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sábado, 20 de janeiro de 2018

Carta Capital e o velho Ipea: um artigo perverso de 2013

Só agora conheci, mas não me surpreendeu.
Carta Capital, junto com Carta Maior e outros instrumentos companheiros, são o que são, e não preciso explicar aos cognoscenti o que eles representam em termis de ideologia. Neste caso não é só ideologia, e sim má-fé e desonestidade deliberada. Eu estava fora do Brasil em 2013, e por isso só agora, a partir de outra matéria perversa publicada, pude tomar conhecimente deste lixo escrito pelo mesmo autor sobre Ipea.
Paulo Roberto de Almeida  
Brasília, 20 de janeiro de 2018

Há um Neri para o consumo externo. E outro para o consumo interno
Há um Neri para o consumo externo. E outro para o consumo interno
 

O politburo ortodoxo

Marcelo Neri reabilita no Ipea a turma anti-Estado e a favor do atrelamento aos EUA
Oinstituto de Pesquisa Econômica Aplicada é um dos principais formuladores do pensamento do Estado brasileiro. Investe 300 milhões de reais por ano na produção e disseminação de conhecimento e informações. Reúne um grupo preparado de pesquisadores de diversas correntes ideológicas e influente, em graus distintos, na mídia. Nas últimas décadas, como um pêndulo, as turmas disputam a primazia no órgão.
Neste momento, a força está de novo com os liberais. À frente do Ipea desde setembro de 2012, o economista Marcelo Neri confirmou o temor dos desenvolvimentistas. Se em público Neri dissemina trunfos eleitorais do Palácio do Planalto, entre eles o conceito de “nova classe média”, no comando do instituto ele fortaleceu os inimigos de bandeiras históricas do lulismo. A ortodoxia que tomou conta da instituição na década de 90 do século passado, na era Fernando Henrique Cardoso, está em alta. O legado da gestão de Marcio Pochmann, antecessor de Neri, foi desmontado com a demissão de todos os diretores a ele ligados e o corte de projetos.
Quatro técnicos simbolizam a ascensão liberal a partir da chegada de Neri. Renato Baumann dirige desde dezembro de 2012 os estudos sobre relações econômicas e políticas internacionais. É ardoroso defensor de um velho projeto sepultado neste início do século XXI: a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), pensada sob medida para os interesses dos Estados Unidos. Segundo ele, o Brasil perde energia e dinheiro ao se aproximar da África e deveria apostar no irmão do Norte. Ele defendeu essa visão na abertura do IV Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais, em julho.
Um mês antes de contratar Baumann, Neri premiou Mansueto Almeida, atual chefe da divisão de estudos em sistemas produtivos. Almeida é a versão 2.0 de Fábio Giambiagi, queridinho da mídia nos anos 90 por defender uma agenda neoliberal de controle feroz dos gastos públicos e contenção do Estado. Entre colegas, vangloria-se de escrever discursos do presidenciável Aécio Neves. Em entrevista ao Correio Braziliense em setembro, chamou o governo de “perdulário” e ironizou a capacidade gerencial de Dilma Rousseff. Também participa de jantares com empresários e banqueiros descontentes.
Neri diz desconhecer ligações partidárias no Ipea e não levar o fato em conta. No caso de Adolfo Sachsida, coordenador de estudos em desenvolvimento urbano, o vínculo partidário é formal e nasceu dois meses após a sua nomeação para o cargo. Está filiado ao DEM desde maio. Em um vídeo no YouTube, apontou afinidades ideológicas: “O conservadorismo em termos morais, juntamente com o liberalismo em termos econômicos”. Fã de Ronald Reagan, foi incumbido de rever um curso de mestrado que a equipe de Pochmann havia preparado para servidores públicos. O curso é uma das heranças recebidas por Neri deixadas de escanteio.

