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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

ESG, 1949-2017: 68 anos de estudos continuos

Escola Superior de Guerra, minha contemporânea.
Estou convidado para dar um curso em 2018 na unidade de Brasília.
Terei de pensar muito bem no que vou dizer.
Talvez faça uma resenha crítica de tudo o que os diplomatas que me precederam fizeram em suas palestras na ESG.
Paulo Roberto de Almeida
Joinvile, 1 de janeiro de 2018

Trabalhos publicados em 2017 - Paulo Roberto de Almeida

Uma lista fechada agora, mas com possíveis correções em breve...
Paulo Roberto de Almeida


TRABALHOS PUBLICADOS, 22
2017: Do n. 1.249 ao n. 1.280

Paulo Roberto de Almeida 
Atualizada em 1 de janeiro de 2017

Final da série de Publicações de 2017, em ordem cronológica inversa:
Número de trabalhos publicados: 31, ou 2,5 trabalhos por mês.

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1280. “3210. “O IPRI como produtor de conhecimento: os primeiros 30 anos”, Cadernos de Política Exterior (Brasília: IPRI, ano 3, n. 6, julho-dezembro de 2017, p. 357-362). Postado no blog Diplomatizzando (21/12/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/ipri-30-anos-minha-homenagem-paulo.html). Relação de Publicados n.

1279. “Globalismo e globalização: os bastidores do mundo”, série Brasil Paralelo, com Olavo de Carvalho. Transmitido online via YouTube em 11/12/2017 (link: https://www.youtube.com/watch?feature=youtu.be&utm_campaign=inscritos_-_o_primeiro_debate_do_webinario_ja_esta_no_youtube&utm_medium=email&utm_source=RD%2BStation&v=6Q_Amtnq34g). Relação de Originais n. 3202.

1278. “A construção do direito internacional do Brasil a partir dos pareceres dos consultores jurídicos do Itamaraty: do Império à República”, Boletim da Sociedade Brasileira de Direito Internacional (São Paulo: SBDI, número especial, 2017, p. 1153-1211). Relação de Originais n. 3023.

1277. Oliveira Lima: um historiador das Américas, Paulo Roberto de Almeida, André Heráclio do Rêgo (Recife: CEPE, 2017, 175 p.; ISBN: 978-85-7858-561-7). Anunciado no Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/oliveira-lima-um-historiador-das.html). Relação de Originais n. 3177.

1276. “Uma visão crítica da política externa brasileira: a da SAE-SG/PR”, Mundorama: Revista de Divulgação Científica em Relações Internacionais (2/12/2017; ISSN: 2175-2052; acessado em 03/12/2017; link: http://www.mundorama.net/?p=24308); postado nas plataformas Academia.edu (link: https://www.academia.edu/s/28ae2de83d/uma-visao-critica-da-politica-externa-brasileira-a-da-sae-sgpr?source=link) e Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/317636574_Uma_visao_critica_da_politica_externa_brasileira_a_da_SAE-SGPR; DOI: 10.13140/RG.2.2.29591.78249). Divulgado no blog Diplomatizzando (4/12/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/politica-externa-brasileira-visao.html). Relação de Originais n. 3126.

1275. “A economia política das relações econômicas internacionais do Brasil: paradigmas e realidades, de Bretton Woods à atualidade”, Anais do II Encontro de Economia Política Internacional do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, II ENEPI; organizadores: Bernardo Salgado Rodrigues; Laura Emilse Brizuela; Mario Afonso Lima (Rio de Janeiro: UFRJ, 2017; p. 1348-1369; ISSN: 2594-6641; disponível: https://drive.google.com/file/d/1EX3XDKFNYnMxhzm5W8xBj_8waB6fiqRE/view; acesso em 29/11/2017). Serviu de base a apresentação no Ipea, em 2/06/2017; disponível em Academia.edu (https://www.academia.edu/s/cbb5ae9c50/the-political-economy-of-international-economic-relations-of-brazil-1944-2016). Relação de Originais n. 3109.

1274. “Prata da Casa, junho de 2017 a novembro de 2017” [Mini-resenhas sobre os seguintes livros: (1) Jaime Pinsky (org.), O Brasil no contexto, 1987-2017 (São Paulo: Contexto, 2017, 224 p.; ISBN: 978-85-7244-992-2); (2) Gustavo Westmann (org.): Novos olhares sobre a Política Externa Brasileira (São Paulo: Contexto, 2017, 272 p.; ISBN: 978-85-7244-986-1); (3) Rogério de Souza Farias: Edmundo P. Barbosa da Silva e a construção da diplomacia econômica brasileira (Brasília: Funag, 2017, 589 p.; ISBN: 978-85-7631-682-4); (4) Sergio de Queiroz Duarte: Desarmamento e temas correlatos (Brasília: Funag, 2014, 244 p.; ISBN: 978-85-7631-507-0; Coleção Em Poucas Palavras). (5) Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.): A importância da Espanha para o Brasil: história e perspectivas (Brasília: Funag, 2017, 217 p.; ISBN: 978-85-7631-670-1); (6) Martin Normann Kämpf: Ilha da Trindade: a ocupação britânica e o reconhecimento da soberania brasileira (1895-1896) (Brasília: Funag, 2016, 221 p.; ISBN: 978-85-7631-584-1)], Revista da ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n. 96, julho de 2017 a novembro de 2017, p. 39-41; ISSN: 0104-8503). Relação de Originais n. 3137.

