Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
terça-feira, 31 de maio de 2016
Quando a politica americana era extremamente corrupta - Delanceyplace
Nos EUA, também, o sistema plutocrático era altamente corrupto.
Mais uns 50 anos, vamos também melhorar...
Paulo Roberto de Almeida
Today's selection -- from Chester Alan Arthur by Zachary Karabell.
After the Civil War, graft and corruption became pervasive in American politics at every level. In addition to illegal graft, there was a huge and entirely legal system of patronage, whereby tens of thousands of jobs were given to loyal members of the victorious party in exchange for political contributions or "assessments":
"Cities were kept together by political machines, which were tight-knit organizations that corralled votes, collected a percentage of profits, and kept the peace. The machine was epitomized by Tammany Hall in New York City and its majordomo, William Marcy Tweed, a Democratic boss surrounded by a sea of Republicans. More than any mayor, 'Boss' Tweed ran New York. His men greeted immigrants as they stepped ashore in lower Manhattan, offered them money and liquor, found them work, and in return demanded their allegiance and a tithe. Supported by Irish Catholics, who made up nearly a quarter of New York's population, Tweed held multiple offices, controlled lucrative public works projects (including the early plans for Central Park), chose aldermen, and herded voters to the polls, where they drunkenly anointed the Boss's candidates. Immortalized even in his own day by the rapier pen of Thomas Nast (has there ever been a political cartoonist who did more to define an era?), Tweed was gone by 1872, forced out and prosecuted, but the system kept going. Every city had its machine, and counties did as well. National politics was simply the apex of the pyramid that rested on local bosses and layers of graft.
Political cartoon by Thomas Nast
"It was a system of patronage, first and last. It had been dubbed the spoils system earlier in the nineteenth century, because to the victor of elections went the spoils of patronage -- jobs could be doled out to supporters in return for their vote come Election Day. In the years after the Civil War, the number of government jobs grew, and so did the spoils system. Even the powerful members of the U.S. Senate were part of the patronage game, because they were not directly elected but instead chosen by the state legislatures, which were themselves an outgrowth of local machine politics. Elections were hotly contested not over principle but over the power of appointment that winning conferred. Senators could appoint a variety of officials at both the federal and state levels. Tens of thousands of jobs were at stake, and these jobs paid salaries, usually quite handsome salaries by the standards of the day. In return for being appointed, officials were expected to make monetary contributions to the party, and their contributions then funded the next round of campaigning.
"The contributions were known as assessments. There was nothing secretive or shadowy about them. The assessments were set by party leaders, and letters were sent each year and during each election cycle to all salaried civil servants specifying the amount they were expected to contribute. It was a self-perpetuating cycle. Win an election, appoint bureaucrats, judges, administrators, and then use them to pay for the next election. That is why party organizations were so powerful, and why the presidency, even with its executive powers curtailed, remained a plum position. As chief executive, the president had the ultimate power of patronage. Senators decided who would occupy most of the appointments for federal offices in their states, and governors did the same for state officials. But the president of the United States appointed the postmaster general. The postal service, with a branch in every city, town, and village, comprised nearly half the federal bureaucracy, or nearly thirty thousand employees by the 1870s, all of whom could be fired or hired after each presidential election. The president also chose the secretary of the Treasury, who headed the second largest federal agency, and the one responsible for overseeing the customhouses of major ports such as Boston, Baltimore, and New York.
"Jockeying for these offices was intense. Party seniority played a part, but major appointments were also used to reward friends and to penalize foes. ... Each national election was a patronage contest. Leaders who could most effectively mobilize their networks and raise the most money through assessments tended to emerge victorious, which of course allowed them to consolidate their power and become that much more entrenched."
Chester Alan Arthur: The American Presidents Series: The 21st President, 1881-1885
Author: Zachary Karabell
Publisher: Times Books
Copyright 2004 by Zachary Karabell
Pages 6-9
Quer resistir ao golpe de 2016? Compre o livro de 450 paginas da "resistencia"...