No caso de Regis Bonelli, Neri fez o contrário: reabilitou um nome na geladeira durante a gestão Pochmann. Bonelli recebeu em outubro uma bolsa de estudos para pesquisar política industrial. Também vai coordenar a produção de um livro sobre os 50 anos do instituto, a serem comemorados em 2014. Como Baumann e Almeida, é um habitué da Casa das Garças, um think tank liberal ligado ao PSDB. Ali desfilam expoentes da era FHC, entre eles Edmar Bacha, Pérsio Arida, André Lara Resende e Arminio Fraga.
Bonelli integrava o grupo de liberais que alimentava a mídia com a versão de que Pochmann promovia um “expurgo” de adversários e um “aparelhamento” do instituto. Agora é a vez de os desenvolvimentistas sentirem-se “expurgados” e falarem em “aparelhamento”, conforme o relato de cinco técnicos que ocuparam ou ocupam postos destacados no Ipea.
Sobre a troca de diretores, o atual presidente argumenta que era preciso deixar a diretoria mais plural. O escritório do Ipea no Rio de Janeiro, dominado pelo pensamento liberal da PUC, foi reforçado. Cargos de confiança foram deslocados de Brasília para lá e Neri, até pela origem fluminense, passou a despachar e promover eventos na cidade de vez em quando. Segundo ele, há “forte complementaridade” entre o Rio e a sede na capital federal.
A Diretoria de Estudos Macroeconômicos, antes crítica da alta taxa de juros do Banco Central e do elevado pagamento de juros da dívida, foi silenciada, segundo os opositores de Neri. Uma pesquisa mensal sobre as expectativas das famílias, criada para influenciar a opinião pública e o governo nos moldes do levantamento com integrantes do sistema financeiro, foi cancelada. Segundo Neri, ela era cara, tinha falhas e acrescentava pouco ao debate.
O economista limitou ainda a concessão de bolsas de doutorado. A restrição e as regras propostas para a seleção dos candidatos custaram a Neri um abaixo-assinado com a assinatura de 74 pesquisadores. Foi um dos maiores atos de oposição da história da casa.
Embora tenha fertilizado a ortodoxia, Neri revelou-se individualmente o presidente mais governista da história do Ipea, dizem os críticos. O motivo seria a ênfase dada ao tema da “nova classe média”. A prioridade se explica por sua escolha. Ao nomeá-lo, Dilma Rousseff pediu-lhe que mantivesse a linha adotada no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas: estudasse a pobreza, cuja redução é a principal meta do governo.

Duas semanas depois de Neri assumir o cargo, a página do Ipea na internet informava que um livro do economista, A Nova Classe Média, ilustrativo de sua carreira e da afinidade com os planos de Dilma, disputaria o Prêmio Jabuti, o mais badalado do setor de livros. É o tipo de situação que nutre ataques internos contra ele. Se a obra foi lançada antes de sua entrada no Ipea e por outra editora, sua divulgação não seria promoção pessoal?
Outra alfinetada: em 2010, a OCDE lançou um livro sobre desigualdades no Brasil, China, Índia e África do Sul. Um dos capítulos foi escrito pelo economista. No texto, ele mostrava seis fórmulas que permitiam identificar o peso específico dos salários, dos programas sociais e das aposentadorias na queda da desigualdade. As equações tinham sido desenvolvidas por outro brasileiro, o economista Rodolfo Hoffmann, que as apresentou em 2006 em uma revista da Universidade Federal Fluminense. “Considero-me plagiado”, disse Hoffmann a CartaCapital. Neri nega a acusação. Diz ter sempre citado o pesquisador da UFF. E revida: o próprio Hoffmann omite que fórmulas de decomposição do Índice de Gini existem na literatura internacional há 17 anos.
Desde março, Neri acumula a presidência do Ipea e o cargo de ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. E também enfrenta problemas por lá. O entrevero se dá no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, vinculado à secretaria. Formado por empresários, sindicalistas e acadêmicos, o “conselhão” foi criado em 2003 para expor a posição da sociedade sobre políticas públicas. Seus conselheiros sentem-se ignorados por Dilma.
O sentimento piorou sob o comando de Neri. O economista organizou uma reunião em agosto em que os conselheiros só puderam ouvir a opinião de representantes do governo. A então secretária do conselho, Angela Gomes, ficou ao lado dos representantes da sociedade civil. Foi demitida pelo ministro em setembro. Os conselheiros não querem mais dialogar com o presidente do Ipea e defendem que a Secretaria-Geral da Presidência assuma a coordenação do conselhão.
Neri, parece, deixa Dilma Rousseff contente. Mas ele se encaixaria perfeitamente no gabinete da senhora Thatcher.

Uma aula de Paulo Kramer sobre patrimonialismo e a corrupcao do PT

Patrimonialismo tradicional brasileiro e corrupção petista: uma lição de Paulo Kramer

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: considerações sobre patrimonialismo e corrupção; finalidade: introduzir um texto de Paulo Kramer sobre os dois fenômenos no Brasil]