1273. “Depois da diplomacia companheira: o que vem pela frente?”, Gazeta do Povo (28/11/2017, link: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/depois-da-diplomacia-companheira-o-que-vem-pela-frente-di5ffopc0ywu56cc29s8s5hsr). Divulgado no blog Diplomatizzando (28/11/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/11/depois-da-diplomacia-companheira-o-que.html). Relação de Originais n. 3197.

1272. “5 coisas que aprendi dando aula numa universidade pública brasileira”, Spotniks (27/11/2017; link: https://spotniks.com/5-coisas-que-aprendi-dando-aula-numa-universidade-publica-brasileira/). Postado no blog Diplomatizzando (27/11/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/11/5-coisas-que-aprendi-dando-aula-numa.html). Relação de Originais n. 3173.

1271. Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro, Sérgio Eduardo Moreira Lima; Paulo Roberto de Almeida; Rogério de Souza Farias (organizadores); Brasília: Funag, 2017; disponível na Biblioteca Digital da Funag: volume 1, 568 p.; ISBN: 978-85-7631-696-1; link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=913; volume 2, 356 p.; ISBN: 978-85-7631-697-8; link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=914. Relação de Originais n. 3180.

1270. “O Brasil segundo a diplomacia”, [Resenha de A diplomacia na construção do Brasil, 1750-2016 (Rio de Janeiro: Versal Editores, 2017)], O Estado de S. Paulo (domingo, 8 de outubro de 2017, p. E2, Caderno Aliás, Política, sob o título “História da diplomacia no Brasil tem novo livro definitivo”, em 7/10/2017, link: http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,historia-da-diplomacia-no-brasil-tem-novo-livro-definitivo,70002030739). Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/cesse-tudo-o-que-musa-antiga-canta.html); novamente, depois de publicada, no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/10/resenha-do-livro-do-ricupero-publicada.html). Relação de Originais n. 3168.

1269. “O estadista político”, in: Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias (organizadores), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro. Brasília: Funag, 2017, 2o. volume; ISBN: 978-85-7631-697-8, pp. 745-759; link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=914. Relação de Originais n. 3162.

1268. “O estadista econômico”, in: Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias (organizadores), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro. Brasília: Funag, 2017, 2o. volume; ISBN: 978-85-7631-697-8, pp. 569-599; link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=914. Relação de Originais n. 3161.

1267. “O chanceler no conflito global (1939-1945)”, Sérgio Eduardo Moreira Lima, Paulo Roberto de Almeida e Rogério de Souza Farias (organizadores), Oswaldo Aranha: um estadista brasileiro. Brasília: Funag, 2017, 1o. volume; ISBN: 978-85-7631-696-1, pp. 197-233; link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=913. Relação de Originais n. 3160.

1266. “Prata da Casa, fevereiro de 2017 a maio de 2017”, Revista da ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n. 95, fevereiro de 2017 a maio de 2017, p. 36-37; ISSN: 0104-8503; link: https://adb.org.br/wp-content/uploads/2017/08/Revista-da-ADB-alta.pdf). Mini-resenhas sobre os seguintes livros: (1) Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0); (2) José Vicente Pimentel (ed.), Brazilian Diplomatic Thought: policymakers and agents of Foreign Policy (1750-1964) (Brasília: Funag, 2016, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-547-6); (3) Ives Gandra da Silva Martins; Paulo Rabello de Castro (Orgs.). Lanterna na proa: Roberto Campos Ano 100 (São Luís: Resistência Cultural, 2017, 340 p.; ISBN: 978-85-66418-13-2); (4) Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.): Visões da obra de Hélio Jaguaribe (Brasília: Funag, 2015, 135 p.; ISBN: 978-85-7631-539-1). (Publicado antecipadamente no blog Diplomatizzando (29/04/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/prata-da-casa-antecipando-as.html); disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1509304782466300). Republicado a partir da publicação efetiva das resenhas na revista (link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/10/prata-da-casa-fevereiro-de-2017-maio-de.html). Relação de Originais n. 3107.

1265. Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império. 3ra. edição, revista; apresentação embaixador Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras; Brasília: Funag, 2017, 2 volumes; Coleção História Diplomática; ISBN: 978-85-7631-675-6 (obra completa; 964 p.); Volume I, 516 p.; ISBN: 978-85-7631-668-8 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=907) e Volume II, 464 p.; ISBN: 978-85-7631-669-5 (link: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=908). Relação de Originais n. 1351. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/09/formacao-da-diplomacia-economica-no_9.html) e disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1648798118516965).

