinado, mas estou certamente entre os dez primeiros.
Não sei nem cantar o Desafinado do Tom Jobim sem desafinar mais ainda.
Mas isso não é nada perto da minha total, absoluta, completa, integral, definitiva inépcia para lidar com ferramentas sociais.
Resisti durante anos ao FB, para não me desviar de minhas leituras, para não deixar de me ocupar do que é central na minha atividade solitária: ler, pensar, escrever.
Acabei entrando no FB e pronto: me desviei, o que considero falta grave, quase um pecado capital.
Agora, hoje (21/08/2016), descubro dezenas de msgs as mais diversas, até de um ou dois anos atrás, no Messenger, que permaneceram totalmente desconhecidas, ignoradas, porque simplesmente nunca soube que ali estavam, jamais li, porque nunca acessei o Messenger, e que portanto permaneceram sem resposta.
Correndo o risco de parecer indelicado, mais uma vez, posso apenas dizer que me é virtualmente impossivel dialogar infividual e bilateralmente com cada um dos que me escreveram. Simplesmente não consigo.
Com minhas desculpas passadas, presentes e futuras, cordialmente.
Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 21/08/2016

Cristovam Buarque: voto envergonhado pelo impeachment

O Senador se sente acuado duplamente: pelo seu passado de esquerda e pela esquerda atual, que ele espera que se recomponha.
Ilusões...
Paulo Roberto de Almeida 

Voto pelo Brasil - Cristovam Buarque 

 
- Folha de S. Paulo
 
Há momentos em que votamos com entusiasmo pelo futuro com que sonhamos; em outros, votamos para impedir um futuro que nos assombra. Se o julgamento da presidente afastada, Dilma Rousseff, fosse hoje, eu votaria pelo impeachment, não apenas por razões jurídicas ou só pelo conjunto da obra passada mas, sobretudo, pelos riscos que a volta de Dilma representa para o futuro do Brasil.
 
Não estou votando nem aderindo ao governo do presidente interino, Michel Temer. O impeachment decorre do descrédito do governo Dilma, da falta de apoio nas ruas e no Parlamento, dos erros cometidos na gestão da economia, da contaminação com a corrupção, dos crimes de responsabilidade.
 
Decorre, sobretudo, da percepção de que a volta dela ao poder, com o mesmo modelo político-econômico, significaria que o Congresso é conivente com erros, corrupção e ilegitimidades fiscais.


Em agosto de 2015, os senadores João Capiberibe (PSB), Randolfe Rodrigues (Rede), Lasier Martins (PDT), Acir Gurgacz (PDT), Lídice da Mata (PSB) e eu fomos ao Alvorada e entregamos uma carta à presidente Dilma, na qual dizíamos que o Brasil tinha três cenários negativos adiante: a continuação de seu governo, seu impeachment ou a cassação da chapa Dilma/Temer.
 
Para evitar as dificuldades que seu governo enfrentaria, sem cair no impeachment, sugerimos que reconhecesse seus erros, dissesse que seu partido era o Brasil e pedisse apoio a todos para governar até o fim do mandato. Nossas sugestões não foram consideradas.
 
Durante o longo processo de impeachment, que o Congresso Nacional seguiu dentro do rigor constitucional, Dilma não indicou o rumo que seria dado por um novo governo seu. Nada disse sobre como construir a necessária base de apoio parlamentar, como acalmar as ruas, que estratégia econômica adotaria para retomar o crescimento, gerar emprego, promover a estabilidade monetária e superar a crise fiscal.
 
Concentrou-se nos aspectos jurídicos, em chamar de golpistas dois terços dos deputados federais e senadores.
 
Estou cumprindo um dever que as circunstâncias históricas e meu compromisso com o país e seu futuro me impõem, de acordo com minha análise e consciência.
 
Carrego a esperança de que o governo sucessor seja capaz de recuperar o equilíbrio de nossas contas, resgatar a credibilidade necessária à volta do crescimento e do emprego, manter os bons projetos sociais, retomar o diálogo com o Parlamento e as ruas e fazer a travessia até 2018.
 
Tenho consciência de que meu voto provocará incompreensão e decepção em amigos e companheiros, eleitores e leitores, além de desprestígio no exterior. Sinto, entretanto, que esse é um ato necessário para reorientar o futuro do Brasil e, portanto, justifica o sacrifício.
 
Depois de tantos erros na economia, falsas narrativas do marketing político, tolerância com a corrupção, crimes de responsabilidade e descrédito imposto às forças progressistas, precisamos virar a página de um governo que ajudei a eleger e apoiei em parte de seu longo mandato de 13 anos.
 
Voto com a esperança de que surja uma nova esquerda dos escombros, sem o vício e o acomodamento dos últimos anos.
 