Introdução
Concordo inteiramente com a lição de Paulo Kramer abaixo transcrita: existe uma diferença fundamental, essencial, entre, por um lado, a corrupção "normal" do sistema político, pervasiva, resiliente, tradicional entre os todos os partidos políticos, entre todos os caciques do velho sistema, e a corrupção sistêmica, "científica", organizada no modo bolchevique, do PT e sua liderança mafiosa (um pouco como era o partido nazista na Alemanha hitlerista).
A diferença, para mim (PRA), é esta: enquanto a corrupção tradicional se faz, na terminologia marxista, pelo velho "modo artesanal de produção da corrupção", ou seja, em caráter individual, oportunista, usando os recursos habituais da classe política para assaltar o Estado – emendas parlamentares, superfaturamento em despesas governamentais locais, achaque a empresas que serão protegidas depois, caixa 2 como sempre se fez, já a corrupção no universo petista, ou petralha, se faz pelo "modo industrial de produção da corrupção", sistêmica, organizada, cientificamente organizada pelo partido neobolchevique, destinada não apenas ao enriquecimento individual dos líderes mafiosos, mas correspondendo igualmente, e talvez principalmente, a um projeto coletivo, partidário, de monopólio do poder, o que se dá não apenas pelo assalto a TODOS os recursos do Estado, onde estiverem, mas pelo achaque e a extorsão direta, organizada das empresas, TODAS as empresas, públicas e privadas. Onde houver um emprendimento qualquer, os petralhas irão lá arrancar dinheiro para si e para a causa.
Qual é a causa?
Ora, a manutenção do poder, a todo custo.
Os petistas, os petralhas, os mafiosos do partido neobolchevique não estão minimamente interessados em "construir o socialismo", de qualquer século, do XIX ao XXI, como tentaram fazer os idiotas do socialismo bolivariano chavista, com isso mergulhando a pobre Venezuela na maior crise de sua história. Não, eles têm todo o interesse em preservar o capitalismo, pois sabem que o socialismo é sinônimo de miséria, de pobreza. Eles só querem extorquir os capitalistas – industriais e banqueiros – e viver às custas deles, ou seja, preservando o capitalismo, mas cobrando um alto preço deles e de toda a sociedade, extorquindo TODOS os produtores de riqueza na sua sanha predatória.
Mas vamos ler a lição de Paulo Kramer.


Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 20 de janeiro de 2018

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Patrimonialismo

Paulo Kramer

Um amigo me perguntou: "Mas, afinal, qual a diferença entre o PT e os outros partidos?" Respondi assim:
Oi, meu caro! Grato pela oportunidade, e vamos lá:
1) Ao contrário da maioria dos meus amigos e conhecidos que ficaram decepcionados e indignados quando começaram a vir à tona os primeiros podres do governo lulopetista, não fiquei nem uma coisa, nem outra, porque já estava cansado de saber, por estudo e observação própria, que a esquerda não democrática É, SEMPRE FOI, NUNCA DEIXARÁ DE SER P-A-T-R-I-M-O-N-I-A-L-I-S-T-A: aqui, em Cuba, na antiga União Soviética e nos seus satélites do Leste europeu, na China, na Venezuela, enfim, em qualquer lugar do mundo seja qual for a época. E, se alguém ainda nutria dúvidas sobre isso, foi porque nunca se deu o trabalho de perceber quais os países que a petralhada sempre teve como modelos.
2) O lulopetismo inventou o patrimonialismo? Claro que não, assim como Ayrton Senna não foi o inventor do automobilismo... Aliás, patrimonialista (i. e., predadora dos recursos públicos para engordar o patrimônio pessoal ou familiar) é toda a nossa cultura política. Patrimonialismo significa sempre e necessariamente atraso e miséria? Não, o patrimonialismo apresenta versões modernizadoras (Marquês de Pombal, em Portugal; Getúlio Vargas e regime militar no Brasil; Pedro, o Grande na Rússia etc., etc., etc.). Agora, corrupto, sempre; base de um regime político e econômico em que o Estado é mais forte que a sociedade, fazendo da segunda refém do primeiro, sempre também.
3) TODOS OS PARTIDOS POLÍTICOS BRASILEIROS SÃO PATRIMONIALISTAS, porque patrimonialista é essa matriz socioeconômica e política comum a cada um deles. Mas, então, em que o lulopetismo se distingue deles? Tentarei esclarecer: os outros partidos que formam a 'base parlamentar aliada' de qualquer governo agem como quadrilhas relativamente independentes (é o grupo do deputado X na previdência, é a panelinha do senador Y no setor elétrico, é o 'esquema' do ministro ou governador Z nesta ou naquela estatal... Enfim, cada quadrilha roubando para enriquecer os clãs familiares e políticos encastelados nas cúpulas dos diferentes partidos, mas que, em razão desse mesmo caráter descentralizado da roubalheira, jamais teve força suficiente, muito menos projeto consistente, para substituir o regime democrático (com todos os defeitos e limitações deste) por um sistema mais monopolizador do poder, de tipo ostensivo (regimes de partido único, a exemplo de Cuba, URSS etc) ou disfarçado (como os governos do PRI mexicano durante sete décadas a fio -- uma única legenda com efetivo controle das alavancas do poder [na mão direita, o Diário Oficial; na esquerda, os sindicatos e movimentos sociais corrompidos e domesticados ], em torno da qual gravitam partidecos sustentamos pelas migalhas caídas da mesa do banquete da sigla hegemônica).
4) O lulopetismo foi o único a atrever-se a um projeto centralizado, tentacular, onipresente de corrupção a serviço da eternização no poder. Nas condições atuais do mundo e do Brasil, o modelo mais viável não seria o despotismo de partido único, mas sim o hegemonismo à la PRI mexicano. 
Entendem a diferença? Para os outros clãs partidários e eleitorais, a corrupção era/é um fim em si; para o PT, um meio de eternizar-se no poder.
5) Liberais no Ministério da Fazenda, conforme o script esboçado na Carta ao Povo Brasileira (que prefiro chamar de documento sossega-banqueiro) que Lula divulgou em plena campanha de 2002, com texto de Antonio Palocci. Lembrar que, naquele momento,  a tensão pré-eleitoral estava nas alturas, com o dólar encostando em 4 reais, justamente pelo temor do mercado de que Lula e PT, se/quando chegassem ao poder cumpririam tudo aquilo que prometiam desde a fundação do partido, isto é, a implantação de um regime socialista à la Cuba, ou Angola, ou qualquer outro modelo acalentado por amantes do totalitarismo como Zé Dirceu. Por isso, depois de ganhar aquela primeira eleição, a política econômica do primeiro mandato de Lula seria impecavelmente ortodoxa, fincada no tripé câmbio flutuante, metas inflacionárias e responsabilidade fiscal. Atribuo a manutenção do Meirelles durante oito anos à frente do Banco Central como fruto da superior compreensão do ex-pobre Lula de que as maiores vítimas da inflação são os pobres, que, ao contrário das classes média e alta,  não podem se refugiar em aplicações financeiras indexadas; para o assalariado ou biscateiro pobre, num contexto de inflação alta, o dinheiro vira pó assim que é recebido...
6) No fundo, os lulopetistas jamais se converteram à economia de mercado, permanecendo fiéis ao besteirol intervencionista e estatizante que nem ao menos chega ser original, já que herdado das ditaduras estado-novista e militar. O disfarce liberal ortodoxo da política econômica do primeiro mandato não tardaria a ser abandonado, sob o estímulo de três fatores conjunturais: a maré de prosperidade ensejada pelo boom internacional dos preços das commodities agropecuárias e minerais; o advento da Grande Recessão mundial em 2008/2009, que reanimou as velhas e nunca preenchidas expectativas da esquerda de um colapso planetário e final  do capitalismo; e a descoberta do pré-sal, que, na cabecinha dessa gente, soou como senha para mandar às favas a responsabilidade fiscal e todo aquele receituário econômico 'de direita'.  E vamos enfiar cada vez mais grana no rabo de Joesleys e Eikes, que aventureiros como eles eram os grandes financiadores das campanhas do PT, além de fontes aparentemente inesgotáveis de propina. A esse trinômio, eu acrescentaria uma quarta  eventualidade decisiva para compreender a regressão da política econômica na passagem do 1º para o 2º mandato de Lula: a derrocada do Palocci com o escândalo caseiro-gate. Ele era um dos únicos da cúpula lulopetista a compreender a superioridade infinita da economia de mercado sobre todos os modelos alternativos e, se tivesse a coragem e a lucidez  de livrar-se do abraço sedutor, paralisante e delinquente do patrimonialismo, estaria em condições de liderar a transição do PT do socialismo populista, atrasado, para-bolivariano etc., rumo à socialdemocracia moderna, respeitadora das cláusulas pétreas da economia de mercado e do regime representativo.

Quem quiser saber mais, deve ler, do meu mestre e amigo ANTONIO PAIM, um dos maiores pensadores brasileiros vivos: Momentos Decisivos da História do Brasil; Marxismo e Descendência; O Liberalismo Contemporâneo (3ª edição); A Querela do Estatismo (2ª edição) e O Relativo Atraso Brasileiro e sua Difícil Superação; do saudoso diplomata, humanista e psicólogo junguiano José Osvaldo de Meira Penna: Em Berço Esplêndido e O Dinossauro; e, do historiador das ideias Ricardo Vélez Rodríguez (o mais brilhante discípulo de Antônio Paim): A Grande Mentira.