1264. “Entrevista Paulo Roberto de Almeida no Brasil Paralelo”, 29 maio 2017, no canal pessoal do YouTube (link: https://youtu.be/fWZXaIz8MUc). Relação de Originais n. 3047.

1263. “Crimes econômicos do lulopetismo na frente externa” [Resenha do livro de Fabio Zanini, Euforia e fracasso do Brasil grande: política externa e multinacionais brasileiras na era Lula (São Paulo: Contexto, 2017, 224 p.; ISBN: 978-85-7244-988-5)], Amálgama (13/05/2017; link: https://www.revistaamalgama.com.br/05/2017/resenha-euforia-e-fracasso-do-brasil-grande-fabio-zanini/); divulgado no blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/05/crimes-economicos-do-lulopetismo-na.html). Relação de Originais n. 3116.

1262. “Brasil Paralelo: entrevista com Paulo Roberto de Almeida”, YouTube (1:56 mns; link: https://www.youtube.com/watch?v=meCec0dM_8U&feature=share). Link para entrevista recebido em 13/05/207, e incorporado ao canal pessoal no YouTube (https://youtu.be/fWZXaIz8MUc). Relação de Originais n. 3047.

1261. “Entrevista com Paulo Roberto de Almeida”, in: LESSA, A. C. A RBPI e o pensamento brasileiro de Relações Internacionais: [online]”, SciELO em Perspectiva: Humanas, 2017 [viewed 29 April 2017]. (Available from: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/04/25/a-rbpi-e-o-pensamento-brasileiro-de-relacoes-internacionais-entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida/). (link: http://www.mundorama.net/?p=23555; vídeo no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=JibvvjOnAgw). Relação de Originais n. 3104.

1260. “Roberto Campos: o homem que pensou o Brasil” [Introdução], e “Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX”, in: Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos; (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0), p. 19-33 e 203-355; DOI e-book: 10.18366/pra.0707.2017. Relação de Originais n. 3088 e 3090.


1258. “Fundando um banco de desenvolvimento: o BNDE”, in: Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro (orgs.), Lanterna na Proa: Roberto Campos ano 100 (São Luís, MA: Resistência Cultural Editora, 2017, 344 p; ISBN: 978-85-66418-13-2), p. 71-74. Relação de Originais n. 3082.

1257. “Bretton Woods: o aprendizado da economia na prática”, in: Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro (orgs.), Lanterna na Proa: Roberto Campos ano 100 (São Luís, MA: Resistência Cultural Editora, 2017, 344 p; ISBN: 978-85-66418-13-2), p. 52-56. Relação de Originais n. 3081.

1256. “A RBPI e o pensamento brasileiro de Relações Internacionais: entrevista com Paulo Roberto de Almeida, por Antonio Carlos Lessa, Mundorama – Revista de Divulgação Científica em Relações Internacionais, originalmente publicado no Blog Scielo em Perspectiva – Humanas, em 25/04/2017 (disponível no link: http://humanas.blog.scielo.org/blog/2017/04/25/a-rbpi-e-o-pensamento-brasileiro-de-relacoes-internacionais-entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida/). [Acessado em 29/04/2017]. Disponível em <http://www.mundorama.net/?p=23555> e <http://wp.me/p71o3r-67V>; disponível no canal YouTube (links: https://youtu.be/LurXasySFFU e https://www.youtube.com/watch?v=LurXasySFFU&feature=youtu.be). Relação de Originais n. 3104.

1255. “Sessão especial no Senado em homenagem a Roberto Campos”, Vídeo da sessão no YouTube (26/04/2017; link: https://youtu.be/4z8Dz4Ul0nI). Texto lido na sessão especial do dia 17/04/2017 disponível no blog Diplomatizzando (16/04/2017; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-sessao-especial-no.html), e no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1493626460700799). Notas no Jornal do Senado (ano XXIII, n. 4680, 18/04/2017, p. 1, 6-7). Relação de Originais n. 3102.

1254. “RBPI: itinerário de uma revista essencial”, Brasília, 22 abril 2017, 3 p. Texto de comemoração dos 60 anos da RBPI, para divulgação nos canais existentes. Mundorama (25/04/2017; link: <http://www.mundorama.net/?p=23514>). Relação de Originais n. 3104.

1253. “Roberto Campos, 100 anos: atualidade de suas ideias”, Mundorama (21/04/2017; link: http://www.mundorama.net/?p=23501). Divulgado no Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/04/roberto-campos-atualidade-de-suas.html) e disseminado no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1499393760124069). Relação de Originais n. 3103.


1251. O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos; Paulo Roberto de Almeida (org.) (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0); disponível para venda no link: http://editoraappris.com.br/produto/o-homem-que-pensou-o-brasil-trajetoria-intelectual-de-roberto-campos; formato e-book: http://editoraappris.com.br/produto/e-book-o-homem-que-pensou-o-brasil-trajetoria-intelectual-de-roberto-campos. Relação de Originais: 3099 (revisão final global); 3095 (“O homem que pensou o Brasil: textos editoriais”, para a parte editorial do livro, inclusive para orelhas e quarta capa); 3089 (O homem que pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos, composição de todos os textos, inclusive a bibliografia final de obras de Roberto Campos ano a ano); 3087 (“Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX”, 146 p.; colaboração individual ao livro organizado, p. 203-356).