É com pesar, mas com a sensação de corrigir rumos, que voto pelo impeachment. Um voto triste, mas necessário.
----------------
*Cristovam Buarque, 72, é senador (PPS-DF) e professor emérito da Universidade de Brasília. Foi governador do Distrito Federal e ministro da Educação (governo Lula)



Avast logo

Este email foi escaneado pelo Avast antivírus. 
www.avast.com


Reflexoes por ocasiao de um segundo retorno de um exilio politico - Paulo Roberto de Almeida

Um texto escrito em dois momentos, como explico no Addendum, que coloco aqui encima, pois ele explica o espírito com que foram redigidas estas reflexões.

Addendum em 21 de agosto de 2016:
O texto acima [abaixo], que pode ser facilmente classificado como impressionista – em que pesem suas observações objetivas sobre o momento em que vivíamos então – permaneceu inconcluso em meu computador, aguardando que eu completasse minhas reflexões sobre aquele momento político, um pouco no espírito (mas não na linha) de meus artigos de 1977, quando do retorno do meu primeiro exílio político. Não o terminei, mas isso agora não importa, pois ele apenas marca uma outra etapa de meu itinerário político: o término de um segundo exílio político, que durou o dobro do primeiro, e que foi simplesmente caracterizado pela minha recusa em me dobrar às circunstâncias de um outro momento, essas mesmas que descrevo neste artigo, o fato de o Brasil ter sido dominado por um partido totalitário e mafioso. Parece que acabou. Ufa!
Brasília, 21 de agosto de 2016.


Quatro décadas de luta pela democracia no Brasil
(reflexões por ocasião de um segundo retorno)

Paulo Roberto de Almeida
(texto escrito na perspectiva de minha volta ao Brasil, em meados de 2015)