Um última observação sobre POPULISMO e PATRIMONIALISMO: nem todo patrimonialismo é populista, mas todo populismo é patrimonialista. Demagogos inescrupulosos como Lula exploram as fragilidades intelectuais e a imaturidade cívica de culturas políticas como a nossa, nas quais o entroncamento da herança contra-reformista ibérica com o positivismo de cunho religioso (ração ideológica da qual se fartaram o pensamento militar republicano e o caudilhismo gaúcho de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros, Getúlio Vargas e Leonel Brizola) e o marxismo mais rastaquera formaram o caldo de cultura do coitadismo mais nocivo. Esses falsos messias sabem que, no Brasil e em Nuestra América de maneira geral, basta afetar e exibir esse falso sentimento de compaixão pelos pobres para receber de amplas parcelas da opinião pública, a começar pelos estamentos intelectuais e artísticos um amplo salvo conduto para saquear o erário é enriquecer à custa do suor do contribuinte. 

Paulo Kramer
Brasília, 19 de janeiro de 2018.

Karl Marx, o filme: verdades e mentiras

 

Verdades e mitos sobre o filme “O jovem Karl Marx”, de Raoul Peck

Biógrafo de Marx, Michael Heinrich, escreve sobre o novo filme de Raoul Peck  

Este ano, completam-se 200 anos de nascimento de Karl Marx. Em homenagem à data, a Boitempo – maior editora de Marx no Brasil – prepara uma série de lançamentos de peso. Entre eles está a ambiciosa biografia intelectual e política de Karl Marx escrita pelo pesquisador da Marx-Engels-Gesamtausgabe II, Michael Heinrich. Intitulada Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna, a obra será dividida em ao menos três volumes, dos quais o primeiro terá sua publicação mundial este ano. A pedido da editora, ele escreveu sobre o filme O jovem Karl Marx, digirido por Raoul Peck, e que está atualmente em cartaz em ao menos dez cidades no Brasil: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Niterói, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Paulo e Vitória. A tradução é de Artur Renzo.
Boa leitura!
* * *

Por Michael Heinrich.