1250bis. “O que esperar de 2017: economia e política internacional”, Mundorama (21/03/2017; link: http://www.mundorama.net/?p=23347). Relação de Originais n. 3096.

1250. “Oswaldo Aranha: in the continuity of Rio Branco’s Statesmenship”, In: José Vicente Pimentel (ed.), Brazilian Diplomatic Thought: policymakers and agents of Foreign Policy (1750-1964), vol. 3 (Brasília: Funag, 2016, 486 p.; ISBN: 978-85-7631-547-6; p. 685-730; translation by Paul Sekscenski) disponível na Biblioteca Digital da Funag (link: http://funag.gov.br/boletim-editorial/PDB-EN/livros/PDB-Ingles-VOL-3.pdf). Já publicados o volume 1 (link: http://funag.gov.br/boletim-editorial/PDB-EN/livros/PDB-Ingles-VOL-1.pdf) e volume 2 (http://funag.gov.br/boletim-editorial/PDB-EN/livros/PDB-Ingles-VOL-2.pdf). Relação de Originais n. 2502.

1249. “Prata da Casa, outubro de 2016 a janeiro de 2017”, Revista da ADB, Associação dos Diplomatas Brasileiros (ano XIX, n. 94, outubro 2016 a janeiro de 2017, p. 43-45; ISSN: 0104-8503).Miniresenhas sobre os seguintes livros: (1) João Ernesto Christófolo: Solving Antinomies Bwtween Peremptory Norms in Public International Law (Genebra-Zurique: Schultess Éditions Romandes, 2016, 354 p.; ISBN: 978-3-7255-8599-1); (2) Felipe Hees: O Senado Federal brasileiro e o sistema multilateral de comércio (1946-1967 (Brasília: Funag, 2016, 383 p.; ISBN: 978-85-7631-626-8; Coleção Política Externa Brasileira); (3) Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura; Maria Luiz Escorel de Moraes; Eduardo Uziel (orgs.): O Brasil e as Nações Unidas, 70 anos (Brasília: Funag, 2015, 532 p.; ISBN: 978-85-7631-569-8; Coleção História Diplomática); (4) Acir Pimenta Madeira Filho: Instituto de cultura como instrumento de diplomacia (Brasília: Funag, 2016, 228 p.; ISBN: 978-85-7631-623-7; Coleção CAE); (5) José Vicente Pimentel (org.): Pensamiento diplomático brasileño: formuladores y agentes de la política exterior, 1750-1964 (Brasília: Funag, 2016, 3 vols.; ISBN: 978-85-7631-588-9); (6) Flavio Goldman: Exposições universais e diplomacia pública (Brasília: Funag, 2016, 296 p.; ISBN: 978-85-7631-614-5; Coleção CAE); Publicado antecipadamente no blog Diplomatizzando (21/12/2016; link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/12/prata-da-casa-os-livros-dos-diplomatas.html); disseminado no Facebook (link: https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1371900469540066). Publicado, na Relação de Originais n. 3068.


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Início da série de Publicações de 2017, em ordem cronológica inversa:

Terremoto em Angola? Novo presidente limpa o terreno dos corruptos

Expresso

Terramoto político em Angola: o acontecimento internacional de 2017

As eleições em Angola foram a escolha da redacção do Expresso para Acontecimento Internacional do Ano. João Lourenço, o novo Presidente angolano, está a mostrar todos os dias que não é um homem de palha

Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola, tem um poema onde afirma: “Eu não espero/ Eu sou aquele por quem se espera”. Jorge Amado escreveu “O cavaleiro da esperança”. Os angolanos esperavam há muito por um homem que lhes devolvesse a esperança, depois de quase 40 anos em que José Eduardo dos Santos dominou a cena política angolana e em que os seus familiares e o círculo mais próximo construíram enormes fortunas, com destaque para a sua filha Isabel dos Santos, que se tornou a primeira bilionária africana, enquanto o povo continuou a viver com dois dólares por dia. Surpreendentemente, o homem que está a devolver a alegria e a esperança aos angolanos manteve, ao longo da sua extensa carreira no MPLA, nas Forças Armadas, no Governo e noutras funções um perfil muito discreto e contido. Talvez por isso, quando foi escolhido pelo todo-poderoso Presidente cessante para lhe suceder, as interrogações seguiram-se. Como seria a presidência de João Lourenço? A manutenção do statu quo? Teria feito um acordo para não mudar durante um ou dois anos as nomeações do anterior Presidente nos últimos dias do seu reinado ou tocar nos interesses dos filhos? Ou iria afirmar-se e correr em pista própria? Pois bem, a resposta tem sido brutal. O que neste momento tem vindo a acontecer em Angola no plano político é um enorme tremor de terra, que surpreende pela intensidade, rapidez e capacidade de destruição do velho poder. Os sinais foram-se acumulando. No seu discurso de posse, Lourenço assinalou que na comunicação social estatal tinha de haver maior abertura à diferença e à divergência de opiniões. E concretizou, exonerando todas as administrações das empresas públicas de comunicação social no dia 9 de novembro: Televisão Pública de Angola (TPA), Rádio Nacional de Angola (RNA), Edições Novembro e Agência Angola Press (Angop). Da empresa Edições Novembro, que publica o “Jornal de Angola”, foi exonerado José Ribeiro do cargo de presidente do Conselho de Administração e de diretor daquele diário estatal. Ribeiro, nomeado para o cargo em 2007, destacou-se desde aí pelos violentos editoriais contra as pretensas ingerências de Portugal na vida política angolana, contra empresários e a imprensa portuguesa, bem como pela sua ortodoxia na defesa das mais altas figuras do regime angolano. A 17 de outubro já tinha sido extinto o Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), órgão liderado pelo influente ex-ministro Manuel Rabelais, desde 2012 responsável pela imagem da Presidência de José Eduardo dos Santos.
MANUEL DE ALMEIDA / Lusa
No mesmo discurso, o novo Presidente disse que o seu grande combate seria contra a corrupção — reafirmando esse desiderato no discurso sobre o estado da nação, ao sublinhar que essa luta é para encarar “com a devida seriedade e responsabilidade”. A 27 de outubro tinha dado o sinal de partida ao exonerar o governador do Banco Nacional de Angola. Novembro foi o mês de todas as demissões. No dia 1 demitiu o conselho de administração da Ferrangol, a empresa mineira do país. No dia 2 foi a vez de ser exonerada a administração da Endiama, a segunda maior empresa nacional de diamantes. No dia 3 aconteceu o mesmo na Sodiam, a empresa de comercialização de diamantes. Seguiu-se, a 9 de novembro, a rescisão do contrato de exploração de laboratórios de análises com a empresa Bromangol, acusada pelos empresários de encarecer a importação de alimentos por ser a única reconhecida pelo Estado para realizar as obrigatórias análises laboratoriais. Foi também exonerado o responsável pelo Secretariado Executivo do Conselho Nacional do Sistema de Controlo e Qualidade, Jorge Sebastião, apontado como sócio de José Filomeno dos Santos na Bromangol.
Finalmente, no quinquagésimo dia da sua presidência, João Lourenço deu um golpe violento no poder da família Dos Santos, ao afastar Isabel da presidência da petrolífera estatal, nomeando para o seu lugar Carlos Saturnino, que a mesma Isabel tinha demitido em 2016 da presidência da Sonangol Pesquisa & Produção sob a acusação de má gestão.
No mesmo dia, o Presidente mandou cessar os contratos da Semba Comunicações, empresa responsável pela gestão do Canal 2 e da TPA Internacional. A Semba é propriedade dos irmãos Tchizé e Coreon Du dos Santos, que detinham o controlo de dois canais da televisão pública.
Para a eliminação da herança santista ser total só falta mesmo o afastamento de Filomeno dos Santos, que dirige o Fundo Soberano de Angola, recentemente envolvido no escândalo dos “Paradise Papers”. Salva-o uma investigação às contas da instituição que está a decorrer.
Finalmente, a 20 de dezembro, o Presidente exonerou as administrações de nove empresas públicas, dos aeroportos e portos, de distribuição de eletricidade e água, e dos caminhos de ferro.
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No total, e até agora, João Lourenço precisou de menos de três meses para demolir parte substancial da estrutura de poder de Dos Santos, fazendo 300 nomeações e exonerando mais de 30 oficiais generais e cerca de 20 administrações de empresas públicas, na área petrolífera, dos diamantes, e de comunicação social, além do próprio BNA e de bancos detidos pelo Estado. Depois das exonerações, Lourenço terá acima de tudo de mostrar resultados e com rapidez. É essa a expectativa de quem votou no candidato que, afinal, fez campanha para uma presidência de corte com o passado, reformadora, inclusiva e anticorrupção. Tem a seu favor ser um homem do mundo, viajado e com relações regionais e internacionais com que o seu antecessor nunca contou.
Digamos, pois, que João Lourenço está a atuar como um bulldozer, limpando todos os resquícios do poder de José Eduardo dos Santos, da sua família e dos que enriqueceram à custa dele e com a permissão dele. Sabe que tem de ser rápido e determinado. Já não pode voltar para trás. O caminho, contudo, não é isento de riscos. José Eduardo dos Santos continua a ser presidente do MPLA e, apesar de doente, não está seguramente disposto a ceder sem luta tudo aquilo que ele, os familiares e os que enriqueceram à sua sombra conseguiram. Para se precaver, Lourenço já nomeou lideranças da sua confiança para as forças armadas, para a polícia e para os serviços de segurança. Mas à medida que exonera mais e mais dirigentes a todos os níveis, ganha também mais e mais inimigos, vários deles com capacidade para retaliar. É esse braço de ferro que se joga neste momento no grande país africano. Para já, Lourenço está a levar a melhor, contando com o apoio da generalidade da população. Mas sobre o país ainda paira uma liderança bicéfala e convém não dar por adquirido o trajeto seguido nos últimos três meses. Angola nunca teve terramotos. Está agora a viver um. E as réplicas, como se sabe, podem provocar mais danos do que o primeiro abalo.