Em meados de 1977, pouco tempo depois de retornar de um exílio auto-assumido de quase sete anos e meio na Europa, escapando dessa maneira à fase mais repressiva do regime militar brasileiro – e antes mesmo de ingressar na carreira diplomática, o que só ocorreu ao final daquele ano –, eu dava continuidade a meus esforços de interpretação do momento político brasileiro, e de luta contra a ditadura, por meio de dois artigos, um publicado, outro inédito, que tentavam colocar em ordem minhas próprias reflexões sobre o momento político então vivido pelo Brasil. Eram tempos de recrudescimento da luta pela redemocratização, que iria desembocar na anistia a ser finalmente concedida em 1979 aos militantes políticos de oposição, exilados voluntária ou involuntariamente em diversos momentos do regime de exceção.
Não importa muito, agora, o que eu exatamente escrevi a respeito do “Momento Político Brasileiro” – este foi o título das minhas notas sobre a conjuntura política, publicadas sob um nom de plume numa pequena revista da esquerda acadêmica de São Paulo, mais de um ano depois que tinham sido redigidas, e quando a conjuntura, obviamente, já não era a mesma – e de outras notas opinativas até hoje inéditas sobre a “crise política brasileira” – que eram reflexões adicionais sobre a conjuntura política depois do “pacote” de abril de 1977, quando o regime ainda pensava controlar suas forças de apoio no Congresso.
Ambos trabalhos, típicos representantes daquele pensamento da esquerda acadêmica que eu então partilhava, vinham carregados de conceitos marxistas e de outras banalidades pretensamente intelectuais e tinham como objetivo congregar os esforços daqueles que lutavam contra a ditadura no sentido de superar as divisões estéreis dos movimentos de oposição numa ampla frente que deveria servir de base para a recriação – ou a nova fundação – de um partido socialista moderno, reformista, liberto daqueles chavões herdados do marxismo clássico e mais propenso a fazer no Brasil aquilo que os partidos socialdemocratas reformistas já faziam na Europa, ou seja, um sistema de mercado caracterizado por uma economia parcialmente controlada pelo Estado e engajado num distributivismo social tanto mais necessário no Brasil quanto a pobreza e a desigualdades eram percebidas como o principal problema do país.
Pois bem: passados quase quarenta anos daquelas notas – que sequer reli, no momento em que alinho estas novas reflexões – quais seriam minhas observações e argumentos sobre o momento político brasileiro, sobre sua crise generalizada – ou seja, não apenas econômica, mas também política e, sobretudo, moral – e sobre as tarefas dos atores conscientes, civicamente responsáveis pelo que é, e pelo que pode ser, o Brasil, numa tentativa de superação do estado de anomia que parece prevalecer no plano da institucionalidade e da própria sociedade? Faço a pergunta porque é evidente, aos olhos de todos aqueles que acompanham a conjuntura e seus desdobramentos desde o anterior processo eleitoral, que o Brasil vive uma crise de legitimidade no que se refere à governança política, quando não uma crise de ilegalidades continuadas que se desenrolam à vista de todos os que se detêm sobre o espetáculo de imoralidades e desatinos que compõem as páginas políticas e policiais dos principais meios de comunicação.
Como diria alguém, nunca antes na história do País descemos tão baixo na escala de valores que deveriam presidir a governança, e este ambiente difuso de mal-estar atinge todos os poderes e todas as instâncias da esfera pública (e acadêmica) que somos condenados a contemplar quase de maneira impotente, ou protestando de forma quase vã por meio dos instrumentos de comunicação social. Cidadãos honestos, simples contribuintes compulsórios do ogro famélico que nos retira dois quintos da nossa renda (sem devolver serviços proporcionais ao esforço contributivo) se sentem desarmados em face do festival de bandalheiras, fraudes, falcatruas e roubalheiras que são exibidos cotidianamente nesses meios de comunicação social, inclusive os oficiais. Estaríamos anestesiados em relação aos crimes que são cometidos no âmbito do Estado, por parte de um governo mentiroso, corrupto e corruptor? Creio que não, de que é prova este mesmo texto indignado que me decidi escrever no momento de uma nova volta ao Brasil. O que está acontecendo, e o que poderíamos fazer?
Minha primeira constatação é puramente factual: estamos sob a dominação temporária – mas que se delonga por um tempo excessivamente longo na vida de nossa geração de ativos participantes da vida pública – de um partido que não responde às mesmas regras do jogo democrático como a maioria dos demais partidos – e eles são certamente em excesso – inseridos em nosso sistema democrático de muito baixa qualidade. Esse partido, que pode ser chamado de gramsciano, mas que eu chamaria simplesmente de totalitário, está imbuído de que representa os interesses do povo de quem diz defender os interesses, num sentido de “justiça social”, distributivismo, inclusividade, participação, enfim todo um conjunto de objetivos alinhados sob a bandeira do social, e tem um projeto de poder que pretende excluir a alternância democrática. Para isso recorre a todo tipo de expediente – inclusive os mais deletérios e condenáveis do ponto de vista da moralidade política – para manter e monopolizar esse poder, que não é buscado apenas para fins de “mudanças sociais”, mas também para satisfazer o desejo pessoal de seus dirigentes corruptos. Que estes sejam profundamente corruptos não cabe a menor dúvida, bastando uma recordação dos numerosos casos investigados e alguns até condenados pela justiça do país.
Minha segunda constatação é igualmente objetiva: esse mesmo partido corrupto e corruptor, é um apoiador das piores ditaduras, no continente e alhures, agindo sempre em benefício de regimes totalitários, em todas as instâncias nacionais e internacionais, o que constitui um profundo motivo de vergonha a todos os democratas do país, não apenas aos diplomatas que são obrigados a contemplar – e muitas vezes a compactuar – com essas alianças espúrias, com essa conivência com regimes violadores dos direitos elementares dos seus próprios cidadãos. Pior ainda: o governo destina importantes recursos recolhidos compulsoriamente do povo brasileiro para apoiar esses regimes ditatoriais e corruptos. Isso também é motivo da mais profunda vergonha, para todos nós, que sabemos que o próprio governo, contrariando as mais elementares regras da governança, esconde esses fatos (e o volume de recursos) da cidadania e dos próprios agentes políticos encarregados de zelar pela boa aplicação dos recursos públicos.
(...)
Hartford, 28 de junho de 2015

801 anos da Magna Carta: indago se o Brasil ja chegou la? - Paulo Roberto de Almeida

Mais de um ano atrás, voltando do Brasil aos Estados Unidos no mesmo dia em que, ao que parece, a Magna Carta completava exatos 800 anos (com o desconto da passagem do calendário juliano para o gregoriano), eu redigia, em pleno voo, uma curta nota relativamente pessimista, ao constatar quão distantes estávamos do principal dispositivo desse documento relevante para a construção da democracia moderna: o princípio de que ninguém está acima da lei, nem mesmo o rei.
Vivíamos, então, uma tremenda agitação na sociedade, com inúmeros, provavelmente mais de duas dezenas de pedidos de impeachment contra a mandatária irresponsável e fraudadora que nos governava desde 2011 (e que tinha sido reeleita de forma fraudulenta em 2014), e a Câmara dos Deputados (que poderia estar fazendo o papel dos barões revoltados), era dirigido por um perfeito bandido parlamentar. Não tínhamos, assim, nenhuma perspectiva de que algo pudesse mudar no cenário político.
Mais de um ano depois, algo mudou, não como gostaríamos, e por circunstâncias muito fortuitas às quais não são alheias as iniciativas de um pequeno grupo de procuradores federais abrigados em Curitiba e um juiz corajoso -- a chamada República de Curitiba -- mas algo mudou para melhor. O bandido parlamentar está lutando defensivamente antes de ser definitivamente cassado, por demanda da sociedade, e deve enfrentar cadeia logo. A mandatária fraudulenta, finalmente, deve ser afastada, ainda que deva merecer cadeia também, o que não sabemos se vai ocorrer. Os demais mafiosos envolvidos no mais gigantesco caso de corrupção do Brasil podem vir a prestar contas com a justiça.
Ou seja, já nos aproximamos um pouquinho do espírito da Magna Carta.
Em todo caso, vou postar novamente o que escrevi um ano atrás, para registrar minha opinião sobre o momento político brasileiro.
Paulo Roberto de Almeida