"A Resistência ao Golpe de 2016" narra a história do processo de impeachment da presidente afastada
A presidente Dilma Roussef foi ovacionada em sua chegada à Universidade de Brasília (UnB), na noite desta segunda-feira (30/5) para o lançamento do livro "A Resistência ao Golpe de 2016". Publicada pela Editorial Praxis, a obra, de 450 páginas, reúne textos que analisam o processo de impeachment da petista.
Estão presentes no livro relatos de advogados, professores, políticos, jornalistas, cientistas políticos e líderes de movimentos sociais, como o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, o teólogo e escritor Leonardo Boff, a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, e o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2016/05/30/internas_polbraeco,534121/multidao-recebe-dilma-na-unb-para-lancamento-de-livro.shtml
PRA: Enfim, os suspeitos de sempre...
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Hipolito da Costa e o nascimento do pensamento economico no Brasil - Paulo Roberto de Almeida
Sumário:
Leia a íntegra neste link: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/834HipolCostaPensamEconBr3.pdf
Ciencia: Brasil so produz lixo academico? - Rogerio Cerqueira Leite (FSP)
Mas, voltando ao artigo, ele só reforça minha percepção -- mas fundamentada no que observo em contato com esse meio bizarro -- de que as universidades brasileiras são basicamente IMPRODUTIVAS, com muito poucas exceções.
Alguém vai me contestar?
Apresente dados, como esses do cientista da UniCamp, aliás sempre muito simpático aos gramscianos da academia (pode ser que tenha mudado nos últimos tempos).
Paulo Roberto de Almeida
Produção científica e lixo acadêmico no Brasil
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
Folha de S.Paulo, 06/01/2015
Dois artigos publicados recentemente pela revista britânica "Nature", especializada em ciência, deixam o Brasil e, em especial, a comunidade acadêmica brasileira, profundamente envergonhados.
A "Nature" nos acusa, em primeiro lugar, de produzir mais lixo do que conhecimento em ciência. Nas revistas mais severas quanto à qualidade de ciência, selecionadas como de excelência pelo periódico, cientistas brasileiros preenchem apenas 1% das publicações.
Quando se incluem revistas menos qualificadas, porém, ainda incluídas dentre as indexadas, o Brasil se responsabiliza por 2,5%. O que a "Nature" generosamente omite são as publicações em revistas não indexadas, que contêm número significativo de publicações brasileiras, um verdadeiro lixo acadêmico.
O segundo golpe humilhante para a ciência brasileira exposto pela revista se refere à eficiência no uso de recursos aplicados à pesquisa. Dentre 53 países analisados, o Brasil está em 50º lugar. Melhor apenas que Egito, Turquia e Malásia.
Tomemos um exemplo. O Brasil publicou 670 artigos em revistas de grande prestígio, enquanto no mesmo período o Chile publicou 717, nessas mesmas revistas. O dado profundamente inquietante é que enquanto o Brasil despendeu em ciência US$ 30 bilhões, o Chile gastou apenas US$ 2 bilhões.
Quer dizer, o Chile, que aliás não está entre os primeiros em eficiência no mundo científico, é 15 vezes mais eficiente que o Brasil. Alguma coisa está errada, profundamente errada. A academia brasileira, isto é, universidades e institutos de pesquisas produzem mais pesquisa de baixa do que de boa qualidade e as produz a custos muito elevados. Há certamente causas, talvez muitas, para essa inadequação.
A primeira decorre de um "distributivismo" demagógico. É evidente que seria desejável que novos centros de pesquisas se desenvolvessem em regiões ainda não desenvolvidas do país. Mas é um erro crasso esperar que uma atividade de pesquisas qualquer venha a desenvolver economicamente uma região sem cultura adequada para conviver com essa pesquisa.
Seria desejável que investimentos maciços fossem aplicados em pesquisas em instituições localizadas em regiões pouco desenvolvidas, mas cujo meio ambiente é capaz de absorver os benefícios dessa inserção.