O jovem Karl Marx é um belo filme, realizado de maneira muito profissional por um admirável diretor de esquerda (o haitiano Raoul Peck) e com uma série de atores realmente bons. Ele abarca o período entre 1842, quando Marx era o editor-chefe da Gazeta Renana (Rheinische Zeitung), e início de 1848, quando fica pronto o Manifesto Comunista. O filme não foca apenas na amizade entre os dois rapazes, Karl Marx e Friedrich Engels, cujas teorias posteriormente tornaram-se enormemente influentes; ele trata também das relações desses dois homens com suas parceiras – Jenny von Westphalen e Mary Burns, respectivamente – e do importante papel que essas mulheres desempenharam. Comparado com algumas das produções mais antigas sobre Marx produzidas na União Soviética e na Alemanha Oriental, esse filme é, em qualquer aspecto, bastante superior.
No entanto, vale a pena não perder de vista que evidentemente nem tudo que aparece no filme são dados ou anedotas comprovadas. É certo que os fatos principais estão todos corretos: que Marx editava um jornal em Colônia, que ele viajou a Paris onde encontrou Proudhon e onde tem início sua amizade com Engels, que Marx e Engels se tornaram influentes na “União de Comunistas” etc. Entretanto, praticamente todos os detalhes são puramente fictícios. Não sabemos quando, onde e como Engels encontrou Mary Burns. Não temos conhecimento nem mesmo de uma única fotografia dela. A história contada pelo filme, de que Mary trabalhava em uma fábrica da qual o pai de Engels era parcialmente proprietário não passa de um bom conto-da-carochinha. (Aliás, o pai de Engels nunca nem dirigiu uma fábrica na Inglaterra, ele residiu a vida toda na Alemanha).
Sem dúvida, quando se quer produzir uma narrativa cinematográfica cativante, é preciso se valer de tais artifícios, é necessário inserir falas e montar cenas puramente fictícias para colocar determinados temas em evidência. Em certa medida, pode se dizer esse tipo de procedimento como tal é inerente a qualquer adaptação da matéria histórica em forma fílmica. No entanto, a forma pela qual certas coisas foram postas em evidência acabou deixando de fora um dos aspectos, a meu ver, mais fascinantes da figura de Marx. Vejamos.
Quando, no filme, Marx aparece pela primeira vez discutindo com o conselho editorial da Gazeta Renana e exigindo a adoção de uma linha mais radical contra o governo prussiano, a polícia já está esperando do lado de fora, batendo à porta, e finalmente prende o conselho inteiro do jornal. O problema não é nem que esse episódio não tenha nunca de fato ocorrido (o jornal foi censurado e eventualmente fechado pelo governo, mas ninguém chegou a ser preso). O problema é que já nessa cena inicial, o muito jovem Marx aparece retratado como um lutador radical contra as autoridades prussianas, que por sua vez revidam de maneira implacável.
A história verdadeira não é tão simples, mas é muito mais interessante. A Gazeta Renana foi fundada e financiada pela burguesia liberal da região do Reno e, na medida em não se tratava de um jornal católico, o Estado prussiano (que era protestante) tinha até certas simpatias pela publicação. Em 1842/43, Marx era um liberal e não um comunista. Nessa época, ele não era um opositor fundamental ao Estado prussiano. Em seus artigos, ele na verdade buscava demonstrar como o Estado prussiano, na condição de Estado moderno esclarecido, deveria agir. Foi somente depois da Gazeta Renana ter sido fechada que Marx começou a questionar sua posição anterior. Além disso, as autoridades prussianas dessa época também não eram tão hostis a Marx quanto o filme insinua: depois de terem fechado a Gazeta Renana, elas inclusive entraram em contato com ele e para lhe oferecer um cargo (oferta que Marx, aliás, recusou).
Para mim, um dos aspectos mais fascinantes da personalidade de Marx é essa radical disposição de aprendizado, de rever conceitos anteriores à luz de insights novos. No filme, esse aspecto acaba sendo reduzido a uma visão muito simplificada: o gênio, Marx, que sempre se manteve firme no mesmo caminho – o correto –, e que nunca teve de superar alguma ideia anterior questionável. Quando, no filme, Marx encontra Proudhon em 1844 pela primeira vez, ele já o critica com argumentos que na realidade seriam usados apenas em 1847 na Miséria da filosofiaO filme apresenta Marx como teoricamente superior a Proudhon logo no primeiro encontro dos dois. No entanto, no início de 1844, Marx na verdade o admirava justamente porque nessa época Proudhon tinha um domínio maior de teoria econômica. Antes de Marx se tornar capaz de criticar Proudhon, ele teve de aprender muito com ele.
A maneira pela qual o real desenvolvimento intelectual e político de Marx passa ao largo do filme se torna muito clara na cena em que Marx e Engels se encontram em Paris na casa de Arnold Ruge. Marx reprova Engels e explica o porquê: quando eles se encontraram em Berlim no salão de Bettina von Arnim, Engels falava do comunismo como se ele o houvesse inventado. Esqueçamos que Marx deixou Berlim em abril de 1841 e que Engels chegou à capital alemã apenas em setembro de 1841, de tal sorte que esse encontro nem poderia ter ocorrido. O ponto importante é que em 1841 o comunismo não era sequer uma questão para Marx, tampouco para Engels. Além de não serem de forma alguma comunistas na época, eles nem debatiam teorias comunistas naquele momento.
Em todo caso, de uma forma geral, trata-se de um filme bem legal, que certamente pode inspirar as pessoas a aprenderem mais sobre a vida e obra de Marx e Engels. Já isso é um tremendo mérito que devemos apreciar. Então, aproveite o filme, mas não deixe de ler sobre a vida e a trajetória intelectual e política de Marx!
***
Michael Heinrich é cientista político, matemático e biógrafo de Marx. Foi professor convidado de ciência política na Universidade de Viena e na Universidade Livre de Berlim. Atualmente é professor de economia na Universidade de Ciências Aplicadas de Berlim. Editor da PROKLA (Jornal da ciência social crítica) e do site Oekonomiekritik, participa do projeto MEGA 2, um monumental esforço internacional visando à publicação das obras completas de Marx e Engels. É autor, entre outros, do prefácio à edição da Boitempo do Livro II de O capital, de Marx e dos livros Crítica da economia política: uma introduçãoUma introdução aos três volumes d’O capital de Marx. Em 2018 a Boitempo publicará o primeiro volume de sua monumental biografia intelectual e política de Karl Marx: Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna – ambicioso projeto que comportará ao menos três volumes ao todo!

Livre de vírus. www.avast.com

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Aluisio Lima-Campos, Juan Antonio Gaviria: Trade Policy: lancamento (em Washington)

Eu recomendo mesmo sem ter recebido o livro e sem ver o seu conteúdo.
Mas é que conheço o autor, da embaixada do Brasil em Washington, e sei de sua expertise nos temas de políticas comerciais, na teoria, na prática, casos concretos de contenciosos envolvendo o Brasil, os EUA e outros países.
Basta ver, aliás, os nomes que comentarão o livro quando do lançamento, todos experts reconhecidos nessa mesma área.