Pequena reflexão no dia em que a Magna Carta completa 800 anos

Paulo Roberto de Almeida 

Examinando o panorama a partir do nosso ambiente de vida e de trabalho, é forçoso reconhecer que, no que se refere ao principal dispositivo desse compromisso não exatamente constitucional, mas simplesmente costumeiro, e que tem a ver com o Estado de Direito, o Brasil infelizmente ainda não chegou lá, como se diz. Não apenas “nossos” soberanos se permitem ignorar a regra simplicíssima de que ninguém está acima da Lei, nem mesmo o Rei, como também eles pretendem se situar à margem da, quando não contra a Lei, e passam a violar, muitas vezes impunemente, simples mandamentos constitucionais ou a mais elementar legalidade, que seria a chamada responsabilização das suas ações e omissões enquanto governantes. O mandonismo e o patrimonialismo, tão tradicionais em nossa cultura política, ainda contaminam todo o ambiente da governança em nosso país, geralmente com os piores exemplos vindos daqueles mesmos que deveriam resguardar, proteger, defender e obedecer à Lei. Esta é uma simples constatação primária, feita a partir da leitura dos jornais diários, onde se lê que dirigentes e representantes de um partido promíscuo, vinculado a meliantes e outros barões ladrões, estão sempre envolvidos com alguma falcatrua contra os recursos da coletividade, ou seja, nossos impostos duramente (e compulsoriamente) recolhidos por um Estado extrator, atrabiliário, e por um governo corrupto e corruptor.
Sinto muito, Senhora Magna Carta, mas a comemoração neste seu dia assume a forma de uma simples constatação de fracasso, pelo menos no que se refere ao Brasil.
No plano multilateral, por outro lado, estou totalmente convencido de que, se a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, fosse apresentada hoje, para sua aprovação pela Assembleia da ONU, ela simplesmente não seria aprovada, e seria rejeitada inclusive por Estados que a ratificaram à época. Esta é outra triste constatação de nossos tempos, que parecem ter recuado em relação às liberdades antigas. Neste caso, o texto da Declaração, uma derivação mais elaborada da famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, da revolução francesa, estaria sendo vítima não só do recrudescimento desavergonhado por parte dos novos autoritários (alguns até mesmo velhos totalitários), como também de muitos adeptos do “politicamente correto”, com seu festival de bobagens alegadamente em defesa de minorias e outras espécies “não protegidas”.
Ainda temos um longo caminho pela frente em defesa das mais elementares liberdades democráticas, uma vez que a história não é necessariamente linear, e até pode até recuar em certas esferas.
Sorry Magna Carta...

em voo Atlanta-Hartford, 15 de junho de 2015.

2833. “Pequena reflexão no dia em que a Magna Carta completa 800 anos”, em voo Atlanta-Hartford, 15 de junho de 2015, 2 p. Postado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/06/pequena-reflexao-no-dia-em-que-magna.html).

How economic ideas change the world: Keynes, Hayek, Friedman, and Reagan - Rutger Bregman (Evonomics)


As ideias sempre mudam o mundo, ainda que mais tarde do que se pensa, ou do que se gostaria. Mas, existem também aqueles que possuem ideias fixas, e são caraterizados por alguma forma de dissonância cognitiva -- como Madame Pasadena, por exemplo -- que não se apartam dessas ideias fixas mesmo que o mundo lhes caia sobre a cabeça. Como diz o autor deste interessante artigo:
"“A man with a conviction is a hard man to change.” So opens Leon Festinger’s account of these events in When Prophecy Fails, first published in 1956 and a seminal text in social psychology to this day. “Tell him you disagree and he turns away,” Festinger continues. “Show him facts or figures and he questions your sources. Appeal to logic and he fails to see your point.”
Pois é, alguns companheiros respondem inteiramente a esta definição.
Mas, o artigo trata basicamente de ideias econômicas, e por isso vale a pena ler.
Paulo Roberto de Almeida 


Capitalism

Ideas, However Outrageous, Have Changed the World, and They Will Again.