O segundo mal que é causa inquestionável da diminuta e dispendiosa produção de conhecimento é o obsoleto regime de trabalho que regula a mão de obra do setor de pesquisas em universidades públicas e na maioria dos institutos.
O pesquisador faz um concurso –frequentemente falsificado– no começo de sua carreira. Torna-se vitalício. Quase sempre não precisa trabalhar para ter aumento de salário e galgar postos em sua carreira. Ora, qual seria, então, a motivação para fazer pesquisas?
O terceiro problema é o sistema de gestão de universidades públicas e instituições de pesquisa, cuja burocracia soterra qualquer iniciativa dos poucos bem-intencionados professores e pesquisadores que ainda não esmoreceram.
Pois bem. Há uma fórmula que evita todos esses males e que já foi experimentada com sucesso em algumas das instituições científicas do Brasil: a organização social. A resistência dos medíocres e parasitas e a falta de coragem política de algumas de nossas autoridades impedem a solução desse problema.
ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha.
O jogo sujo da desinformacao dos companheiros contra o Brasil no exterior - Editorial Estadao
Paulo Roberto de Almeida
O jogo sujo da campanha para enxovalhar o Brasil no exterior
O jogo sujo da desinformação
Editorial / O Estado de S. Paulo, domingo, 29 de maio de 2016
O Brasil, sua democracia e suas instituições estão sendo enxovalhados no exterior por uma campanha de difusão de falsidades cujo objetivo é denunciar a “ilegitimidade” do presidente em exercício Michel Temer. Diante da ousadia desses delinquentes a serviço da causa lulopetista, não basta ao Itamaraty limitar-se a orientar suas missões no exterior sobre como responder a essa onda de desinformação. Será necessária uma atitude mais resoluta para contra-arrestar as mentiras e deixar claro aos governos e à opinião pública de outros países que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff vem cumprindo todos os requisitos legais, e também para defender a decisão soberana dos eleitores brasileiros, devidamente representados no Congresso que votou pelo afastamento da petista.
Na mais recente ofensiva da patota petista, um jornalista usou uma rotineira entrevista do porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mark Toner, para tentar induzir a Casa Branca a reconhecer que houve um “golpe” no Brasil e que a democracia no País foi arruinada.
Na entrevista, dia 24 passado, o jornalista, não identificado, mencionou os diálogos entre o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado – a quem o repórter chamou de “ex-magnata do petróleo” –, sugerindo ter havido ali um arranjo para derrubar Dilma. Então o repórter perguntou: “À luz dessas revelações, não seria hora de começar a considerar que o que aconteceu no Brasil pode ter sido um golpe brando?”.
O porta-voz Mark Toner respondeu que, para o governo americano, conforme já manifestado “várias vezes”, o processo democrático brasileiro e suas instituições “são estáveis o bastante e fortes o suficiente”, razão pela qual o País “é capaz de superar sua crise política”. Em seguida, para encerrar a conversa, disse: “Desse ponto em diante, não falarei sobre a política interna do Brasil”.
O verdadeiro papel daquele jornalista ficou explícito: não se tratava de fazer uma entrevista, mas sim de provocar um constrangimento. Disse o repórter: “Bom, isso é interessante. O novo governo acabou com todas as investigações anticorrupção contra os políticos que a ele haviam aderido” – algo que simplesmente não é verdade. E ele desatou a fazer um discurso como se estivesse numa assembleia estudantil: “Eles começaram a vender bens estatais, estão falando em mudar a política externa brasileira e formaram um Ministério inteiramente masculino, feito de gente ligada ao mercado e à indústria, gente que era hostil a uma porção de prioridades do governo anterior, e nada disso foi feito com o voto popular. O povo não teve nenhuma palavra nisso. Houve mesmo um processo democrático? Os Estados Unidos consideram aquilo um processo democrático?”.