Via Politica: acesso a um trabalho em 5 dias


No dia seguinte ao Natal terminei uma compilação de trabalhos publicados numa revista digital editada em Porto Alegre, com a qual colaborei entre 2006 e 2009, esta aqui:



3219. Um contrarianista no limbo: artigos em Via Política, 2006-2009 (Brasília: Edição do Autor), Brasília, 26 dezembro 2017, 247 p. Compilação de três dezenas de escritos publicados em Via Política, dentro as oito dezenas constantes do registro. Feito em formato pdf, e divulgado através de Academia.edu (https://www.academia.edu/35509310/3219ViaPoliticaBook2006a2009.pdf), informado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/12/um-contrarianista-no-limbo-artigos-em.html) e no Facebook (https://www.facebook.com/paulobooks/posts/1759904837406292), ou via Twitter (https://shar.es/1MV892).

Nesta data, 1 de janeiro de 2018, recebi este alerta de Academia.edu: 

Robert Kagan recently added your paper, 3219ViaPoliticaBook2006a2009.pdf to their mentions.

 Se não for o scholar americano, pode ser uma contrafação. Em todo caso, fui verificar no Analytics e não achei nenhum registro em nome dele, mas nunca existem nomes, como se pode verificar abaixo.

https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida/Analytics/activity/documents/35509310

5 dias em dezembro:
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Para ler o trabalho downloadar deste link: https://www.academia.edu/35509310/3219ViaPoliticaBook2006a2009.pdf

O Sumário e a apresentação seguem abaixo: 

Índice



Apresentação: Resquícios de um quilombo de resistência intelectual                              11

O Brasil e os problemas brasileiros
1. Dicionário político dos novos pecados capitais                                                           17
2. Prioridades possíveis em uma administração racional                                                 19
3. Uma verdade inconveniente: pode o Brasil crescer 5% ao ano?                                  24
4. Reflexão pessoal sobre as relações entre Estado e governo                                       30
5. Pequeno manual prático da decadência                                                                       33
6. Prometeu acorrentado: o Brasil amarrado por sua própria vontade                             45
7. Algumas coisas simples que deveríamos ter no Brasil                                                52
8. Como criar uma nação de assistidos                                                                           54
9. Duro de crescer: obstáculos políticos ao crescimento no Brasil                                  57
10. Presença da universidade no desenvolvimento: perspectiva histórica                        68
11. O afundamento da educação no Brasil                                                                     73
12. O problema da universidade no Brasil: do público ao privado?                                81
13. Fim de consenso na diplomacia?                                                                              87

O mundo e seus problemas
14. O Brasil no índice dos Estados falidos                                                                     91
15. América do Sul: desintegração política e à fragmentação econômica?                      97
16. O papel dos BRICs na economia mundial                                                                106
17. Fórum Social Mundial: propostas idealistas, grandes equívocos                              112
18. Socialismo do século XXI?: apenas para os incautos...                                      123
19. Sete teses impertinentes sobre o Mercosul                                                               127
20. Terrorismo islâmico-fundamentalista: uma quarta guerra mundial?                         132
21. Duzentos anos da vinda da família real: o que Portugal nos legou?                          136
22. Um outro Fórum Social Mundial é possível…                                                         151
23. O império americano em sete teses rápidas                                                              159
24. O império e sua segurança: quatorze novas teses                                                     164
25. O Brasil e o cenário estratégico mundial: breves considerações                               173
26. O legado de Henry Kissinger                                                                                  177
27. Pequena lição de Realpolitik                                                                                    182
28. Bric: anatomia de um conceito                                                                                 187
29. Fórum Surreal Mundial: globalizados contra a globalização                                    217


Apêndices
30. Relação dos artigos publicados em Via Política, 2006-2009                                    237
31. Livros de Paulo Roberto de Almeida                                                                        242
32. Nota sobre o autor                                                                                                   245