How economic ideas change the world: Keynes, Hayek, Friedman, and Reagan

By Rutger Bregman
Evonomics, August 20, 2016
In the late summer of 1954, a brilliant young psychologist was reading the newspaper when his eye fell on a strange headline on the back page:
PROPHESY FROM PLANET CLARION
CALL TO CITY: FLEE THAT FLOOD.
IT’LL SWAMP US ON DEC 21,
OUTER SPACE TELLS SUBURBANITE.
His interest piqued, the psychologist, whose name was Leon Festinger, read on. “Lake City will be destroyed by a flood from the great lake just before dawn, Dec. 21.” The message came from a homemaker in a Chicago suburb who had received it, she reported, from superior beings on another planet: “These beings have been visiting the earth, she says, in what we call flying saucers.”
It was precisely what Festinger had been waiting for. This was a chance to investigate a simple but thorny question that he had been puzzling over for years: What happens when people experience a severe crisis in their convictions? How would this homemaker respond when no flying saucers came to rescue her? What happens when the great flood doesn’t materialize?
With a little digging, Festinger discovered that the woman, one Dorothy Martin, wasn’t the only one convinced that the world was ending on December 21, 1954. Around a dozen of her followers — all intelligent, upstanding Americans — had quit their jobs, sold their possessions, or left their spouses on the strength of their conviction.
Festinger decided to infiltrate the Chicago sect. Right off, he noticed that its members made little effort to persuade other people that the end was near. Salvation was reserved for them, the chosen few. On the morning of December 20, 1954, Mrs. Martin was beamed a new message from above: “At the hour of midnight you shall be put into parked cars and taken to a place where ye shall be put aboard a porch [flying saucer].”
The excited group settled in to await their ascendency to the heavens.
The Evening of December 20, 1954
11:15 p.m.: Mrs. Martin receives a message telling the group to put on their coats and prepare.
12:00 a.m.: Nothing happens.
12:05 a.m.: One of the believers notices another clock in the room reads 11:55 p.m. The group agrees it is not yet midnight.
12:10 a.m.: Message from aliens: The flying saucers are delayed.
12:15 a.m.: The telephone rings several times: journalists calling to check if the world has ended yet.
2:00 a.m.: One of the younger followers, who expected to be a couple light years away by now, recalls that his mother was planning to call the police if he wasn’t home by 2 a.m. The others assure him that his departure is a worthy sacrifice to save the group, and he leaves.
4:00 a.m.: One of the believers says: “I’ve burned every bridge. I’ve turned my back on the world. I can’t afford to doubt. I have to believe.”
4:45 a.m.: Mrs. Martin gets another message: God has decided to spare the Earth. Together, the small group of believers has spread so much “light” on this night that the Earth is saved.
4:50 a.m.: One last message from above: The aliens want the good news “to be released immediately to the newspapers.” Armed with this new mission, the believers inform all the local papers and radio stations before daybreak.
When Prophecies Fail
“A man with a conviction is a hard man to change.” So opens Leon Festinger’s account of these events in When Prophecy Fails, first published in 1956 and a seminal text in social psychology to this day. “Tell him you disagree and he turns away,” Festinger continues. “Show him facts or figures and he questions your sources. Appeal to logic and he fails to see your point.”
It’s easy to scoff at the story of Mrs. Martin and her believers, but the phenomenon Festinger describes is one that none of us are immune to. “Cognitive dissonance,” he coined it. When reality clashes with our deepest convictions, we’d rather recalibrate reality than amend our worldview. Not only that, we become even more rigid in our beliefs than before.
Mind you, we tend to be quite flexible when it comes to practical matters. Most of us are willing to accept advice on how to remove a grease stain or chop a cucumber. No, it’s when our political, ideological, or religious ideas are at stake that we get the most stubborn. We tend to dig in our heels when someone challenges our opinions about criminal punishment, premarital sex, or global warming. These are ideas to which people tend to get attached, and that makes it difficult to let them go. Doing so affects our sense of identity and position in social groups — in our churches or families or circles of friends.
One factor that certainly is not involved is stupidity. Researchers at Yale University have shown that educated people are more unshakable in their convictions than anybody. After all, an education gives you tools to defend your opinions. Intelligent people are highly practiced in finding arguments, experts, and studies that underpin their preexisting beliefs, and the Internet has made it easier than ever to be consumers of our own opinions, with an- other piece of evidence always just a mouse-click away.
Smart people, concludes the American journalist Ezra Klein, don’t use their intellect to obtain the correct answer; they use it to obtain what they want to be the answer.
When My Clock Struck Midnight
I have something to confess. In the course of writing my defense of a 15-hour workweek, I stumbled across an article titled “Shorter Workweek May Not Increase Well- Being.” It was a piece in The New York Times about a South Korean study which claimed that a 10% shorter workweek had not made employees happier. Additional Googling led me to an article in The Telegraph which suggested that working less might be downright bad for our health.