Contas nacionais e contas estaduais: deterioracao calamitosa - Ricardo Bergamini, OESP

Prezados Senhores
Cabe lembrar que o mais grave crime de responsabilidade fiscal cometido por Temer foi o de ter concedido aumentos salariais aos servidores públicos federais programados até 2019 (o seu efeito cascata se propagou para os estados e municípios) inviabilizando qualquer programa de ajuste fiscal no Brasil, já que o gasto com pessoal é a fonte primária da tragédia fiscal brasileira, conforme abaixo:
Em 2002 os gastos com pessoal consolidado (união, estados e municípios) foi de 13,35% do PIB. Em 2016 foi de 15,27% do PIB. Crescimento real em relação ao PIB de 14,38% representando 47,16% da carga tributária de 2016 que foi de 32,38%. Para que se avalie a variação criminosa dos gastos reais com pessoal, cabe lembrar que nesse mesmo período houve um crescimento real do PIB Corrente de 34,70%, gerando um ganho real acima da inflação de 54,07% nesse período. Nenhuma nação do planeta conseguiria bancar tamanha orgia pública.
S&P rebaixa nota de crédito do Brasil

Graças a Deus que existe vida inteligente fora do Brasil para nos livrar desses malditos vigaristas, pilantras e vagabundos “papagaios de piratas” que destorcem, omitem e mentem sobre a verdade absoluta dos números divulgados pelos órgãos técnicos do estado brasileiro
Ricardo Bergamini

Conta dos Estados sai do azul para rombo de R$ 60 bi
16.01.18 - 07h00

Em um período de três anos, os Estados saíram de um resultado positivo de R$ 16 bilhões em suas contas para um déficit de R$ 60 bilhões no fim de 2017. Isso significa que os governadores assumiram seus postos, em 2015, com o caixa no azul e, se não tomarem medidas drásticas até o fim deste ano, vão entregar um rombo bilionário para seus sucessores. 
O levantamento feito a pedido do Estado pelo especialista em contas públicas Raul Velloso mostra o resultado de uma equação que os governos não conseguiram resolver: uma folha de pagamento crescente associada a uma queda na arrecadação de impostos por causa da crise econômica. “É o mandato maldito”, diz Velloso. “Diante da pior recessão do País, os Estados saíram de um resultado positivo para um déficit histórico.”
O Rio Grande do Norte foi o Estado cuja deterioração fiscal se deu mais rapidamente nesse período. Depois de ter acumulado um superávit de R$ 4 bilhões entre 2011 e 2014, entrou numa trajetória negativa até acumular um déficit de R$ 2,8 bilhões de 2015 a outubro de 2017.
Esse descompasso fiscal pode ser visto nas ruas. Com salários atrasados, a polícia civil entrou em greve e uma onda de violência tomou o Estado no fim do ano. Os policiais encerraram a paralisação, mas servidores da saúde continuam em greve.
Além do Rio Grande do Norte, os casos de desajuste fiscal que ficaram mais conhecidos foram os do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Mas outros Estados seguem o mesmo caminho, como Goiás, Pernambuco e Sergipe. Eles estão entre os mais mal avaliados pelo Tesouro Nacional sob o ponto de vista de capacidade de pagamentos. “Há uma fila de Estados prontos para passarem por uma crise aguda (como a do Rio Grande do Norte)”, diz o economista Leonardo Rolim, consultor de orçamentos da Câmara.
Para o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, o grande vilão do déficit estadual é o aumento da folha de pagamento dos Estados, que precisa, a cada ano, arcar com um número maior de aposentados. “O envelhecimento da população é muito rápido e, por isso, o aumento dos gastos também.” De acordo com o levantamento de Velloso, as despesas e receitas anuais dos Estados empataram em 2014, atingindo R$ 929 bilhões cada uma. Desde então, as receitas recuaram de forma mais abrupta: atingiram R$ 690 bilhões nos dez primeiros meses de 2017, enquanto as despesas somaram R$ 715 bilhões.
Do lado das receitas, além da crise reduzir a arrecadação com impostos, o corte de repasses do governo federal acentuou a dificuldade dos Estados. “Até 2014, o governo dava empréstimos que mascaravam a situação”, afirma a economista Ana Carla Abrão Costa, que foi secretária da Fazenda de Goiás até 2016.
Se, nos últimos anos, o desajuste fiscal já obrigou a maioria dos Estados a reduzir investimentos, neste ano, o corte deve ser ainda maior. Isso porque, como é último ano de mandato, os governadores não podem deixar restos a pagar para os que assumirem em 2019. Tarefa que, para Velloso, é impossível. “Não tem a menor condição de eles zerarem esses déficits.”
Já Rolim diz que os governadores poderão recorrer a manobras, como o cancelamento de restos a pagar. “É uma espécie de calote. Despesas com obras não concluídas, por exemplo, não tem problema, mas fornecedores poderão ficar sem receber.”
Para Ana Carla, as contas vão acabar fechando porque o ano é de eleição. “Como não podem deixar restos a pagar, os Estados vão buscar recursos extraordinários como nunca”, afirma. O superintendente do Tesouro de Goiás, Oldair da Fonseca, afirmou que o governo trabalha com austeridade para não deixar restos a pagar para 2019. Ele destacou que o déficit de 2017 ficará em R$ 900 bilhões – em 2015, havia sido o dobro.
O secretário das Finanças do Rio Grande do Norte, Gustavo Nogueira, afirmou que a raiz do problema é o déficit previdenciário. O governo de Pernambuco disse que não considera como despesa total as despesa empenhadas (autorizadas), como foi feito no levantamento, e que fechou o ano com receita para cobrir seus gastos. O de Sergipe não retornou.
O governo do Rio afirmou que sua situação foi muito prejudicada pela crise, já que sua economia é dependente da indústria do petróleo. O de Minas Gerais informou que já recebeu o Estado em situação delicada e que a folha de pagamento tem deteriorado as contas ainda mais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A difderenca entre nacoes pobres e ricas: atitude das pessoas