Resquícios de um quilombo de resistência intelectual


Considero os trabalhos reunidos neste volume, que de outra forma poderiam ser chamados de “crônicas do limbo,” como remanescentes de alguns dos meus quilombos de resistência intelectual, quando eu estava reduzido a um ostracismo funcional, ou seja, confinado a uma espécie de limbo institucional por razões que muitos sabem quais foram, mas que talvez não seja o caso de discutir aqui. Em todo caso, basta informar que, convidado no início de 2003 a assumir a coordenação do mestrado em diplomacia do Instituto Rio Branco, fui “desconvidado” logo em seguida, por motivos obscuros mas que podem ser deduzidos mediante uma simples consulta à lista de minha produção acumulada desde muitos anos. O fato é que, desde então, e pelos 13 anos seguintes, permaneci sem qualquer função na Secretaria de Estado, uma travessia do deserto que apenas foi interrompida com o impeachment de certa senhora. Tudo coincidência, claro.
Enterrado um regime, iniciado um outro, retomei meus trabalhos, não exatamente na Secretaria de Estado, mas numa função de corte acadêmico, que por acaso coincide com meus interesses intelectuais. Durante aquele longo período – do início de 2003 a meados de 2016 –, frequentei, ou criei, vários tipos de “quilombos”, que eu chamei de “resistência intelectual”, em geral sob a forma de blogs, que eu mantinha e alimentava com objetivos variados: resenhas de livros, transcrição de escritos alheios, usos tópicos diversos (por ocasião de eleições presidenciais, por exemplo), e mais frequentemente para finalidades pessoais (como o DiplomataZ, entre vários outros), ou blogs de caráter geral, dos quais o mais constante, e até hoje em uso, é o Diplomatizzando.
Num desses quilombos, ou fora deles, a verdade é que eu estava no limbo, o que até pode parecer anacrônico, uma vez que a Cúria do Vaticano parece ter extinguido esse “território” muitos anos atrás. Enfim, sempre podem subsistir limbos virtuais. O limbo, segundo os dicionários, representa, na teologia cristã, uma região próxima do inferno, um refúgio para as almas dos homens bons, que viveram antes da chegada de Cristo, e para as almas das crianças falecidas não batizadas. Num sentido civil, pode aproximar-se de uma espécie de prisão, ou confinamento, o que deve ter sido o meu caso. No sentido mais comum do termo, seria um lugar ou a condição de  negligência ou de esquecimento aos quais seriam relegadas coisas ou pessoas não desejadas. Estas são, em todo caso, as definições que retiro do Webster's New Universal Unabridged Dictionary (2nd edition; New York: Simon and Schuster, 1979), p. 1.049. Os muito curiosos por outras significações, ou por explicações mais detalhadas, podem procurar o verbete na Wikipédia.
Retomemos o meu caso. Consciente do ostracismo que me foi imposto, por decisões provavelmente políticas (ainda que não declaradas), continuei a fazer o que sempre fiz, no decorrer de toda uma vida dedicada a uma atividade fundamental: ler, refletir, escrever, eventualmente divulgar meus escritos pelos meios disponíveis. Estes meios não eram muitos; ao início, na verdade, nenhum, uma vez que eu só dispunha, em 2003, de meu próprio site pessoal (www.pralmeida.org), que se destinava unicamente a divulgar alguns trabalhos acadêmicos, em temas sobre os quais eu era frequentemente consultado por estudantes, jornalistas ou colegas acadêmicos: integração regional, política externa brasileira, relações internacionais de modo geral. O site pessoal era um instrumento passivo, pois nunca fiz dele um instrumento de comunicação, ou plataforma para qualquer outro objetivo, senão a compilação de trabalhos de natureza intelectual, que refletiam essa minha produção de tipo acadêmico. A partir de certo momento, para facilitar o trabalho de carregamento e disponibilização de trabalhos mais curtos, passei a utilizar a ferramenta dos blogs, o único free lunch real, conhecido sob o capitalismo.
Por inépcia pessoal, incompetência técnica notória, tive vários deles, sucessivos, até conseguir estabilizar no Diplomatizzando, sem que todos os demais tivessem sido desativados; foram apenas sendo deixados de lado, para não complicar muito a vida. O fato é que comecei a postar um volume crescente de materiais suscetíveis de atrair a atenção de um número maior de leitores, e até de “editores” de ferramentas semelhantes ou até de instituições de ensino e pesquisa espalhadas pelo Brasil. De várias recebi convites para colaborar, o que procurei atender na medida de minhas possibilidades e, sobretudo, interesse no tipo de veículo, seu perfil social e nicho de interesse intelectual.
Um deles foi a revista eletrônica Via Política (Porto Alegre), animada pelos jornalistas gaúchos Omar Luiz de Barros Filho e Sylvia Bojunga, que me localizaram em algum momento do início de 2006 e formularam o convite para que eu colaborasse. Refleti por algum tempo, sobre se deveria aceitar ou não, e resolvi colaborar, tanto porque havia sido contatado quase simultaneamente por dois outros veículos online de comunicação, e também porque, desde 2001, já contribuía mensalmente com a revista digital Espaço Acadêmico, um bem sucedido empreendimento editorial mantido em condições quase artesanais pelo professor Antonio Ozaí, da Universidade de Maringá, no Paraná. Depois de ter inaugurado minhas colaborações mensais nessa revista por um texto – “Dez novas regras de diplomacia” – que deve ter sido o mais acessado de toda a minha produção acadêmica (na verdade diplomática), continuei durante dez anos com meus artigos provocadores (ao ambiente de gramscismo disseminado), até que o corpo editorial deve ter se cansado de meus ataques à nossa miséria acadêmica e resolveram dispensar-me dos colaboradores regulares. Ufa! Poupou-me uma obrigação adicional.