Suddenly I was Dorothy Martin and my clock had struck midnight. Immediately, I mobilized my defense mechanisms. To begin with, I had my doubts about the source: The Telegraph is a somewhat populist newspaper, so how seriously should I take that article? Plus, there was that “may” in The New York Times headline. How conclusive were the study findings really? Even my stereotypes kicked in: Those South Koreans, they’re such workaholics — they probably kept working off the clock even when they reported fewer hours. Moreover, happiness? How exactly do you measure that?
Satisfied, I pushed the study aside. I’d convinced myself it couldn’t be relevant.
I’ll give you another example. I have elsewhere laid out the arguments in favor of universal basic income. This is a conviction in which I have invested a lot over the past few years. The first article I wrote on the topic garnered nearly a million views and was picked up by The Washington Post. I gave lectures about universal basic income and made a case for it on Dutch television. Enthusiastic emails poured in. Not long ago, I even heard someone refer to me as “Mr. Basic Income.” Slowly but surely, my opinion has come to define my personal and professional identity. I do earnestly believe that a universal basic income is an idea whose time has come. I’ve researched the issue extensively, and that’s the direction the evidence points.
But, if I’m being honest, I sometimes wonder if I’d even let myself notice if the evidence were pointing another way. Would I be observant enough — or brave enough — to have a change of heart?
The Power of an Idea
“Keep building your castles in the sky,” a friend quipped a while back after I sent him a couple of my articles. I could understand where he was coming from. After all, what’s the point of crazy new ideas when politicians can’t even manage to balance a budget?
That’s when I began to ask myself whether new ideas can genuinely change the world.
Now, your (very reasonable) gut response might be: They can’t – people will stubbornly stick to the old ideas that they’re comfortable with. The thing is, we know that ideas have changed over time. Yesterday’s avant-garde is today’s common sense. The question is not can new ideas defeat old ones; the question is how.
Research suggests that sudden shocks can work wonders. James Kuklinski, a political scientist at the University of Illinois, discovered that people are most likely to change their opinions if you confront them with new and disagreeable facts as directly as possible. Take the recent success of right-wing politicians who were already warning of “the Islamic threat” back in the 1990s, but didn’t get much attention until the shocking destruction of the Twin Towers on September 11, 2001. Viewpoints that had once been fringe suddenly became a collective obsession.
If it is true that that ideas don’t change things gradually but in fits and starts — in shocks — then the basic premise of our democracy, our journalism, and our education is all wrong. It would mean, in essence, that the Enlightenment model of how people change their opinions — through information-gathering and reasoned deliberation — is really a buttress for the status quo. It would mean that those who swear by rationality, nuance, and compromise fail to grasp how ideas govern the world. A worldview is not a Lego set where a block is added here, removed there. It’s a fortress that is defended tooth and nail, with all possible reinforcements, until the pressure becomes so overpowering that the walls cave in.
Get Evonomics in your inbox
Over the same months that Leon Festinger was infiltrating Mrs. Martin’s sect, the American psychologist Solomon Asch demonstrated that group pressure can even cause us to ignore what we can plainly see with our own eyes. In a now-famous experiment, he showed test subjects three lines on a card and asked them which one was longest. When the other people in the room (all Asch’s coworkers, unbeknownst to the subject) gave the same answer, the subject did, too — even when it was clearly erroneous.
It’s no different in politics. Political scientists have established that how people vote is determined less by their perceptions about their own lives than by their conceptions of society. We’re not particularly interested in what government can do for us personally; we want to know what it can do for us all. When we cast our vote, we do so not just for ourselves, but for the group we want to belong to.
But Solomon Asch made another discovery. A single opposing voice can make all the difference. When just one other person in the group stuck to the truth, the test subjects were more likely to trust the evidence of their own senses. Let this be an encouragement to all those who feel like a lone voice crying out in the wilderness: Keep on building those castles in the sky. Your time will come.
Long Was the Night
In 2008, it seemed as if that time had finally come when we were confronted with the biggest case of cognitive dissonance since the 1930s.
On September 15, the investment bank Lehman Brothers filed for bankruptcy. Suddenly, the whole global banking sector seemed poised to tumble like a row of dominoes. In the months that followed, one free market dogma after another crashed and burned.
Former Federal Reserve Chair Alan Greenspan, once dubbed the “Oracle” and the “Maestro,” was gobsmacked. “Not only have individual financial institutions become less vulnerable to shocks from underlying risk factors,”he had confidently asserted in 2004, “but also the financial system as a whole has become more resilient.” When Greenspan retired in 2006, everyone assumed he would be immortalized in history’s financial hall of fame.
In a House Committee hearing two years later, the broken banker admitted that he was “in a state of shocked disbelief.” Greenspan’s faith in capitalism had taken a severe beating. “I have found a flaw. I don’t know how significant or permanent it is. But I have been very distressed by that fact.” When a congressman asked him if he had been misled by his own ideas, Greenspan replied, “That’s precisely the reason I was shocked because I’d been going for 40 years or so with considerable evidence that it was working exceptionally well.”