Para não permitir que o Departamento de Estado americano continuasse a servir como palanque para o embuste lulopetista, o porta-voz interrompeu a conversa depois de reafirmar a crença dos Estados Unidos na força da democracia do Brasil e de dizer que não faria nenhum reparo às “mudanças internas no governo brasileiro”.
Não se trata de um episódio isolado. Os advogados da causa petista, aqui e no exterior, não se sentem constrangidos em apelar para a desinformação quando se trata de tentar caracterizar a “ilegitimidade” de Michel Temer. Um desses ativistas, o americano Glenn Greenwald, chegou ao cúmulo de publicar reportagem na qual diz que Temer não poderia assumir a Presidência porque “está por oito anos impedido de se candidatar a qualquer cargo público”. Ou seja, o jornalista tratou como condenação definitiva o que é apenas a opinião da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, a propósito de uma multa de R$ 80 mil imposta a Temer por ter feito doações eleitorais acima do teto.
Derrotado fragorosamente quando tentou emplacar a tese do “golpe”, rejeitada in totum pelo Supremo Tribunal Federal, restou à trupe lulopetista espalhar mundo afora que Temer é “ilegítimo”. É esse o jogo sujo que o Itamaraty terá de enfrentar.
Research Gate me cumprimenta uma vez mais, por ser o mais lido de minha instituicao
Confesso que a interface de Research Gate não me parece tão amigável, ou tão propensa a examinar o conjunto dos trabalhos disponíveis sob um determinado nome, ou estatísticas completas, e comparáveis (série histórica), sobre acessos a cada um dos trabalhos, mas ainda assim ela oferece certas facilidades, ou algumas possibilidades, que talvez sejam interessantes. Aliás, um sumário de todos os meus trabalhos disponibilizados no Research Gate, como revelado in fine, demonstra que são poucos, relativamente, aqueles carregados nessa plataforma, comparativamente, por exemplo, a Academia.edu.
Em todo caso, eu estou aberto às diversas opções de intercâmbio acadêmico em todas as ofertas abertas nesse campo. Como não dependo de qualquer indicador de produtividade acadêmica para minha "sobrevivência" nesse meio, como não preciso disso para continuar produzindo, nem espero usufruir de qualquer vantagem decorrente do carregamento de meus textos nessa plataforma, não preciso, de fato, depender desse espaço, ou dessas estatísticas para exercer minha livre atividade de escrevinhador e divulgador de textos que produzo sem qualquer vínculo com alguma atividade profissional específica ou as lides acadêmicas a que também me dedico voluntariamente.
Dito isto, vejamos o que Research Gate me enviou:
Congratulations
Congratulations
Percentile:
Your score is higher than 72.5% of ResearchGate members'.Top Journals
- Revista Brasileira de Política Internacional (32)
- Meridiano 47 (15)
- Revista de Sociologia e Política (3)
- Contexto Internacional (2)
- Hispania (1)
- Article · 155
- Book · 11
- Chapter · 2
- Conference Paper · 6
- Dataset · 10
- Thesis · 2
- Other Research · 1
- Full-texts · 142
Militares atentos aos neobolcheviques, e prontos para combate-los... - Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho
COBERTURA ESPECIAL - CRISE - INTELIGÊNCIA
Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho – “A batalha contra o PT ainda não está concluída, e precisamos vencê-la”
O Alm Esq Roberto de Guimarães Carvalho foi o primeiro oficial da Mariha do Brasil, e o único, a vencer o constrangimento da pífia ação do atual comandante no evento e falar no Decreto nº 8515/2015
"Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".
Ao ler essa frase lembrei-me imediatamente do episódio do famigerado Decreto nº 8515, de 03/09/2015, sobre o qual produzi um modesto texto que encaminhei a alguns amigos por e-mail e que, posteriormente, foi publicado na Revista do Clube Naval (nº 376/2015). (Link para o texto Dec 8515 - Nota do Alm Guimarães Carvalho - Recomendada)