Em Via Política, com total liberdade de colaboração, cheguei até a dispor de uma coluna dedicada e especial, que reproduzia o título de um dos meus blogs na ocasião – a “Diplomatizando”; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando – e mandava minhas contribuições a intervalos regulares, embora sem uma periodicidade fixa. No total, salvo engano de registro, contei 87 publicações, mas pelo menos duas delas foram longos artigos divididos em postagens diferidas ao longo de algumas semanas, como foi o caso de um ensaio sobre o Brics e uma análise das parvoíces do Fórum “Surreal” Mundial (que parecem ter desaparecido da paisagem, mais por falta de dinheiro oficial do que de besteirol à disposição dos incautos).
Nesta minha seleção ilustrativa, escolhi três dezenas de trabalhos, reproduzidos neste volume de compilação (nem sempre fiel aos textos efetivamente publicados, pois que buscados nas minhas pastas de “originais”, organizadas ano a ano. Creio que podem ser considerados os trabalhos mais representativos, e ainda válidos, de minhas reflexões e de minha produção intelectual nesses anos em que me encontrava afastado de qualquer atividade funcional na Secretaria de Estado ou de postos no exterior. Depois da decisão de efetuar o “renascimento” desta colaboração com um blog infelizmente já desaparecido, comecei a pensar em como intitular esta nova série de trabalhos atinentes às minhas pesquisas, reflexões e escritos. Diferentes opções estavam à disposição deste autor: crônicas do deserto, do cerrado, do agreste, ou qualquer outro conceito denotando uma situação áspera, difícil, de isolamento ou de dificuldade, enfim, algo conforme às minhas condições naquele período.
Resolvi então adotar o que era mais característico quanto ao autor e sua situação: um “contrarianista” – ou seja, alguém não absolutamente contrário a tudo o que vê, ou encontra, mas praticando o que eu sempre chamei de “ceticismo sadio” – ,“no limbo”, pois esta era, efetivamente, a minha situação naquele momento. Esta foi, pois, a decisão de deixar registrados trabalhos de uma fase já passada, mas que ainda pode voltar a ocorrer novamente, pois nunca se sabe que tipo de complicações esses contrarianistas profissionais podem criar para si mesmos, em termos de projetos de vida, tanto pelo lado profissional, como pelo lado acadêmico ou pessoal. Acredito que as pessoas são responsáveis, em grande medida, pelo seu próprio destino, na medida em que fazem escolhas, adotam posturas, assumem atitudes que as colocam em maior ou menor conformidade com o seu meio social, com o seu ambiente profissional, com o seu universo de relacionamentos e interações. Sou o resultado de minhas próprias escolhas, ainda que outros possam ter contribuído, direta ou indiretamente, para minha condição, em determinados momentos de minha carreira profissional ou itinerário acadêmico.
Não pretendo lamentar nada, ainda que exercícios de autorreflexão e revisões críticas de trajetórias passadas e presentes sejam sempre desejáveis, na perspectiva de corrigir o que está errado e impulsionar caminhos mais atrativos, ou interessantes. Ao refletir sobre esse tipo de situação, em dezembro de 2006, ao confirmar-se o limbo no qual eu andava metido, escrevi num dos textos pessoais: “Vou estabelecer, neste final de ano [2006], um plano de trabalho para enfrentar os próximos meses, talvez anos, de travessia do meu deserto particular”. Não sabia, naquela momento, que o limbo teria a exata duração de dez anos, durante os quais preferi ficar com minha consciência e em defesa de certos princípios e valores, do que aderir a um governo que sempre considerei um desastre no plano econômico, político, institucional, e até ético e moral. Acho que eu não estava errado a este respeito, como constatamos pelos incontáveis processos, delações, investigações sendo feitas e casos sendo julgados atualmente no Judiciário.
O Brasil atual, de certo modo, me dá vergonha, pelo aspecto de corrupção impune a que se assiste. Mas, por outro lado, existem pessoas e instituições lutando para que tal vergonha seja corrigida, punida, senão eliminada, pelo menos limitada. É isso que eu sempre procurei fazer através de meus escritos e publicações. Eles não são fortuitos, ou puramente circunstanciais. Eles traduzem um compromisso com certos princípios de vida, com certos valores que julgo importantes, para minha geração e as que se seguirão nas décadas seguintes, agora representadas por meus filhos e netos.
A palavra limbo talvez não é mais adequada à minha situação atual. Ela fica, em todo caso, como conceito chave destas minhas crônicas de um período especial, hoje felizmente superado, mas que talvez possa voltar pelo lado de um contrarianismo sempre presente em meus textos. Nesse caso, eu talvez tenha de escolher algum substantivo mais apropriado. No momento este é o que me convém para expressar estas contribuições a um dos muitos veículos com os quais colaborei ao longo dos anos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 26 de dezembro de 2017