The lesson of December 21, 1954, is that everything centers on that one moment of crisis. When the clock strikes midnight, what happens next? A crisis can provide an opening for new ideas, but it can also shore up old convictions.
So what happened after September 15, 2008? The Occupy movement briefly galvanized people, but quickly ebbed. Meanwhile, left-leaning political parties lost elections across most of Europe. Greece and Italy more or less canned democracy altogether and rolled out neoliberal-tinted reforms to please their creditors, trimming government and boosting labor market flexibility. In northern Europe, too, governments proclaimed a new age of austerity.
And Alan Greenspan? When, a few years later, a reporter asked him if there had been any error in his ideas, his reply was resolute: “Not at all. I think that there is no alternative.”
Fast forward to today: Fundamental reform of the banking sector has yet to happen. On Wall Street, bankers are seeing the highest bonus payments since the crash. And the banks’ capital buffers are as minuscule as ever. Joris Luyendijk, a journalist at The Guardian who spent two years looking under the hood of London’s financial sector, summed up the experience in 2013 as follows: “It’s like standing at Chernobyl and seeing they’ve restarted the reactor but still have the same old management.”
You have to wonder: Was the cognitive dissonance from 2008 even big enough? Or was it too big? Had we invested too much in our old convictions? Or were there simply no alternatives?
This last possibility is the most worrying of all.
The word “crisis” comes from ancient Greek and literally means to “separate” or “sieve.” A crisis, then, should be a moment of truth, the juncture at which a fundamental choice is made. But it almost seems that back in 2008 we were unable to make that choice. When we suddenly found ourselves facing the collapse of the entire banking sector, there were no real alternatives available; all we could do was keep plodding down the same path.
Perhaps, then, crisis isn’t really the right word for our current condition. It’s more like we’re in a coma. That’s ancient Greek, too. It means “deep, dreamless sleep.”
Capitalist Resistance Fighters
It’s all deeply ironic, if you think about it.
If there were ever two people who dedicated their lives to building castles in the sky with preternatural certainty that they would someday be proven right, it was the founders of neoliberal thought. I’m an admirer of them both: the slippery philosopher Friedrich Hayek and the public intellectual Milton Friedman.
Nowadays, “neoliberal” is a put-down leveled at anybody who doesn’t agree with the left. Hayek and Friedman, however, were proud neoliberals who saw it as their duty to reinvent liberalism. “We must make the building of a free society once more an intellectual adventure,” Hayek wrote. “What we lack is a liberal Utopia.”
Even if you believe them to be villains who made greed fashionable and are to blame for the financial crisis that left millions of people in dire straits — even then, there’s a lot you can learn from Friedrich Hayek and Milton Friedman.
One was born in Vienna, the other in New York. Both were firm believers in the power of ideas. For many years, both belonged to a small minority, a sect almost, that existed outside the cocoon of mainstream thought. Together, they tore apart that cocoon, upending the world in a way dictators and billionaires can only dream of. They set about shredding the life’s work of their archrival, the British economist John Maynard Keynes. Seemingly the only thing they had in common with Keynes was the belief that the ideas of economists and philosophers are stronger forces than the vested interests of business leaders and politicians.
This particular story begins on April 1, 1947, not quite a year after Keynes’ death, when 40 philosophers, historians, and economists converged in the small village of Mont Pèlerin in Switzerland. Some had traveled for weeks, crossing oceans to get there. In later years, they would be known as the Mont Pèlerin Society.
All 40 thinkers who came to this Swiss village were encouraged to speak their minds, and together they formed a corps of capitalist resistance fighters against socialist supremacy. “There are, of course, very few people left today who are not socialists,” Hayek, the event’s initiator, had once lamented. At a time when the provisions of the New Deal had pushed even the United States toward more socialistic policies, a defense of the free market was still seen as downright revolutionary, and Hayek felt “hopelessly out of tune with his time.”
Milton Friedman was also at the meeting of minds. “Here I was, a young, naive provincial American,” Friedman later recalled, “meeting people from all over the world, all dedicated to the same liberal principles as we were; all beleaguered in their own countries, yet among them scholars, some already internationally famous, others destined to be.” In fact, no fewer than eight members of the Mont Pèlerin Society would go on to win Nobel Prizes.
However, in 1947 no one could have predicted such a star-studded future. Large swaths of Europe lay in ruins. Reconstruction efforts were colored by Keynesian ideals: employment for all, curbing the free market, and regulation of banks. The war state became the welfare state. Yet it was during those same years that neoliberal thought began gaining traction thanks to the efforts of the Mont Pèlerin Society, a group that would go on to become one of the leading think tanks of the 20th century. “Together, they helped precipitate a global policy transformation with implications that will continue to reverberate for decades,” says the historian Angus Burgin.