Texto recebido por e-mail e que já circula há certo tempo na internet.
Nem por isso é menos verdadeiro.
Paulo Roberto de Almeida

A diferença é a atitude das pessoas, moldadas durante muitos anos pela  educação e cultura.


A Diferença entre as Nações Pobres e Ricas não é a Idade da Nação.

Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que têm mais de 2000 anos e "são países pobres" ainda.

Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos atrás eram insignificantes,hoje são países desenvolvidos e "ricos".

A diferença entre a nação pobre e rica não depende também dos recursos naturais disponíveis.

Japão tem um território 'limitado', 80% montanhoso, inadequado para a agricultura ou agropecuária, mas é a segunda economia do mundo.*O país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima de todo o mundo e exportando produtos manufaturados.

Segundo exemplo é a Suíça, onde não cresce cacau mas produz os melhores chocolates do mundo. Em seu pequeno território ela cuida de suas vacas e cultiva a terra apenas por quatro meses ao ano,não obstante, fabrica os melhores produtos de leite. Um 'pequeno país' que é uma imagem de segurança que tornou-se o banco mais forte do mundo.

'Executivos' de países ricos que 'interagem' com seus homólogos dos países pobres não mostram nenhuma diferença intelectual significativa.

Os "fatores raciais" ou de cor, também, 'não têm importância: imigrantes fortemente "preguiçosos" em seus países de origem, são altamente produtivos em países ricos  da Europa.

Então, qual é a diferença?

A diferença é a atitude das pessoas, moldadas durante muitos anos pela educação e cultura.


Quando analisamos o comportamento das pessoas dos países ricos e desenvolvidos, observa-se que uma maioria respeita os seguintes princípios de vida:



1. Ética, como princípio básico.
2. Integridade.

3. Responsabilidade.

4. O respeito pela legislação e regulamentação.
5. O respeito da maioria dos cidadãos pelo direito do outro.
6. O amor ao trabalho.
7. O esforço para poupar e investir.
8. A vontade de ser produtivo.
9. A pontualidade.
10. O orgulho de cumprir com o seu dever.


Nos países pobres, uma pequena minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária.

Não somos pobres porque nos falta recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco.

Somos pobres porque nos falta atitude. Falta-nos vontade de seguir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

ESTAMOS NESTE ESTADO PORQUE QUEREMOS LEVAR VANTAGEM SOBRE TUDO E TODOS.  ESTAMOS NESTE ESTADO PORQUE VEMOS ALGO FEITO DE FORMA ERRADA E DIZEMOS -  "Não é meu problema" 

DEVERÍAMOS LER MAIS  E AGIR MAIS!

SÓ ENTÃO SEREMOS CAPAZES DE MUDAR NOSSO ESTADO PRESENTE.


Eis as razões, segundo definições clássicas de MARGARETH THATCHER: "O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros".
***

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade".


"Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber".

"O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém".

"Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação".

Se você trabalha, você deve trabalhar mais duro ainda, pois milhões de pessoas dependem do seu trabalho.

São as pessoas que vivem do Fome-Zero, do Bolsa-Invasão, do Bolsa-Desemprego, do Bolsa-Escola, do Bolsa-Família, do Bolsa-Cota, do Auxílio-Reclusão, ou que recebem, sem trabalhar, o Vale-Leite, o Vale-Gás, os Vale-Tudo....!


TODOS OS PARTIDOS são responsáveis  por tudo isso que está acontecendo no país, e NÓS TAMBÉM, que não fazemos nada.