In the 1970s, Hayek handed the presidency of the Society over to Friedman. Under the leadership of this diminutive, bespectacled American whose energy and enthusiasm surpassed even that of his Austrian predecessor, the society radicalized. Essentially, there wasn’t a problem around that Friedman didn’t blame on government. And the solution, in every case, was the free market. Unemployment? Get rid of the minimum wage. Natural disaster? Get corporations to organize a relief effort. Poor schools? Privatize education. Expensive healthcare? Privatize that, too, and ditch public oversight while we’re at it. Substance abuse? Legalize drugs and let the market work its magic.
Friedman deployed every means possible to spread his ideas, building a repertoire of lectures, op-eds, radio interviews, TV appearances, books, and even a documentary. In the preface to his bestselling Capitalism and Freedom, he wrote that it is the duty of thinkers to keep offering alternatives. Ideas that seem “politically impossible” today may one day become “politically inevitable.”
All that remained was to await the critical moment. “Only a crisis — actual or perceived — produces real change,” Friedman explained. “When that crisis occurs, the actions that are taken depend on the ideas that are lying around.” The crisis came in October 1973, when the Organization of Arab Petroleum Exporting Countries imposed an oil embargo. Inflation went through the roof and the economy spiraled into recession. “Stagflation,” as this effect was called, wasn’t even possible in Keynesian theory. Friedman, however, had predicted it.
For the rest of his life, Friedman never stopped emphasizing that his success would have been inconceivable without the groundwork laid since 1947. The rise of neoliberalism played out like a relay race, with think tanks passing the baton to journalists, who handed it off to politicians. Running the anchor leg were two of the most powerful leaders in the Western world, Ronald Reagan and Margaret Thatcher. When asked what she considered to be her greatest victory, Thatcher’s reply was “New Labour”: Under the leadership of neoliberal Tony Blair, even her social democratic rivals in the Labour Party had come around to her worldview.
In less than 50 years, an idea once dismissed as radical and marginal had come to rule the world.
The Lesson of Neoliberalism
Some argue that these days, it hardly matters anymore who you vote for. Though we still have a right and a left, neither side seems to have a very clear plan for the future. In an ironic twist of fate, the neoliberalist brainchild of two men who devoutly believed in the power of ideas has now put a lockdown on the development of new ones. It would seem that we have arrived at “the end of history,” with liberal democracy as the last stop and the “free consumer” as the terminus of our species.
By the time Friedman was named president of the Mont Pèlerin Society in 1970, most of its philosophers and historians had already decamped, the debates having become overly technical and economic. In hindsight, Friedman’s arrival marked the dawn of an era in which economists would become the leading thinkers of the Western world. We are still in that era today.
We inhabit a world of managers and technocrats. “Let’s just concentrate on solving the problems,” they say. “Let’s just focus on making ends meet.” Political decisions are continually presented as a matter of exigency — as neutral and objective events, as though there were no other choice. Keynes observed this tendency emerging even in his own day. “Practical men, who believe themselves to be quite exempt from any intellectual influences,” he wrote, “are usually the slaves of some defunct economist.”
When Lehman Brothers collapsed on September 15, 2008, and inaugurated the biggest crisis since the 1930s, there were no real alternatives to hand. No one had laid the groundwork. For years, intellectuals, journalists, and politicians had all firmly maintained that we’d reached the end of the age of “big narratives” and that it was time to trade in ideologies for pragmatism.
Naturally, we should still take pride in the liberty that generations before us fought for and won. But the question is, what is the value of free speech when we no longer have anything worthwhile to say? What’s the point of freedom of association when we no longer feel any sense of affiliation? What purpose does freedom of religion serve when we no longer believe in anything?
On the one hand, the world is still getting richer, safer, and healthier. That’s a huge triumph. On the other hand, it’s high time that we stake out a new utopia. Let’s rehoist the sails. “Progress is the realisation of Utopias,” Oscar Wilde wrote many years ago. A 15-hour workweek, universal basic income, and a world without borders… They’re all crazy dreams — but for how much longer?
People now doubt that “human ideas and beliefs are the main movers of history,” as Hayek argued back when neoliberalism was still in its infancy. “We all find it so difficult to imagine that our belief [sic] might be different from what they in fact are.” It could easily take a generation, he asserted, before new ideas prevail. For this very reason, we need thinkers who not only are patient, but also have “the courage to be ‘utopian.’”
Let this be the lesson of Mont Pèlerin. Let this be the mantra of everyone who dreams of a better world, so that we don’t once again hear the clock strike midnight and find ourselves just sitting around, empty-handed, waiting for an extraterrestrial salvation that will never come.
Ideas, however outrageous, have changed the world, and they will again. “Indeed,” wrote Keynes, “the world is ruled by little else.”
Cross-posted here.
2016 July 15